Catedral de Portalegre / Sé de Portalegre / Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Assunção

IPA.00003772
Portugal, Portalegre, Portalegre, União das freguesias da Sé e São Lourenço
 
Arquitetura religiosa, maneirista. Catedral de planta em cruz latina composta por três naves a igual altura, divididas por pilares de secção cruciforme, para as quais abrem capelas laterais intercomunicantes, encimadas por contrafortes que reforçam a cobertura, tendo transepto inscrito, apenas visível pela sua altura, todos eles com coberturas em abóbadas estreladas e de aresta, e cabeceira tripartida, composta por capela-mor pouco profunda e absidíolos. Possui claustro adossado ao lado esquerdo, de um piso, com arcadas abertas para a quadra e com coberturas das alas em abóbadas de aresta. Encontra-se uniformemente iluminada por frestas e óculos nas capelas laterais. Fachada principal do tipo fachada harmónica com corpo recuado, dando origem a um pequeno adro fechado pelas sineiras de três registos, quatro ventanas e remates em coruchéus piramidais. O corpo é tripartido e de dois registos, o inferior com modinaturas barrocas, mantendo-se no superior os vãos maneiristas. Remata em platibanda plena, integrando balaústres, e espaldar curvo com remate em frontão semicircular. Interior com as capelas decoradas por retábulos maneiristas de vários eixos e andares, sendo o de Santa Maria Maior de talha barroca joanina e o de Santo António do estilo barroco nacional. Tem pequeno batistério no lado do Evangelho, sob a torre sineira, com acesso pela capela lateral. Os absidíolos têm coberturas em abóbadas de caixotão, estando no da Epistola, a Capela do Santíssimo com trono expositivo e sacrário. A capela-mor possui cadeiral com duas ordens de cadeiras e retábulo de talha maneirista, de três andares e cinco eixos, composto por painéis pintados, rematando em frontão semicircular. Estruturalmente tem afinidades com as Catedrais suas contemporâneas de Leiria (v. PT021009120031) e de Miranda do Douro (v. PT010406080002). Sacristia com abóbada estrelada, e decoração barroca nos arcazes, lavabo e pequeno oratório, bem como nos azulejos que revestem o espaço. Catedral maneirista bastante verticalizada e arreigada, nas naves e transepto, a um tipo de cobertura tardo-medieval, com abóbadas de nervuras, algumas estreladas, que obrigam à colocação das capelas laterais mais baixas e que se ligam à nave por contrafortes, escorando a estrutura, aligeirados pelos espaldares que ritmam as ilhargas. Possui, no interior dos absidíolos abóbadas de caixotões de pedra, sendo a da capela-mor pintada. A fachada principal é dinamizada pelas torres salientes e pelas modinaturas tardo-barrocas dos portais, o central encimado por inscrição latina alusiva à construção do templo. No interior, destacam-se as várias capelas laterais com coberturas em abóbadas estucadas, formando decoração geométrica, com vestígios de policromia, que se repete nos óculos que as iluminam, frequentemente a vazarem os retábulos maneiristas que as ornam; estes são de vários eixos e registos, dando origem a uma excelente coleção de pintura, predominando, com fidelidade variável, o maneirismo italiano, de gosto afetado e teatral; as estruturas apresentam sotobancos em alvenaria com decoração tardo-barroco, revelando uma feitura posterior. De destacar, a Capela de Santa Maria Maior com retábulo de talha joanina, optando por colunas salomónicas e profusa decoração de plumas, acantos e vieiras, com os eixos exteriores resultando de uma intervenção mais tardia, apontado para o tardo-barroco. A sacristia possui cobertura arcaizante, em abóbadas estreladas, estando totalmente revestida a azulejo figurativo azul e branco. No interior do templo existem vários silhares de azulejo de padrão seiscentista, bem como alguns exemplares hispano-mouriscos, provavelmente reaproveitados da velha Igreja de Santa Maria do Castelo. Na capela-mor e laterais surgem várias lápides sepulcrais com inscrições.
Número IPA Antigo: PT041214090002
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Catedral  

