Memorial da Ermida
| IPA.00005314 |
Portugal, Porto, Penafiel, Paço de Sousa |
|
Arquitectura funerária, românica. Monumento funerário constituido por um arco apontado sobre sobre base de pedra rectangular, com sapata, onde foi aberta a cavidade sepulcral, com tampa elevada e sustentada por pequenas colunas geminadas. É rematado por cornija e friso esculpido com motivos vegetalistas. O Memorial da Ermida faz parte dos seis monumentos deste tipo, existentes no território nacional, sendo eles para além do da Ermida o Monumento Funerário do Sobrado / Marmoiral da Boavista (v. PT010106090003), o Memorial de Santo António do Burgo / Arco da Rainha Santa (v. PT010104160003), o Memorial de Lordelo (v. PT011302010002), o Memorial da Alpendurada (v. PT011307010004).*3 |
|
Número IPA Antigo: PT011311150005 |
|
Registo visualizado 1059 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Estrutura Político e administrativo Estrutura de delimitação territorial Marco Marco de couto
|
Descrição
|
Memorial constituído por um plinto rectangular de quatro fiadas de silhares graníticos, com sapata, sendo a superior decorada por um sulco que torneia a plataforma, sobre a qual se ergue uma parede rasgada por um arco quebrado, com aresta em toro e decoração em bolame. O conjunto é encimado por uma cornija com friso de decoração fitomórfica biselada com remates prismáticos nos extremos. No vão do arco encontra-se uma pedra sepulcral, sendo desprovida de decoração, possuindo somente um toro em relevo que a envolve, assim como no seu vértice, estando assente em dois blocos com colunelos esculpidos que apresentam capitéis com faces humanas toscamente modeladas. O monumento encontra-se rodeado por uma base de lajes graníticas. |
Acessos
|
Lugar da Ermida *1; estradão ao km 2 da EN 106-3 |
Protecção
|
Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria n.º 647/2014, DR, 2.ª série, n.º 148 de 04 agosto 2014 |
Enquadramento
|
Rural, periférico, em espaço ajardinado, na plataforma superior do vale do Rio Cavalum, delimitado a NE pela Avenida da Ermida, a NO pela Rua de Rebordim e a S. por campo com plantação de vinha. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Política e administrativa: marco de couto |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
|
Privada: pessoa singular |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 13 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
Séc. 13 - Edificação original; 1940 (década) - obras de restauro; 1960 - encerramento do terreno privado que circunda o monumento por iniciativa do proprietário, vedando o seu acesso; 2006 / 2007 - obras de conservação do monumento, conservação e valorização da envolvente; 2007, 20 março - proposta de fixação de Zona Especial de Proteção; 16 maio - parecer favorável do Conselho Consultivo do IPPAR à proposta de fixação de Zona Especial de Proteção; 2009, 02 setembro - Despacho de homologação do Ministro da Cultura à proposta de Zona Especial de Proteção. |
Dados Técnicos
|
Estrutura autónoma. |
Materiais
|
Estrutura de granito à vista. |
Bibliografia
|
VIEIRA, José Augusto, O Minho Pittoresco, vol. 2, Lisboa, 1887, p. 546 e 556; AGUIAR, J. Monteiro de, Penafiel Antiga. O Marmoiral ou o Arco da Ermida, Câmara Municipal de Penafiel - Relatório, Penafiel, 1933, p. 14; VITORINO, Pedro, Os marmoriais, sep. de Douro Litoral, 1ª série, 5, Porto, 1942, p. 15 - 18; MIRANDA, Abílio, Marmoiral, Penafidel - Boletim da Comissão Municipal de Cultura, 1, Penafiel, 1947, p. 9 - 11; SILVA, António Manuel S. Pinto da, O Memorial de Santo António Stª Eulália, Arouca) e os Marmoirais medievais: revisão da sua problemética e propostas para uma análise globalizante in Actas das I Jornadas de História e Arqueologia do concelho de Arouca, Arouca, 1987, p. 84, 94 - 96; BARROCA, Mário Jorge, Necrópoles e Sepulturas Medievais de Entre-Douro-e-Minho (séculos V a XV), Porto, 1987, p. 449 - 450; ROSAS, Lúcia Maria Cardoso (coord.), Rota do Românico do Vale do Sousa (monografia),Valsousa-Rota do Românico do Vale do Sousa, 2008. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DREMN |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
|
IHRU: DGEMN/DREMN |
Intervenção Realizada
|
1940, década - Obras de restauro; 1960 - proprietário procedeu à reconstrução de um muro de vedação no terreno que circunda o monumento, com entrada privativa e fechado por portão de ferro, à margem da EN 106-3, dentro da zona de protecção do monumento; DGEMN: 2005 - obras de conservação do memorial; obras de conservação e valorização de acesso ao imóvel; conclusão dos trabalhos de conservação e valorização do acesso e tratamento da envolvente. |
Observações
|
*1 - Estava originalmente localizado junto à Estrada Velha que atravessava a freguesia de Paço de Sousa, passava pela Ponte do Vau, seguindo depois para Nascente, já dentro dos limites da paróquia medieval de Santa Maria de Coreixas, posteriormente inttegrada na de Irivo, situação alterada devido às transformações da rede viária. *2 - A Rota do Românico do Vale do Sousa inclui 19 imóveis: Igreja de São Miguel de Entre-os-Rios (v. PT011311100010), Igreja de Gândara (v. PT011311040009), Igreja de São Gens de Boelhe (v. PT011311020008), Igreja de Abragão (v. PT011311010015), Capela da Senhora do Vale (v. PT011310080004), Igreja de São Pedro de Ferreira (v. PT011309050001), Ponte de Espindo (v. PT011305130009), Ponte de Vilela (v. PT011305020008), Igreja de Aveleda (v. PT011305020004), Torre de Vilar (v. PT011305260005), Igreja de Santa Maria de Airães (v. PT011303020007), Igreja Matriz de Unhão (v. PT011303280004), Igreja de São Vicente de Sousa (v. PT01303260008), Igreja Velha de São Mamede de Vila Verde (v. PT011303330020), Igreja de Paço de Sousa (v. PT011311220003), Igreja de Cete (v. PT011310080001), Igreja Matriz de Meinedo (v. PT011305130002) e Mosteiro de Pombeiro (v. PT011303150001). *3 - segundo a lenda que os envolve, foram construídos para pouso do caixão que transportava o corpo defunto da Infanta D. Mafalta durante o percurso de Rio Tinto até ao Mosteiro de Arouca, onde foi sepultada. |
Autor e Data
|
Isabel Sereno / Paulo Amaral 1994 / Ana Filipe 2010 |
Actualização
|
Paula Noé 1998 |
|
|
|
|
| |