Igreja Paroquial de Bucelas / Igreja de Nossa Senhora da Purificação
| IPA.00004010 |
Portugal, Lisboa, Loures, Bucelas |
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Arquitectura religiosa, gótica, renascentista e maneirista. Igreja paroquial de planimetria quinhentista, da 2.ª metade do século, de planta rectangular, com 3 naves iluminadas por janelas existentes nas paredes laterais, coberturas internas diferenciadas, coro-alto e Capela-mor e com tectos em abóboda de berço, cabeceira com abóbada semi-esférica, iluminada por janela ao alto tipo seteira, sacristia com abóboda com cruzaria de ogivas. Exteriormente tem características comuns às igrejas-fortalezas medievais como sejam a implantação em local elevado, paredes altas e com poucas aberturas e cabeceira cilíndrica maneirista quase cega. Corpos adossados à estrutura original em diferentes épocas. A decoração interior é predominantemente maneirista, caso do Altar-mor em pedra, dos azulejos enxaquetados e das pinturas decorativas dos arcos e abóbodas com composições de florões, volutas, etc. A talha dos altares é barroca, de estilo nacional, assim como as molduras das telas da Capela-mor e o coro-alto. Grande extensão de pinturas murais. |
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Número IPA Antigo: PT031107020009 |
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Registo visualizado 2899 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal regular (rectangular), composta de 3 naves com 5 tramos, capela-mor rectangular com cabeceira circular, e outras dependências ligadas à igreja. Volumes articulados, torre sineira quadrada de 2 pisos encostada à ilharga NE junto da cabeceira, construções de apoio com 1 piso encostadas à fachada SO.: Coberturas diferenciadas em quatro níveis, com telhados de 2 águas no corpo da igreja e num corpo adossado e de 1 água nos restantes. Fachadas rebocadas e pintadas de branco com cunhais de pedra calcária. Fachada principal: Orientada a NO; sem adro e sem cortina; portas em madeira envernizada com almofadas salientes; frontispício com parastáticas, terminado em empena e rasgado por portal de arco pleno monolítico, assente em 2 colunas toscanas que apoiam entablamento sobrepujado por frontão curvo; apresenta 3 janelas ao alto, iluminantes, gradeadas, a nível do coro (piso 2) com moldura em cantaria e uma pequena abertura quadrada à esquerda para iluminação da zona da fonte baptismal; cimalha simples caiada. Fachada lateral esquerda (NE): Plano com elemento reentrante correspondente à cabeceira circular; porta e portal similares aos da fachada principal; duas janelas ao alto de cada lado da porta e uma na cabeceira, gradeadas, com moldura em cantaria; duas frestas junto à torre sineira, ao alto tipo seteiras com moldura em cantaria; torre sineira com cunhais de pedra aparelhada, 4 ventanas com moldura em cantaria, pequena abóboda, cobertura trabalhada e pintada de branco e cor de tijolo encimada por cruz em ferro, acrotérios nos quatro cantos suportando ornato em pedra tipo balaústre, dois sinos, relógio exterior revestido a azulejo azul e branco; fundação saliente na zona da cabeceira formando banqueta. Fachada lateral direita (SO): Reforçada exteriormente por contrafortes salientes entre os quais se adossaram várias construções; cunhal esquerdo em pedra aparelhada; plano com elementos reentrantes correspondentes à cabeceira circular e às construções referidas; quatro janelas, gradeadas, com moldura em cantaria, duas quadradas uma a nível do piso 1 outra a nível do coro alto iluminante da escada de acesso, duas ao alto uma na zona da cabeceira e outra a meio da nave; no corpo adossado à cabeceira uma janela não gradeada, com moldura em cantaria, inscrição na verga e com caixilhos de alumínio, pedra de armas junto à cumeeira; num corpo adossado a meio da nave uma porta com moldura em cantaria. Fachada posterior (SE): Cabeceira apresentando platibanda com beiral, delimitada por dois frisos e com gárgulas em forma de meio balaústre, janela ao alto tipo seteira com moldura em cantaria; volume à direita adossado entre a cabeceira e a torre com cunhal em cantaria aparelhada, com telhado de 1 água, porta e pequena janela ao alto logo acima da verga, ambos com moldura em cantaria; torre sineira com pequena janela ao alto gradeada; volume à esquerda adossado