Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular

IPA.00005466
Portugal, Porto, Porto, União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
 
Monumento comemorativo alusivo à Guerra Peninsular, construído no séc. 20, pela Câmara, com carácter histórico, constituindo um dos monumentos comemorativos mais importantes da cidade. Com projeto inicial de 1907, da autoria do arquiteto José Marques da Silva e do escultor António Alves de Sousa, as obras só começaram em 1914 e, devido a uma série de vicissitudes, estiveram interrompidas durante muitos anos, sendo concluídas apenas em 1951, após a morte do arquiteto. De facto, foi sob o impulso da sua filha e genro, ambos arquitetos, que a obra chegou ao seu término, ainda que os grupos escultóricos, realizados pelos escultores Henrique Moreira e Sousa Caldas, tivessem sofrido algumas alterações, dada a dotação financeira limitada. O monumento é composto por plataforma quadrangular, sobreposto por plinto, à volta do qual se desenvolvem grupos escultóricos, em bronze, e alto obelisco, com representação da vitória. A plataforma, formada por várias molduras, tendo na face nascente as armas da cidade, relevadas, em granito, é encimada por grupos escultóricos com cenas da 2.ª invasão francesa, comandada por Soult. Na face nascente, é retratada a vitória, surgindo entre as tropas pessoas do povo e uma mulher a empunhar uma espada, na mão direita, e a bandeira nacional, na esquerda. Na face oposta é representado a catástrofe da Ponte das Barcas (1808), onde uma mulher segura uma criança. O plinto possui na secção superior, definida por molduras, nas faces viradas à Avenida da Boavista, as datas "MDCCCVIII" e "MDCCCIX", em cantaria, aludindo aos acontecimentos bélicos da 2.ª invasão francesa. O obelisco é formado por coluna, em cantaria, com 45 m de altura, tendo na zona inferior do fuste, figuras relevadas de soldados, cenas de guerra e os medalhões dos generais Silveira e Sepúlveda. É coroado por duas figuras simbólicas, em bronze, formado por uma águia, de asas abertas, subjugada por um leão, sentado, representando a vitória nacional sobre o Império de Napoleão.
Número IPA Antigo: PT011312040176
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Comemorativo  Monumento comemorativo    

Descrição

Acessos

Cedofeita, Praça Mouzinho de Albuquerque; Rotunda da Boavista

Protecção

Em vias de classsifcação

Enquadramento

Urbano, isolado. Implanta-se no centro do Jardim da Praça Mouzinho de Albuquerque, inserido numa placa circular arrelvada, destacando-se da paisagem da cidade e dispondo-se no enfiamento visual de todas as ruas que dão acesso à praça.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Comunicações: monumento comemorativo

Utilização Actual

Comunicações: monumento comemorativo

Propriedade

Pública: Municipal

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: José Marques da Silva (1907); David Moreira da Silva (1947-1951); Maria José Marques da Silva (1947-1951). ESCULTORES: António Alves de Sousa (1907); Henrique Moreira (1947-1951); Sousa Caldas (1947-1951). FIRMAS: Cooperativa dos Pedreiros (1947-1951); CRERE (2008-2009); Fundição do Bolhão (1947-1951).

Cronologia

1907 - data do projeto da autoria do arquiteto José Marques da Silva (1869-1947) e do escultor António Alves de Sousa (1884-1922), que obtiveram o primeiro prémio no concurso realizado para a feitura do Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular; 1914 - início da construção do monumento, sendo, pouco depois, suspensas devido às dificuldades económicas resultantes da guerra; 1922 - data da morte do escultor Alves de Sousa; 1947 - o então presidente da câmara, Dr. Luís de Pina, reúne com o arquiteto Marques da Silva para discutir um plano para a conclusão do monumento, informando que o Município dispunha apenas de 3000 contos para a obra; Marques da Silva faz diligências junto dos escultores Henrique Moreira e Sousa Caldas, da Fundição do Bolhão e da Cooperativa dos Pedreiros, à qual a obra havia sido adjudicada; no entanto, as despesas para concluir a obra eram superiores à verba disponível; 06 junho - data da morte do arquiteto Marques da Silva; posteriormente será a filha de Marques da Silva, Maria José Marques da Silva, e o seu marido David Moreira da Silva, ambos arquitetos, que irão retomar os trabalhos e a orientação da conclusão do monumento; perante a verba fixada pela Câmara, os escultores Henrique Moreira e Sousa Caldas tiveram de proceder a algumas alterações ao projeto original; 1951 - inauguração do monumento escultórico, sendo presidente da Câmara o coronel Licínio Presa; 2008 - 2009 - restauro do monumento pela empresa CRERE; 2022, 21 outubro - abertura do procedimento de classificação do Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular em Anúncio n.º 220/2022, DR, 2.ª série, n.º 204.

Dados Técnicos

Materiais

Estrutura em cantaria de granito; grupos escultóricos em bronze.

Bibliografia

Catálogo da Exposição a J. Marques da Silva. Porto: 1986; QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho - Inventário Artístico de Portugal, cidade do Porto. Lisboa: Academia Nacional de Belas Artes, 1995; VIEIRA, Vítor Manuel Lopes, FERREIRA, Rafael Laborde - Estatuária do Porto. 1987; CORDEIRO, José Manuel Lopes - «Os Heróis da Guerra Peninsular». In Público. 13 maio 2001 (https://www.publico.pt/2001/05/13/jornal/os-herois-da-guerra-peninsular-157695), [Consultado em 24 outubro 2022]; «Restauro do Obelisco da Boavista» (http://crereportugal.com/pt/restore/detail/19), [Consultado em 24 outubro 2022].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Isabel Sereno 1996

Actualização

 
 
 
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