Igreja Paroquial do Sacramento / Igreja do Santíssimo Sacramento

IPA.00004044
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior
 
Arquitectura religiosa, pombalina. Igreja paroquial de nave única sem transepto. Fachada neoclássica, sem torres, coroada por frontão triangular simples com óculo. Arquitectura civil pombalina - Espaços anexos.
Número IPA Antigo: PT031106270246
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Igreja de planta longitudinal composta pela justaposição de 2 rectângulos (nave e capela-mor) com volumes diferenciados, regular e com coincidência do exterior com o interior. A igreja e espaços anexos apresentam volumetria paralelepipédica, sendo a cobertura feita a vários níveis por telhados de 2 e 3 águas em telha de aba e canudo ou só de canudo, com cornija saliente e beirado. Fachadas rebocadas e caiadas, com socos e cunhais em cantaria. A fachada principal voltada sensivelmente a NE, organizada em 2 níveis separados por friso e em 3 corpos definidos por 2 pilastras de cantaria e por 2 cunhais. A entrada na igreja é feita lateralmente através de dois lanços de escadas suportadas por muro que resolve o declive da rua, no início das quais existem cancelas gradeadas. Sobre o muro existe balaustrada cega de pedra, 2 candeeiros em ferro forjado e 2 projectores de luz. O módulo central é rasgado a eixo por portal com elaborada moldura de cantaria, encimado por frontão curvo interrompido por medalhão esculturado com um baixo-relevo alusivo ao Santíssimo Sacramento (ostensório). O módulo central é encimado por 3 janelões com varandins protegidos com grade de ferro fundido ao nível do coro-alto tendo, sobre o central e ocupando parte do entablamento, um óculo de iluminação oitavado com vidros coloridos. Os janelões possuem molduras em cantaria recortada, portas com bandeira, guarda-corpo em ferro forjado, áticas contracurvadas e remate das ombreiras descendo abaixo da soleira. Corpos laterais num primeiro registo com 1 janela quadrada gradeada cada, com moldura simples em cantaria e um pequeno olho-de-boi superior e num segundo registo com um óculo circular coroado por ática contracurvada cada, com grades trabalhadas em ferro forjado. O remate superior da fachada principal efectua-se por frontão triangular sobrepujado de cruz em ferro forjado na ponta superior e de 2 fogaréus nas pontas laterais, todos sobre acrotérios em pedra. O frontão é vazado por óculo circular em cantaria que se encontra tapado mantendo apenas um olho-de-boi. O espaço anexo apresenta uma fachada pombalina sendo organizado em 3 níveis separados por friso simples e tem soco, molduras, cunhais e friso em pedra. Num primeiro registo tem 3 portas estando a central tapada. A porta esquerda de acesso aos espaços laterais à igreja tem 5 degraus exteriores e a direita dá acesso a uma loja. Num segundo registo tem 3 vãos encimados por áticas rectas, sendo 2 com varandim gradeado e portas de 2 folhas de madeira, com bandeira, e 1 janela de guilhotina. Num terceiro registo tem 3 janelas de 2 folhas com bandeira, as vergas têm fecho e as ombreiras descem abaixo dos parapeitos. A fachada lateral esquerda confina com o antigo "adro pequeno" resguardado por portão interior gradeado encimado por cruz, após o qual existe escada de pedra com 16 degraus. De cada lado do portão muros delimitados por colunas de cantaria de secção quadrada, sobrepujadas de elemento decorativo tipo urna. Num primeiro registo existe uma janela gradeada com moldura simples em cantaria e porta que abre para o corpo da igreja. Existem anexos provisórios para apoio dos escuteiros encostados à parede da igreja. Entre o pequeno adro e o espaço exterior anexo à antiga sacristia da Irmandade existe portão gradeado que separa os espaços. Nessa zona a fachada apresenta uma porta com abertura superior gradeada, dois janelões gradeados com moldura simples, uma pilastra e um cunhal tudo em cantaria. Num segundo registo existem três janelões gradeados com moldura simples em cantaria. Na zona por cima da sacristia da Irmandade existem 4 janelões gradeados com molduras simples em cantaria e cornija em alvenaria com beirado a nível inferior ao da igreja. A fachada lateral direita apresenta 2 módulos de 3 e 6 vãos separados por pilastra de cantaria. Num primeiro registo tem 9 janelas gradeadas ou tapadas, de dimensões que vão reduzindo ao longo da subida da R. Almirante Pessanha, com vergas rectas e ombreiras que descem abaixo dos parapeitos. Num segundo registo tem 9 janelas de guilhotina com vergas recortadas e com ombreiras descendo abaixo dos parapeitos. Num terceiro registo tem 9 janelas de guilhotina com vergas com fecho, com ombreiras descendo abaixo dos parapeitos e com cornija em alvenaria com beirado. No módulo