entre a cabeceira e um contraforte com porta e pequena janela ao alto gradeada, ambos com moldura em cantaria, telhado de duas águas. INTERIOR: Corpo da igreja: composto por 3 naves, sem transepto, com tectos em abóboda de berço em alvenaria de tijolo, revestidos por estuque pintado com florões e voluptas. Coro-alto com varanda abalaustrada em pedra rosada. Sob o coro-alto 2 colunas toscanas em pedra rosa encimadas por volutas e duas consolas laterais também em forma de voluta. Naves laterais forradas de azulejos enxaquetados; cinco tramos de arcos de volta perfeita; altares colaterais de talha dourada nos topos e com teias em balaustrada de pedra rosada e em madeira. Nave esquerda (no lado de Evangelho) com fonte baptismal de taça grande e simples, sobre grosso colunelo, localizada no canto do lado da entrada da igreja sob pequena abóboda semi-esférica com pinturas na superfície exterior; de cada lado da porta de entrada secundária tinas de água benta em pedra; dois pequenos espaços sobreelevados, com molduras em pedra, para confessionários; quatro círculos com pequenas cruzes de ramos simétricos em azulejo sob fundo vermelho na parede. Nave central ligada às laterais por arcos redondos em pedra pintada com motivos florais, sobre grandes colunas toscanas também em pedra; espaço entre arcos estucado e pintado com motivos florais e anjinhos; abóbodas de berço com pinturas; púlpito circular do lado do evangelho com guarda-voz e dossel de madeira e escada em caracol de pedra rosada. Nave direita com três espaços sobreelevados, com molduras em pedra, para confessionários; espaço lateral sobreelevado para capela, sem teia mas com pequeno altar em pedra, com moldura (colunas e arco redondo) em pedra com pinturas, com lampadário pendente do arco com pedra de fecho saliente esculpida, e servindo de zona de acesso às escadas para o coro-alto e para pequeno espaço adjacente com porta e moldura em pedra; quatro círculos com pequenas cruzes de ramos simétricos em azulejo sob fundo vermelho na parede; porta sob o coro-alto de acesso a espaços adossados à igreja; junto a essa porta encontra-se um grupo escultórico com cerca de 1,70m *2. Capela-mor com pavimento em lajes de pedra; lambril de azulejos policromos, de altos silhares, rematado superiormente por faixa de talha pintada; 3 telas emolduradas a talha nas paredes laterais tendo uma quarta caído; retábulo de talha dourada, com figuras de sereias nas 2 mísulas laterais com baldaquino, de suporte a figuras religiosas e esculturas dos Evangelistas integradas nos fustes das colunas torsas; porta de madeira à esquerda de acesso à torre sineira, com larga moldura de pedra encimada por inscrição; três degraus de acesso ao altar-mor em pedra calcária; porta de madeira à direita de acesso à sacristia com larga moldura de pedra encimada por inscrição desaparecida; tecto em abóboda de berço de tijoleira estucada e com pinturas decorativas; duas telas emolduradas a talha sobre o arco triunfal tendo uma terceira caído *3. Sacristia com pavimento em lajes de pedra; abóboda de cruzaria de ogivas com liernes e fechos; pequeno oratório na parede frontal com moldura em madeira pintada e com pedestal suportando figura; presumível antiga capela radiante dado dar ligação ao deambulatório; lápide armoriada. Torre sineira com 2 pisos acessíveis por escada de lanços opostos com pavimento em pedra calcária; tectos semi-esféricos de alvenaria de tijolo rebocada e estucada. Deambulatório envolvendo a Capela-mor, servindo de zona de arrumos, com pavimento em betonilha e em laje de pedra; tecto em abóboda de berço de alvenaria de tijolo caiada; existência duma pedra com inscrições; uma pequena janela gradeada iluminante sobre uma porta no topo do lado esquerdo e outra pequena janela gradeada iluminante no topo do lado direito. Cabeceira com abóboda semi-esférica de alvenaria de tijolo rebocada; sobre a verga da porta de entrada do lado direito e junto à porta do lado esquerdo, pedra trabalhada com cruz de pontas simétricas em campo circular; escada de madeira para acesso à traseira do altar-mor e outra para acesso a piso superior. Espaço junto à cabeceira que serve de gabinete do padre; tecto recente em tábuas de madeira; uma porta para o deambulatório, outra para a fachada posterior e uma janela para a fachada sudoeste. Espaço tipo corredor entre