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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Ponte / Viaduto Ponte pedonal / rodoviária Tipo arco
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Descrição
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Tabuleiro formando cavalete, precedido por rampas de acesso e assente num amplo arco de volta perfeita. Pavimento de grandes lajes e guardas de blocos aparelhados e alvenaria rebocada. |
Acessos
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Barbeita, EN. 202. VWGS84 (graus decimais) lat.: 42,074832; long.: -8,394232 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 44 075, DG, 1.ª série, n.º 281 de 05 dezembro 1961 |
Enquadramento
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Urbano. Ergue-se sobre margens de grande e profundo maciço rochoso sobre o rio Mouro, pequeno afluente da margem esquerda do Minho, separando a freguesia de Barbeita da de Ceivães. Nas proximidades ergue-se a Igreja Paroquialz, moinho e outras construções. Sobranceiro fica a ponte moderna. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: ponte |
Utilização Actual
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Transportes: ponte |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 14 (conjectural) / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 14 - Época provável da sua construção; 1386, 1 Novembro - por ela passou o exército aquando do recontro do Duque de Lencastre, pretendente ao trono de Castela e Leão, com o do Mestre de Avis; depois, perto dali acamparam os 2 chefes militares que discutiram e assinaram um tratado que incluia o casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre; 1627 - recuperação da ponte por Amaro Franco, que recebeu oitocentos e oitenta mil reis; 1864 - a ponte ameaçava ruína iminente por falta de um freixo do lado S. e "já na abobeda e centro da mesma ponte, que não sendo remediado o mesmo perigo" podia resultar em despesa excessiva; 1882 - data da construção da ponte paralela à Ponte de Mouro; 1960, 1 Dezembro - a Câmara Municipal inaugura um padrão comemorativo relativo à assinatura do tratado; 2006 - o GTL da Câmara Municipal de Monção elaborou um plano de recuperação da zona, dividido em duas zonas de intervenção, a primeira que compreende o espaço entre a EN 202, a N., o Rio Mouro, a S. e o Cruzeiro de Nossa Senhora da Soledade, a O.; a segunda zona diz respeito à freguesia de Ceivães. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante de cantaria com aparelho "vittatum". |
Materiais
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Estrutura de granito. |
Bibliografia
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ARAÚJO, José Rosa de, Caminhos Velhos e Pontes de Viana e Ponte de Lima, Viana do Castelo, 1962; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de Alto Minho, Lisboa, 1987; ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Porto, 1988; ROCHA, J. Marques, Monção. Uma Monografia, Monção 1988; Pontes Romanas de Portugal, [dir. Paulo Mendes Pinto], Lisboa, 1998; Monumento Histórico em Barbeita ( Montão ). Ponte de Mouro recebe trabalhos de recuperação, Correio do Minho, 21 Outubro 2000; Monção. Ponte de Mouro vai ser recuperada, Jornal de Notícias, 29 Outubro 2000; Monção. Ponte de Mouro corre risco de poder perder-se, Correio do Minho, 3 Janeiro 2001; Direcção-Geral de Edifícios vai conduzir as obras. Vinte e cinco mil contos para a muralha de Monção, Diário do Minho, 15 Janeiro 2001; Monção requalifica zona da Ponte do Mouro, in Diário do Minho, 28 Setembro 2006; Município requalifica zona da Ponte do Mouro, in O Primeiro de Janeiro, 30 Setembro 2006; Recuperar um pedaço de história, in Jornal de Notícias - Minho, 02 Outubro 2006; Município de Monção requalifica zona histórica de Ponte de Mouro, in Caminhense, 06 Outubro 2006. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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1979 - Trabalhos de conservação; 1990 - reparações e limpeza geral; DGEMN: 2000 - obras de conservação geral; 2001 - obras de recuperação; Restauro das valetas da EN202; iluminação da zona envolvente (obras previstas para 2007). |
Observações
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O nome do rio está ligado à tradição, segundo a qual, no tempo dos mouros, vindo alguns cristãos sobre um mouro para o matarem, ele apertou as pernas ao cavalo, e invocou Santiago, dizendo que se o livrasse se converteria ao cristianismo. Santiago apareceu e salvou o cavaleiro mouro que depois se baptizou. Posteriormente, em memória deste facto, ergueu-se padrão simbólico. Muitos dizem que onde se fundou a ponte, existiam na rocha as pegadas do cavalo, as quais ficariam depois debaixo dela. O facto de assentar num arco pleno e o tipo de acessos leva-nos a pensar ter substituido uma outra ponte anterior, romana. Carlos Alberto Ferreira de Almeida insere-a no período de intensa actividade pontística do séc. 14 / 15, onde a sua construção passa a ser cada vez mais encabeçada pela autoridade pública do Corregedor e do Concelho. |
Autor e Data
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Paula Noé 1992 |
Actualização
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