Inscrição do Cachão da Valeira

IPA.00003790
Portugal, Viseu, São João da Pesqueira, União das freguesias de São João da Pesqueira e Várzea de Trevões
 
Arquitectura comemorativa. Inscrição memorial setecentista. Inscrição epigráfica em granito, com letras embutidas de bronze dourado.
Número IPA Antigo: PT011815080007
 
Registo visualizado 246 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Comemorativo  Memória  Lápide  

Descrição

Inscrição epigráfica, insculturada na face voltada a N. de um rochedo granítico, a 247 palmos acima da superfície das águas, com letras latinas, capitulares, embutidas de bronze dourado, e encimada pela inscultura de uma coroa fechada. Leitura epigráfica: IMPERANDO DONA MARIA PRIMEIRA / JA SE DEMOLIU O FAMOZO ROCHEDO / QUE FAZENDO AQUI / UM CACHAM INACCESSIVEL / IMPOSSIBILITAVA A NAVEGAÇão / DESDE O PRINCIPIO DOS SECULOS / DUROU A OBRA / DESDE 1780 ATE 1791 / PATRIAM AMAVI FILIOS QUE DILEX.

Acessos

Lugar do Ermo, na margem esquerda do rio Douro, a 1 Km a montante da Barragem da Valeira, só acessível por barco

Protecção

Em estudo

Enquadramento

Rural. Em escarpa cortada que emerge do leito do rio Douro, na margem S., sobranceira ao extinto Cachão da Valeira, a pouca altura do nível médio das águas do rio.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Comemorativa: lápide

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Padre António Manuel Camelo (dir. das obras); Engenheiro hidráulico José Maria Yola

Cronologia

1530 - primeiras tentativas para destruir o Cachão da Valeira, uma cascata numa garganta rochosa do rio, que impedia a navegabilidade completa do rio Douro, por Martim de Figueiredo, com "fogo de vinagre"; séc. 17 / 18 - nos reinados de D. Pedro II e D. João V foram efectuados diversos estudos para execução da obra; 1779 - a Companhia Geral da Agricultura e Vinhas do Alto Douro recebe autorização de D. Maria I para cobrar impostos sobre o vinho, aguardente e vinagre transportados pelo rio Douro, com o propósito de os aplicar em obras que o tornassem inteiramente navegável. Um dos obstáculos era o Cachão da Valeira ou de São Salvador da Pesqueira, constituído por um estrangulamento do rio Douro entre enormes fragas abruptas que faziam precipitar as águas numa queda de água de 7 m de altura, formando inferiormente um poço. O padre António Manuel Camelo, de São João da Pesqueira, foi encarregue da destruição dos rochedos e alargamento do leito do rio, coadjuvado por José Maria Yola, engenheiro Hidráulico da Sardenha; 1780 - início da obra de demolição do cachão, com mais de 4.300 tiros dados abaixo da linha de água, alargando-se o leito do rio 35 pés; 1789 - os primeiros barcos começaram a subir e a descer o rio com segurança; 1792 - a obra foi dada como concluída, tendo sido realizada uma inscrição alusiva à mesma numa das fragas do extinto Cachão; 1807 - o Rio torna-se navegável até à foz do Rio Sabor; 1811 - navegabilidade até Barca de Alva; 1976 - construção da Barragem da Valeira.

Dados Técnicos

Estrutura autónoma

Materiais

Granito, bronze

Bibliografia

MONTEIRO, J. Gonçalves, São João da Pesqueira. Coração do Douro, São João da Pesqueira, 1992; Idem, São João da Pesqueira (Monografia do Concelho), São João da Pesqueira, 1993; GOMES, Padre José do Nascimento, Roteiro Turístico do Ermo, São João da Pesqueira, 1997.

Documentação Gráfica

CMSJP

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Lina Marques 1998

Actualização

 
 
 
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