Descrição

Catedral composta pela igreja, claustro e Paço Episcopal adossado ao lado esquerdo, de volumes articulados. Igreja de planta em cruz latina, composta por três naves e capelas laterais intercomunicantes, torres sineiras adossadas à fachada principal e salientes, formando um adro, transepto inscrito e cabeceira tripartida, sendo a capela-mor mais profunda, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, sendo múltiplas sobre o cruzeiro, encimado por lanternim rasgado por janelas de perfil curvo; as sineiras têm coberturas em coruchéus piramidais muito agudos, rebocados e pintados de branco e rematados por cata-ventos metálicos. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com os elementos estruturais em cantaria de granito, as pilastras contendo gárgulas, e rematadas em frisos e cornijas, com acrotérios em forma de urna. Fachada principal virada a E., com corpo recuado, tripartido, com os panos definidos por duas ordens de pilastras toscanas, as inferiores colossais, e com dois registos definidos por entablamento. Ao centro, portal em arco abatido, com molduras múltiplas e recortadas, flanqueado por duas colunas de fustes lisos e capitéis coríntios, assentes em plintos paralelepipédicos e sobrepujadas por pináculos, estando dispostas em ângulo, dando origem a um portal côncavo; liga-se, por friso ornado por festões e cartela, a uma janela de sacada com guarda em ferro, tendo porta-janela de perfil contracurvo, flanqueada por quarteirões e rematada em frontão. No registo superior janelão retilíneo com moldura almofadada e remate em friso e frontão semicircular. Os panos laterais são semelhantes, rasgados por portas em arco abatido e molduras múltiplas, ladeados por estípides, encimadas por fragmentos de frontão, que se ligam, através de amplo avental, ornado por palmas, rosetões e acantos às janelas de sacada superiores; estas têm perfis contracurvos, com molduras recortadas e rematadas em ático ornado por festões e cornija. No registo superior, duas janelas semelhantes ao janelão central, mas de menores dimensões. A estrutura remata em espaldar central, de perfil curvo, contendo o mostrador do relógio e rematando em friso, cornija e frontão, estando ladeada por platibanda plena, integrando balaústres. Salientes, as torres sineiras, de três registos, o inferior com duas frestas retilíneas e em capialço, as inferiores rematadas por frontões semicirculares e com as molduras a prolongarem-se inferiormente formando falsos brincos. O registo superior possui fresta semelhante às anteriores e, no topo, ventanas de volta perfeita, assentes em impostas salientes. Nas faces interiores e exteriores, possuem vãos semelhantes aos das faces principais. As fachadas laterais são semelhantes, divididas em quatro panos no corpo da nave, por pilastras toscanas, cada um rasgado por óculo, exceto o do extremo E., com janela semelhante às das torres; todos eles são rematados por pequenos espaldares curvos, exceto o do extremo E., com corpo superior, rasgado por janela e sobrepujado por espaldar. Sobre o corpo das capelas laterais são visíveis contrafortes que sustentam as abóbadas do templo. No corpo do transepto, rematado em empena, surge janelão de volta perfeita e, na fachada lateral direita, porta com moldura recortada e rematada em friso e frontão de lanços com cruz latina central. INTERIOR com três naves a igual altura, de doze tramos definidos por pilares de secção cruciforme, em cantaria, com as paredes rebocadas e pintadas de branco, e coberturas em abóbadas estreladas, sendo de aresta nas naves laterais; todas elas apresentam bocetes em forma de florões, dourados. Pavimento em taburnos de madeira e réguas de cantaria. O coro-alto é transversal às três naves, assente em três arcos em asa de cesto, o central com seguintes em forma de busto, e com guardas de madeira balaustrada, com acesso por amplos arcos de volta perfeita, laterais. Ao centro, órgão de tubos. O portal axial está protegido por guarda-vento de madeira pintada, rematado em cornija e possuindo as armas do bispo D. Manuel Tavares Coutinho e Sousa; está ladeado por pias de água-benta adossadas ao muro, em forma de concha. Para as naves laterais, abrem três capelas intercomunicantes, com acesso por arcos de volta perfeita, assentes em pilastras toscanas colossais e protegidas por teias de madeira balaustrada, as do Evangelho dedicadas a Santa Catarina de Sena (antes, São Jacinto e São Nicolau), São Crispim e São Crispiniano, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora de Lurdes (antes, Nossa Senhora da Luz), sendo as do lado oposto dedicadas a Santa Maria Maior, antiga de São Jorge, a Nossa Senhora do Rosário, antiga Santo Nome de Jesus, Santo Mauro ou Santo Amaro e das Chagas. Adossados aos últimos pilares da nave, surgem dois púlpitos em cantaria, com bacias circulares, assentes em colunas balaustradas e com guardas de blaústres, semelhantes às das escadas de acesso. Estão encimados por guarda-vozes em talha pintada e dourada, formando falsos domos, decorados por acantos e volutas. Transepto com o cruzeiro coberto por cúpula de caixotões e braços com abóbadas de berço, marcados pelas portas para o exterior, protegidas por guarda-ventos de madeira encerada, formando almofadas, ladeados por pias de água benta concheadas. Os topos estão revestidos a azulejo de padrão. Ao centro, sobre supedâneo, o altar-mor e ambão, de madeira encerada, protegido por teia de mármore cinza e branco. No braço do lado do Evangelho, um órgão positivo de armário e acesso a um espaço com abóbada estrelada e, no da Epístola, a Capela de Santo António. Os absidíolos com coberturas em abóbadas de berço em caixotões são dedicados a São Pedro (Evangelho) e Santíssimo (Epístola). Arco triunfal de volta perfeita, encimado pelo escudo português, envolvido por rocalhas, de acesso à capela-mor com cobertura em falsa abóbada de berço pintada, tendo, nas faces laterais, o cadeiral, e pavimento em lajeado axadrezado, contendo as sepulturas de D. Julião de Alva, D. Diogo Correia e Frei Domingos Barata, surgindo, sob os cadeirais, as de D. Manuel Lopes Simões, D. Pedro de Melo e Brito e Alvim. Sobre supedâneo de três degraus em cantaria, o retábulo-mor, de talha dourada, de planta reta com cinco eixos e três andares, os primeiros definidos por três ordens de colunas coríntias com o terço inferior marcado e relevado, assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos, os inferiores almofadados e marmoreados e os superior com as faces ornadas por relevos, a representar São Pedro e São Paulo, ladeados por São Marcos e São Lucas e por São João e São Mateus; entre estes plintos apainelados de cartelas e festões. Os registos estão divididos por frisos de querubins e cornijas, surgindo, no inferior, ao centro, nicho de volta perfeita, com o intradorso apainelado e assente em mísulas, com a imagem do orago, ladeada pelas telas pintadas da Anunciação (Evangelho) e Natividade (Epístola), ladeados respetivamente pelas esculturas de São Jerónimo e Santo Agostinho; no segundo registo, as pinturas da Adoração dos Magos, Repouso na Fuga para o Egito e o Menino entre os Doutores, ladeadas pelas esculturas de São Boaventura e Santo Ambrósio; no terceiro as pinturas da Ascensão de Cristo, Assunção da Virgem e Pentecostes, ladeadas pelas imagens de São Gregório e São Basílio. A estrutura remata em frontão semicircular com o tímpano formado pela tela com a representação da Transfiguração, envolvida por relevos a representar os Profetas Isaías, Ezequiel, Jonas, Jeremias, Joel e Daniel. Altar paralelepipédico, tendo adossado a cadeira do bispo e os assentos dos celebrantes. Confrontantes, dois nichos de volta perfeita, com molduras em mármore e remate em entablamento. Sacristia com três abóbadas de nervuras, assentes em mísulas, com três arcos torais, com as paredes revestidas a azulejo, com dois painéis a azul e branco, representando a Fuga para o Egito e o Descanso na Fuga para o Egito, surgindo, no topo, azulejos com atributos marianos. Tem arcaz de pau-santo, com seis corpos de três gavetões cada e espaldar formado por espelhos. Nos topos, armários embutidos e, no lado S., um lavabo. CLAUSTRO de planta quadrangular e um piso, com quatro arcos de volta perfeita, assentes em pilastras toscanas e divididas por outras de maiores dimensões, que rematam em fogaréus, os quais enquadram pequenos espaldares vazados por óculos. No centro da quadra, um poço quadrangular, com tanque galbado e almofadado, assente sobre plataforma de um degrau. As alas têm coberturas em abóbadas de aresta e pavimento em taburnos de cantaria, possuindo uma Capela dedicada a São Tiago, com cobertura em abóbada de lunetas e ornada por estuque decorativo, de motivos fitomórficos. Perpendicular ao corpo do transepto da Catedral, o atual PAÇO EPISCOPAL, de planta retangular composta por dois corpos adossados, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, evoluindo em três pisos, o inferior com passagem para o exterior da vila, por arco de volta perfeita, sendo marcado por amplo portal em arco abatido e moldura recortada, ladeado por pilastras de fustes almofadados, rematadas por frontão interrompido por espaldar curvo com as armas do bispo. Possui três janelas jacentes com molduras em cantaria, protegidas por grades metálicos. O piso intermédio possui janelas quadrangulares com molduras recortadas, encimadas por janelas semelhantes, sobrepujadas por áticas ornadas por rosetões e rematadas por cornijas angulares, tendo, na base, pano de peito vegetalista.

Acessos

Praça do Município

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 / Incluído na Área Protegida da Serra de São Mamede (v. PT041214020015)

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado em zona elevada da cidade, sobre um outeiro da encosta da Serra de Portalegre, abrindo para uma ampla praça em plataforma artificial, no centro histórico de Portalegre (v. PT041214080009), na zona do antigo Castelo e Igreja de Santa Maria. Delimita a O., a Praça do Município. Ao imóvel adossou-se o Palácio Episcopal (v. PT041214090023), tendo, junto à fachada posterior, parte da antiga muralha e um meio baluarte da fortificação moderna (v. PT041214090006). Para a Praça, confluem as ruas que penetram o centro histórico através das suas antigas portas. A Catedral encontra-se rodeada pelos edifícios dos Paços do Concelho (v. PT041214090034), Edifício dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Portalegre, Solar dos Andrade e Sousa (v. PT041214090045) e Museu Municipal (v. PT041214090032).

