Palácio do Grilo / Palácio dos Duques de Lafões
| IPA.00005052 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Beato |
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Arquitectura residencial, pombalina neoclássica. Palácio urbano de planta quadrangular irregular, composta, no piso térreo em U e, nos pisos superiores por dois corpos rectangulares formando um L tendo o seu corpo maior disposto no sentido Norte-Sul e no interior deste L um pátio a nível superior ao da rua, fechado por construções modestas, e possuindo jardim em cota sobrelevada na fachada posterior. Fachada principal inacabada. Capela palaciana, de planta rectangular com arco triunfal de cantaria, dividindo a meio o espaço; retábulo da segunda metade do século 18, de talha dourada e policromada com marmoreados. Salas e pequenas divisões ricamente decoradas ostentando lambris de azulejos e pintura de estilo rococó e neoclássica ornamental de temática alegórica nos tectos. Antiga quinta de veraneio com projecto de edifício palaciano de grandes dimensões, pátio, jardins e alameda caso tivesse sido completado; a sua actual planta, apenas corresponde a metade do projecto desenhado. Das quatro fachadas apenas a posterior, a N., se encontra concluída. Apesar de inacabado o seu exterior não sofreu alterações de fundo em relação ao projecto inicial (sendo possível a sua conclusão sem grandes alterações ou pastiches). O projecto inicial desenvolvia-se em três plataformas que se interligam sobre um terreno em declive. Sobre a rua (voltada ao rio) fachada de dois pisos de características neo-clássicas. No plano superior, pátio com fachada a N. mais elaborada. Em terreno mais elevado, a fachada N. voltada sobre os jardins com elementos mais barrocos. São notáveis os seus interiores, quer pela sua decoração, nomeadamente pelas pinturas murais de autoria de Cirilo Wolkmar Machado, diversas portadas pintadas com grinaldas de flores e um conjunto de azulejaria do século 18 e 19, bem como o seu recheio artístico e mobiliário com algumas peças históricas ao nível da pintura de retrato do século 18 e 19. É dos raros edifícios nobres da cidade de Lisboa que ainda se mantêm na posse da família directa do seu fundador. |
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Número IPA Antigo: PT031106070242 |
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Registo visualizado 7214 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta em L
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Descrição
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Planta composta em L, volumes articulados e coberturas diferenciadas. Distinguindo-se a S. um único corpo, que se apresenta organizado em 3 andares. Ao nível do piso térreo, revestido com placagem de cantaria, distinguem-se as 3 portas das primitivas cocheiras, enquanto no andar nobre se reconhecem 4 janelas de sacada com varões de nós e encimadas por cornijas salientes e no último andar 4 janelas de peito de emolduramento simples. Um segundo corpo desenvolve-se a E., com um só piso, apresenta-se guarnecido superiormente por balaustrada. No alçado posterior N., virado ao jardim e rematado por balaustrada, distingue-se um corpo central - animado por 3 portas em arco de volta redonda encimadas por igual número de óculos envidraçados e decorados por grinaldas - e 2 corpos laterais, separados por pilastras, cada um com uma porta decorada com grinalda na sobreverga encimada por janela de peitoril. Na continuação para O. e fazendo ângulo recto recuado fachada de quatro vãos de cujo patim desce uma pequena escadaria para uma faixa de jardim. O acesso às fachadas sul e nascente faz-se através de um portão, de chapa de ferro, colocado numa meia rotunda que abre sobre a Calçada do Duque de Lafões; ao fundo, a fachada voltada a nascente apresenta cinco portas com cinco janelas superiores rectangular com caixilhos de madeira pintada e no telhado quatro águas furtadas; na fachada voltada a sul apresenta sete portas, no piso térreo, sendo a central de acesso à escadaria (ladeada por dois candeeiros de braços) e a do lado direito, de acesso à capela; nos pisos superiores, sete janelas e, no telhado, sete águas furtadas; para nascente, volume correspondendo a ala interrompida, com quatro janelas superiores e um arco de passagem para uma rampa de ligação ao jardim; no terraço fronteiro diversas clarabóias dos estabelecimentos do piso inferior e alguns plintos de pedra com vasos. O acesso ao INTERIOR faz-se pela escadaria de dezoito lanços em pedra e revestida