a sacristia e a capela, com pavimento em laje de pedra; duas janelas gradeada e três portas. Espaço alongado sob a escada de acesso ao coro-alto com tectos em abóboda de berço e de aresta; duas pequenas janelas iluminantes gradeadas e uma porta. Escada de acesso ao Piso 2, com 1 lanço e com pavimento em lajes de pedra; duas janelas gradeadas iluminantes; pequeno nicho ao cimo da escada possivelmente para figura religiosa, com moldura em cantaria; tecto em abóboda de berço na escada e de aresta nos patamares. Piso 2 correspondente ao coro-alto com pavimento em tábuas de madeira; paredes e arcos com pinturas idênticas à do resto da igreja; balaustrada em pedra trabalhada rosada. |
Acessos
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Largo do Espírito Santo. WGS84 (graus decimais) lat.: 38.900600, long.: -9.119096 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 35 532, DG, 1.ª série, n.º 55 de 15 março 1946 |
Enquadramento
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Urbano, isolada, implantação destacada. Localiza-se no cimo de pequena elevação no centro da povoação, ficando assim sobranceira às casas de habitação circundantes. Junto à cabeceira, no exterior, conserva-se um monumental cipo romano *1. O muro que rodeia o plano de implantação da igreja é um elemento separador da envolvente. |
Descrição Complementar
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AZULEJARIA: Azulejos enxaquetados verdes e brancos (de características hispano-árabes, alguns azul e branco, por substituição,) com motivos geométricos simples (linhas entrecruzadas) nas paredes das naves laterais e coro-alto e policromos com figuras de grutescos na Capela-mor; ESCULTURA: Importante grupo escultórico em alto relevo sobre pedra lioz pintada a amarelo, azul e vermelho; INSCRIÇÕES, SEPULTURAS E PEDRAS DE ARMAS: No exterior, junto à entrada da igreja existe uma pedra com inscrições. Na verga da janela do corpo adossado à cabeceira, está a inscrito o ano de 1816 e encontra-se junto à cumeeira uma pedra de armas. Existem várias inscrições em sepulturas e na parede da nave da igreja, na zona do deambulatório e no Altar-mor (datada de 1569). A pedra de armas existente na sacristia data de 1573. A inscrição sobre a porta de acesso à torre sineira é datada de 1566; PINTURAS MURAIS: Em tectos, paredes, arcos e colunas com pinturas de ornatos, florões, medalhões e anjos, de autoria desconhecida (séc. 18). Na Capela-mor há alusões à Purificação de Nossa Senhora. Nas naves laterais há alusões à Mãe de Deus; TALHA: Retábulo de talha barroca dourada (séc. 18) na Capela-mor e nos altares colaterais de autoria desconhecida, os últimos com decoração habitual de vides nas colunas torsas e de folhas de acanto nas mísulas. Todas as telas são emolduradas a talha. Existem várias imagens em talha; TELAS: Há três telas na capela-mor e duas sobre o arco triunfal muito degradadas e de autoria desconhecida (provavelmente seiscentistas). |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1522 - segundo tradição, a imagem de Nossa Senhora da Purificação ou do Carvalho apareceu sobre um carvalho no sítio da actual igreja de Bucelas, manifestando assim vontade de mudar a sede da paróquia. O povo começou por reconduzi-la à igreja de Vila de Rei, mas a Virgem voltou ao local várias vezes até que se construiu a actual igreja; 1573 - Data na lápide armoriada na Sacristia; 1566 - Data sobre porta na Capela-mor; 1569, 23 Janeiro - Segundo inscrição no Altar-mor, sagração da Capela-mor por Jorge de Ataíde, Bispo de Viseu; Séc. 17 - Revestimento azulejar da nave e pinturas nas abóbodas; Séc. 18 - Introdução do dossel do púlpito e do coro-alto; 1969 - Alguns estragos causados pelo sismo; 2006, Maio - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista, dado a cobertura descarregar em colunas e nas paredes mestras. |
Materiais
