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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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| De planta em cruz latina irregular, o edifício apresenta volumes escalonados e coberturas diferenciadas em telhados a 1 e 2 águas e em coruchéu. A fachada principal (a E.), em reboco pintado, apresenta-se compartimentada em 3 corpos separados por duplas pilastras de cantaria, dos quais se demarca o central que exibe portal de verga recta encimado por friso ornamental esculpido (com motivos vegetalistas e querubim ao centro) articulado com frontão interrompido por cruz. Reconhecem-se, no alinhamento da porta, 2 janelas com emolduramento simples de cantaria, destacando-se a 2ª - de verga curva e avental em cantaria - localizada ao nível do andar ático. Os corpos laterais, idênticos, apresentam, cada um, pano de muro animado por 3 janelas de peito quadradas, com emolduramento simples em cantaria e malheiro de ferro. A fachada é superiormente rematada por cornija que acompanha ao centro a verga curva da janela. Acima da cornija eleva-se sobre o corpo extremo a S., torre com relógio e 4 ventanas sineiras encimadas por coruchéu ornado com pináculos. Os alçados laterais a N. e S. exibem pano de muro ritmado por pilastras de cantaria e por janelas rectangulares de emolduramento simples em cantaria e malheiro de ferro. O interior do templo tem nave única totalmente revestida a mármores policromos dispostos em painéis, com cobertura em abóbada de berço. Os muros laterais são vazados de cada lado por 4 capelas inscritas em arcos de volta perfeita, em cujos altares de observam pinturas sobre tela. As capelas intercalam com púlpitos em cantaria, com guarda voz, observando-se ainda clerestório de 3 janelas rectangulares de cada lado, com guarda em balaustrada. Antecede a capela-mor arco triunfal de volta perfeita encimado por nicho e ladeado por 2 altares inscritos em arcos plenos. A capela-mor, de planta rectangular e cobertura em abóbada de berço, ostenta panos de muro animados por lambril azulejar monócromo do tipo albarrada. No muro de topo regista-se a presença de altar-mor em madeira esculpida, com pintura sobre tela, atribuída a Bento Coelho da Silveira (1620-1708). Pela porta do lado da Epístola acede-se à sacristia, de planta rectangular e cobertura em abóbada de berço: aí observa-se arcaz com espaldar a integrar espelhos, sobrepujado por nicho em mármore a albergar crucifixo. |
Acessos
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| Rua Rogério Figueirôa Rego, Largo Brigadeiro França Borges, Largo Engenheiro Carlos Alves. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,042037; long.: -9,265774 |
Protecção
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| Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 5/2002, DR, 1.ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 |
Enquadramento
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| Urbano, destacado, isolado por adro murado, em posição altimétrica dominante com acesso por escadaria |
Descrição Complementar
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| Os altares laterais ostentam composições pictóricas setecentistas com as seguintes temáticas, do lado da Epístola: A Sagrada Família, Descida da Cruz (2 telas) e Santo António; do lado do Evangelho: São Miguel, São Sebastião, Nossa Senhora do Carmo e A Imaculada Conceição. No 1º altar do lado do Evangelho observa-se uma maquineta de madeira entalhada (de estilo rocaille) contendo uma imagem de Nossa Senhora das Dores. No altar colateral da Epístola (ladeando arco triunfal), reconhece-se pintura sobre tábua figurando Santo Amaro e Nossa Senhora com o Menino. Na capela baptismal destaca-se a pia (em cantaria de calcário branco, de notáveis dimensões) e a pintura sobre tábua figurando o Baptismo de Cristo, ambas quinhentistas. No coro-alto, um positivo com cicno registos e fole de pé. |
Utilização Inicial
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| Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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| Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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| Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa) |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| ARQUITECTO: João Antunes (atr., 1700). PINTOR: Diogo Teixeira (séc. 16). |
Cronologia
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| Séc. 16 - pintura de um Pentecostes por Diogo Teixeira; séc. 17 - construção da igreja, fundada no local onde existira templo com o mesmo orago, de que são memória os registos paroquiais do séc. 16 e as lages sepulcrais armoriadas colocadas na capela-mor (designadamente de Heitor Bernardes Botado e de sua mulher, datada de 1578); c. 1700 - campanha de reedificação financiada por D. Pedro II, provavelmente com desenho de João Antunes; 1749 ou 1751 - data da provável conclusão da construção (a 1ª observa-se no pavimento do adro e a 2ª é apresentada por Fr. Cláudio da Conceição); Séc. 18, 2ª metade - edificação da torre sineira. |
Dados Técnicos
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| Paredes autoportantes |
Materiais
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| Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, mármore, estuque, ferro forjado, madeira |
Bibliografia
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| AZEVEDO, Carlos de, FERRãO, Julieta, GUSMãO, Adriano, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Vol. IV, Lisboa, 1963; CONCEIÇãO, Cláudio da (Frei), Gabinete Histórico, Tomo XII, Lisboa, 1829; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. 33, Lisboa, 1978; REGO, Rogério de Figueiroa, Um Herói Português na Empreza de Túnis, Lisboa, 1943; SERRÃO, Vítor, Tomás Luís e o antigo retábulo da Igreja da Misericórdia de Aldeia Galega do Ribatejo, in ARTIS, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, 2002, n.º 1, pp. 211-235; SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal - o Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003; TORRES, Manuel Agostinho Madeira, Descripção Histórica e Económica da Villa e Termo de Torres Vedras, Coimbra, 1862; VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, vol. II, Braga, 1990; Torres Vedras, Passado e Presente, vol. I, Torres Vedras, 1996. |
Documentação Gráfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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| IHRU: DGEMN/DSID; IGESPAR: IPPAR, Pº Nº 91/3(35) |
Intervenção Realizada
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| Paróquia: 1990 - reparação da cobertura (telhado e abóbada), caiação dos paramentos exteriores, pinturas interiores, obras de beneficiação da torre sineira, envernizamento das pinturas dos altares. |
Observações
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Autor e Data
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| Teresa Vale e Maria Ferreira 1998 |
Actualização
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