|
Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoado Povoado proto-histórico Povoado fortificado
|
Descrição
|
Povoado fortificado romanizado com três linhas de muralhas, chegando a atingir uma altura de c. de 6 m, que definem um recinto de contorno sensivelmente elipsoidal, implantando-se no sector N. o reduto interior, estando as duas interiores unidas de N. a O., enquanto a N. e a E. a linha defensiva intermédia e a exterior se adossam à penedia, na zona de maior declive. Nas plataformas interiores encontram-se amontoados de pedra solta resultantes da ruína de construções e das próprias muralhas, sendo ainda visíveis vestígios de construções de planta circular e rectangular. Tivemos a informação que neste local foi detectado um forno cerâmico, embora não o tenhamos observado. No sopé do outeiro, a O., foi detectada, no séc. 18, uma necrópole com c. de 12 sepulturas abertas no saibro e estruturadas com lajes, estando todas cobertas com lousas, fornecendo espólio cerâmico, pregos e numismas romanos do Alto e Baixo Império. Uma das sepulturas tinha na cabeceira uma estela com uma cruz gravada, inserta num círculo. Neste local terá existido um castelo medieval, e embora tenha aqui sido registado espólio cerâmico coevo não se tenha detectou qualquer estrutura ou vestígio com ele relacionado. |
Acessos
|
Alpendurada e Matos, Monte do Ladário; estradão ao km 75 da EN 210 |
Protecção
|
Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
|
Rural, isolado, outeiro destacado, coberto com vegetação rasteira, sobranceiro ao Rio Douro e ao Rio Tâmega. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Não aplicável |
Utilização Actual
|
Não aplicável |
Propriedade
|
Privada: pessoa singular |
Afectação
|
|
Época Construção
|
Proto-história |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Não aplicável |
Cronologia
|
Proto-história - construção do povoado; Época romana - ocupação; Época Medieval - construção de um castelo. |
Dados Técnicos
|
Paredes auto portantes; muralhas construídas com silhares assentes em seco, em aparelho poligonal e irregular, constituídas por dois paramentos paralelos preenchidos interiormente com pedra miúda; paredes das construções em dois paramentos; sepulturas abertas no saibro e estruturadas com lajes. |
Materiais
|
Muralhas e construções em granito; cobertura das construções com tegula e imbrex; cobertura das sepulturas em lajes graníticas. |
Bibliografia
|
COSTA, António Carvalho da, Corografia Portugueza e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal, vol. 1, Lisboa, 1706, p. 351; VIEIRA, José Augusto, O Minho Pittoresco, vol. 2, Lisboa, 1887, p. 500; VASCONCELLOS, José Leite de, Religiões da Lusitânia, vol. 2, Lisboa, 1905, p. 287 - 288; VASCONCELOS, Manuel de, Apontamentos arqueológicos do concelho de Marco de Canaveses, O Archeologo Português, 19 (1 - 6), Lisboa, 1914, p. 12; AGUIAR, Manuel Vieira de, Descrição histórica, corográfica e folclórica de Marco de Canaveses, Porto, 1947, p. 63 - 64; CRUZ, António, Notícias da necrópole de S. Tiago de Arados descoberta no séc. XVIII, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 11 (4), Porto, 1947, p. 329 - 349; LANHAS, Fernando e BRANDÃO, Domingos de Pinho, Inventário de objectos e lugares com interesse arqueológico, Revista de Etnografia, 8 (1), Porto, 1967, p. 12 - 13 e 52; ALMEIDA, Carlos Alberto F. de, Castelogia Medieval de Entre-Douro-e-Minho. Desde as origens a 1220, dissertação complem. de doutoramento, policopiado, Porto, 1978, p. 29; PONTE, Salete da, Fíbulas de sítios a Norte do rio Douro, Lucerna, s/n, Porto, 1984, p. 137, nº 71; SILVA, João Belmiro P. da, Marco de Canaveses - Os Castros, Marco de Canaveses, 1992, p. 23 - 38. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
Séc. 20, inícios - escavações arqueológicas sob a responsabilidade de José Leite de Vasconcellos. |
Observações
|
Este local é referenciado na documentação dos séculos 10 e 11 como mons aratros. O espólio deste local é constituído por fragmentos de cerâmica comum da Idade do Ferro, cerâmica comum romana, cossoiros, numismas, tegula, imbrex, duas fíbulas anulares em bronze (Fowler B1) e uma cabeça de estátua zoomórfica, cerâmica comum medieval. As fíbulas de bronze e a cabeça de estátua zoomórfica estão depositadas no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia. O local serve de divisória às freguesias de Alpendurada e Matos, Ariz e Magrelos. |
Autor e Data
|
Isabel Sereno / Paulo Amaral 1994 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |