Fortim de Montedor / Forte Paçô
| IPA.00005168 |
Portugal, Viana do Castelo, Viana do Castelo, Carreço |
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Forte marítimo construído no séc. 17, em local estratégico, com pequenas dimensões. Apresenta planta estrelada, composta por face virada a terra com tenalha, formada por dois redentes, unidos por pequena cortina onde se rasga o portal, e face virada ao mar com dois outros redentes, mais pequenos, enquadrando uma bateria a barbete, em forma de meia lua. Tem paramentos em talude, em alvenaria de pedra e cunhais em cantaria, atualmente sem remate, mas com vestígios de antigas guaritas sobre os ângulos flanqueados. Possui a mesma conceção geral e o tipo de planta empregue no forte da Areosa (v. IPA.00004126) e no Forte do Cão (v. IPA.00005685), denotando assim a repetição do mesmo programa construtivo ao longo da costa, possivelmente com vista a uma maior rapidez de construção. Cruzava fogo com estes dois fortes, evitando assim o desembarque naquela zona, onde a costa era bastante permeável. |
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Número IPA Antigo: PT011609080017 |
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Registo visualizado 1221 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Militar Forte
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Descrição
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Planta estrelada composta por tenalha na face virada a terra, disposta a nascente, formada por dois redentes, unidos por pequena cortina, e por dois outros redentes, mais pequenos, enquadrando bateria a barbete, em forma de meia lua, na face virada ao mar. Apresenta paramentos em talude, em alvenaria de pedra e cunhais em cantaria aparelhada, já não tendo remate, ainda que em alguns ângulos flanqueados conserve o arranque das antigas guaritas. Na pequena cortina virada a terra, rasga-se portal em arco de volta perfeita, sobre os pés direitos. |
Acessos
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Carreço, a norte do monte de Montedor, EN. 13, Avenida do Forte. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,758859; long.: -8,876479 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 47 508, DG, 1.ª série, n.º 20 de 24 janeiro 1967 |
Enquadramento
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Marítimo, isolado, implantação harmónica. Ergue-se sobre um maciço rochoso, junto à praia dos Ingleses a poucos metros do mar. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: forte |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1683 - o Dr. Monteiro Monterroio em sessão de Câmara de Viana pediu para se fazerem redutos, plataformas nos desembocaduras no rego das fontes de Montedor e rio Âncora para depor peças de artilharia se fosse necessário e para ali haver vigias e guardas; séc. 17, 2ª metade - construção do forte; 1716 - Junta dos três Estados decide desactivar o forte; 1984, 6 Julho - auto de cessão cedendo o forte à Comissão Regional de turismo do alto Minho (Costa Verde); 1995 - IPPAR aprova um projecto, da autoria do Arqº Luís Teles, para adaptação do Forte a restaurante; posteriormente, o mesmo arquitecto elaborou um outro projecto, para instalação de um Centro de interpretação e de apoio a percursos ambientais no imóvel, e o arqº Costa Marques o projecto de valorização da área envolvente. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria e cantaria de granito; porta de madeira. |
Bibliografia
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PERES, Damião, A Gloriosa História dos Mais Belos Castelos de Portugal, Porto, 1969; FERNÁNDEZ de la Cigoña Nuñez, Teoría y Proyecto sobre les Fortificationes Militares al Norte del Duero, s.l., Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia, 1987; LEAL, António J. Cunha, Roteiro Arqueológico de Viana do Castelo, Viana do Castelo, 1992; Viana do Castelo: Escola de Hotelaria vai instalar-se no Castelo de Santiago da Barra, Público, Porto, 15 Março 2002, p. 50; NEVES, Valença - Entre a História e o Sonho, Valença, 2003. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DREMN |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMN |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN:DSID |
Intervenção Realizada
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1992 - Obras de conservação e restauro por parte da Região de Turismo do Alto Minho, com vista ao seu aproveitamento turístico e cultural. |
Observações
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Foi um dos muitos fortes construídos durante o séc. 17 para reforço da costa portuguesa perante a ameaça espanhola, integrando-se este na linha defensiva estrategicamente colocada nas margens do Rio Minho e ao longo da Costa Atlântica. Estas fortificações ( segundo Fernández, 1987 ), em particular as situadas entre Vila Praia de Âncora e Esposende, são praticamente iguais na forma, resultam, com probabilidade, da elaboração do mesmo arquitecto ou projectista e representam um avanço no sistema de defesa e vigia. O autor não exclui a hipótese desta situação se verificar para S., na fronteira marítima até ao Guadiana, obedecendo a uma política nacional de defesa da costa. |
Autor e Data
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Paula Noé 1992 / 1995 / Filomena Bandeira 1996 |
Actualização
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