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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição de ordem militar Tipo pinha
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Descrição
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Estrutura em cantaria de granito, composta por soco circular de três degraus, bastante toscos, onde assenta a base hexagonal, com goibamentos duplos nas faces e a coluna com base circular anelada e decorada com meias esferas e motivos em forma de cabo, de onde evolui o fuste torso, composto por três colunelos, apresentando orifícios e gerando directamente o capitel, cuja secção é definida pela composição do primeiro. Remate em forma de pinha, apresentando, nas suas quatro faces, quatro escudos, respectivamente as armas reais (lado S.), a esfera armilar (lado N.), a cruz de Cristo (lado E.) e elemento não identificável (lado O.). É encimado por peça cónica estriada e decorada com meias esferas, que sustenta catavento em ferro com bandeirola. |
Acessos
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Largo da Praça. WGS84 (graus decimais) lat.: 39.728781; long.: -7.089454 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Urbano, destacado em superfície de pendente pouco acentuada, no centro da vila. Isolado na zona central de um espaço delimitado por edifícios rústicos e descaracterizados e pela antiga casa da câmara (v. PT020505120059). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1165 - doação da povoação de Idanha-a-Velha, em cujo termo se incluía Rosmaninhal, à Ordem do Templo, por D. Afonso Henriques; 1185 - provável construção do castelo; 1229 - D. Sancho II dá foral a Salvaterra do Extremo, concelho que integrava Rosmaninhal; 1237 - os Templários povoaram-na, através do mestre da Ordem, D. Estêvão de Belmonte; 1307 - o bispo de Idanha-a-Velho, D. Vasco Martins, intenta uma acção contra o Templo pela posse do castelo; 1310, 19 Janeiro - Rosmaninhal passa a pertencer à Coroa; 1319 - foi doada à Ordem de Cristo por D. Dinis; 1383-1385 - a povoação apoiou o Mestre de Avis; D. João I mandou reconstruir o castelo; 1505, 05 Novembro - um delegação da Ordem de Cristo visita a povoação inventariando os bens e rendimentos da mesma; 1510, 1 Junho - foral de D. Manuel elevando a povoação a vila, a qual era comenda da Ordem de Cristo; provável edificação do pelourinho; 1580 - a povoação apoiou o prior do Crato; 1627 - aprovação da carta orgânica das ordens monástico-militares, confirmando-se que a povoação pertencia à Ordem de Cristo; 1640 - construção de fortaleza por ordem de D. João IV, da qual subsistem alguns vestígios *1; tinha cerca muralhada com revelins e barbacã e era constituída por 500 vizinhos; a alcaidaria pertencia aos Marqueses da Fronteira; 1662 - 1667 - a povoação tinha 120 vizinhos, devendo-se o decréscimo aos saques castelhanos; 1678, 04 Novembro - por ordem de D. Pedro II, inicia-se a marcação e registo de terras da Comenda do Rosmaninhal; 1693, 26 Fevereiro - alvará de D. Pedro II a Salvaterra do Extremo, Penha Garcia, Segura e Rosmaninhal diminuindo-lhes em 70$000 o lançamento das eiras; 1704 - reparação da muralha e colocação de peças de artilharia na fortaleza; 1711 - edificação documentada da Casa da Câmara; 1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que a povoação era do Rei, como grãos-mestre da Ordem de Cristo, tendo cerca de 214 fogos, tendo uma fortificação do povo, contígua à do rei, estando em parte demolida; tem juiz ordinário e câmara, sujeitos ao corregedor da comarca; 1776, 07 Março - por ordem de D. Mariana Vitória, uma delegação da Ordem de Cristo visitou a Comenda do Rosmaninhal; 1807 - entrada de Junot em Portugal pelo Rosmaninhal; 1836 - extinção do concelho, sendo a povoação incorporada no concelho de Salvaterra do Extremo; 1839 - pertencia à Comarca de Castelo Branco; 1852, 24 Outubro - passou a pertencer à Comarca de Idanha-a-Nova; 1855, 24 Outubro - extinção do concelho de Salvaterra do Extremo, sendo integrada no de Idanha-a-Nova; 1864, 7 Dezembro - decreto criou a delegação alfandegária de 2.ª Ordem do Rosmaninhal, dependente da alfândega de Penamacor. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito; grimpa de ferro. |
Bibliografia
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ALMEIDA, José António Ferreira de, dir., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; AZEVEDO, Correia de, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-Os-Montes e Beiras, Porto, 1967; BEÇA, Humberto, Castelos de Portugal: os Castelos da Beira Histórica, Porto, 1922; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; DIAS, Jaime Lopes, Pelourinhos e Forcas do Distrito de Castelo Branco, V.N. Famalicão, 1935; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moesa, 1997; PINHEIRINHO, José António dos Santos, Rosmaninhal: Passado e Presente (da antiga vila raiana da Beira Baixa), Idanha-a-Nova, 2001; SALVADO, António, Elementos para um Inventário Artístico do Distrito de Castelo Branco, Castelo Branco, 1976; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Castelo Branco, Viseu, 2000; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74230 [consultado em 14 outubro 2016]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 32, n.º 163, fl. 983-988) |
Intervenção Realizada
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Nada a assinalar. |
Observações
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*1 - alguns panos de muralha da cerca urbana, perto da torre da cidadela e barbacã; a Forca existiu no sítio da Devesa. |
Autor e Data
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Margarida Conceição 1993 |
Actualização
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