Pelourinho de Óvoa

IPA.00004235
Portugal, Viseu, Santa Comba Dão, União das freguesias de Ovoa e Vimieiro
 
Pelourinho seiscentista, de gaiola circular, composto por soco circular, de três degraus, colunas toscana e gaiola muito alta e com dois andares. Este tipo de pelourinho é único no Distrito de Viseu, com os degraus e dois terços da base cilíndrica graníticos e o restante em pedra de Ançã. É formal e tecnologicamente diferente, indiciando duas épocas de construção e dois estilos. Pelourinho do tipo torreta ou gaiola estilizada, tardia, escalonada, sobre coluna toscana, classicizante, assemelhando-se ao denominado pelourinho francês com vários exemplares em Paris (REAL, Mário G., 1944, p. 348).
Número IPA Antigo: PT021814020002
 
Registo visualizado 354 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Tipo gaiola

Descrição

Estrutura em cantaria de calcário, pedra de Ançã, composta por soco circular de três degraus, o primeiro de arestas vivas e os restantes com ressalto boleado, sobre os quais assenta base cilíndrica, alta e coluna assente em plinto circular com toro e listel, de fuste cilíndrico, liso, encimado por astrágalo, gola, équino e ábaco circular. Remate em gaiola cilíndrica, estilizada, de quatro arcos a pleno centro onde assenta outra gaiola idêntica, mais pequena, e uma terceira, também escalonada, mas de arcos cegos, rematados por cupulim. A base cilíndrica, granítica, apresenta uma zona de quebra a dois terços da altura, mudando a partir daí o material, calcário, e o tipo de escultura.

Acessos

Largo da Praça. WGS84 (graus decimais) lat.: 40.381533; long.: -8.131417

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado. Em largo plano defronte da Junta de Freguesia, circundado por edifícios de dois pisos e arruamentos.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 17 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1514, 16 Março - D. Manuel concede de novo foral a Óvoa, proporcionando a construção de um pelourinho; 1560 - alvará de D. Sebastião introduzindo uma Emenda ao foral manuelino; séc. 17, início - provável construção; 1641 - confiscação dos bens à Casa de Santar, na pessoa de Lopo da Cunha, e integração da povoação na Coroa; 1708 - a povoação, com 140 vizinhos, pertence ao Infante D. Francisco, por estar anexa à Casa de Santar; tem juiz ordinário, vereadores, procurador, escrivão da câmara, eleito anualmente, oficiais; 1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que a povoação é da Coroa, com juiz do cível e crime, juiz dos órfãos, 2 vereadores, um procurador da câmara, 2 almotacés, um escrivão da câmara, escrivão do público, um escrivão dos órfãos e um das sizas; 1836 - extinção do concelho; 1943 / 1944 e 1955 - o pelourinho está semi-arruinado e a gaiola possui apenas metade do registo inferior; 1944 - segundo informação de António Simões Cravo Lima, chefe dos Correios de Santa Comba Dão, o remate era originariamente constituído por 2 gaiolas escalonadas sobre as quais assentava uma pequena esfera armilar (REAL, Mário G., 1944, pp. 349-350).

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Degraus e dois terços do pedestal em granito; o restante em calcário do tipo pedra de Ançã.

Bibliografia

AZEVEDO, Correia de, Terras com Foral e Pelourinho das Províncias do Minho, Trás os Montes, Alto Douro e Beira, Porto, 1967; CHAVES, Luis, Os Pelourinhos, Elementos para o seu Catálogo Geral, Lisboa, 1939, pp. 87-88; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. II, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1708; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, Óvoa, in Beira Alta, vol. III, 1944, pp. 343-352; Idem, Idem, vol. IV, 1945, p. 119; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viseu, Viseu, 1998; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74389 [consultado em 28 dezembro 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 26, n.º 49, fl. 383-390)

Intervenção Realizada

1958 / 1959 - obras de consolidação e restauro executadas por Manuel de Jesus Cardoso: levantamento e novo assentamento das cantarias, refechamento de juntas com argamassa, substituição das pedras em mau estado, limpeza do monumento e terreno envolvente.

Observações

Autor e Data

Madeira Portugal 1991 / Lina Marques 1996

Actualização

 
 
 
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