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Cerâmica nas telhas de barro da cobertura (de canudo e romana), nos tectos interiores em alvenaria de tijolo e nos azulejos enxaquetados em silhares de paredes; alvenaria mista em fachadas rebocadas e caiadas de branco e em paredes interiores rebocadas, caiadas, revestidas de azulejo ou com pinturas; cantaria no guarnecimento das portas de entrada principal e lateral, pedra e calcário de lioz em pavimentos do rés-do-chão, colunas, fonte baptismal, pias de água-benta, balaustrada, escada de acesso ao coro-alto, grupo escultórico, cunhais e molduras de vãos; gesso no tectos com estuque pintado; madeira no cadeiral da nave e do coro-alto, balaustrada, portas, escadas da cabeceira, caixilharia de janelas, pavimento do coro-alto e tecto falso do gabinete do padre; talha dourada e policroma nos retábulos dos altares e nas molduras das telas pitadas; vidros simples e pintado em janelas; metal no guarnecimento de portas, janelas e gradeamentos de ferro e alumínio anodizado na janela do gabinete do padre. |
Bibliografia
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SOUSA, Francisco Luís de, O Terramoto de 1 de Novembro de 1755 em Portugal e um Estudo Demográfico, vol. 3, Lisboa, Serviços Geológicos, 1923; PROENÇA, Raul, dir. de, Guia de Portugal, vol. 1, Lisboa, Biblioteca Nacional de Lisboa, 1924; CÂNCIO, Francisco, Ribatejo Histórico e Monumental, vol. 3, s.l., s.n., 1939; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, Junta Distrital, 1963; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Concelho de Loures, Loures, Câmara Municipal de Loures, 1983; FERREIRA, Arq. Fernando M., Levantamento do Património Cultural Construído da Freguesia de Bucelas, Bucelas, Maio 1998; VAZ, Maria Máxima, Património Histórico Artístico - Loures Tradição e Mudança - I Centenário da Formação do Concelho - 1786 a 1886, vol. 1, Loures, 1986, pp. 87-136; MECO, José, Azulejaria Portuguesa, Lisboa, Bertrand, 1989; Carta Arqueológica do Município de Loures, Loures, 2000. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco, DGEMN/DRMLisboa; CML: Arquivo Fotográfico |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco, DGEMN/DRMLisboa; DGA/TT: Colegiada de Nossa Senhora do Carvalho de Bucelas; IPCR, www.ipcr.pt, 6 Junho 2006; Junta de Freguesia de Bucelas: www.jf-bucelas.pt, 6 Junho 2006; Arquivo Digital do Ministério das Finanças, www.sgmf.pt, Proc. CJBC/LIS/LOU/ADMIN/010, 038 e 044, Proc. CJBC/LIS/LOU/ARREM/009 e Proc. CJBC/LIS/LOU/ARROL/002, 6 Junho 2006 |
Intervenção Realizada
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1956 - reparação do telhado da capela-mor e anexos; 1963 - reparação dos telhados da capela-mor e naves; 1969 - reparação dos estragos causados pelo sismo de Fevereiro, trabalhos urgentes de conservação, obras de reparação e consolidação da talha do altar-mor, reconstrução de coberturas dos telhados anexos, dos rebocos da torre sineira e cortina do telhado da capela-mor, levantamento e reposição de azulejos do séc. 16, consolidação de toda a estrutura do trono do altar-mor; IPCR (Brigadas de Pintura Mural): 1970 - reparação nas pinturas murais; 1988 - obras de reparação com limpeza de algerozes e substituição de telhas partidas ou deslocadas. |
Observações
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A igreja é de invocação a Nossa Senhora da Purificação. O coro-alto do séc. 18 destruiu um pouco o equilíbrio da igreja. *1 - O cipo romano situou-se inicialmente encravado num muro de vedação do adro da Igreja que foi demolido para dar lugar ao actual Largo do Espírito Santo. Semelhante a uma pedra de ara, é um fuste paralelepipédico em calcário de lioz encimado por uma espécie de capitel romano, conservando numa das faces uma inscrição em latim "D. M. L. P. J. L. F. TUSSIA: E do :ANN XVIII" e cuja interpretação, segundo consta nas "Antiguidades de Lisboa", capítulo 49, é a seguinte: "Este túmulo é consagrado aos Deuses Manes. Aqui jaz Lúcio Público, filho muito amado de Júlio Lúcio e de Tussia Edomicília que morreu aos dezoito anos". Supõe-se ter servido de urna tumular de um antigo herói (ou bucelário) romano. *2 - Sob o coro-alto, à direita, existe um interessantíssimo alto relevo gótico, figurando a Santíssima Trindade, a Mãe de Cristo e os 12 Apóstolos na manhã de Pentecostes, provavelmente do séc. XVI, que segundo tradição oral pertenceu à destruída Capela do Espírito Santo. *3 - Pendente do arco triunfal da Capela-mor existiu um notável lampadário seiscentista. Duas pinturas quinhentistas pertencentes ao património desta igreja estão actualmente guardadas no Museu Municipal. |
Autor e Data
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Paula Noé 1991 / Paulo Ferreira 2006 |
Actualização
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