Castro dos Arados / Alto de Santiago

IPA.00003961
Portugal, Porto, Marco de Canaveses, Alpendorada, Várzea e Torrão
 
Aglomerado proto-urbano. Povoado proto-histórico com ocupação romana e medieval. Povoado fortificado / castro de contorno sensivelmente elipsoidal, contornado por três linhas de muralhas. Forno cerâmico, necrópole.
Número IPA Antigo: PT011307010001
 
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Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Povoado  Povoado proto-histórico  Povoado fortificado   

Descrição

Povoado fortificado romanizado com três linhas de muralhas, chegando a atingir uma altura de c. de 6 m, que definem um recinto de contorno sensivelmente elipsoidal, implantando-se no sector N. o reduto interior, estando as duas interiores unidas de N. a O., enquanto a N. e a E. a linha defensiva intermédia e a exterior se adossam à penedia, na zona de maior declive. Nas plataformas interiores encontram-se amontoados de pedra solta resultantes da ruína de construções e das próprias muralhas, sendo ainda visíveis vestígios de construções de planta circular e rectangular. Tivemos a informação que neste local foi detectado um forno cerâmico, embora não o tenhamos observado. No sopé do outeiro, a O., foi detectada, no séc. 18, uma necrópole com c. de 12 sepulturas abertas no saibro e estruturadas com lajes, estando todas cobertas com lousas, fornecendo espólio cerâmico, pregos e numismas romanos do Alto e Baixo Império. Uma das sepulturas tinha na cabeceira uma estela com uma cruz gravada, inserta num círculo. Neste local terá existido um castelo medieval, e embora tenha aqui sido registado espólio cerâmico coevo não se tenha detectou qualquer estrutura ou vestígio com ele relacionado.

Acessos

Alpendurada e Matos, Monte do Ladário; estradão ao km 75 da EN 210

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910

Enquadramento

Rural, isolado, outeiro destacado, coberto com vegetação rasteira, sobranceiro ao Rio Douro e ao Rio Tâmega.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Época Construção

Proto-história

Arquitecto / Construtor / Autor

Não aplicável

Cronologia

Proto-história - construção do povoado; Época romana - ocupação; Época Medieval - construção de um castelo.

Dados Técnicos

Paredes auto portantes; muralhas construídas com silhares assentes em seco, em aparelho poligonal e irregular, constituídas por dois paramentos paralelos preenchidos interiormente com pedra miúda; paredes das construções em dois paramentos; sepulturas abertas no saibro e estruturadas com lajes.

Materiais

Muralhas e construções em granito; cobertura das construções com tegula e imbrex; cobertura das sepulturas em lajes graníticas.

Bibliografia

COSTA, António Carvalho da, Corografia Portugueza e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal, vol. 1, Lisboa, 1706, p. 351; VIEIRA, José Augusto, O Minho Pittoresco, vol. 2, Lisboa, 1887, p. 500; VASCONCELLOS, José Leite de, Religiões da Lusitânia, vol. 2, Lisboa, 1905, p. 287 - 288; VASCONCELOS, Manuel de, Apontamentos arqueológicos do concelho de Marco de Canaveses, O Archeologo Português, 19 (1 - 6), Lisboa, 1914, p. 12; AGUIAR, Manuel Vieira de, Descrição histórica, corográfica e folclórica de Marco de Canaveses, Porto, 1947, p. 63 - 64; CRUZ, António, Notícias da necrópole de S. Tiago de Arados descoberta no séc. XVIII, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 11 (4), Porto, 1947, p. 329 - 349; LANHAS, Fernando e BRANDÃO, Domingos de Pinho, Inventário de objectos e lugares com interesse arqueológico, Revista de Etnografia, 8 (1), Porto, 1967, p. 12 - 13 e 52; ALMEIDA, Carlos Alberto F. de, Castelogia Medieval de Entre-Douro-e-Minho. Desde as origens a 1220, dissertação complem. de doutoramento, policopiado, Porto, 1978, p. 29; PONTE, Salete da, Fíbulas de sítios a Norte do rio Douro, Lucerna, s/n, Porto, 1984, p. 137, nº 71; SILVA, João Belmiro P. da, Marco de Canaveses - Os Castros, Marco de Canaveses, 1992, p. 23 - 38.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Séc. 20, inícios - escavações arqueológicas sob a responsabilidade de José Leite de Vasconcellos.

Observações

Este local é referenciado na documentação dos séculos 10 e 11 como mons aratros. O espólio deste local é constituído por fragmentos de cerâmica comum da Idade do Ferro, cerâmica comum romana, cossoiros, numismas, tegula, imbrex, duas fíbulas anulares em bronze (Fowler B1) e uma cabeça de estátua zoomórfica, cerâmica comum medieval. As fíbulas de bronze e a cabeça de estátua zoomórfica estão depositadas no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia. O local serve de divisória às freguesias de Alpendurada e Matos, Ariz e Magrelos.

Autor e Data

Isabel Sereno / Paulo Amaral 1994

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