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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de condução Aqueduto
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Descrição
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Estrutura em alvenaria de pedra, composta por uma arcada com vinte e três arcos de volta perfeita, de grande dimensão, e aduelas regulares em cantaria, assentes em altos pilares, de diferentes alturas, acompanhando os desníveis do terreno, assentes em plintos paralelepipédicos. Para a passagem da "estrada de Avintes", foi aberto um vão no muro do aqueduto, atualmente com viga de de betão. Nos extremos da estrutura, os paramentos são cegos. No topo corre o canal da água, protegido por tampa. |
Acessos
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Oliveira do Douro, Rua Arcos do Sardão; EN 222 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 35 817, DG, 1.ª série, n.º 187 de 20 agosto 1946 |
Enquadramento
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Urbano, isolado ou adossado. Ergue-se adaptado ao declive do terreno, bordejado por rua, com ou sem passeio separador, parcialmente sobre placa ajardinada, e passando sobre a estrada nacional. Alguns dos arcos possuem no intradorso muro, que delimita propriedade privada, e, num dos arcos, portão em ferro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: aqueduto |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: Municipal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1770 - Construção do aqueduto por José Bento Leitão, sargento-mor de Ordenanças, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, e avô materno de Almeida Garret, que obtivera grande fortuna no Brasil; o aqueduto tem o objetivo de conduzir a água ao palacete da Quinta do Sardão, que José Bento Leitão construíra em Oliveira do Douro, e onde cria os seus filhos, nomeadamente, D. Ana Augusta de Almeida Leitão, mãe do poeta; 1881 - descrição da casa, capela e da quinta do Sardão por Gomes de Amorim, autor das Memórias Biográficas de Garret *1; posteriormente, a casa é doada pelos últimos descendentes de José Bento Leitão, aos padres lazaristas ou às irmãs da Caridade, francesas; 1923, 16 setembro - a Junta de Freguesia manda tirar a planta do terreno baldio dos Arcos do Sardão para por em praça; 1966, cerca - interrupção do aqueduto e criação de amplo arco abatido em betão, para vencer a estrada nacional; 1987, finais - destruição parcial do aqueduto devido aos trabalhos efetuados pelas máquinas num empreendimento urbanístico contíguo. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Estrutura de alvenaria de pedra onde predomina o granito; aduelas e pilares em cantaria de granito. |
Bibliografia
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ALMEIDA, Luís Gomes de - Notas Monográficas sobre a Freguesia de Santa Eulália de Oliveira do Douro. Vila Nova de Gaia: Junta de Freguesia de Oliveira do Douro, 1985; FERRAZ, Paulo, FERNANDES, António - «Empreiteiro e IPPAR no "banco dos réus". Arcos do Sardão em risco». In O Comércio do Porto. Porto: 24 janeiro 1998; PACHECO, Helder - O Grande Porto. Lisboa: 1986. |
Documentação Gráfica
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DGEMN:DREMN |
Documentação Fotográfica
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DGEMN:DSID, SIPA, DGEMN:DREMNorte |
Documentação Administrativa
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DGEMN: DREMN |
Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Gomes de Amorim descreve a quinta como "magnifica e muitas vezes maior que a do Castello. Compõe-se de pomares, terras de pão e matas. Além de outras nascentes, recebe agua com abundancia de um aqueducto, formado por vinte e três arcos, assentes em outros tantos pilares, de estylo romano, semelhantes aos que levam agua para a Serra do Pilar. O arco mais alto terá uns doze ou quatorze metros de altura. São erguidos na extremidade sul da quinta, à beira da estrada de Villar de Andorinho, e fornecem água para um grande depósito, onde concorrem muitas lavandeiras. A água canalisada por baixo do chão, desde o pinhal, entra na mina d'onde passa para o cano do aqueducto, a uns duzentos metros do primeiro arco, vindo de Villar de Andorinho. É deliciosa, fresca e leve como a da fonte da Sabuga, em Cintra. Na parte superior da base do terceiro pilar, contando da mina, está, do lado da estrada, esta data, grosseiramente aberta na pedra, e quasi apagada já pelo tempo" 177U. Supponho ser a data da fundação. Desenhei fielmente os caracteres". |
Autor e Data
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Isabel Sereno e João Santos 1994 |
Actualização
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Paula Noé 1998 |
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