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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Chalet
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Descrição
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De planta em V irregular, resultante da articulação de 3 edifícios - também eles de planta irregular, um em V e os outros 2 em L -, o conjunto apresenta volumetria escalonada e cobertura efectuada por telhados a 1, 2 e 3 águas articulados nos ângulos. Fachada principal compõe-se de 3 corpos a diferentes alturas, correspondentes a um átrio de entrada e a 2 dos edifícios. De 2 pisos cada (o que se encontra à direita exibe friso de cantaria a separar os níveis), estes edifícios apresentam abertura de vãos a ritmo regular com emolduramento simples de cantaria, reconhecendo-se no edifício à esquerda 5 alinhamentos de janelas de guilhotina. No edifício da direita observa-se uma porta no piso térreo e janelas também de guilhotina, sendo 3 delas encimadas por janelas de sacada com guarda metálica de varas e anel a meia altura. Destaca-se o ângulo desta edificação, em alpendre suportado por finos colunelos e servido por escadaria do lado posterior. O acesso ao interior efectua-se por portão de verga curva - encimado por pedra de armas (*1) - conducente a pátio rectangular com nora, que articula a ala descrita com o 3º edifício (antiga casa dos caseiros). Sendo parcialmente coberto por telhado a 1 água e murado no alçado de topo, por ele acede-se também a um jardim que desenvolve contiguamente aos alçados posteriores. Os alçados posteriores dos 3 corpos apresentam uniformidade entre si e caracterizam-se pela abertura a ritmo regular de vãos com emolduramento simples de cantaria, correspondentes na maioria a janelas de guilhotina. A compartimentação interna mantém a distribuição original, constatando-se que no edifício mais antigo, os espaços se organizam em função de pátio interno. No edifício que se encontra a si adossado (à direita) e interligado ao nível do 1º piso, observa-se a existência de várias salas - orientadas para o alçado principal - intercomunicantes e servidas por corredor longitudinal a elas contíguo, e pelo qual se acede também ao pátio. Por estes espaços se distribuem salas temáticas de exposições, biblioteca municipal especializada e gabinetes vários. |
Acessos
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Rua Padre António Vieira. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,832626; long.: -9,179801 |
Protecção
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Categoria: MIM - Monumento de Interesse Municipal, Deliberação da Assembleia Municipal de Loures de 16 setembro 2010, Boletim Municipal de 06 outubro 2010 |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado, na proximidade do adro da Igreja Matriz ( v. PT03110707002). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu / Cultural e recreativa: biblioteca |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 (conjectural) / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Ricardo Hartman (1970). |
Cronologia
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Séc. 17 - construção do edifício mais antigo da então designada Quinta da Igreja; 1824 - campanha de obras de ampliação (construção de corpo em L), promovida pelo proprietário, o político Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato (1779 - 1838); 1955 - a propriedade encontra-se na posse do Sr. Mirandella; 1956 - a parte de provável origem seiscentista da propriedade é adquirida (ao Sr. Mirandella) pelo Dr. Eduardo Brasão, historiador e embaixador de Portugal no Vaticano, que empreende uma campanha de obras sob a orientação do Arquitecto António Lino; 1967 - aquisição da casa contígua pelo Dr. Eduardo Brasão aos descendentes de Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato; 1979 - a propriedade é adquirida pela Câmara Municipal de Loures, com vista à instalação dos seus serviços culturais; 1980 - início das obras de adaptação da Casa do Adro às novas funções a que fora destinada, partindo do projecto do Arquitecto Alfaro Martins, transformado pelo Arquitecto Ricardo Hartman (que o organizou em 3 fases); 1985, 4 Outubro - inauguração do Museu Municipal (após a conclusão da 1ª fase das obras); 1990 - concluída a 3ª fase da campanha de obras de adaptação da antiga Casa do Adro a Museu, Biblioteca e Arquivo municipais; 1996, 20 março - proposta de classificação do edifício pela Câmara Municipal de Loures; 09 abril - Despacho de abertura do processo de classificação pelo vice-presidente do IPPAR; 1999, 10 fevereiro - parecer do Conselho Consultivo do IPPAR para classificação como Valor Concelhio; 21 abril - Despacho de homologação pela Secretária de Estado da Cultura; 2011, 02 março - retificação a a alterar a designação de Imóvel de Interesse Público para Monumento de Interesse Municipal e retirou a Zona de Proteção de 50 metros por não estar prevista la Lei para esta categoria de classificação, publicada no Boletim Municipal desta data. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira, azulejos. |
Bibliografia
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MORATO, Francisco Manuel Trigoso de Aragão, Memórias, (edição de Ernesto de Campos deAndrade), Coimbra, 1933; AZEVEDO, Carlos de, GUSMÃO, Adriano, FERRÃO, Julieta, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, 1963; BRASÃO, Eduardo, A Igreja Matriz de Loures e os Templários, Lisboa, 1975; Casa do Adro Dá Apoio a Actividades Culturais, in A Capital, 12.10.1985; STOOP, Anne de, Quintas e Palácios nos Arredores de Lisboa, Barcelos, 1986; Museu Municipal de Loures 10 Anos 1985 - 1995, Loures, 1995; Rotas de Loures. História e Património, Loures, s.d. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1980 / 1990 - campanha de obras de adaptação a Museu, Biblioteca e Arquivo municipais, tendo-se procedido designadamente a: criação de espaços contíguos e menos compartimentados, instalação de calhas electrificadas, introdução de sistemas de climatização e controle de humidade, instalação de sistema de detecção de incêndios e de alarme contra intrusão. |
Observações
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*1 - na qual se pode ler o ex-libris do Dr. Eduardo Brazão: Vincit qui se vincit (Vence aquele que se vence). |
Autor e Data
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Cecília Matias, Teresa Vale e Maria Ferreira 1998 |
Actualização
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