por lambrins de azulejos, do final do séc 17, em azul e branco representando cenas galantes e mitológicas (Diana e Actião) *1; no patamar superior, três portas, com panos de armar em veludo carmim com brasões, encimadas com painéis de azulejos, em azul e branco, do século 19, recortados com os brasões heráldicos das Casas de Lafões, Cadaval e Marialva; a porta central dá acesso ao Salão ou SALA DOS ÓCULOS de planta quadrada (originalmente rectangular) com dez vãos de porta sendo que três, a N., abrem sobre o jardim, três a S., de acesso às dependências e os dois pares no eixo E. - O. abrem para as duas salas que no século 19 foram criadas; sobe os vãos óculos ovais verticais com caixilharia raiada em teia-de-aranha; a sala apresenta pavimento de madeira e as paredes estucadas e pintadas com frisos em tons de amarelo e verde; a sala contígua, a E., comunica com um átrio, cujo pavimento em tijoleira apresenta um curioso desenho de cinta e losangos em azulejo marmoreado a rosa, dá acesso à zona residencial superior e ao jardim; da sala contígua a O., acede-se por escadaria descendente ao piso situado a nível do pátio central onde se distribuem salas pertencentes ao edifício original; passando o átrio da escadaria, encontra-se sala de passagem de acesso lateral à capela. CAPELA de planta rectangular com arco triunfal de cantaria, dividindo a meio o espaço; no piso térreo quatro portas (duas na capela-mor, duas na nave), em talha dourada, com portadas de madeira recortada, com verga superior ostentando relevo representando a coroa ducal cruzada por um ramo de carvalho e uma palma; no piso superior varandim em forma de ferradura, com balaustrada em ferro forjado correndo a toda a volta do espaço, suportado por mísulas; na capela-mor retábulo da segunda metade do século 18, de talha dourada e policromada com marmoreados imitando malaquite, docel sobre o nicho do trono eucarístico; sobe a banquete de altar sacrário em talha dourada. SALA DO DUQUE, de planta rectangular com pavimento de madeira e porta decorada com pintura perspectivada; o tecto apresenta pinturas ornamentais de festões, grinaldas e, sobre as portas de comunicação, frontões com putti. SALA DA ACADEMIA *2: de planta rectangular com oito vãos e pavimento de madeira apresenta paredes e tecto de estuque pintado com decoração policroma, de final do século 18, com fundos brancos e profusamente preenchidos de flores, putti, pássaros e festões com instrumentos musicais; no tecto, representa-se, num grande oval central, uma figura alada feminina com atributos ligados à ciência e às artes e nas paredes do lado O., entre vãos, duas pinturas em nicho representando alegorias às artes; na parede oposta uma grande pintura mural, com cercadura em arco, representando uma alegoria à música com figura feminina tocando harpa e rodeada de diversas crianças tocando outros instrumentos musicais ou representando tragédias, numa paisagem com templete e estátua de Mercúrio. SALA CHINESA: planta quadrada com pavimento de madeira apresenta cinco vãos e paredes em estuque com pinturas de estilo neoclássico representando camafeus, figuras femininas em cercaduras, grinaldas de flores e festões com aves e diversos objectos separadas por pilastas desenhadas; no fundo da sala, oposto à janela voltada ao jardim, espelho rectangular vertical emoldurado por pintura e ladeado por duas portas (uma delas convertida em armário) envidraçadas e rematadas por pintura com ovais. SALA DE VÉNUS: planta rectangular com pavimento de madeira, seis vãos com portadas pintadas com flores, paredes de estuque pintado com delicada pintura ornamental, tecto com grande oval central com pintura rodeada de cercadura representando Vénus emergindo das águas e apoiada em dois tritões. A sala contígua apresenta guarnição superior das paredes com pinturas de grinaldas suspensas, silhares de azulejos policromos de estilo rococó e neoclássico de composição ornamental. A sul desta sala, situa-se a escadaria que dá acesso a zona residencial de quartos e instalações sanitárias, cujos quartos apresentando silhares de azulejos idênticos ao piso térreo. Numa sala de jantar, junto à escadaria, de planta quadrada observa-se lareira de pedra e os cantos cortados com armários com portadas em vidro dando à divisão uma forma oitavada com decoração de estilo neoclássica (redecorada em meados do século 20). PICADEIRO: de planta rectangular situa-se a E. da Sala dos Óculos, apresenta na fachada voltada a N., porta com verga de cantaria curva e a ladear duas janelas; o interior é amplo com algumas divisórias de arrecadação e tecto de vigas de madeira com telhado em telha tipo Marselha à vista; do lado nascente do picadeiro desce rampa que, passando o passadiço, liga ao pátio central do imóvel. |
