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Edifício e estrutura Edifício Transportes Ascensor
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Descrição
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Ascensor constituído por 2 carros que sobem e descem alternada e simultaneamente em 2 vias paralelas de carris de ferro assentes ao nível do chão; cabina compartimentada internamente em 3 zonas, designadamente os extremos, menores e idênticos, correspondentes às áreas de condução e pelos quais se acede ao interior, e o espaço central, ocupado por 2 bancos fronteiros dispostos longitudinalmente *2. |
Acessos
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Calçada da Glória |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 5/2002, DR, 1.ª série, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 / Decreto n.º 31-F/2012, DR, 1.ª série, n.º 252, 31 dezembro 2012 *1 / Incluído na Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811) / Parcialmente incluído na classificação da Avenida da Liberdade (v. IPA.00005972) / Incluído na Zona Especial de Proteção Conjunta dos imóveis classificados da Avenida da Liberdade e área envolvente |
Enquadramento
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Urbano, destacado, implantado em via de pendente acentuada com uma inclinação da ordem dos 17,7%. Perfaz um percurso entre a Avenida da Liberdade e a Rua de São Pedro de Alcântara, atravessando uma zona urbana maioritariamente ocupada por prédios do séc. 19, destacando-se nos terminais, o Palácio Foz (v. PT031106310083) e a Misericórdia de Lisboa (v. PT031106150334), contíguos ao trajecto realizado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: ascensor |
Utilização Actual
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Transportes: ascensor |
Propriedade
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Privada: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENGENHEIRO: Raoul Mesnier du Ponsard (1882). |
Cronologia
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1875 - concessão de autorização camarária à Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa para a construção de um ascensor na Calçada da Glória; 1882 - a concessão para a construção foi doada ao engenheiro Raoul Mesnier du Ponsard; 1885, 24 Outubro - inauguração do ascensor, cujo processo de locomoção era feito por contrapeso de água; a via compunha-se de dois carris exteriores em que assentavam os rodados dos carros e de outros dois, interiores, limitando uma fenda onde passava o cabo; cada carro era provido de um grande grampo que o ligava ao cabo de um freio de garra que actuava apertando os carris centrais entre 2 sapatas. Os carros eram compostos por 2 pisos, tendo o inferior 2 bancos dispostos longitudinalmente e de costas para a rua e o superior (Imperial) outros 2, dispostos no mesmo sentido, mas costas com costas; 1912 - a Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa (NCAML) assina com a Câmara Municipal de Lisboa um contrato de concessão que lhe permitia a electrificação de todas as suas linhas; 1914 / 1915 - obras de electrificação do ascensor da Glória; 1915 - o ascensor, já electrificado, retomava o serviço; 1926 - por dissolução da Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa, o ascensor passa a ser propriedade da Companhia Carris; 1927 - inauguração de um abrigo para o carro e para os passageiros, construído junto à Praça dos Restauradores que é desde logo muito contestado; 1934 - demolição do abrigo edificado junto à Praça dos Restauradores; 1995, 01 agosto - a Carris apresenta uma proposta cde classificação; 1997, 11 março - parecer do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como Monumento Nacional; 1997, 09 abril - Despacho de homologação da classificação da Ministra da Cultura; 2002, 28 outubro - proposta da DRLisboa para ampliação da classificação ao edifício n.º 12 da Travessa do Fala-Só e retificação da planta do diploma de classificação; 2003, 07 janeiro - parecer favorável do Conselho Consultivo do IPPAR; 2003, 31 março - Despacho de homologação da retificação do Ministro da Cultura. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma |
Materiais
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Ferro, vidro, madeira. |
Bibliografia
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O Occidente, Vol. VIII, Nº 248, 1885; CAPITÃO, Maria Amélia Motta, Subsídios para a História dos Transportes Terrestres em Lisboa no Século XIX, Lisboa, 1974; LAGRANGE, José, O Ascensor da Glória. Lisboa. CCFL, série II, Ano III, nº 6; IDEM, O Livro da Carris, Lisboa, 1993. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Museu da Carris |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Museu da Carris |
Documentação Administrativa
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IGESPAR: IPPAR: Pº Nº 95/3 (14); Museu da Carris |
Intervenção Realizada
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Manutenção geral efectuada de 4 em 4 anos; manutenção intermédia efectuada todos os 2 anos; Década de 30 - pintura das carroçarias em amarelo; 1997 - obras de conservação. |
Observações
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*1 - DOF:...na Calçada da Glória (todos os imóveis que com ela confinam), a Rua das Taipas, tornejando para o Largo da Oliveirinha, n.º 1, 2 e 5, e a Travessa do Fala-Só, n.º 2 a 10 e 1 a 7; o decreto de 2012 amplia a Zona classificada, ficando com o DOF: na Calçada da Glória (todos os imóveis que com ela confinam), a Rua das Taipas, tornejando para o Largo da Oliveirinha, n.º 1, 2 e 5, e a Travessa do Fala-Só, n.º 2 a 12 e 1 a 7. *2 - incluia também uma bilheteira provida de uma cobertura, em vidro em estrutura de ferro em estilo Arte Nova e Arte Deco. |
Autor e Data
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Teresa Vale e Maria Ferreira 1997 |
Actualização
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Cecília Matias 1999
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