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Conjunto arquitetónico Estrutura Funerário Necrópole
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Descrição
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Área arqueológica que integra uma necrópole constituída por 4 núcleos de sepulturas, de diferentes tipos e cronologia. O primeiro surgiu a cerca de 250 metros a SO da capela do Senhor Jesus de Santa Marinha, outro no próprio adro da capela (11 sarcófagos), e os restantes a 60 m e 100 m do primeiro. |
Acessos
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Provesende, EN. 323, Quinta da Relva, junto ao cruzamento para Provesende. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,229553; long.: -7,565198 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 34 452, DG, 1.ª série, n.º 59 de 20 março 1945 |
Enquadramento
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Rural. Zona de encosta voltada E. ocupada por vinhedos, casas da Quinta da Relva e adro e capela de Sta. Marinha. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Funerária: necrópole |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Época romana / Época medieval |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Época romana - construção; Época medieval - a necrópole continua a ser utilizada; 1881 - surgem os primeiros vestígios da necrópole; 1938 - aparecimento dos restantes vestígios, ao se proceder ao arroteamento de uma mata de castanheiros; posteriormente, surgiram os sarcófagos durante os desaterros efectuados no adro da capela; 1939, 4 Abril - despacho do Vice-Presidente da Junta Nacional de Educação solicitando a deslocação de um técnico a Provesende, a fim de analisar a Capela de Santa Marinha, fonte, sarcófagos e lápide inscrita junto à capela, para estudo e eventual classificação; 23 Junho - data do relatório assinado por Mário Cardoso, vogal da 2ª Sub-Secção da 6ª Secção da J.N.E., o qual, perante a singeleza do conjunto observado, concluiu que não bastavam as tradições orais associadas à capela para ela ser classificada como Monumento Nacional; em sua substituição, acabou por sugerir a classificação do cemitério lusitano-romano, também em Provesende, que visitara na companhia do Rev. José Pinto da Cunha Saavedra, filho do autor da Monografia de Provesende, José Augusto Pinto da Cunha Saavedra, existente na Quinta da Relva, no sopé do monte do Castro de são Domingos, e então propriedade do Sr. Manuel Marques Correia Alves; isto porque fora informado pelo seu acompanhante, que as sepulturas eram superiores a duas centenas e o seu espólio abundantíssimo, tendo-lhe então mostrado alguns artefactos, como "ampulla", "lagoena", catinus", etc.; Mário Cardoso sugere assim uma exploração metódica no local do cemitério, a qual poderia ser realizada pelo próprio Padre José Saavedra, concordando o dono do terreno com a exploração; 1939, 21 Julho - a 2ª sub-secção da 6ª Secção da Junta Nacional da Educação resolveu propor a classificação como Imóvel de Interesse Público o cemitério lusitano-romano situado na Quinta da Relva, numa propriedade de Manuel Marques Correia Alves; o Instituto de Antropologia da Universidade do Porto aconselhou o estudo do cemitério, com a colaboração do Padre José Pinto da Cunha Saavedra e inventariar o cipo funerário que serve de suporte à mesa de pedra junto à capela de Santa Marinha; 1940, 26 setembro - publicação de Decreto nº 30 762, no DG, 1.ª série, n.º 225, determinando a classificação do Cemitério como Imóvel de Interesse Público; 01 novembro - publicação do Decreto nº 30 838, DG, 1.ª série, n.º 254, suspendendo o decreto n.º 30 762, de 26 de setembro do mesmo ano, relativamente à classificação de imóveis de propriedade particular; 2001 - classificação da povoação de Provesende como "aldeia vinhateira do Douro". |
Dados Técnicos
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Materiais
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Sarcófagos de granito, sepulturas em xisto. |
Bibliografia
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ALVES, Francisco Manuel, Cistas de Provesende e sepulcros luso-romanos, Revista de Arqueologia, 3, 1936 - 1938, Lisboa, 1938, p. 315 - 325; ALARCÌO, Jorge de, Roman Portugal, Warminster, 1988, 1 / 440. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH, MI |
Intervenção Realizada
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Observações
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A estela antropomórfica e parte do espólio encontram-se no Museu Abade de Baçal, em Bragança. O aparecimento de cerâmica e materiais de construção à superfície, assim como de uma base e um capitel, mós e moedas romanas, testemunham o interesse desta estação arqueológica com vestígios de ocupação romana e medieval. As sepulturas descobertas foram destruídas ou enterradas, conservando-se apenas dois dos sarcófagos antropomórficos, encostados à parede da capela de Sta. Marinha, do lado da Epístola. |
Autor e Data
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Isabel Sereno e Ricardo Teixeira 1993 |
Actualização
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