Quinta de Baixo / Quinta dos Condes de Paço Vitorino

IPA.00003966
Portugal, Porto, Vila Nova de Gaia, Vilar de Andorinho
 
Casa abastada barroca de planta em U, integrando capela numa das alas, com alçados de dois pisos revelendo a divisão espacial interior e com acesso ao andar nobre por escadaria exterior. Caracteriza-se pela sobriedade e regularidade de linhas e pela horizontalidade das mesmas, reforçadas pelas alpendradas com colunatas que se abrem para o pátio central, e que apenas são interrompidas pela implantação da capela.
Número IPA Antigo: PT011317230020
 
Registo visualizado 716 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa  Casa abastada  

Descrição

Planta composta em U aberto, de volumes articulados horizontalmente com cobertura em telhado de quatro águas. Fachada principal orientada a E., com pilastras nos cunhais e integrando capela na ala N.. No primeiro piso abre-se nas alas laterais arcada de arcos plenos sobre pilares e na central, entre duas portas de verga recta, escadaria de lanços opostos, rematada por volutas e inferiormente aberta, acedendo ao andar nobre, todo ele percorrido por logia de colunelos assentes sobre platibanda. Na fachada posterior anexa-se corpo saliente correspondendo a uma zona de serviço. Também orientada a E., a fachada principal da capela apresenta pilastras nos cunhais, sobrepujadas por urnas sobre plintos, e termina em frontão triangular truncado por vão de sineira. Acede-se ao interior, que conserva retábulo de talha dourada com pinturas sobre madeira, através de pequeno exonártex, exterior à Quinta, uma vez que entre a capela e a ala N. do solar se ergue muro que fecha um terreiro fronteiro. Nele se integra fonte de espaldar com estrutura de retábulo maneirista, com corpo central mais elevado, com nicho e rematado em arco abatido, ladeado por dois outros pequenos nichos; tanque quadrangular. Na fachada posterior, junto à zona de serviço, um pequeno lago circular com uma saída de água colocada centralmente. A organização espacial interior do solar é ainda patente nos dois pisos que o constituem. A Quinta é fechada por dois portões: a E. aquele que dá acesso ao terreiro, correspondendo à fachada principal e a S. um outro que dá igualmente acesso ao terreiro através de uma alameda, cuja marcação é ainda perfeitamente legível.

Acessos

Gaveto da Rua de Mariz com a Rua de São João Baptista

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Periurbano, em planície. O conjunto edificado encontra-se isolado de outras construções, separado do aglomerado da povoação através de muro / cerca. Situação de abandono, com telhado parcialmente destruído, falta de pavimento em várias zonas. O terreiro e área adjacente à fachada posterior do solar apresentam-se invadidos de vegetação.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial casa

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 18 - construção; 1756 - há notícia de que o imóvel integrava já a capela; 1974 - a propriedade é tomada pela população e, posteriormente, "devolvida" aos seus legítimos proprietários; Séc. 20, meados da década de 80 - até esta altura o imóvel manteve-se habitado. A conclusão da ocupação permanente do imóvel teve por consequência a aceleração da sua degradação; 1998, 10 Setembro - Despacho de abertura do processo de instrução relativo à eventual classificação como Imóvel de Interesse Público; 2009, 23 outubro - caduca o processo de classificação conforme o Artigo n.º 78 do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251 de 28 dezembro 2012, que faz caducar os procedimentos que não se encontrem em fase de consulta pública.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Granito, madeira e talha, telha.

Bibliografia

BINNEY, Marcus, Casas Nobres de Portugal, Lisboa, 1987; AZEVEDO, Carlos, Solares Portugueses, Lisboa, 1988; PEREIRA, José Fernandes, O Barroco no Século XVIII in PEREIRA, Paulo, História da Arte Portuguesa, Lisboa, 1995; GOMES, Joaquim Costa, Monografia de Vilar de Andorinho, s.d..

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN / DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

*1 - Segundo Joaquim Costa Gomes "aquando do inquérito administrativo mandado instaurar pelo Marquês de Pombal em 1756, a Quinta de Baixo era já pertença de José Pinto Monteiro, já possuía a capela actual e todo o mais, tendo transitado, um século depois, possivelmente por venda através do tribunal, para os Calheiros Lobo, Condes de Vitorino das Donas". *2 - Uma notícia publicada no JN de 29 de Agosto de 1997 dá conta do interesse da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho em proceder à aquisição do imóvel para efeitos de instalação de um equipamento cultural. *3 - O interior do imóvel é praticamente inexistente * 4 - O acesso à capela é extremamente difícil, uma vez que a mesma se encontra fechada por receio dos danos que lhe possam ser infligidos.

Autor e Data

Isabel Sereno / Elvira Rebelo 1997

Actualização

 
 
 
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