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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Casa abastada
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Descrição
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Planta composta em U aberto, de volumes articulados horizontalmente com cobertura em telhado de quatro águas. Fachada principal orientada a E., com pilastras nos cunhais e integrando capela na ala N.. No primeiro piso abre-se nas alas laterais arcada de arcos plenos sobre pilares e na central, entre duas portas de verga recta, escadaria de lanços opostos, rematada por volutas e inferiormente aberta, acedendo ao andar nobre, todo ele percorrido por logia de colunelos assentes sobre platibanda. Na fachada posterior anexa-se corpo saliente correspondendo a uma zona de serviço. Também orientada a E., a fachada principal da capela apresenta pilastras nos cunhais, sobrepujadas por urnas sobre plintos, e termina em frontão triangular truncado por vão de sineira. Acede-se ao interior, que conserva retábulo de talha dourada com pinturas sobre madeira, através de pequeno exonártex, exterior à Quinta, uma vez que entre a capela e a ala N. do solar se ergue muro que fecha um terreiro fronteiro. Nele se integra fonte de espaldar com estrutura de retábulo maneirista, com corpo central mais elevado, com nicho e rematado em arco abatido, ladeado por dois outros pequenos nichos; tanque quadrangular. Na fachada posterior, junto à zona de serviço, um pequeno lago circular com uma saída de água colocada centralmente. A organização espacial interior do solar é ainda patente nos dois pisos que o constituem. A Quinta é fechada por dois portões: a E. aquele que dá acesso ao terreiro, correspondendo à fachada principal e a S. um outro que dá igualmente acesso ao terreiro através de uma alameda, cuja marcação é ainda perfeitamente legível. |
Acessos
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Gaveto da Rua de Mariz com a Rua de São João Baptista |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Periurbano, em planície. O conjunto edificado encontra-se isolado de outras construções, separado do aglomerado da povoação através de muro / cerca. Situação de abandono, com telhado parcialmente destruído, falta de pavimento em várias zonas. O terreiro e área adjacente à fachada posterior do solar apresentam-se invadidos de vegetação. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial casa |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 18 - construção; 1756 - há notícia de que o imóvel integrava já a capela; 1974 - a propriedade é tomada pela população e, posteriormente, "devolvida" aos seus legítimos proprietários; Séc. 20, meados da década de 80 - até esta altura o imóvel manteve-se habitado. A conclusão da ocupação permanente do imóvel teve por consequência a aceleração da sua degradação; 1998, 10 Setembro - Despacho de abertura do processo de instrução relativo à eventual classificação como Imóvel de Interesse Público; 2009, 23 outubro - caduca o processo de classificação conforme o Artigo n.º 78 do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251 de 28 dezembro 2012, que faz caducar os procedimentos que não se encontrem em fase de consulta pública. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Granito, madeira e talha, telha. |
Bibliografia
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BINNEY, Marcus, Casas Nobres de Portugal, Lisboa, 1987; AZEVEDO, Carlos, Solares Portugueses, Lisboa, 1988; PEREIRA, José Fernandes, O Barroco no Século XVIII in PEREIRA, Paulo, História da Arte Portuguesa, Lisboa, 1995; GOMES, Joaquim Costa, Monografia de Vilar de Andorinho, s.d.. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Segundo Joaquim Costa Gomes "aquando do inquérito administrativo mandado instaurar pelo Marquês de Pombal em 1756, a Quinta de Baixo era já pertença de José Pinto Monteiro, já possuía a capela actual e todo o mais, tendo transitado, um século depois, possivelmente por venda através do tribunal, para os Calheiros Lobo, Condes de Vitorino das Donas". *2 - Uma notícia publicada no JN de 29 de Agosto de 1997 dá conta do interesse da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho em proceder à aquisição do imóvel para efeitos de instalação de um equipamento cultural. *3 - O interior do imóvel é praticamente inexistente * 4 - O acesso à capela é extremamente difícil, uma vez que a mesma se encontra fechada por receio dos danos que lhe possam ser infligidos. |
Autor e Data
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Isabel Sereno / Elvira Rebelo 1997 |
Actualização
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