Descrição Complementar

Sobre o portal axial, cartela com a inscrição latina: COXPIT HOC TEMPLUM / EX TRUI AN. DOM. MDLVII / INSTAURATUM POSTEA / AN SALUTIS MSCCXCV". À entrada da Igreja, inscrição muito truncada, em azulejo: "ESTA OBRA MANDARAM FAZER OS OFISIOS DA CARDA". CAPELA DE SANTA CATARINA DE SIENA com acesso por vão em arco abatido e cobertura em abóbada estrelada, possuindo retábulo em alvenaria pintada de marmoreados fingidos, de planta reta em três eixos, o central côncavo, definidos por duas colunas de fuste liso e capitéis coríntios, assentes em plintos paralelepipédicos de faces almofadadas e por meias-pilastras, assentes em plintos. Ao centro, nicho de volta perfeita, com dupla moldura, a exterior rematada em cornija angular, ladeado por dois nichos com imaginárias, rematados em falsos baldaquinos. Os eixos laterais possuem apainelados recortados, contendo rosetões. A estrutura remata em fragmentos de frontão e falso espaldar de perfil curvo, contendo resplendor. Altar em forma de urna, ornado por cartela. No pavimento, lápide funerária com inscrição. Acede ao BATISTÉRIO na base da torre sineira N., com as paredes revestidas a azulejo de padrão policromo, possuindo pia batismal em mármore; tem painel de azulejos a representar o Batismo de Cristo, envolvido por moldura de estuque. CAPELA DE SÃO CRISPIM E SÃO CRISPINIANO tem cobertura em abóbada de berço, dividida em caixotões ornados por figuras antropomórficas e geométricas; tem retábulo de talha pintada com marmoreados fingidos e sotobanco em alvenaria também com apainelados marmoreados, de planta reta, com três eixos e dois registos, os primeiros definidos por duas ordens de colunas de fustes lisos e capitéis coríntios, assentes em plintos paralelepipédicos de faces almofadadas, no registo inferior sobre duas ordens, a superior com relevos dourados a representar São Lucas, São Mateus, São João Evangelista e São Marcos, sendo a inferior de faces almofadadas. O primeiro registo tem, ao centro, painel pintado a representar o Martírio dos oragos, rematado por frontão triangular com o tímpano decorado por querubim pintado. Os eixos laterais possuem nichos em abóbada de concha, assentes em pilastras, com seguintes formados por querubins, encimados por frisos de acantos, contendo imaginária. No registo superior, a pintura central de São Crispim e São Crispiniano a serem levados para o Paraíso, ladeado pelas pinturas da Flagelação e Suplício do caldeirão. A estrutura remata em entablamento e tímpano semicircular, vazado por óculo com intradorso pintado e contendo a pintura com vários episódios da vida do orago. Altar paralelepipédico, encimado por banqueta e sacrário embutido, rematado em frontão triangular e com porta almofadada, ladeado por predela a representar Santo Agostinho, o orago a trabalhar na sapataria, Santo Ambrósio, Virgem, Santos mártires, Cristo, São Gregório e o orago a distribuir esmola e calçado. Nas paredes laterais, dois confessionários de madeira. CAPELA DE NOSSA SENHORA DO CARMO tem cobertura em abóbada de apainelados decorados por cartelas e círculos, alternados, surgindo, no pavimento, sepultura com a inscrição: "PAX MULTA / DILIGENTIBUS LEGEM TUAM / REDIMET. IN PACE. ANIMAM / MEAM. ABHIS. QUI / APROPINQUANT: MIH / QUONIAM. INTER, MULTOS / ERANT. MECUM Psalm. 54.19".Retábulo de talha pintada de marmoreados fingidos e dourado, de planta reta e cinco eixos com três registos, os primeiros definidos por colunas de fustes lisos e terços inferiores marcados por cartelas e festões, e capitéis coríntios, sobre plintos cúbicos, sendo os registos definidos por frisos e cornijas. Ao centro, no primeiro registo, nicho contracurvo com seguintes ornados por folhagem, contendo a imagem do orago, encimado pelas pinturas de São João Damasceno e da Virgem com o Menino. Os eixos laterais têm pinturas, surgindo, no lado do Evangelho e de cima para baixo, Fuga para o Egito, Sonho de Jacob, Santo Alberto de Jerusalém, Arcanjo São Miguel, Profeta Elias e Nossa Senhora do Carmo; no lado oposto, Sacrifício de Isaac, Simão Stock investido por Maria, Santo Ângelo, Rafael conduz Tobias, Profeta Eliseu e Visão do Papa João XXII. A estrutura remata em tímpano vazado por óculo com o intradorso pintado, ladeado por lunetas ornadas por rocalhas e acantos. Altar em alvenaria pintada, paralelepipédico, ladeado por painéis de marmoreados fingidos decorados por acantos, encimado por predela de apainelados e por friso com cartelas enroladas. Possui dois confessionários de madeira. CAPELA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES tem cobertura em abóbada de apainelados decorados por cartelas e círculos, alternados. Retábulo de talha pintada de marmoreados fingidos e dourado, de planta reta, cinco eixos e quatro registos, o central com apenas três, sendo os eixos definidos por quatro ordens de colunas de fustes lisos e capitéis coríntios, assentes em plintos paralelepipédicos, os inferiores sobre uma segunda ordem em alvenaria pintada, de faces almofadadas. Os registos são definidos por frisos fitomórficos e de querubins e cornijas. Ao centro, nicho de perfil contracurvo, com seguintes vegetalistas, contendo a imagem do orago, encimada pelas pinturas pela Anunciação a São Joaquim e a Assunção da Virgem. Os eixos laterais possuem, no primeiro registo apainelados recortados com mísulas galbadas contendo imaginária, surgindo, nos superiores, painéis pintados representando, no lado do Evangelho e de cima para baixo, Anunciação, Nascimento da Virgem, Rejeição das ofertas de Joaquim, Apresentação da Virgem no templo, Circuncisão e Esponsais da Virgem; no lado oposto, Natividade e Morte da Virgem, Encontro na Porta Dourada, Cristo dá a comunhão à Virgem, Visitação e Apresentação do Menino no templo. A estrutura remata em tímpano vazado por óculo com o intradorso pintado, envolvido por pinturas a representar a Coroação da Virgem e a Senhora da Misericórdia. Altar em alvenaria pintada, paralelepipédico, ladeado por painéis de marmoreados fingidos decorados por acantos. No lado do Evangelho, um confessionário de madeira. CAPELA DE SANTA MARIA MAIOR com acesso por arco abatido e cobertura em abóbada estrelada, com retábulo de talha dourada, com corpo de planta côncava e cinco eixos, os três interiores definidos por quatro colunas salomónicas, assentes em consolas e dois eixos exteriores flanqueados por duas estípides ornadas por folhagem e atlantes, assentes em plintos galbados. Sotobanco em alvenaria pintada, de marmoreados fingidos, de perfis galbados. Ao centro, nicho de volta perfeita coberto por sanefa de lambrequins, com fecho saliente e volutado, contendo peanha ornado por querubins e anjos atlantes, encimada por resplendor que centra a imagem do Crucificado. Os eixos laterais têm mísulas ornadas por enrolamentos, que sustentam imaginária sobrepujada por falsos baldaquinos de plumas e acantos. Os eixos exteriores, de feitura mais recente são marcados por apainelados, contendo mísula e remate relevado com conchas e acantos; na base apainelados profusamente decorados. A estrutura remata em fragmentos de frontão concheado, encimados por anjos de vulto e espaldar angular com decoração exterior recortada por acantos, integrando quarteirões e querubins. Altar em forma de urna, decorado por cartela recortada. No lado da Epístola, porta de verga reta e remate em friso e frontão triangular, de acesso à sineira e ao coro-alto. CAPELA DE NOSSA DO ROSÁRIO tem cobertura abobadada em caixotões decorados por cartelas e círculos, possuindo, no pavimento, Possui uma lápide funerária com a inscrição: ""JAZIGO QUE MANDOU FAZER / MENDO CALDEIRA PAES DE / CASTELLO BRANCO : FIDALGO CAVALLEIRO / PARA QUEM POSSUIR O MORGADO / DE SANTA IGNEZ. QUE EM GÔA / INSTITUIO NUNO VAZ DE CASTELO BRANCO / MOÇO FIDALGO. GENERAL DE MASCATE / E DE ORMUS. E GOVERNADOR DA INDIA / O QUAL SE PERMUTOU PARA ESTE REINO. / COM AS LICENÇAS REAES E PONTIFICIAS, ETC". Retábulo de talha pintada de marmoreados fingidos, de planta reta, cinco eixos e três registos , os primeiros definidos por três ordens de oito colunas, as exteriores grupadas e as dos dois registos inferiores com o terço inferior marcado por folhagem, assentes em plintos paralelepipédicos, os inferiores ornados por relevos dourados a representar São Jerónimo, Santo Agostinho, Cristo Salvador, Santo Ambrósio, São Gregório e São João Evangelista; estes estão sobre sotobanco de alvenaria, formando falsos plintos. Ao centro, no primeiro registo, nicho contracurvo com seguintes ornados por folhagem com a imagem do orago, encimado por um segundo nicho com o mesmo perfil e com imaginária, sobrepujado, no terceiro registo, por painel pintado a representar a Circuncisão; os eixos laterais têm têm painéis pintados representando, no lado do Evangelho e de