|
Edifício e estrutura Edifício Militar Forte
|
Descrição
|
Planta estrelada formada por 4 baluartes laterais e bateria ressaltada, de 3 faces encimadas por eirado, na fachada posterior, voltado ao rio. Muros em talude, corridos em toda a sua extensão por moldura curva encimada por parapeito, interrompido nos cunhais por guaritas, facetadas e coroadas por bola sobre plinto, e por canhoeiras na bateria. No baluarte virado a N. sobressai da muralha balcão fechado sobre 3 modilhões e com bueiros. Ao centro da face recta do frontespício, portal de arco pleno, de aduelas marcadas e sobre pés direitos, encimada pelas armas de Portugal, coroadas e com volutões laterais. No interior, pequena praça de armas enquadrada por 3 construções com cobertura a 1 água e 2 rampas de acesso ao adarve e eirado. Quartéis abobadados e com lareira. |
Acessos
|
Vila Praia de Âncora, Avenida Dr. Ramos Pereira. WGS84 (graus decimais): lat.: 41,815525; long.: -8,867876 |
Protecção
|
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 47 508, DG, 1.ª série, n.º 20 de 24 janeiro 1967 |
Enquadramento
|
Borda d'água. Ergue-se na margem direita do rio Âncora sobre maciço rochoso, junto ao porto, e no lugar designado de Lagarteira. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Militar: forte |
Utilização Actual
|
Segurança: capitania portuária |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
|
Época Construção
|
Séc. 17 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
|
Cronologia
|
1640 / 1668 - Época provável da sua construção, durante a Guerra da Restauração; 1690 - data apontada pelo Engº Bastos Moreira para a sua edificação, sob ordem de D. Pedro II; 1939, 16 Novembro - cedência do forte ao Ministério da Marinha; 1967, 24 janeiro - decreto classifica o forte erradamente no concelho de Viana do Castelo; 10 março - retificação do diploma anterior com localização corrigida para o concelho de Caminha, nº 47 508, DG, 1.ª série, n.º 59. |
Dados Técnicos
|
Estrutura mista em cantaria com aparelho "mixtum vittatum" e "vittatum". |
Materiais
|
Granito. Cobertura de telha. |
Bibliografia
|
BEÇA, Humberto, Os Castelos de Entre-Douro e Minho, Famalicão, 1923; GUERRA, Luís de Figueiredo, Castelos do Distrito de Viana, Coimbra, 1926; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1955, Lisboa, 1956; MOREIRA, Bastos, O Forte da Lagarteira (Âncora) in Jornal do Exército, Lisboa, Jan. 1984; GIL, Júlio, Os Mais Belos Castelos e Fortalezas de Portugal, Lisboa, 1986; MOREIRA, Rafael, Do Rigor Histórico à Urgência prática: a arquitectura militar in História da Arte em Portugal, vol. 8, Lisboa, 1986, p. 67 - 85; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Alto Minho, Lisboa, 1987; NUÑEZ, Estanislao Fernandez de la Cigoña, Teoría e Proyecto sobre les Fortificationes Militares al Norte del Duero, s.l., Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia, 1987. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
|
DGEMN: 1955-Execução de obras de conservação pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação; 1980 / 1981 - obras de consolidação; 1982 / 1983 - beneficiação do muro interior; 1984 - trabalhos de beneficiação; 1997 - conservação dos paramentos exteriores, caminho e ronda e beneficiação do adarve; revisão da instalação eléctrica; iluminação do caminho de ronda. |
Observações
|
Este imóvel foi classificado como Forte da Lagarteira pelo Despacho de Maio de 1973. Foi uma das fortalezas construídas no séc. 17, durante o reinado de D. Pedro II, para o reforço da costa portuguesa perante a ameaça espanhola, integrando-se na linha defensiva estrategicamente colocada nas margens do rio Minho e ao longo da Costa atlântica. A sua planta estrelada com baluartes faz deste imóvel uma verdadeira fortaleza, tornando-se, portanto, incorrecta a designação de forte. Segundo Nuñez (1987), este imóvel, bem como outras fortificações levantadas no século 17 na costa portuguesa entre Vila Praia de Âncora e Esposende, reúnem as mesmas características constituindo na prática um modelo, representam um avanço no sistema de defesa e vigia e possivelmente resultam da elaboração do mesmo arquitecto ou projectista. O autor não exclui a hipótese deste sistema se estender até ao Guadiana, como plano integrado de uma política de defesa da costa definida a partir da capital do reino. |
Autor e Data
|
Paula Noé 1992 / Filomena Bandeira 1996 |
Actualização
|
Paula Noé 1998 |
|
|