Acessos
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Calçada do Duque de Lafões, n.º 1 - 5 A, Rua do Grilo, n.º 34 - 54. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,732323, long.: -9,106588 |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 456/2012, DR, 2.ª série, n.º 181 de 18 setembro 2012 |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado por muro que circunda parte da propriedade. Localiza-se numa colina que desce desde a Estrada de Marvila até à Rua do Grilo; vários prédios de habitação, alguns com interesse municipal encontram-se ao longo da rua. O alçado principal, incompleto, a S., do palácio desenvolve-se ao longo da Rua do Grilo. O alçado O. voltado ao pátio de acesso aos edifícios da Manutenção Militar. Nas proximidades, a N. dos jardins da fachada posterior, a linha de Caminho de Ferro. O acesso ao interior da propriedade faz-se pela Calçada do Duque de Lafões, através de portão que dá acesso a pátio rectangular e terraço sobre a Rua do Grilo. |
Descrição Complementar
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A norte da fachada posterior estende-se em rampa ascendente um jardim formal de planta rectangular constituído por três patamares, sendo o primeiro junto à fachada caracterizando-se por talões rectangulares de bucho com corredor central que termina num tanque com forma de concha cujo motivo central se traduz num grupo escultórico em pedra representando jovens tritões sob concha rematado com Ganimedes e a Águia Júpiter; o segundo patamar repete o mesmo esquema terminando num terceiro com placa central de cimento (onde outrora existira um tanque central); de ambos os lados corre paralelo caminhos largos, cobertos em parte, com latada. Na planta levantada por Filipe Folque, pode-se observar a verdadeira dimensão do jardim original que se estendia muito para além do Caminho-de-ferro que cortara a propriedade a meio. Do lado da actual Manutenção Militar estendia-se um outro jardim formal de grande dimensão com hortas e canteiros e um enorme terreiro circular destruído pela passagem da linha-férrea. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa / Comercial: estabelecimento de restauração / Segurança: quartel de bombeiros |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTOS: Giovanni Carlo Sicinio Bibiena (1717 - 1760) (atr.) ou Eugénio dos Santos e Carvalho (1711 - 1760) (atr.); PINTORES: Cirilo Volkmar Machado (pinturas da Sala da Academia). |
Cronologia
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Séc. 17, 1ª metade - a Quinta do Grilo pertencia a D. António Mascarenhas (c.1610-1654); meados - a Quinta do Grilo é vinculada e dada em dote a D. Mariana de Castro (1630-?) pelo casamento com Henrique de Sousa Tavares, 3º Conde de Miranda e 1º Marquês de Arronches (1626-1706); 1715 - Luísa Casimira de Sousa Nassau e Ligne, 1ª duquesa de Lafões (1694-1729), filha de Mariana Luísa Francisca de Sousa Tavares Mascarenhas e Silva, 2ª marquesa de Arronches e Carlos José, príncipe de Ligne, casa com D. Miguel de Bragança (1669-1724), passando a quinta do Grilo para os duques de Lafões, onde já existia um palácio; c. 1756 - início da edificação do palácio sobre parte pré-existente da quinta de veraneio (e incluida no novo projecto) por ordem de D. Pedro Henrique de Bragança e Ligne Sousa Tavares Mascarenhas da Silva, 1º Duque de Lafões (1718 - 1761); 1760 - Expulsão da corte do 1º duque de Lafões o que implica a paragem da primeira campanha de obras no palácio; 1761 - morte do 1º duque de Lafões; 1779 - D. João Carlos de Bragança, 2º duque de Lafões (1719-1806), regressa a Portugal, continuando-se as obras no palácio de forma irregular; 1779 - têm lugar no palácio as primeiras sessões da Academia Real das Ciências, da qual o 2º duque de Lafões foi um dos fundadores; 1788 - tem lugar no palácio o casamento do 2º duque de Lafões com D. Henriqueta Maria Júlia de Lorena e Meneses, filha dos marqueses de Marialva; 1806 - morte do 2º Duque de Lafões no palácio do Grilo; 1851 - falece no palácio a 3ª duquesa de Lafões D. Ana Maria José Carlota de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas da Silva; 1886 - sendo proprietário D. Caetano Segismundo de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas da Silva, 4º duque de Lafões (1846 - 1927), tem início um processo