cima para baixo, os Esponsais da Virgem. Anunciação, Adoração dos Pastores, Adoração dos Magos, Descanso na Fuga para o Egito, Sagrada Família, surgindo, no lado oposto, a Visitação, Sonho de São José, Apresentação do Menino no templo, Fuga para o Egito, o Menino entre os Doutores e a Sagrada Família em Nazaré. A estrutura remata em frontão semicircular vazado por óculo com o intradorso decorado e o tímpano pintado com uma Glória de Anjos Músicos. Adossados às paredes laterais, dois confessionários de madeira. CAPELA DE SANTO AMARO com cobertura em abóbada de caixotões decorados por cartelas e círculos, tendo no pavimento a sepultura de D. João de Azevedo, armoriada e com a inscrição: "AQUI JAZ O EXCELENTISSIMO REVERENDISSIMO SENHOR / D. FREI JOÃO DE AZEVEDO / DA ORDEM DE SÃO BENTO DE / AVIS BISPOQ UE FOI DESTE / BISPADO DE PORTALEGRE / FALECEO AOS 11 DE NOVEMBRO / DE 1765". Tem retábulo pintado de marmoreados fingidos e dourado, de planta reta, três eixos e dois registos, os primeiros definidos por seis colunas no inferior e quatro no registo superior, de fustes lisos e capitéis coríntios, assentes em plintos paralelepipédicos com as faces ornadas por folhagem. Ao centro, no registo inferior, nicho de perfil curvo, com seguintes ornados por folhagem, flanqueado por pilastras, que rematam frontão triangular interrompido com resplendor central; sobre as colunas que o ladeiam evolui frontão triangular. Está ladeado por dois nichos em abóbada de concha, com seguintes de folhagem e frisos de acantos. No registo superior, grande painel central representando a Morte de Santo Amaro, rematado por frontão triangular com figura de anjo; está flanqueado pelas pinturas de São Francisco e São Jerónimo. A estrutura remata em frontão semicircular com janelão central, ladeado pelas pinturas de Santo Amaro a cuidar dos enfermos e Santo Amaro salva Plácido do lago de Subiaco. Sotobanco em alvenaria ornada por apainelados recortados que centram altar paralelepipédico. Possui dois confessionários de madeira. CAPELA DAS CHAGAS com cobertura em abóbada de caixotões, ornados por cartelas e círculos, ornados por rosetões dourados. Tem retábulo de talha dourada, de planta reta, três eixos e dois registos, os primeiros definidos por duas ordens de quatro colunas coríntias, as inferiores de maiores dimensões e com o terço inferior estriado de forma distinta, as superiores assentes em dados e estas em plintos paralelepipédicos ostentando, nas faces, pinturas a representar São Gregório, Santo Agostinho, Escudo das Chagas, São Mateus, São Lucas, Escudo das Chagas, São Jerónimo e Santo Ambrósio; entre estes, painéis pintados a representar Cristo no Horto, Última Ceia e o Lava pés. No registo inferior, ao centro, nicho de perfil contracurvo, de moldura recortada e remate em cornija de pefil borromínico, com o escudo das Chagas. Está ladeado por duas pinturas a representar Ecce Homo e Cristo preso à coluna. No registo superior, ao centro, a representação da Incredulidade de São Tomé, ladeado por Cristo Ressuscitado aparece à Virgem e Cristo aparece a Madalena. A estrutura remata em frontão semicircular, interrompido por óculo e com as pinturas de Madalena junto à sepultura de Cristo e Madalena e as Santas Mulheres vão ao sepulcro. Sotobanco em alvenaria pintada com marmoreados fingidos, formando apainelados, que centram altar paralelepipédico. No lado da Epístola, confessionário de madeira. Confrontantes, dois vãos com molduras recortadas, ornadas a estuque. ÓRGÃO positivo com armário de talha pintada de marmoreados fingidos, verdes e amarelos, com o corpo composto por dois castelos, com os tubos protegidos por gelosias vazadas por motivos fitomórficos. Remata em cornija contracurva e espaldar recortado decorado por acantos. Possui consola em janela, com registos laterais e o teclado. A CAPELA DE SANTO ANTÓNIO é de talha dourada, de planta reta e três eixos definidos por quatro colunas torsas, ornadas por pâmpanos, que se prolongam em duas arquivoltas, também torsas, dando origem a apainelados de acantos vazados, interrompidos por aduelas salientes, formando o ático. Ao centro, nicho com a imagem do orago, ladeado por dois nichos de volta perfeita, assente em pilastras, ornadas por folhagem. Altar paralelepipédico, flanqueado por consolas de cantaria, encimado por apainelados de acantos. Altar-mor protegido por TEIA em cantaria, formando pequenas colunas de mármore cinza, capeada com o mesmo material, que enquadram elementos vazados por acantos enrolafos, em mármore branco. CAPELA DE SÃO PEDRO protegida por grade de ferro, ornada na base e superiormente por volutas, com albarradas e cruz latina no remate. As paredes possuem silhares de azulejo de padrão, tendo a inscrição: "ESTA CAPELLA E O PADROA / DO DELLA HE DE MARGARI / DA DE VILHA LOBOS E ISA 7 BEL DE OLIVEIRA. IRMÃS / QVE A DOTARÃO COM A OBRIG / AÇÃO DE HVA MISSA QVOTI / DIANA E HVM ANIVERSA / RIO CADA MÊS E HV OFICIO / DE NOVE LISOINS NO DIA D / O FALECIMENTO DE CADA H / VA PARA SEMPRE E OBRIGAÇÃO / QVE TE ORDEM CABIDO DESTA / SANCTA SEE". No pavimento, duas sepulturas em mármore com as respetivas armas e as inscrições: "SEPVLTVRA DE ISABEL DOLIVEIRA / QVE FALECEO A 27 DAGOSTO / DE 1635" e "SEPVLTVRA DE MARGARIDA DE VILLALO / BOS QVE FALECEO A 17 DE FEVEREIRO / DE 1645". Sobre supedâneo de três degraus, retábulo de talha pintada de marmoreados fingidos, de planta reta e um eixo com dois registo, definidos por duas ordens de duas colunas de fustes lisos, com o terço inferior ornado por folhagem e capitéis coríntios. Ao centro, nicho em arco abatido, sustentado por quatro colunas de fustes lisos, assentes em plintos paralelepipédicos e dispostas a formar um centro convexo, ladeado por apainelados que envolvem mísulas e falsos baldaquinos. O registo superior, separado por querubins, possui tela pintada a representar São Miguel a resgatar Almas do Purgatório. A estrutura remata em friso de querubins e cornija bastante saliente, encimada por frontão semicircular com o tímpano pintado a representar Deus Pai. Possui porta de volta perfeita, de acesso à capela que a ladeia. A CAPELA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO tem as paredes revestidas a silhares de azulejo de padrão policromo, tendo, sobre supedâneo de três degraus, retábulo de talha pintada de marmoreados fingidos, de planta reta e um eixo com dois registos. O inferior está definido por duas ordens de duas colunas de fustes lisos, com o terço inferior ornado por folhagem e capitéis coríntios, assentes em amplas consolas. Ao centro, nicho de volta perfeita, de duas arquivoltas, assentes em duas pilastras e duas colunas salomónicas, com seguintes ornados por folhagem, contendo trono. No registo superior, separado por friso de querubins e cornija, painel pintado com a representação do Calvário, flanqueado por pilastras e colunas quês sustentam fragmentos de frontão, encimadas por espaldar curvo, decorado por pelicano a alimentar os filhos. Altar paralelepipédico, encimado pelo sacrário envolvido por baldaquino com quatro colunas que sustentam coroa fechada, decorada por festões a albarradas, com um Agnus Dei no topo. Tem sepultura no pavimento de D. Álvaro Pires de Castro e Noronha, com a inscrição "REGEM / CUI OMNIA VIVNT / VENITE ADOREMUS". Na capela-mor, as sepulturas possuem as seguintes inscrições: "AQUI IAZ DOM IVLIAM / DALVA PRIMEIRO BISPO DESTA / CIDADE - CAPELAO MOR DELREI DOM SEBASTIÃO / FEITOR DA RAINHA D / ONA CATERINA SUA AVOO / FALECEO A 13 DE FEVEREIRO / ERA 1570"; "SEPVLTVRA DE DOM DIOGO CORREA / BISPO QUE FOI DESTE BIS / PADO - FALECEO A 9 DE OVTVBRO DE 1614"; "AQVI YAZ DOM FREI DOMINGOS / BARATA BISPO QVE FOI DE / PORTALEGRE RELIGIOSO DA S / ANTISSIMA TRINDADE QVE FORA BISPO / DE ANEL NO ARCE / BISPADO DE EVORA COM O TITVLO DE / MISSENIA. FALECEO EM 27 DE ABRIL DE 1709". A COBERTURA possui pintura decorativa sobre estuque que forma uma moldura recortada, orlada por rocalhas e acantos. Ao centro, resplendor e decoração vegetalista. O CADEIRAL é de madeira encerada, com duas ordens de cadeiras, com assentos móveis, tendo misericórdias, braços volutados e espaldares, as exteriores de pequena dimensão e remate curvo, sendo as superiores também curvas, com grandes apainelados recortados, ornados por rocalhas, separados por pilastras e encimado por albarradas. A CAPELA DE SÃO TIAGO possui retábulo de planta contracurva e um eixo definido por duas colunas de fustes lisos e capitéis coríntios, assentes em pequenos plintos. Ao centro, nicho de volta perfeita, ladeado por apainelados pintados, que enquadram mísulas com imaginária. A estrutura remata em fragmentos de frontão, integrando anjos de vulto e urnas exteriores, que centram falso espaldar estucado, curvo e ornado por cartela que contém as armas de São Tiago.

