Pelourinho de Setúbal
| IPA.00003919 |
Portugal, Setúbal, Setúbal, União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) |
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Arquitectura político-administrativa e judicial, setecentista. Pelourinho de pinha piramidal embolada, com soco quadrangular de três degraus, encimado por coluna clássica e pináculo com bola. Integração de material romano de Tróia no fuste e remate por grimpa metálica. | |
Número IPA Antigo: PT031512010006 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição de ordem militar Tipo pinha
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Descrição
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Estrutura em cantaria de mármore, composta por soco quadrangular de dois degraus, onde se ergue um pedestal prismático com inscrições, sobre o qual assenta coluna de fuste cilíndrico, capitel coríntio encimado por pinha cónica, com ferro terminal trespassando três esferas muito deterioradas. No pedestal lêem-se as seguintes inscrições: A S.: "Este pelourinho se mudou da Praça Ribeira para esta real no Anno de 1774"; a N.: "E por decreto de S.M.F. nomeado inspector das obras públicas desta villa José Bruno de Cabedo Coronel do Regimento e governador da praça Director destas João Vasco Manuel de Braun sargento-mor da mesma Engº e comandante d'artilharia"; a E.: "Por ordem do Illmo. e Exmo. Sor. Marquez de Pombal do Conc. de Estado"; a O.: "Tudo Executado por despeza da Camera desta Villa, sendo juiz de fora, Liandro de Souza da Sylva Alcoforado". |
Acessos
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Praça Marquês de Pombal. WGS (graus decimais): lat. 38,523634, long. -8,898432 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
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Urbano, planície, isolado. Praça ajardinada rodeada por um conjunto de edifícios de 2 e 3 pisos e por 2 ruas de grande intensidade de tráfego - Avenida Luísa Todi e Rua General Daniel de Sousa. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1712 - é cabeça de Comarca; tem 11000 pessoas; tem corregedor, procurador, juiz de fora, vereadores, procurador do concelho, escrivão da câmara, juiz dos órfãos com o respectivo escrivão, 7 tabeliães, guarda-mor da saúde; tem tribunal da alfândega com os seus oficiais e almoxarife com escrivão; tem tribunal da tábua real e ordem de Santiago, com o respectivo juiz; 1717, 04 Setembro - remoção de uma coluna em mármore, proveniente das ruínas de Tróia, da Porta Nova, sendo transferida para junto do Convento da Trindade; séc. 18, último quartel - um primeiro pelourinho é construído por ordem de D. Maria I, utilizando uma coluna coríntia encontrada nas escavações de Tróia, por ela patrocinadas; inicialmente colocado à entrada da Rua dos Sapateiros, junto à Porta Nova; é dali retirado por perturbar o trânsito das seges e transferido para o largo em frente ao convento dos frades do Espírito Santo, à Fonte Nova, de onde é retirado e enterrado, por ainda fazer obstáculo às corridas equestres que aí se realizavam; 1758 - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Guilherme Inácio de Afonso Lemos, é referido que a povoação é da Ordem de Santiago, sendo do rei, na qualidade de grão-mestre da Ordem; tem 690 vizinhos e tem provedor, juiz de fora, casa da câmara, casa de audiência e cadeia; 1774 - na altura da demolição do pelourinho antigo, símbolo da jurisdição do duque de Aveiro, por ordem do Marquês de Pombal, a coluna é desenterrada e reutilizada pelo engenheiro Cabedo no pelourinho reconstruído na actual Praça Marquês de Pombal; 1834 - demolição (Bonifácio, 1955); ignora-se a data de reconstrução. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de mármore e calcário; grimpa em ferro. |
Bibliografia
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AMARAL, Elói do, Setúbal,in, Guia de Portugal, vol. I, Lisboa, 1924; BONIFÁCIO, Luís, Pelourinhos do Distrito de Setúbal, in A Província, Montijo, 12.05.1955; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza, vol. III, Lisboa, Officina Real Deslandesiana, 1712; COSTA, A. Marques da, Estudos sobre algumas estações da época luso-romana nos arredores de Setúbal, in O Arqueólogo Português, vol. 29, Lisboa, 1933; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. 9, Lisboa, 1882; REBELO, Cap., O pelourinho de Setúbal e não só, in O Diabo, 31 Maio de 1988. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 34, n.º 153, fl. 1127-1134) |
Intervenção Realizada
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Nada a assinalar. |
Observações
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Autor e Data
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Isabel Mendonça 1992 |
Actualização
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