de 3 vãos, de maior cota, as janelas superiores têm uma pequena guarda em ferro fundido. A fachada tardoz apresenta uma torre sineira separada da igreja e de construção posterior, nas traseiras do espaço anexo, com 2 janelas sobrepostas a nível do piso 2, 4 ventanas de volta redonda, 4 sinos, cunhais, molduras e 2 cornijas em cantaria, 4 fogaréus nos cantos sobre acrotérios, cúpula quadrangular vazada nas 4 faces por óculos redondos e encimada por grimpa e cruz. Junto à torre existem construções provisórias. Toda a zona das traseiras da igreja confina com uma estreita passagem que faz a ligação do antigo adro pequeno à zona do pátio interior descoberto. A fachada tardoz da igreja tem alguns vãos abertos e organiza-se em 3 módulos separados por pilastras de cantaria, correspondendo o central e mais alto à zona do camarim situado atrás do Altar-mor e os dois laterais à zona das sacristias. INTERIOR de nave única coberta por abóboda de berço com perfurações e ornamentada por composição pictórica em fresco de temática alusiva ao orago, apresentando as paredes laterais ritmadas por pilastras. Sob a abóboda pintada do pavimento do coro-alto, espaço vestibular tendo à direita altar moderno formado contra uma antiga porta, sobre o qual se encontra um grupo escultórico (uma Piedade). À esquerda do guarda-vento fica um baptistério cerrado por uma porta gradeada, com doirados e adornado com painel por detrás da pia baptismal. Três arcos de altar de cada lado da nave, sobrepujados de tribunas de balaústres, as do lado esquerdo dando para janelas que abrem para o pátio exterior e as do lado direito dando para um corredor de serviço. Os altares têm decoração marmoreada e moldura destinada a receber pintura. Do lado esquerdo (do Evangelho) quatro capelas; a Capela de Nossa Senhora da Soledade com painel de retábulo e tendo sobre a banqueta uma imagem; a Capela de Nossa Senhora da Salvação com painel e imagem e de lado no arco em peanhas outras 2 imagens; a Capela de S. Francisco de Assis com painel, no altar uma imagem; e a Capela de Nossa Senhora da Conceição junto ao arco triunfal tendo um retábulo e no altar uma imagem. Do lado direito (da Epístola) quatro capelas; a Capela de São José com painel; a Capela do Arcanjo São Miguel com uma pintura e uma imagem; a Capela de Santo António com uma pintura e uma imagem e no arco em mísulas outras 2 imagens; e a Capela de Nossa Senhora de Fátima ao lado do arco mestre com uma imagem no altar e retábulo. Dois púlpitos fronteiros um ao outro entre a 2.ª e 3.ª capelas a contar do guarda-vento. Existem duas portas junto às capelas ao lado do arco triunfal. A Capela-mor rectangular e coberta por abóboda de arestas, apresenta sacrário, tribunas inscritas nas paredes laterais e retábulo de pedra com tela do tamanho da boca do trono, lateralmente delimitado por pares de colunas coríntias e encimado por frontão curvo interrompido, albergando uma composição pictórica. Em cada parede lateral abrem-se duas portas com as vergas decoradas com cabeças de anjos aladas e sobre elas em dois andares, quatro painéis por andar. Ao centro de cada lado, entre os painéis, existe uma tribuna com moldura de lioz lavrado, coroada por frontão e fechada por vidraças com caixilhos dourados. Aberturas iluminantes entre a abóboda da Capela-mor e o friso e arquitrave. Camarim situado atrás do Altar-mor onde é exposto o Santíssimo com trabalho em talha dourada. Sacristia da igreja à direita da Capela-mor apresenta pinturas murais sobre estuque no tecto, um nicho com imagem do Senhor, um lavatório de mármore embutido na parede e um arcaz. Antiga sacristia da Irmandade à esquerda da Capela-mor. Uma porta do lado direito da nave dá acesso a um corredor abobadado com uma lápide de mármore comemorativa, o qual termina numa porta de serviço na Calçada do Sacramento, n.º 11, junto da qual existe uma porta de acesso à escada do coro-alto. No topo oposto do corredor, à esquerda, existe um pátio descoberto para onde se abrem as janelas gradeadas da sacristia, arquivo e casa de despacho, e à direita notam-se portais de madeira que fecham o vão dos arcos que dão serventia a outro corredor também abobadado e onde se abrem as portas das casas da Irmandade do Santíssimo, com acesso exterior pela Rua Almirante Pessanha, n.º 1. No topo do corredor escada de acesso ao piso 2 o qual tem um salão com tectos e paredes pintadas além de outras dependências. Iluminação artificial do templo feita por 2 lâmpadas nas paredes e 6 lampadários que pendem da parede por cima de cada uma das capelas laterais. Teia em mármore forma um corredor entre a Capela-mor e o corpo da igreja. O coro-alto adossado à face interna da fachada principal com balaustrada em mármore e pavimento em madeira.