Utilização Inicial

Religiosa: catedral

Utilização Actual

Religiosa: catedral / Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Afeto ao culto, Concordata entre a Santa Sé e a República Portuguesa, 1940, artigo 6.º

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Afonso Álvares (1556). CARPINTEIRO: Gaspar Ferreira (1602); Manuel Miranda (1727); Manuel Velez (1650-1651). ELETRICISTA: Orlando & Almeida Lda. (1971, 1979, 1982). EMPREITEIRO: Agostinho Cabral (1967); Anselmo Costa (1958, 1960); António Domingues Esteves (1937-1938); António Serra (1959, 1967, 1969, 1977, 1979-1981, 1983, 1985-1988); Carlos Alberto Brito (1931-1938); Construtora Abrantina, Lda. (1953); Firmino José Vidigal Firmino (1950); Francisco Ferreira da Silva (1642-1943); José Faustino dos Santos (1971-1973); Raul Marques da Graça (1954-1956). ENTALHADORES: Domingos Coelho (1582-1590); Gaspar Coelho (1582-1590); José Águas (1649); Manuel de Matos (1729). ESCULTOR: Jerónimo Morón (1617). FERREIROS: Gaspar Pereira (1572); João Dias (1695); Vaz Pereira (1572). FORNECEDOR: Fábrica de Tapeçarias de Manuel Peixeiro (1926); MARCENEIRO: Jorge Coelho (1572). MESTRES-DE-OBRAS: Gaspar Mendes (1557-1558); João Vaz (1570 -1572). PEDREIRO: Sebastião Lopes (1650). PEDREIRO: António de Passos (1668). PINTORES: Bruno de Azevedo (1728-1729); Fernão Gomes (atr., 1582-1590); Francisco Florez (1572); Francisco Venegas (atr., 1582-1592); Luís Morales (1582-1585); Pedro Álvares Pereira (atr., 1619); Simão Rodrigues (atr., 1582-1590). RELOJOEIROS: A Boa Construtora (1980); Domingos Antunes (1668-1669); Fábrica Manuel Francisco Cousinha (1974); Manuel Andrade (1707). SERRALHEIRO: Escola Industrial Fradesco da Silveira (1896).

