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Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoado Povoado proto-histórico Povoado fortificado
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Descrição
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Povoado fortificado revelando na área periférica da plataforma superior, nos lados N. e NE, uma ocupação do Bronze Final. As posteriores linhas defensivas são constituídas por três ordens de muralhas, sendo apenas visível o troço poente da primeira muralha e as restantes são indiciadas pelos taludes e plataformas existentes. Na plataforma central localizam-se construções de planta circular, evidenciando algumas sobreposições de ocupações. O povoado foi fortemente romanizado conforme o demonstra, na metade N. da plataforma superior, uma casa de planta quadrangular que parece centrar-se num pátio lajeado, com pórtico envolvente por três lados, à volta do qual se desenvolvem vários compartimentos, apresentando anexo ao corpo principal, no lado N., um pequeno conjunto de compartimentos de planta irregular, estando ladeada por outro edifício de grandes dimensões, de planta rectangular, com alguns pavimentos lajeados e caleiras de escoamento. Relativo à Idade Média regista-se, na plataforma superior a S. do complexo romano, um templo alti-medieval dedicado a S. Rosendo, a que se sobrepôs um edifício baixo-medieval, contemporâneo de uma extensa e numerosa necrópole de inumação constituída por caixas sepulcrais de contorno sub-rectangular, com as paredes delimitadas por lajes de granito sumariamente debastadas. Neste local terá existido um castelo medieval, e embora tenha aqui sido registado espólio cerâmico coevo não se tenha detectou qualquer estrutura com ele relacionado. |
Acessos
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Monte Córdova, Caminho florestal de acesso à Capela da Senhora do Padrão a partir do cruzamento da EN 558 para o Quinchães, Rua da Senhora do Padrão. |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG nº 136 de 23 Junho 1910 / ZEP, Portaria n.º 372/2011, DR, 2.ª Série, n.º 35, de 18 de fevereiro de 2011 |
Enquadramento
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Rural, isolado, remate de esporão, coberto com pinheiros e eucaliptos, sobranceiro ao Rio Sanguinhedo. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Pública: municipal / Privada: pessoa singular |
Afectação
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Época Construção
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Proto-história |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável |
Cronologia
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Séc. 9 a.c. - primeira ocupação; 1951, 6 Novembro - Decreto Lei esclarecendo que Castro de Monte Códova, classificado em 1910, passa a ter o nome de Castro do Monte Padrão. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes; muralhas construídas com silhares assentes em seco, em aparelho poligonal e irregular, constituídas por dois paramentos paralelos preenchidos interiormente com pedra miúda; paredes das construções em aparelho irregular com pedra miúda e com silhares em dois paramentos unidos por argamassa com uma largura de c. de 50 cm; paramento interior de algumas habitações rebocado; sepulturas estruturadas com lajes. |
Materiais
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Muralhas e construções em granito, argamassa, cobertura de construções com tegula e imbrex; base de coluna em granito; pavimentos das construções lajeados e em terra batida e saibro; caleiros de lajes graníticas; sepulturas estruturadas com lajes graníticas. |
Bibliografia
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TOMÁS, Fr. Leão S., Benedictina Lusitana, 2, Coimbra, 1644, p. 160; LEAL, Pinho e FERREIRA, Augusto, Portugal Antigo e Moderno, vol. 5, Lisboa, 1875, p. 471 - 472; GAMA, Arnaldo, Correspondência Martins Sarmento - Padre Joaquim Pedrosa, Revista de Guimarães, 50 (1 - 4), Guimarães, 1940; SANTARÉM, Carlos M. Faya, O Castro do Monte do Padrão, O Concelho de Santo Tirso - Boletim Cultural, 1 (1), Santo Tirso, 1951, p. 49 - 66; SANTARÉM, Carlos M. Faya, O Castro do Monte Padrão. Campanhas de 1952 - 53 - 54, O Concelho de Santo Tirso - Boletim Cultural, 3 (4), Santo Tirso, 1955, p. 397 - 429; ALMEIDA, Carlos Alberto F. de, Castelogia Medieval de Entre-Douro-e-Minho. Desde as origens a 1220, dissert. complem. de doutoramento, policopiado, Porto, 1978, p. 39; PONTE, Salete da, Fíbulas de sítios a Norte do rio Douro, Lucerna, s/n, Porto, 1984, p. 129 e 136; MARTINS, Manuela, Sondagens arqueológicas no castro do Monte do Padrão, Cadernos de Arqueologia, série, II, 2, Braga, 1985, p. 217 - 230; CENTENO, Rui M. S., Circulação Monetária no Noroeste de Hispânia até 192, Porto, 1987, p. 115 - 116; BARROCA, Mário Jorge, Necrópoles e Sepulturas Medievais de Entre-Douro-e-Minho (séculos V a XV), Porto, 1987, p. 246 e 335; MOREIRA, Álvaro, Estação Arqueológica de Monte Padrão, Santo Tirso Arqueológico, 1, Santo Tirso, 1991, p. 28 - 30. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1950 / 1956 - escavação arqueológica sob orientação de Carlos Faya Santarém; 1985 - escavação arqueológica sob orientação de Francisco Sande Lemos; 1990 / 1993 - escavação arqueológica sob orientação de Álvaro Moreira. |
Observações
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* DOF: Castro de Monte-Cordova. O espólio desta estação relativo ao Bronze Final é constituído por mós tipo naveta, machados polidos, faca de silex, raspador em quartzite, fragmentos de taças carenadas tipo Alpiarça, vasos tronco-cónicos, fragmentos com decoração Bouquique tipo Cogotas I; relativamente à Idade do Ferro e romanização detectou-se cerâmica comum de fabrico micáceo, tanto manuais como feitos a torno, tegula, imbrex, cerâmica comum indígena e romana de importação, ânfora, vidro, contas de colar em pasta vítrea, lucernas, artefactos e objectos de adorno em bronze, artefactos em ferro, fíbulas em bronze tipo Sabroso e tipo Anular (Fowler Aa), cossoiros, mós manuárias rotativas, escória, numismas; atribuível à Idade Média foi exumado um conjunto de peças metálicas, nomeadamente uma placa esmaltada, numismas e fragmentos cerâmicos, alguns dos quais com decorações plásticas figurativas e fitomórficas. Este espólio está depositado no Museu Abade de Pedrosa, em Santo Tirso. |
Autor e Data
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Isabel Sereno / Paulo Amaral 1994 |
Actualização
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