Acessos

Calçada do Sacramento

Protecção

Incluído na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966) e na Zona de Proteção do Edifício na Rua Garrett, n.º 54 a 64, Loja Gardénia (v. IPA.00005950)

Enquadramento

Urbano, a meia encosta, quase isolado, ladeado pela casa do despacho. Fachada principal, com escadaria de dois lanços convergentes e laterais à entrada, que separa o espaço da igreja da rua. Pequeno adro junto à fachada lateral esquerda separa a igreja dos edifícios da Rua Garrett. Na proximidade o Convento do Carmo (v. PT031106270328), a Igreja da Ordem Terceira do Carmo (v. PT031106270599), o Palácio Valadares (v. PT031106270598) e o Elevador de Santa Justa ou do Carmo (v. PT031106480366). Como elementos dissonantes na envolvente, estruturas provisórias junto à fachada lateral esquerda da igreja e junto à torre sineira na fachada tardoz.

Descrição Complementar

AZULEJARIA: Na parede exterior junto à porta principal foi colocado painel onde se lê: "/BEMDITO E LOUVADO SEJA O SAN / TISSIMO SACRAMENTO DA EUCHA / RISTIA. QVE HE / NOSSO SENHOR JESUS CHRISTO / DEUS E HOMEM VERDADEIRO FI / LHO DA VIRGEM MARIA /", que estava sobre a verga da porta lateral no adro pequeno que abria para o corpo da igreja. Lápide de mármore no corredor abobadado onde se lê "A Irmandade do S. S. Sacramento, em memória do seu procurador da Mesa, Alfredo Jeronymo Facco Valentim (21-4-1861=13-11-1926) mesario durante 36 anos, servindo com muito zelo e devoção. P. N. _ A. M. _ 20 de Maio de 1927". O órgão do Coro-alto com 1063 tubos tem a seguinte legenda: "António Xavier Machado o fez em Lisboa em o anno de 1817 - N.º 83" e custou, incluindo doirados e pinturas 2.410$000 réis. Nas escadas e alguns espaços por detrás da Capela-mor existem alguns painéis. ESTUQUE: Nos tectos e paredes. Altares com efeito de marmoreado; PINTURA MURAL: O tecto na entrada sob o coro-alto apresenta uma pintura em quadratura com centro oval onde se observam 2 anjos e a inscrição "Haec Porta Domini Justi Intrabunt in Eam". O enorme fresco do tecto da nave representa "O Triunfo do Cordeiro" (Apoc. 14,1-4). No tecto da Capela-mor, pintado sobre estuque, a "Pomba do Espírito Santo", rodeada por símbolos da Eucaristia. Tectos das sacristias, casas das tribunas e camarim com pinturas sobre estuque. Tecto e paredes do salão no piso 2 do espaço anexo com importantes pinturas neoclássicas sobre estuque.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Manuel da Costa Negreiros (1796); Remígio Francisco de Abreu (1772). CANTEIRO: António Moreira Rato (1855); Sebastião José Alves (1796). DESENHADOR: João Antunes (1693). ENTALHADOR: José Rodrigues Ramalho (séc. 17). ORGANEIRO: António Xavier de Machado e Cerveira (1817); Fr. Francisco de Santo António (1685). PINTORES: António Manuel da Fonseca (1873); José António Narciso (1804); Pedro Alexandrino de Carvalho (1798-1804).