de subdivisão da propriedade edificada e terrenos envolventes, para fins de arrendamento e exploração comercial e industrial; 1892 - O 4º Duque de Lafões dá início a um projecto de subdivisão de salas do palácio; 1917 - início da actividade do cinema Cine Pátria, em parte do piso térreo do palácio e com acesso pelas portas nº 44 e 46 da R. do Grilo; 1932 - instalação da Companhia de Bombeiros Voluntários do Beato - Olivais, em parte do piso térreo; 1939 - campanha de obras de beneficiação, restaurando-se designadamente o tecto da denominada Sala dos Óculos; 1946, - falecimento de D. Afonso de Bragança, 5º duque de Lafões e 8º marquês de Arronches, passando o palácio para a posse do primogénito dos seus 7 filhos, D. Lopo de Bragança (n. 1921); 1950 - o palácio é residência permanente dos 6º duques de Lafões e da duquesa viúva do 5º duque, D. Alice de Macedo; 1952 - alterações numa ala do palácio para transformação em apartamento privado de um dos proprietários; 1966 - instalação de agência da Caixa Geral de Depósitos no nº48 da Rua do Grilo; 1977 - o Museu da Cidade (CML) adquire à leiloeira "Soares & Mendonça", por compra directa, um lote de desenhos (plantas e alçados), atribuídos a Eugénio dos Santos, alguns dos quais por ele assinados, entre esses projectos encontra-se um conjunto de Planos, Alçados ou Prospectos, e Cortes ou "Espacatos" respeitante à ampliação do Palácio dos Duques de Lafões, encomendados pelo 1.º Duque de Lafões, D. Pedro Henrique de Bragança *3; 1978 - início do processo de classificação pela DGPC; 1985 - estudo de aproveitamento dos terrenos para construção de novos edifícios realizado pelo arquitecto António de Sousa Ribeiro; 1991 - apresentação de nova proposta de construção de edifícios de rendimento apresentada pelo proprietário; 2007, 05 fevereiro - Despacho de abertura do processo de classificação pelo vereador da cultura da CMLisboa, para classificação como Interesse Municipal; 17 agosto - proposta de abertura do processo de classificação de âmbito nacional, pela DRCLVTejo; 19 Setembro - Despacho de abertura do processo de classificação pela sub-diretora do IGESPAR; 2011, 31 maio - parecer favorável relativo à classificação pelo Conselho Nacional de Cultura; 28 novembro - projecto de decisão relativo à classificação como Monumento de Interesse Público e fixação da respectiva Zona Especial de Protecção do edifício, publicado em Anúncio 17543/2011, DR, 2. série, n.º 228; 06 dezembro - Declaração de retificação do número de polícia n.º 1879/2011, DR, 2.ª série, n.º 233. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Fachadas em alvenaria mista, rebocada e pintada, embasamento do piso térreo em cantaria aparelhada, vãos em cantaria de calcário e mármore com caixilharia de madeira pintada, telhados em telha de tipo marselha; interiores com paredes de estuque pintadas, pavimentos em madeira de carvalho, pau-santo e tijoleira; capela com pavimento em cantaria, retábulo de talha dourada e policromada, azulejos, ferro forjado. |
Bibliografia
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FERRÃO, António, O segundo duque de Lafões e o Marquês de Pombal, Academia das Ciências de Lisboa, separata do boletim de segunda classe, vol. 19, Lisboa, 1935; ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Livro 15, Lisboa, s.d.; ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Fasc. 8, Lisboa, 1950; RIBEIRO, M. Félix, Os Mais Antigos Cinemas de Lisboa 1896-1939, Lisboa, 1978; FRANÇA, José-Augusto, A arte em Portugal no século XIX, VOL.1, Bertrand, Lisboa, 1980; MOITA, Irisalva, (dir. de), Lisboa e o Marquês de Pombal. Exposição Comemorativa do Bicentenário da Morte do Marquês de Pombal (1782-1982), Vol. 2, (Cat. da Exposição), Lisboa, 1982; MATOS, José Sarmento de, Palácios Lisboetas - de Pombal a D. Maria, in Semanário, Lisboa, 12.12.1987; FERREIRA, Fátima, DIAS, Francisco S., CARVALHO, José S., PEREIRA, Nuno Teotónio, PONTE, Teresa N. da, Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, 1987; MATOS, José Sarmento de, Grilo, Palácio do, in PEREIRA, José Fernandes, (dir. de), Dicionário da Arte Barroca em Portugal, Lisboa, 1989; CONSIGLIERI, Carlos, RIBEIRO, Filomena, VARGAS, José Manuel, ABEL, Marília, Pelas Freguesias de Lisboa. Lisboa Oriental, Lisboa, 1993; MATOS, José Sarmento de, Lisboa, um passeio a oriente, Parque expo'98, Metropolitano de Lisboa, Lisboa, 1993; SANTANA, Francisco e SOUSA, Eduardo, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; SILVA, Raquel Henriques da, Lisboa romântica, urbanismo e arquitectura 1777-1874, dissertação de doutoramento, 1997; MOITA, Irisalva, "Projectos pombalinos destinados à reconstrução do Palácio de Marialva, ao Loreto, e à ampliação do Palácio dos Duques de Lafões, ao Grilo" in Assembleia Distrital de Lisboa - Boletim Cultural n.