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Edifício e estrutura Estrutura Religioso Cruzeiro Cruzeiro de caminho Tipo alpendrado com coluna e cruz
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Descrição
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Planta quadrangular; volume simples coberto por coruchéu. Exterior: paredes robustas definidas por cunhais de cantaria. Cada lado do quadrado possui uma abertura em arco pleno que nas faces voltadas a O. e E. é uma porta; nos outros dois lados rasgam-se janelas. Todas as aberturas apresentam lados chanfrados e são resguardadas por gradeamento. Da cornija que remata superiormente o quadrado parte uma cobertura que assume a forma de pirâmide oitavada, de arestas ligeiramente curvas, definindo-se interiormente em dupla ogiva. Interior: soco constituído por dois degraus, sendo o primeiro octogonal e o segundo sextavado; coluna de fuste hexaédrico com base cilíndrica decorada com motivos vegetalistas; capitel vegetalista; cruz em flor-de-lis ambivalente, suportando numa das faces Cristo crucificado e na outra uma figura da Pietà. |
Acessos
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Próximo da entrada da vila, no entroncamento do caminho que conduz às Quintas da Pegada e do Jardim com um desvio da EN. |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Protecção do Castelo de Óbidos (v. PT031012040001) e do Núcleo urbano da vila de Óbidos (v. PT031012040050) |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantação destacada, limita, para além das muralhas, o espaço onde se desenvolve a vila |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: cruzeiro |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1578 - instrumento onde consta que Salvador Dias Beneficiado e Prioste da Igreja de Santa Maria de Óbidos tomou posse em nome do Prior, e mais Bn. dos da d.ª Igreja, de huma vinha tapada, com suas árvores, sita junto da memória de dita villa; 1959 - Albino Castro e Sousa (Presidente da C.M.O.),em Janeiro, solicita ao Director-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais a verificação do Cruzeiro por se ter partido a cinta; 1961 - o Cruzeiro encontra-se à beira da ruína. |
Dados Técnicos
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Estutura mista |
Materiais
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Estrutura de cantaria e alvenaria rebocada; gradeamento em ferro; cruzeiro em calcário |
Bibliografia
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CÂMARA, Teresa Bettencourt, Óbidos - Arquitectura e Urbanização, Séculos XVI e XVII, Estudos Gerais, Série Universitária,Câmara Municipal de Óbidos, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1987; CORREIA, Vergilio, Jornal A Pátria, 21 de Setembro de 1920 in Descobrir Óbidos, Óbidos, Associação de Defesa do Património do Concelho de Óbidos, Museu Municipal de Óbidos, Janeiro de 1996; Descobrir Óbidos - A Vila Medieval in Gazeta das Caldas, Janeiro de 1996 |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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DGEMN: DSID |
Intervenção Realizada
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1963 - reposta a cinta do cruzeiro. |
Observações
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São frequentes, sobretudo no Minho, estas construções localizadas nas encruzilhadas de caminhos devendo a sua existência à vontade de assinalar um facto notável - neste caso assinala o local lendário onde as tropas de D. Afonso Henriques montaram acampamento. A existência do Cruzeiro da Memória é-nos confirmada já por um documento de 1578. Na base da cruz existe uma inscrição em caracteres góticos, muito sumidos, a qual foi decifrada pelo Pe. Silveira Malhão: EM MEMÓRIA DA TOMADA DE ÓBIDOS POR ASSALTO PELA PORTA DA TRAIÇÃO, POR D. AFONSO HENRIQUES, REI CRISTÃO EM 10 DE JANEIRO DE 1148 (Cf. Óbidos, Vila Museu, p. 25) |
Autor e Data
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Lurdes Perdigão 1996 |
Actualização
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