Cronologia

1584 - foi a primeira paróquia criada em Lisboa após o Concílio de Trento, por desmembramento das paróquias de São Nicolau e de Nossa Senhora dos Mártires; séc. 17 - execução do retábulo-mor por José Rodrigues Ramalho; 1666, 21 abril - primeira missa na capela de madeira que serviu de paroquial do Santíssimo Sacramento; 1667, 16 novembro - é lançada a primeira pedra do novo templo no terreno, adquirido pela Irmandade do Sacramento, defronte do Palácio do Marquês de Arronches, sendo a obra posteriormente embargada a pedido do dito Marquês; 1671 - início da construção do templo, desta vez em terrenos doados pelo Conde de Valadares; 1685 - concluída a construção do templo sob a invocação do Santíssimo Sacramento, com o custo total de 73:845$000; execução dum órgão por Frei Francisco de Santo António; 1693 - desenho da fachada da igreja por João Antunes; 1694, 30 março - são benzidos os dois sinos grandes da torre da igreja; 1713 - a paróquia, um curato, é elevada a reitoria; 1755 - a igreja tem capela-mor com carneiro e uma sacristia adossada à fachada posterior, abobadada, onde está o sacrário; tem os altares colaterais de Santo António e os de São Francisco; na nave, os laterais de Nossa Senhora da Piedade, com as imagens do Crucificado, São Libório, São Francisco Xavier e Nossa Senhora do Ó, o altar de São Miguel e Almas, com as imagens de Santo Amaro e São Bento, surgindo, ainda, o de Jesus, Maria e José; tem o altar de Santa Catarina, com a imagem de São Sebastião, e o de Nossa Senhora da Conceição, com as de Santa Ana, São Joaquim e São Basílio; tem as Irmandades do Santíssimo, das Almas e a de Nossa Senhora da Piedade; 1 novembro - o terramoto destrói a primitiva igreja do Santíssimo Sacramento (tendo caído as torres sineiras e o tecto da nave) excepto as paredes laterais com 15 palmos de espessura, tendo sido transferida a sede da paróquia para o Convento das Trinas de Campolide; a Irmandade procedeu depois à edificação duma capela provisória, onde hoje é a galeria ou claustro, que serviu de igreja paroquial durante quase 50 anos, até à construção da atual; 1759, 25 agosto - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco António da Costa Neves, é referido que a paróquia está instalada numa barraca junto à fachada posterior da igreja antiga, com três altares; o pároco é reitor, nomeado pelo Patriarca e tem de renda 100$000; 1772 - início da reconstrução, no mesmo local, sob plano e direcção do arquitecto do Senado, Remígio Francisco de Abreu; 1796 - contrato com Sebastião José Alves para realizar as cantarias (mármores da Capela-mor e da nave) e os púlpitos, segundo o desenho de Manuel da Costa Negreiros, a quem se atribui também o portal da igreja; 1801-1807 - novos ajustes do contrato para a construção de sete capelas do corpo da igreja, forro de silharia das paredes, adro e escadarias por mais de 16.000$000; 1798 - 1804 - execução por Pedro Alexandrino de Carvalho das telas das 7 capelas custando 105$000 reis cada, dos 8 painéis das paredes da Capela-mor por 14$400 cada e de parte do tecto da nave; 1802 - execução por Pedro Alexandrino de Carvalho da tela "A Última Ceia", custando 200$000; 1804 - execução por José António Narciso dos tectos das sacristias e parte do tecto da nave, casas das tribunas, sub-coro, camarim e capela-mor; 1807, 5 abril - foi sagrado e reinaugurado o templo pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Francisco de Mendonça, seguido de uma grande procissão pelas ruas da freguesia; 13 Dezembro - na sequência de revolta popular contra os franceses, um grupo de populares trancou-se na igreja, tendo o exército francês de Junot aberto fogo contra a porta, matando várias pessoas e profanado o templo; 1808, março - a Irmandade do Sacramento foi espoliada pelo exército francês de peças de prata pesando 621 marcos e 8 onças; 1817 - execução de novo órgão por António Xavier de Machado e Cerveira; 1845 - obras de pintura na Casa do Despacho feitas pela Irmandade do Santíssimo (DG de 22-5-1845); 1855 - é colocada na nave da igreja a balaustrada de pedra de lioz, executada pelos canteiros António Moreira Rato & Irmão, tendo custado 780$000 réis; 1872 - 1873 - obras de limpeza de cantarias, tendo custado cerca de 7.000$000, abertura do olho-de-boi sobre o janelão central do coro; Construção do altar de Nossa Senhora da Soledade, restauro das suas telas e pintura do painel do retábulo, mandado executar pelo juiz da Irmandade Francisco de Assis Rodrigues, Director da Academia de Belas Artes, realizado por António Manuel da Fonseca e tendo custado 105$000 réis; 1873, 23 setembro - é reaberta a igreja ao culto com a presença do Bispo resignatário de Angola D. José Lino; 1969 - alguns estragos provocados pelo sismo.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante

