Pelourinho de Barqueiros
| IPA.00005725 |
Portugal, Vila Real, Mesão Frio, Barqueiros |
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Arquitectura político-administrativa e judicial, quinhentista. Pelourinho sem remate, pelo que não pode ser alvo de classificação tipológica, com fuste cilíndrico, existindo uma segunda peça, com tratamento distinto, composta por duas secções de arestas espiraladas à esquerda, subdividido a meio por três anéis circulares, de igual dimensão. |
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Número IPA Antigo: PT011704010002 |
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Registo visualizado 638 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição senhorial Sem remate
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Descrição
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Do antigo pelourinho subsistem dois elementos que compunham a coluna, ambos em cantaria de granito; o primeiro apresenta fuste liso, cilíndrico, marcando inferiormente base quadrangular e no topo anel cilíndrico; junto a este possui ainda dois sulcos profundos, dispostos paralelamente na vertical. O segundo elemento, apresenta o fuste cilíndrico, de arestas espiraladas à esquerda, sendo seccionado a meio e rematado nos topos por três anéis circulares, de igual dimensão; na zona posterior possui sulco vertical convexo, interrompendo as espiras e os anéis. Este elemento assenta em base cilíndrica irregular, e é encimado por um fragmento de coluna, de fuste liso e remate quadrangular. |
Acessos
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Barqueiros, Largo do Pelourinho |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto. nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Rural ou urbano, adossado. Um dos fragmentos da coluna do antigo pelourinho subsiste na povoação de Barqueiros, no interior de uma casa junto ao Largo do Pelourinho, encontrando-se à entrada da loja, encostado à parede lateral direita da mesma. O outro fragmento, encontra-se na sede do concelho, em Mesão Frio, no interior da casa do antigo regedor, com a data de 1836 gravada na verga da porta de entrada, igualmente na loja e servindo de suporte central ao piso superior. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1123, 13 Setembro - foral da rainha D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, à povoação de Barqueiros; 1223, Setembro - foral dado por D. Sancho II; 1441, 1 Março - confirmação de D. Afonso V de todos os privilégios de Barqueiros; 1513, 20 Setembro - foral de D. Manuel, na sequência da qual se deve ter construído o pelourinho; pelo foral, D. Manuel determinava que a vila não pagasse mais direitos do que 3$7000 aos senhores de Penaguião; 1583, 10 Fevereiro - criação do título de Conde de Penaguião, por D. Filipe I, concedido a D. João Rodrigues de Sá; séc. 18, início - o concelho pertencia à Coroa; 1758 - segundo as Memórias Paroquiais da freguesia, o concelho e vila de Barqueiros, com 250 fogos, pertencia ao bispado do Porto, Comarca Eclesiástica de Sobre Tâmega e, no secular, à Comarca de Lamego; tinha câmara e juiz ordinário do cível, crime e órfãos e dois escrivães do público, judicial e notas, bem como capitão-mor, sargento-mor e duas companhias com dois capitães da Ordenança; há poucos anos, por ordem real, se havia dividido a dita companhia, pelo seu Conselho de Guerra, em duas companhias e criou-se de novo o capitão-mor; Barqueiros tinha praça pública com pelourinho, situada no bairro da Sub Igreja, o principal, onde a cada 24 de Agosto, dia de São Bartolomeu, se fazia feira franca, a que acudiam os moradores das freguesias vizinhas; a câmara continuava a pagar 3$7000 aos senhores de Penaguião, ficando com o senhorio dos montados e pescarias; 1836, 6 Novembro - extinção do concelho de Barqueiros e sua integração como freguesia no concelho de Mesão Frio; após a extinção do concelho, procedeu-se ao apeamento e parcial destruição do pelourinho, guardando-se um dos elementos numa casa particular nem Barqueiros, no largo do Pelourinho, e um outro na casa do antigo regedor, em Mesão Frio. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito. |
Bibliografia
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CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006; DIAS, António Gonçalves, Faustos de Mesão Frio, Crónicas Escritas à guisa de Monografia, Porto, 1999; FORNELLOS, Alvaro Maria de, Memória Historico-Economica do Concelho de Mesão Frio, Coimbra, 1886; LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. 1, Lisboa, 1983; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Nada a assinalar. |
Observações
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Em Barqueiros, no largo do Pelourinho, existe uma casa normalmente designada por "Macaca do Pelourinho" (v. PT011704010055), a qual possui, sobre uma das portas do piso térreo, busto escultórico, que alguns apontam como tendo pertencido ao pelourinho. Se assim fosse, de acordo com Ataíde Malafaia, "faria parte da peça do remate como sucedia no Pelourinho de Ansiães, onde havia uma figura semelhante" (pg. 454). |
Autor e Data
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Isabel Sereno e Ricardo Teixeira 1994 / Paula Noé 2008 |
Actualização
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