Cronologia

1302 - é referida a Igreja como pertença do bispado da Guarda; 1320, 23 maio - bula do Papa João XXII concedendo a D. Dinis, por três anos, para subsídio de guerra contra os mouros, a décima de todas as rendas eclesiásticas do reino, sendo a igreja taxada em 150 libras e os raçoeiros em 50; o padroado pertence à Ordem de Cristo; integra o termo de Portalegre e o bispado da Guarda; 1529 - ereção das Confrarias das Chagas e da Conceição; 1538 - o visitador recomenda o restauro das pinturas e o arranjo da cruz de prata (PATRÃO, 2002, p. 43); 1549, março - D. João III pede ao seu embaixador em Roma, Baltazar Faria, que solicite ao Papa a criação da Diocese de Portalegre, desmembrando território da Diocese da Guarda; 21 Agosto - Paulo III expede a Bula de criação da Diocese de Portalegre, sendo nomeado primeiro bispo D. Julião de Alva, sendo instalada na Igreja de Santa Maria do Castelo; 1550 - D. Julião de Alva recomenda o arranjo do sacrário, das coberturas do templo e a caiação do mesmo (PATRÃO, 2002, p. 43); 1552 - extinção da paróquia de Santa Maria; 15 janeiro - carta régia obrigando o Cabido a cumprir todas as obrigações que tinha a antiga paróquia; 1553, março - D. João III ordena a venda de casas para a feitura da nova catedral e respetivo adro; 1554, maio - D. Julião de Alva reconhece que o coro está a cair e sugere a compra de um turíbulo de prata (PATRÃO, 2002, p. 43); 1555 - o bispo adquire paramentaria proveniente de Inglaterra, então cismática; 1555-1602 - aquisição sucessiva de casas e terrenos para dar lugar à construção da nova catedral; 1556, 14 maio - lançamento da primeira pedra da nova catedral, cuja construção é apoiada pela Coroa, talvez com risco de Afonso Álvares; 31 outubro - D. Julião de Alva toma posse da igreja velha; 20 novembro - o bispo toma posse da Sé; 1557 - é mestre das obras Gaspar Mendes; 1558, fevereiro - o visitador recomenda o arranjo do retábulo-mor; 1559 - no inventário das alfaias são referidas uma custódia de prata dourada, uma pequena cruz, cálices e turíbulo de prata, uma caldeira de cobre e cruzes de latão, as lâmpadas e os sinos (PATRÃO, 2002, p. 42); 1560, 17 junho - D. André de Noronha recebe D. Filipe I no edifício do Paço; 1566 - um devoto oferece uma coroa de prata dourada ao orago (PATRÃO, 2002, p. 140); 1570 - está à frente das obras de construção João Vaz, genro de Gaspar Mendes; 13 fevereiro - falecimento de D. Julião de Alva sepultado na capela-mor; 1571, 22 maio - fecho da abóbada; venda de sepulturas no interior do templo; final - construção do coro; ultimam-se as obras das capelas laterais; 1572, março - derrube das paredes da antiga Igreja de Santa Maria; feitura de uma cadeia para as maças pelo ferreiro Vaz Pereira, sendo o fecho feito por Gaspar Pereira, o qual executa várias ferragens; obra do marceneiro Jorge Coelho e do pintor espanhol Francisco Florez (PATRÃO, 2002, pp. 66-67); 1578 - o órgão proveniente da antiga Igreja de Santa Maria passa da posse da Confraria das Chagas para a Fábrica da Sé (PATRÃO, 2002, p. 299); séc. 16, final - construção das torres, com aquisição de azulejos em Lisboas para revestir os coruchéus e esferas de cobre, importando a ornamentação em 96$057 (PATRÃO, 2002, p. 101); feitura da pintura da Capela do Santíssimo, atribuível a António Costa (1586-1623), genro e discípulo de Diogo Teixeira (SERRÃO, 1983, p. 59); execução do retábulo da Capela de São Pedro, atribuível a Gaspar Coelho e pago pelo bispo D. Frei Amador Arrais, que pagou 40$000; execução do desaparecido retábulo da Capela de Santa Catarina, pago pelo mesmo bispo, do qual subsistem algumas pinturas; feitura do retábulo das Chagas, também pelo mesmo bispo; pintura da predela do retábulo por António Costa; 1582 - 1585 - feitura do retábulo da Capela de Nossa Senhora da Luz por Gaspar Coelho, pintada por Luís Morales e pintores locais; 1582 - 1590 - feitura do retábulo-mor pelos entalhadores Gaspar Coelho e Domingos Coelho, que importou em 4 mil cruzados, pagos pelo bispo Frei Amador Arrais (PATRÃO, 2002, pp. 112-114); as pinturas são atribuíveis a Fernão Gomes (Transfiguração de Cristo, Ascensão de Cristo, Assunção da Virgem, Pentecostes, O Menino entre os Doutores), a Francisco Venegas (Anunciação, Adoração dos Magos, Repouso na Fuga para o Egipto) e a Simão Rodrigues (Adoração dos Pastores) (SERRÃO, 1983, p. 59); 1589 - estão estabelecidas na Capela de São Pedro as Irmandades das Almas e dos Clérigos; 1590 - provável execução das pinturas do retábulo das Chagas por Francisco Florez (PATRÃO, 2002, p. 240); séc. 17 - colocação de azulejo na Capela de Nossa Senhora do Carmo, paga pela Irmandade dos Cardadores, e feitura de uma pintura em cobre para a predela do mesmo retábulo; revestimento a azulejo do transepto e capelas; execução de um órgão, oferta do bispo D. João de Mascarenhas; 1601, 24 dezembro - é doada uma sepultura a Nuno de Pina na Capela de Santa Catarina, em substituição da que possuía na Igreja de Santa Maria (PATRÃO, 2002, p. 218); 1602-1603 - pagamento de $150 pelos metais do lavabo da sacristia; feitura de um confessionário e arranjo dos existentes (PATRÃO, 2002, pp. 146 e 305); 1614 - aquisição de terras para ampliar o claustro (PATRÃO, 2002, p. 283); 09 outubro - falecimento do bispo D. Diogo Correia, sepultado na capela-mor; 1615 - 1617 - feitura do cadeiral pelo bispo D. Rodrigo da Cunha (MAIOR, p. 142); 1619 - pintura do retábulo de São Pedro, atribuível a Pedro Álvares Pereira, de Coimbra; está a ser executado o retábulo da Capela de São Crispim e São Crispiniano, por ordem da Irmandade dos Sapateiros, que tem um sacrário com relíquias trazidas de Roma por Pedro Vaz Teixeira (PATRÃO, 2002, p. 205) *1; modificações nos janelões, tribunas e teto da capela-mor; a descrição da Catedral por Diogo Pereira Soto Maior refere o retábulo de Santa Catarina, com pinturas historiadas e as paredes revestidas a azulejo (MAIOR, P. 63); 1620-1630 - a oficina de Badajoz pinta o retábulo da Capela de São Mauro; 1634, 31 março - Isabel e Margarida Vilalobos estabelecem uma escritura com o Cabido, tornando-se padroeiras da Capela de São Pedro, para o que deixam quatro soutos e uma horta (PATRÃO, 2002, pp. 161-162); 1635, 27 agosto - falecimento de D. Isabel Vilalobos, sepultada na Capela de São Pedro; 1638 - oferta da lâmpada da capela-mor pelo bispo D. João Mendes de Távora (PATRÃO, 2002, p. 141); 1645, 17 fevereiro - falecimento de D. Margarida Vilalobos, sepultada na Capela de São Pedro; 1650 - feitura de uma parede e umas necessárias na sacristia pelo pedreiro Sebastião Lopes (PATRÃO, 2002, p. 146); 1650-1651 - feitura de um confessionário por Manuel Velez (PATRÃO, 2002, p. 305); 1666 - feitura do lajeado, dos confessionários e das grades do altar-mor (PATRÃO, 2002, p. 305); 1686 - 1691 - feitura de um órgão de tubos por iniciativa do bispo João de Mascarenhas (PATRÃO, 2002, p. 301); 1695 - feitura da teia da Capela de São Pedro por João Dias (PATRÃO, 2002, p. 163); séc. 18 - revestimento da sacristia a azulejos e colocação de arcazes; 1708 - colocação dos espelhos no espaldar do arcaz (PATRÃO, 2002, p. 147); 1709, 27 abril - falecimento do bispo Frei Domingos Barata, sepultado na capela-mor; 1710 - data sobre a porta da sacristia, revelando reformas naquela dependência; 1722 - data dos Estatutos da Irmandade do Santíssimo; 1724 - o altar de São Pedro é privilegiado pelo Papa; 1726 - início da construção do atual claustro, por iniciativa do bispo D. Álvaro Pires de Castro e Noronha; 1727 - 1787 - aquisição de casas e terrenos para a construção do claustro; 1728 - 1729 - feitura de castiçais para a Capela de São Pedro e de uma chave para a imagem pelo entalhador Manuel de Matos, dourada pelo pintor Carrilho (PATRÃO, 2002, p. 165); 1737 - falecimento do bispo D. Álvaro Pires de Castro e Noronha, sepultado na Capela do Santíssimo; 1748 - falecimento do bispo D. Miguel Lopes Simões, sepultado na capela-mor; 1749 - feitura de uma nova lâmpada de prata para a Capela do Santíssimo (PATRÃO, 2002, p. 153); 1765, 11 novembro - falecimento do bispo D. Frei João de Azevedo, sepultado na Capela de Santo Amaro; 1777 - falecimento do bispo Pedro de Melo e Brito e Alvim, sepultado na capela-mor; 1790 - edificação da Capela de São Tiago no ângulo Sul do claustro; feitura do guarda-vento do portal axial; 10 março - o altar da Capela de São Tiago recebe privilégio papal; 1791 - o claustro está a ser concluído; 1795 - alteração no coroamento das torres e nas molduras dos janelões e portais da fachada; 1798 - D. Manuel Tavares Coutinho e Silva dá novos estatutos à Irmandade do Santíssimo; aquisição de castiçais de prata para o trono do Santíssimo (PATRÃO, 2002, p. 152); obras profundas de remodelação do templo; séc. 18, final - séc. 19 - feitura do retábulo da Capela de Santa Catarina; séc. 19 - é referida a existência de uma lâmpada de prata na Capela de Santa Catarina, para a qual são feitas alcatifas (PATRÃO, 2002, p. 220); 1835 - a Irmandade de São Jorge compreendia oficiais de barbeiro, serralheiro, ferreiro, ferrador, pedreiro, que pagavam anualmente $120 (PATRÃO, 2002, p. 276); 1867 - aquisição de seis espelhos franceses, em Lisboa, por 90$000 (PATRÃO, 2002, p. 147); 1870 - a Capela de São Tiago do claustro é dedicada ao Senhor dos Passos; feitura dos guarda-ventos das portas laterais; 1874-1875 - aquisição de um relógio de parede para a sacristia (PATRÃO, 2002, p. 147); 1893 - a Confraria de Santa Luzia instala-se na Catedral; 1896 - colocação de uma grade metálica na Capela do Santíssimo pela Escola Industrial Fradesco da Silveira (PATRÃO, 2002, p. 153); 1910 - o Paço Episcopal é nacionalizado; 1926 - sagração da Catedral e colocação de uma tapeçaria na capela-mor, executado na Fábrica de Tapeçarias de Manuel Peixeiro; 1951 - cedência de balaústres de madeira para a Igreja Paroquial de Alhos Vedros (SIPA: txt.00611865); 1959, 17 agosto - o órgão antigo encontra-se desmantelada, sendo impraticável o seu restauro, pelo que se adquiriu um órgão elétrico (SIPA: txt.00611964); 1966 - após a devolução do Paço Episcopal à Diocese, sofre obras de beneficiação com D. Agostinho de Moura; 1969, 28 fevereiro - estragos provocados pelo sismo; 1998 - durante obras de reparação, são encontradas sob o soalho da nave várias pedras tumulares; 2004, 22 março - abertura concurso pela DGEMN - DREMS para obras de restauro de pinturas e imagens.

Dados Técnicos

Sistema construtivo de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria de pedra e argamassa de cal; pavimentos em lajes de granito e mármore; pilares, cunhais e pilastras em cantaria de granito; colunas do claustro em mármore branco; pias de água-benta em cantaria; pia batismal em mármore; teia do altar-mor em mármore branco e negro; retábulos de talha dourada e pintada; grades da Capela de São Pedro em ferro forjado; teias, guarda-ventos, cadeiral, confessionários, arcazes e armários de madeira; órgão positivo de madeira; silhares de azulejo tradicional; janelas com vidro colorido; coberturas exteriores em telha cerâmica.

Bibliografia

CARITA, Fernando da Cruz Correia - Portalegre - a Cidade e a sua Toponímia. Lisboa / Portalegre: Edições Colibri / Câmara Municipal de Portalegre, 2003; DIOGO, João José Saraiva (Padre) - Subsídios para a História da Diocese de Portalegre. Portalegre: 1959; KEIL, Luís - Inventário Artístico de Portugal-Distrito de Portalegre. Lisboa: Academia Nacional de Belas - Artes, 1943; LAMEIRA, Francisco, «O Retábulo em Portugal, das origens ao declínio.» Revista Promontório Monográfica História da Arte. Faro: Universidade do Algarve, outubro 2005, n.º 1; MAIOR, Diogo Pereira Sotto - Tratado da Cidade de Portalegre. 2.º ed. Elvas: Officinas de António José Torres de Carvalho, 1919; PATRÃO, José Dias Heitor - "Ereição" da Sé de Portalegre. in Actas do 2º Encontro de História Regional de Local do Distrito de Portalegre. Lisboa: Associação de Professores de História, 1996; PATRÃO, José Dias Heitor - Portalegre - Fundação da Cidade e do Bispado. Levantamento e progresso da Catedral. Lisboa: Edições Colibri, 2002; RODRIGUES, Jorge e PEREIRA, Paulo - Portalegre. Lisboa: Editorial Presença, 1988; SERRÃO, Vítor -, O Maneirismo e o Estatuto Social dos Pintores Portugueses. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1983; SERRÃO, Vítor - Os retábulos Maneiristas da Sé Catedral de Portalegre. Aprender. Portalegre: 1988, nº 4; SERRÃO, Vítor -, Estudos de Pintura Maneirista e Barroca. Lisboa: Editorial Caminho, 1989; SERRÃO, Vítor - A Pintura Maneirista em Portugal. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1995; «Vária». Monumentos. Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, 1997-2003, n.º 6 a n.º 8, n.º 10 a n.º 12, n.º 15-17, n.º 19; VENTURA, António - O Claustro da Sé Catedral de Portalegre. Portalegre: 1984.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DREMSul/DM, DGEMN/DRELisboa/DEM, DGEMN/DSMN/DEO

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMSul/DM, SIPA

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID-001/012-1777, 1778, 1779, 1780, DGEMN/DSMN-0291/09, 0304/03, 0362/07, 0362/09, DGEMN/DSMN/SE-0124/01, DGEMN/DSARH

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1557 - obras de beneficiação da Igreja de Santa Maria, para instalação do Cabido, com o arranjo das cadeiras do coro, estantes, janelas e sanefas; 1602 - o carpinteiro Gaspar Ferreira recebe 2$120 pelo conserto do órgão (PATRÃO, 2002, p. 300); 1617 - conserto da imagem processional de São Jorge na oficina de Jerónimo Morón, em Badajoz (PATRÃO, 2002, p. 277); 1643 - arranjo da cisterna do claustro, limpeza da quadra e aplainamento do pavimento, onde se achavam as palmeiras; arranjo das portas do claustro (PATRÃO, 2002, p. 282); 1645 - arranjo das vidraças (PATRÃO, 2002, p. 319); 1649 - restauro da talha do retábulo-mor por José Águas (PATRÃO, 2002, p. 142); 1650 - arranjo dos ornamentos da sacristia pelo oficial Mateus Pereira (PATRÃO, 2002, p. 146); 1656 - limpeza da lâmpada da capela-mor pelo mestre francês, Bernardo (PATRÃO, 2002, p. 141); 1660 / 1661 - arranjo das vidraças por mestres vindos de Lisboa (PATRÃO, 2002, p. 319); 1661 / 1662 - arranjo do órgão pequeno pelo padre António Velez; 1668 - arranjo do portal do claustro pelo pedreiro António de Passos (PATRÃO, 2002, p. 283); 1668 / 1669 - conserto do relógio por Domingos Antunes (PATRÃO, 2002, p. 307); 1670 / 1671 - arranjo do retábulo-mor pelos Mestres Fonseca, Passos e Matos (PATRÃO, 2002, p. 144); 1671 - arranjo dos órgãos por Francisco Vaz (PATRÃO, 2002, p. 300); 1686 - arranjo do órgão do coro-alto (PATRÃO, 2002, p. 300); 1707 - conserto do relógio por Manuel Andrade (PATRÃO, 2002, p. 307); 1727 - conserto dos guarda-ventos por Manuel Miranda (PATRÃO, 2002, p. 305); 1728 / 1729 - restauro da Capela de São Pedro e do respetivo retábulo, com intervenção do pintor Bruno de Azevedo (PATRÃO, 2002, pp. 163-164); 1776 - limpeza dos azulejos da Capela do Santíssimo, restauro da talha do retábulo e sacrário (PATRÃO, 2002, p. 152); 1814 - conserto de uma coluna da Capela do Santíssimo, queimada pelo incêndio (PATRÃO, 2002, p. 152); DGEMN: 1929 - reparação dos telhados do templo; 1930 - reparação dos telhados e tratamento dos rebocos, lavagem das cantarias e conserto do pavimento dos terraços do claustro (SIPA: txt.00610207), obra por Carlos Alberto Brito (SIPA: txt.00610209); 1931 / 1932 / 1933 - obras de reparação na Sé por Carlos Alberto Brito (SIPA: txt.02400902), com o conserto das caixilharias da sacristia (SIPA: txt.02707465), a colocação de uma porta em madeira de castanho no claustro, caixilho e óculo na Casa do Cabido, colocação de caixilho na capela-mor e reparação dos telhados (SIPA: txt.02407454 e txt.02407455); 1933 - restauro da porta do portal axial e caixilharias das fachadas laterais por Carlos Alberto Brito (SIPA: txt.02438973, 02438974 e 02438981); 1936 / 1937 - demolição de paredes de alvenaria, reconstrução dos telhados, colocação de portas exteriores e limpeza das juntas de cantaria, por Carlos Alberto Brito (SIPA: txt.00610268); reparação do lajeado do claustro e colocação de novas vidraças coloridas (SIPA: txt.00610283), por Carlos Alberto Brito; 1937 / 1938 - reconstrução dos telhados por António Domingues Esteves (SIPA: txt.00610313); 1938 - reconstrução dos taburnos, reconstrução dos telhados sobre a neve direita, por Carlos Alberto Brito (SIPA: txt.00610328); 1941 - assentamento de mosaico de mármore branco e preto nas capelas laterais, apeamento e reconstrução da armação do telhado, demolição de paredes de alvenaria por Carlos Alberto Brito (SIPA: txt.00610350); 1942 - reconstrução do telhado e construção do embasamento para o relógio da torre, por Francisco Ferreira da Silva (SIPA: txt.00610378); 1943 - colocação de cantaria em degraus e cunhais, apeamento e assentamento do azulejo antigo, construção e assentamento da armação do telhado em madeira de castanho, colocação de lajeado nos pavimentos, limpeza das cantarias e refechamento de juntas, por Francisco Ferreira da Silva (SIPA: txt.00610396); 1950 - reparação geral dos telhados na zona do zimbório, conclusão do arranjo e pintura do guarda-vento, substituição da cobertura e madeiramento das salas do Cabido, conclusão do arranjo do relógio da torre e deslocação da maquinaria por Firmino José Vidigal Firmino (SIPA: txt.00610417); 1953 - colocação de um caixilho em madeira de castanho pela Construtora Abrantina, Lda. (SIPA: txt.00610442); 1954 - reparação do lajeado do pavimento de três alas do claustro, reboco das paredes e abóbadas do claustro, caiação dos pilares do claustro, colocação de vitrais nos óculos da nave lateral esquerda, colocação de umas armas de talha, existentes no claustro, sobre o guarda-vento, por Raul Marques da Graça (SIPA: txt.00610484); 1955 - iluminação exterior da Catedral; obras nas salas do Cabido com a demolição de pavimentos em tijoleira e colocação de novos, construção de um teto em abóbada, construção e reparação de portas, revisão dos rebocos e instalação elétrica, por Raul Marques Graça (SIPA: txt.00610526 e txt.00610530); 1956 - reparação das coberturas em terraço do claustro e da zona da passagem entre as torres e reparação geral dos telhados da igreja; caiação e pinturas, por Raul Marques da Graça (SIPA: txt.00610557 e txt.00610565); 1958 - reparação do telhado de um anexo, por Anselmo Costa (SIPA: txt.00610599); 1959 - reparação dos telhados, demolição das alvenarias em ruína sobre a sacristia, construção de um sanitário e respetivas portas, modificação do sacrário da Capela do Santíssimo; reparação dos rebocos das abobadilhas nas salas do Cabido; limpeza do claustro (SIPA: txt.00610622); as obras são adjudicadas a António Serra; 1960 - construção de um anfiteatro no coro e consolidação de dois altares de talha por Anselmo Costa (SIPA: txt.00610656 e txt.00610688); fornecimento de bancos e genuflexórios, de confessionário e lustres (SIPA: txt.00612025); 1961 - instalação de iluminação no interior e exterior do templo e colocação de som (SIPA: txt.00612035 e 00612036); 1967 - obras de consolidação e reparação do retábulo-mor, por Agostinho Cabral (SIPA: txt.00610665); arranjo dos caixilhos e reparação dos telhados (SIPA: txt.00610748), obra de António Serra 1969 - assentamento de um degrau em cantaria de granito na entrada principal; colocação de uma cruz de mármore na fachada principal; reparação de telhados; caiação das fachadas das naves; pintura de caixilharias, portas, grades e guarda-vento; reparação do reboco das torres (SIPA: txt.00610778); as obras são adjudicadas a António Serra; na sequência do sismo, é necessário construir lintéis em betão armado, reparar telhados, reparar caixilhos e portas, por António Serra (SIPA: txt.00610815); 1970 - adaptação de dependências do claustro a museu (SIPA: txt.00612122); 1971 - instalação elétrica e sonora, por Orlando & Almeida, Lda (SIPA: txt.00610830); recolocação da teia de mármore da capela-mor (SIPA: txt.00610845), com reassentamento de degraus, feitura do pavimento de mármore da capela-mor; reconstrução de rebocos nas torres, pintura de portas e guarda-vento, reparação da grade de acesso a uma das torres (SIPA: txt.00610859), obras levadas a cabo por José Faustino dos Santos; 1972 - remodelação do pavimento da sala do relógio e construção de uma laje e vigas de betão armado, a revestir a tijoleira; colocação de pavimento em soalho na sacristia da Capela do Santíssimo; colocação de uma porta na torre Norte; assentamento de um caixilho na janela principal do coro; restauro do nicho da sacristia da Capela do Santíssimo; fixação de peças do retábulo de Santo António; consolidação das escadas de acesso à sala do relógio; reparação do estrado do cadeiral da capela-mor; caiação de tetos e abóbadas; refechamento de fendas nas paredes do coro (SIPA: txt.00610886 e txt.00610887); obras levadas a cabo por José Faustino dos Santos; 1972 / 1973 / 1974 - instalação elétrica e sonora por Orlando & Almeida, Lda. (SIPA: txt.00610907); 1973 - consolidação dos pavimentos das alas do claustro; colocação e reparação de portas no claustro e um caixilho no zimbório; reconstrução de rebocos do claustro; pintura de portas, caixilhos e grades de ferro; caiação de paredes e abóbadas do claustro e torre do relógio (SIPA: txt.00610926); obras adjudicadas a José Faustino dos Santos; 1974 - construção de um relógio mecano-electro-automático pela Fábrica Manuel Francisco Cousinha (SIPA: txt.00612161); 1975 - instalação de iluminação elétrica nos altares laterais, por Orlando & Almeida, Lda. (SIPA: txt.00610993); 1976 - reparação da instalação elétrica, por Orlando & Almeida, lda. (SIPA: txt.00611014); 1977 - construção de uma nova cobertura sobre a sacristia, em betão; reparação de telhados junto a esta dependência e na sala do Cabido; reassentar painéis de azulejo soltos na sacriatia; revisão do pavimento em mármore da sacristia (SIPA: txt.00611037); obra-a adjudicadas a António Serra; 1978 - reparação das coberturas em terraço do claustro, evitando infiltrações; reparação dos telhados da sala do Cabido e de uma arrecadação, com limpeza dos algerozes e caleiras; execução do pavimento em betonilha da arrecadação dos andores; reparação das frestas da fachada principal; reparação da cimalha da sacristia; reparação dos vitrais do janelão do cruzeiro e de um óculo da nave lateral esquerda; reparação do portão de ferro forjado do adro, vandalizado; ligação de água ao lavabo da sacristia; construção e assentamento de uma porta de madeira num vão do claustro; construção de caixilhos na Capela do Senhor dos Passos e no zimbório; reparação de portas na nave lateral direita, claustro e casa dos andores; assentamento de um caixilho na Capela de Santo António; colocação de um estrado de madeira no supedâneo do cadeiral da capela-mor; limpeza e enceramento dos armários e arcazes da sacristia; fornecimento e assentamento de vidros; caiação e pinturas (SIPA: txt.00611065 e txt.00611066); obras adjudicadas a António Serra; 1979 - revisão da instalação elétrica (SIPA: txt.06856127), por Orlando & Almeida Lda.; reparação dos telhados da capela-mor, naves e Capela de Santo António; refechamento de fendas existentes nas paredes; reconstrução dos rebocos do claustro e torres; construção e assentamento de portas e caixilharias; fornecimento e assentamento de vidros; pintura de portas, caixilhos e grades de ferro; caiação das fachadas (SIPA: txt.00611115); obras adjudicadas a António Serra; 1980 - reparação do sistema de relojoaria pela firma A Boa Construtora, de Almada (SIPA: txt.06856180); 1980 - refechamento de fendas nas abóbadas da sala do Cabido; remoção de uma grade de um vão do claustro, para colocar na entrada do mesmo, removendo-se do local um guarda-vento em mau estado; construção de um estrado de madeira em frente da capela-mor; reassentamento de portas na sala do Cabido; reparação e pintura das janelas da mesma sala; caiação de paredes e de portas e grades da mesma (SIPA: txt.00611221); obras adjudicadas a António Serra; 1981 - colocação de projetores no templo e no claustro (SIPA: txt.06856194 e txt.00611136); reconstrução dos telhados arruinados sobre o claustro e a sacristia; desobstrução de uma sala junto ao claustro; colocação de lajeado de granito no pavimento de uma sacristia; colocação de pavimentos em tijoleira prensada e revisão dos rebocos em dependências junto ao claustro; construção de caixilharias e portas; reparação dos armários do Cabido (SIPA: txt.0061172); as obras foram adjudicada a António Serra; 1982 - instalação do sistema de som (SIPA: txt.06856196), por Orlando & Almeida, Lda.; demolição de alvenarias e reconstrução de anexos do claustro, visando a sua regularização; execução de esgotos e água numa instalação sanitária nas dependências do claustro; construção de portas e caixilhos e colocação de uma grade de ferro numa janela; pinturas de paredes, portas e janelas (SIPA: txt.00611312); 1983 - beneficiação da instalação elétrica por Orlando & Almeida, Lda. (SIPA: txt.06856246); reparação dos pavimentos dos terraços do claustro e dos telhados da igreja, com limpeza de caleiras, algerozes e gárgulas; limpeza dos silhares de azulejo do claustro; colocação de uma cancela de ferro forjado nas escadas de acesso à cisterna; tratamento de rebocos e pinturas (SIPA: txt.00611381); obras adjudicadas a António Serra; 1985 - reparação de uma caleira da sacristia grande; reparação e limpeza dos talhados; recuperação de um vitral do óculo da nave lateral Sul; pintura das caixilharias e substituição de vidros partidos (SIPA: txt.00611431); obra-a adjudicadas a António Serra; 1986 - substituição do caixilho da Capela de São Pedro; reparação de uma das portas da fachada principal; reparação do pavimento do estrado de madeira da nave central; limpeza de caleiras e gárgulas; substituição de vidros partidos (SIPA: txt.00611442); obra-a adjudicadas a António Serra; 1987 - reparação de telhados e colocação de gárgulas cerâmicas no claustro; assentamento de uma janela de madeira no coro e reparação de uma porta do mesmo; 1987 / 1988 - caiação do transepto e capelas colaterais (SIPA: txt.00611472); obras por António Serra; 1997 - restauro do pequeno órgão positivo; 1997 / 1998 - caiação do exterior do edifício e revisão das coberturas (SIPA: txt.00611541); 1998 - recuperação do claustro e cisterna; substituição de gárgulas; tratamento dos pavimentos de pedra dos terraços das galerias do claustro e limpeza das colunas (SIPA: txt.00511588 e 00511589); 1999 - tratamento das paredes e azulejos da sacristia; limpeza e conservação do arcaz; revisão dos rebocos e pinturas da sacristia; feitura de um novo soalho na nave e recolocação do mobiliário retirado para o processo; reparação de caixilharias da igreja (SIPA: txt.00611634 a 00611638); 2000 - obras de recuperação de pavimentos da igreja e da capela do Senhor dos Passos no claustro incluindo recuperação de pedras tumulares; revisão do pavimento do terraço de acesso ao púlpito da parede N. da capela-mor; substituição vidros nos janelões laterais; obras de conservação de rebocos e da cobertura da capela do Senhor dos Passos e respetiva sacristia (SIPA: txt.00611730 e 00611731); 2001 / 2002 - remodelação de caixilharias exteriores da igreja; tratamento de rebocos e caiações, nas torres sineiras; colocação de redes nos vãos; revisão das guardas e remates dos terraços do claustro; limpeza da cisterna do claustro; rebocos e caiações das fachadas; 2003 - recuperação dos rebocos e caiações da fachada lateral N.; 2004 - restauro de pinturas e imagens.

Observações

*1 - as pinturas são normalmente atribuídas a Cristóvão Vaz (1581-1616), o qual já havia falecido há data da feitura do retábulo.

Autor e Data

Paula Figueiredo 2013 (no âmbito da parceria IHRU / Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja)

Actualização

João Matos 2002
 
 
 
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