º93, 2.º tomo, Lisboa, 1999. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/Arquivo Pessoal de António Viana Barreto; CML: Museu da Cidade, Pasta de Desenhos de Eugénio dos Santos, (dos quais 10 são do palácio), Carta Topográfica de Lisboa, sob a direcção de Filipe Folque - 1856 - 1858: planta nº 9 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/Arquivo Pessoal de António Viana Barreto; CML: Arquivo de Obras, pº nº 35.293 |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1892 - colocação de uma platibanda acima da cimalha na frente do pátio, substituição de madeiramentos, telhas e canalizações; 1893 - subdivisão de salas do palácio; 1894 - construção de uma casa abarracada para o guarda-portão situada na entrada do pátio do palácio; 1912 - reconstrução do muro de suporte na parte que confina com a linha de comboio; 1926 - obras de alteração na casa do porteiro junto ao muro de vedação voltado para a Calçada Duque de Lafões; 1927 - reparações interiores, exteriores (nº 64), construção de tanque para regas no pátio; 1928 - obras de alterações interiores no Cine Pátria (nº 42 - 46); 1932 - abertura de porta (R. do Grilo, nº 40) pelos bombeiros voluntários do Beato e Olivais, instalados no piso térreo; 1937 - obras de limpeza exterior e interior e reparações de esgotos nos nº1 da Cç. Do Duque de Lafões e no 42 da R. do Grilo; 1938 - obras de limpezas exteriores e interiores e reparações de esgotos pelos Bombeiros voluntários do Beato e Olivais (nº 40 da R. do Grilo); 1939 - obras de beneficiação no palácio, nomeadamente o tecto do Salão principal (ou dos Óculos); introdução de vigas metálicas por eliminação de outros elementos de suporte no interior do Cine Pátria; 1940 - reparação do piso do terraço do palácio; obras de adaptação para instalação de dependência bancária no nº 42 da R. do Grilo; reparações interiores no nº 50 da R. do Grilo; 1941 - obras de beneficiação de muros e portões; 1943 - obras de beneficiação exterior no Cine Pátria; 1950 - obras de limpeza e beneficiações exteriores no palácio; 1951 - obras de limpeza e beneficiação exterior no nº1 da Cç. do Duque de Lafões; 1952 - obras de alteração da compartimentação interna numa ala do palácio e construção de escada de acesso entre primeiro e segundo piso; 1955 - pintura de portão de entrada no palácio pelo nº1 da Cç. Do Duque de Lafões; 1956 / 1957 - obras de alteração e melhoramentos no Cine Pátria, obras de manutenção no nº 34 da R. do Grilo; 1962 - obras de reboco, caiação de paredes e pintura de letras pelos bombeiros voluntários do Beato e Olivais (R. do Grilo nº 38 a 40); 1964 - Abertura de parede da fachada principal até altura das portas para fazer montra no nº34; 1965 - pintura de fachadas, arranjo de portas e beneficiações interiores no nº 38 a 40 pelos bombeiros voluntários do Beato e Olivais; 1966 - obras de adaptação para instalação de dependência bancária no nº 48 da R. do Grilo; 1967 / 1968 /1969 - obras de remodelação da dependência bancária do nº 42 da R. do Grilo; 1968 - obras de impermeabilização da cobertura das lajes do palácio; 1979 / 1980 - obras de remodelação da dependência bancária do nº 42 da R. do Grilo. |
Observações
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*1 - Os azulejos da escadaria são de uma época anterior à construção do imóvel e alguns autores referem o facto de talvez pertencerem ao palácio que a família detinha dentro da cidade e que sofrera com o Terramoto de 1755; acresce o facto das cenas representadas não estarem na continuidade da escada, mas sim num plano horizontal do painel e de apresentar zonas truncadas. *2 - Nome que a tradição liga às primeiras reuniões ou sessões preliminares da Academia Real das Ciências realizadas nessa sala, com a presença do 2º Duque de Lafões, do abade Correia da Serra e outros membros, antes da instalação definitiva da Academia no edifício do extinto convento de Nossa Senhora de Jesus (v. 1106220314). *3 - Segundo informação dada pela casa leiloeira, os desenhos provinham da "Colecção dos Duques de Lafões". |
Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1995 / Inês Pais 2005 |
Actualização
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João Machado 2006 |
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