Torre do Palácio dos Terenas / Torre de Pedro-Sem / Torre da Marca
| IPA.00005554 |
Portugal, Porto, Porto, União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos |
|
Casa-torre, construída na 1ª metade do séc. 14, associada a uma quinta na periferia da cidade do Porto, a qual foi ampliada e transformada no séc. 18 pela justaposição de um solar. Surgindo primitivamente como uma residência senhorial rural, na periferia da cidade, está hoje inserida na malha urbana, enquadrada por numerosas e densas construções, conservando apenas do lado S. o espaço verde dos jardins do Palácio de Cristal. |
|
Número IPA Antigo: PT011312070006 |
|
Registo visualizado 3154 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
|
Descrição
|
Torre de planta rectangular. A fachada E. apresenta uma porta de arco apontado ao nível do rés-do-chão e uma outra pequena abertura secundária rectangular. Ao nível do 1º andar, apresenta duas pequenas frestas rectangulares e outras duas geminadas e trilobadas. Ao nível do 2º andar surgem duas janelas rectangulares, talvez substituindo outras mais antigas. Ao nível do último andar, apresenta seis frestas trilobadas e geminadas, duas a duas. É rematada por merlões em cuja base corre um renque de cachorros. As outras fachadas encontram-se envolvidas pelo palácio do séc. 18, sendo apenas observáveis ao nível do último andar o qual apresenta, a S. e a O., frestas geminadas e trilobadas idênticas às da fachada E. A intervenção de 1986 transformou profundamente todo o interior bem como a estrutura dos telhados. |
Acessos
|
Massarelos, Rua da Boa Nova |
Protecção
|
Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria, DG, 2ª série, n.º 115 de 16 maio 1960 |
Enquadramento
|
Urbano. Constitui um conjunto arquitectónico com o Palácio de Monfalim e Terena. Para S., situam-se os jardins do Palácio de Cristal onde existiu a Torre da Marca, baliza que marcava ou indicava o enfiamento da barra à navegação que demandava o Porto e cuja mesma designação é atribuída, por confusão, a esta Torre dos Terenas ou de Pedro Sem. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Residencial: casa |
Utilização Actual
|
Política e administrativa: serviços de organização religiosa |
Propriedade
|
Privada: Igreja Católica |
Afectação
|
|
Época Construção
|
Séc. 14 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
|
Cronologia
|
Séc. 14, 1ª metade - mandada construir por Pedro de Sem, chanceler-mor de D. Afonso IV; 1431 - referência entre os bens de Martim do Sem, chanceler-mor de D. Duarte e bisneto de Pero do Sem, à quinta da torre de Pero Sem; 1454 / 1516 - pela morte de um outro descendente também de nome Pero do Sem, receberam a quinta os seus parentes colaterais João Sanches e sua mulher Isabel Brandão, filha de João Brandão, contador da Fazenda do Porto; 1576 - Rui Brandão Sanches institui o morgadio da família, incluindo nele a quinta e torre de Pero Sem; séc. 18 - é construído o palácio junto da torre; séc. 19 - dos Brandões, a torre passou aos condes e marqueses de Terena e depois aos primeiros e únicos marqueses de Monfalim; 1919 - foi adquirida com o palácio pela Diocese do Porto para servir de Paço Episcopal enquanto a Câmara Municipal do Porto utilizava o actual (1916 - 1956), tendo sido depois residência do Prelado da Diocese e mais tarde sede dos serviços do Centro de Cultura Católica. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Granito. |
Bibliografia
|
VITERBO, Sousa, O Pedro Sem, O Tripeiro, Porto, 1(23) 1909, p. 73 - 74 e 1(24) 1909, p. 91 - 92; PASSOS, Carlos de, Guia Histórico e Artístico do Porto, Porto, 1935, p. 295 - 298; BARREIROS, Guilherme Bonfim, FREITAS, Eugénio de Andrea da Cunha e, Janelas Portuguesas, Porto, 1961, p. 10, est. 10 e 12; Casas do Porto. Século XIV ao XIX, Porto, 1961, est. 3; COUTINHO, Bernardo Xavier, Casas antigas e restos venerandos, História da Cidade do Porto, Porto, 1962, vol. 1, p. 538 - 542; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976, p. 460; Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário, Lisboa, 1993, vol. II, Distrito do Porto, p. 79. |
Documentação Gráfica
|
DGPC: DGEMN:DREMN |
Documentação Fotográfica
|
DGPC: DGEMN:DREMN |
Documentação Administrativa
|
DGPC: DGEMN:DREMN |
Intervenção Realizada
|
1986 - A Diocese recuperou o interior da torre, destinando-o a área residêncial, cujo projecto do Arq. Abrunhosa de Brito, apresentou nos Serviços da Câmara Municipal do Porto com a designação de Torre da Marca. A Divisão de Museu e Património Histórico da Cidade pronunciou-se favoravelmente pela execução das obras e nenhuma outra entidade apreciou o projecto de adaptação, porque o imóvel é classificado de Torre das Terenas, e todo o processo foi designado por Torre da Marca, da qual não existe qualquer classificação especial. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
Isabel Sereno e Paulo Dordio 1994 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |