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Edifício e estrutura Estrutura Comemorativo Memória Lápide
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Descrição
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Inscrição epigráfica, insculturada na face voltada a N. de um rochedo granítico, a 247 palmos acima da superfície das águas, com letras latinas, capitulares, embutidas de bronze dourado, e encimada pela inscultura de uma coroa fechada. Leitura epigráfica: IMPERANDO DONA MARIA PRIMEIRA / JA SE DEMOLIU O FAMOZO ROCHEDO / QUE FAZENDO AQUI / UM CACHAM INACCESSIVEL / IMPOSSIBILITAVA A NAVEGAÇão / DESDE O PRINCIPIO DOS SECULOS / DUROU A OBRA / DESDE 1780 ATE 1791 / PATRIAM AMAVI FILIOS QUE DILEX. |
Acessos
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Lugar do Ermo, na margem esquerda do rio Douro, a 1 Km a montante da Barragem da Valeira, só acessível por barco |
Protecção
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Em estudo |
Enquadramento
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Rural. Em escarpa cortada que emerge do leito do rio Douro, na margem S., sobranceira ao extinto Cachão da Valeira, a pouca altura do nível médio das águas do rio. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comemorativa: lápide |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Padre António Manuel Camelo (dir. das obras); Engenheiro hidráulico José Maria Yola |
Cronologia
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1530 - primeiras tentativas para destruir o Cachão da Valeira, uma cascata numa garganta rochosa do rio, que impedia a navegabilidade completa do rio Douro, por Martim de Figueiredo, com "fogo de vinagre"; séc. 17 / 18 - nos reinados de D. Pedro II e D. João V foram efectuados diversos estudos para execução da obra; 1779 - a Companhia Geral da Agricultura e Vinhas do Alto Douro recebe autorização de D. Maria I para cobrar impostos sobre o vinho, aguardente e vinagre transportados pelo rio Douro, com o propósito de os aplicar em obras que o tornassem inteiramente navegável. Um dos obstáculos era o Cachão da Valeira ou de São Salvador da Pesqueira, constituído por um estrangulamento do rio Douro entre enormes fragas abruptas que faziam precipitar as águas numa queda de água de 7 m de altura, formando inferiormente um poço. O padre António Manuel Camelo, de São João da Pesqueira, foi encarregue da destruição dos rochedos e alargamento do leito do rio, coadjuvado por José Maria Yola, engenheiro Hidráulico da Sardenha; 1780 - início da obra de demolição do cachão, com mais de 4.300 tiros dados abaixo da linha de água, alargando-se o leito do rio 35 pés; 1789 - os primeiros barcos começaram a subir e a descer o rio com segurança; 1792 - a obra foi dada como concluída, tendo sido realizada uma inscrição alusiva à mesma numa das fragas do extinto Cachão; 1807 - o Rio torna-se navegável até à foz do Rio Sabor; 1811 - navegabilidade até Barca de Alva; 1976 - construção da Barragem da Valeira. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma |
Materiais
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Granito, bronze |
Bibliografia
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MONTEIRO, J. Gonçalves, São João da Pesqueira. Coração do Douro, São João da Pesqueira, 1992; Idem, São João da Pesqueira (Monografia do Concelho), São João da Pesqueira, 1993; GOMES, Padre José do Nascimento, Roteiro Turístico do Ermo, São João da Pesqueira, 1997. |
Documentação Gráfica
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CMSJP |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Lina Marques 1998 |
Actualização
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