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Espaço verde Jardim Jardim Romântico
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Descrição
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Compõe-se por quatro partes: zona de passeio à beira do lago grande e três estufas, a ESTUFA FRIA, a QUENTE e a DOCE. A geometria orgânica que define áreas de plantação e percursos é de pouca relevância, uma vez que o princípio de composição é o interesse das espécies que se pretende expor. O passeio ao longo do lago grande é parcialmente efectuado a partir da estufa fria (margens N. e O.), este lago é pontuado por uma ilha de grandes dimensões. ESTUFA FRIA: original, permite o crescimento da vegetação ao abrigo das intempéries do Inverno; a estufa quente, compreende um conjunto de plantas que necessitam de maiores índices de calor e humidade; a doce permite o crescimento de várias espécies de plantas carnudas. Por entre elementos decorativos vários, dispostos entre, escadarias e arruamentos entrecruzados em diversos planos, encontram-se as mais variadas espécies vegetais devidamente catalogadas. A vegetação apresenta-se numa composição em que predomina a promiscuidade, realçada pelo tom «sempre verde» que caracteriza a estufa. Na Estufa Fria as 181 espécies existentes foram organizadas em três grupos: Pteridófitos (fetos e afins), Gimnospérmicas e Angiospérmicas, tendo os géneros sido ordenados alfabeticamente. Cada espécie está identificada com uma tabuleta em que consta dados como: nome botânico, família, nome vulgar, região de onde é originária, estão distribuídas por 18 núcleos de canteiros e taludes e 11 lagos. A E. a estufa fria é delimita por um pavilhão de exposições municipal. ESTUFA QUENTE: encontra-se envidraçada, por forma a proteger as plantas que necessitam de maior calor e humidade. ESTUFA DOCE: de menores dimensões, à semelhança da estufa quente, apresenta-se envidraçada, com uma variedade apreciável de plantas carnudas, expostas em canteiros com formas extremamente orgânicas. Ao longo do estufa podemos observar elementos de estatuária, como «Vento Garroa», «Nu de mulher», «Menina calçando a meia», e ainda regatos, cascatas e nichos, grutas, lagos, fontes. A presença de fauna é uma característica distinta que enriquece a vivência dos percursos já valorizados e distintos a cada momento pela riqueza de ambiências proporcionada, pela luz, pela cor, pela temperatura e pelos sons. Existência de vários grupos escultóricos. |
Acessos
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Parque Eduardo VII. |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção Conjunta dos imóveis classificados da Avenida da Liberdade e área envolvente |
Enquadramento
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Urbano. Isolado. Integrada no Parque Eduardo VII. |
Descrição Complementar
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Existe uma ficha de registo de cada espécies onde constam os dados relativos à sua caracterização, para além de nome botânico, nome vulgar, família, dados dos autores da identificação, localização na estufa, região de origem da espécies, descrição botânica, época de floração e frutificação dos exemplares estudados. |
Utilização Inicial
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Recreativa: jardim |
Utilização Actual
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Recreativa: jardim |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Alberto J. Pessoa (1949); Francisco Caetano Keil do Amaral (1949); Hernâni Gandra (1949); Raul Carapinha (modificação e ampliação). ESCULTOR: Leopoldo de Almeida (1966). JARDINEIRO: Manuel (séc. 20). |
Cronologia
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Séc. 20, primeira década - Manuel, um jardineiro da Câmara Municipal de Lisboa, aproveita uma antiga pedreira para instalar vasos com plantas mais delicadas por forma a resistirem aos ventos fortes e frios de N.; 1912 - primeira inauguração. Surge a ideia de criar nesse local um amplo abrigo para as plantas mais sensíveis; Séc. 20, anos 20 - o Comandante Quirino da Fonseca, vereador e vice-presidente da CML, impulsiona a construção da estufa; 1933 - notável modificação e ampliação da estufa, obra de Raul Carapinha; inauguração oficial da estufa; 1935 - na opinião de Christovam Ayres a estufa fria é um dos locais mais aprazíveis da cidade de Lisboa, é-lhe atribuído grande valor botânico e científico; 1940 - primeira inventariação das plantas existentes pelo Professor João de Carvalho e Vasconcellos e pelo Engenheiro Agrónomo José Sampaio d'Orey; 1947 - acréscimo de uma outra ala ao corpo da estufa, de área semelhante à parcela sacrificada para edificação da arcada, onde se instalou o teatro e mais tarde o mini museu da História Natural, actual espaço para realização de eventos culturais; 1949 - reconstrução e ampliação da estufa fria, conforme projecto do arquitecto Francisco Caetano Keil do Amaral, de Alberto J. Pessoa e Hernâni Gandra; 1966 - execução de estatuária para o interior de Leopoldo de Almeida; 1972 - por iniciativa do Engenheiro Silvicultor José Pulido Garcia, Chefe da divisão de Arborização e Jardinagem da CML foram iniciados os estudos das espécies existentes; 1979 - a pedido do Engenheiro Agrónomo e arquitecto Paisagista Edgar Fontes, Director dos serviços dos Espaços Verdes da CML, foram identificadas as espécies existentes nas Estufas Quente e Temperada; 1988 - o Engenheiro Agrónomo Luís Pereira, Chefe de divisão de Conservação de Espaços Verdes da CML, solicita a actualização da nomenclatura das espécies da Estufa Fria e levantamento por canteiros dos exemplares existentes; 1994 - publicação de obra de registo das espécies que compõem a flora da Estufa Fria. |
Dados Técnicos
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Construção em socalcos. |
Materiais
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INERTES: calcário, tijolo verde vidrado, madeira, terra batida, saibro. |
Bibliografia
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CAIXINHAS, Maria Lisete, Flora da Estufa Fria de Lisboa, Verbo, 1994; FERREIRA, Rafael Laborde, VIEIRA, Victor Manuel Lopes, Estatuária de Lisboa, Lisboa, Amigos do Livro, Lda., 1985; PEDREIRINHO, José Manuel, Dicionário de arquitectos activos em Portugal do Séc. I à actualidade, Porto, Edições Afrontamento, 1994. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; UE |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Instalação de um sistema de abastecimento de água com caudal suficiente para exigências várias: rega, alimentação dos lagos, cascatas e regatos, manutenção dos níveis de humidade necessários; substituição periódica do solo de toda a estufa por forma a compensar do elevado pH que é agravado pela alcalinidade da água de rega; construção de uma estufa quente para plantas tropicais e de uma Estufa Doce para plantas gordas. |
Observações
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Aberto ao público das 9:00 às 16:30 |
Autor e Data
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Paula Simões 1998 |
Actualização
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