Materiais

Paredes rebocadas e pintadas de branco em alvenaria mista; pilastras, molduras de vãos, embasamentos, cunhais, frisos, cornija, colunas, pia de água-benta, degrau do presbitério, supedâneo, pavimentos e outros elementos em pedra calcária; retábulos, nichos, trono e elementos decorativos em talha dourada; cadeiral da nave e coro, tectos, pavimentos, órgão, retábulos, portas e janelas em madeira; teia em pedra mármore; colunas e altares em mármores de liós (Pêro Pinheiro), cinzento de Trigache (Alentejo), Roxo (Negrais), Vidraço encarnado (Mem Martins) e Abancado (Pêro Pinheiro - colunas da capela-mor); janelas em vidro simples e colorido; painéis com telas pintadas; cobertura exterior em telha cerâmica; gradeamentos em ferro forjado.

Bibliografia

ALMEIDA, D. Fernando de, (dir. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, tomo II, Lisboa, Junta Distrital de Lisboa, 1975; BERGER, Francisco José Gentil, Lisboa e os Arquitectos de D. João V (estudo entre 1700 e 1750), Ed. Cosmos e Francisco José Gentil Berger, Lisboa, 1994; COELHO, Teresa Campos, Um concurso para o provimento do lugar de Arquitecto das Ordem Militares - a propósito de um curriculum do Padre Francisco Tinoco da Silva, in Monumentos, n.º 7, Lisboa, DGEMN, 1997, pp. 102-107; MATOS, Alfredo, PORTUGAL, Fernando, Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1974; ORNELLAS, Carlos d`, Manual do Viajante em Portugal, tipografia da Gazeta dos Caminhos de Ferro, Lisboa, vol. 1, 8.ª edição, s.d.; PEREIRA, Luís Gonzaga, Monumentos Sacros de Lisboa em 1833, Of. Gráficas da Biblioteca Nacional, Lisboa, 1927; PROENÇA, Raul, (dir. de), Guia de Portugal, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1994; SANTANA, Francisco, SUCENA, Eduardo, (dir. de), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, s.n., gráfica Europam Mem Martins, 1994; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, O Carmo e a Trindade, vol. III, Publicações Culturais da CML, Lisboa, 1967; SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal - o Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003; VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, VOL. I, Braga, Ed. Franciscana, 1990; www.meloteca.com/organeiros_historicos.html.; Reis, Vítor dos, "A descoberta de um tecto: alegoria celestial de José António Narciso na sacristia da igreja do Sacramento em Lisboa", in Revista de História da Arte, n.º 11 (2014), pp. 341-347.

Documentação Gráfica

Proprietário (Proj. recuperação realizado pelo Arq. João Motta Guedes, da firma Viyella & Carvalho, Lda.); FRRC (Fundo Remanescente da Reconstrução do Chiado).

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSARH

Intervenção Realizada

1850 (cerca de) - acrescento da torre sineira nas traseiras da igreja; 1933 - obras de restauro do exterior; 1969 - trabalhos de consolidação dos danos causados pelo sismo; 1989 - obras de restauro no exterior e no interior; 2005 - projecto de recuperação à espera de ser concretizado através do apoio do Fundo Remanescente de Reconstrução do Chiado.

Observações

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1996 / João Machado 2005

Actualização

Paulo Ferreira 2006
 
 
 
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