Apeadeiro Ferroviário de Campilho

IPA.00036203
Portugal, Vila Real, Chaves, Vidago (União das freguesias de Vidago, Arcossó, Selhariz e Vilarinho das Paranheiras)
 
Apeadeiro ferroviário da Linha do Corgo, construído no séc. 20, conservando ainda uma habitação de pessoal e um abrigo de passageiros. O edifício de habitação tem planta em "L", com fachadas de um piso, tendo os panos dos topos em empena, rematados em cornija, semelhante ao existente na Estação do Corgo (v. IPA.00036060), só que esse tem vãos em arco abatido e os do apeadeiro de Campilho são retilíneos. O abrigo de passageiros, de grande interesse arquitetónico e semelhante ao do Apeadeiro de Sálus (v. IPA.00036204), integrado na mesma linha, tem planta retangular e cobertura em betão, com a fachada virada à linha aberta por amplo vão, entrecortado por colunas cilíndricas e de moldura retilínea avançada, que se prolonga para as fachadas laterais, onde se abrem janelas que eram protegidas por reixas. A ligação ferroviária era feita em via estreita.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Apeadeiro ferroviário  

Descrição

Conjunto composto por uma habitação de pessoal e um abrigo de passageiros, disposto a sudoeste, apresentando a paisagem ferroviária ainda a plataforma de embarque. A HABITAÇÃO tem planta em "L", com anexo no ângulo, formando um quadrado, com coberturas escalonadas em telhados de duas águas no corpo principal, integrando no ângulo nordeste uma chaminé, e rematadas em beirada dupla, e de uma água mais baixa no anexo. Fachadas de um piso, rebocadas e pintadas de branco, as do corpo principal percorridas por faixa de massa, com os panos em empena rematados em cornija de cantaria, e rasgadas por vãos de verga reta, moldurados, com as jambas mais finas. A fachada principal surge virada a norte, com dois panos, o esquerdo terminado em empena e o direito em empena reta, rasgada por janela de peitoril e porta de verga reta sem moldura, respetivamente. A fachada esquerda, de cunhais levemente biselados, é cega, e a direita, paralela à linha, é rasgada por dois janelos no anexo, à esquerda, e por janela de peitoril, no pano direito, terminado em empena. Na fachada posterior abre-se fresta de arejamento na faixa inferior e duas janelas de peitoril. O INTERIOR, constituído por áreas de habitação, organizava-se em dois quartos comunicantes e cozinha, por onde se fazia o acesso, à frente do qual e no ângulo do edifício se construiu anexo. O ABRIGO DE PASSAGEIROS apresenta planta retangular e cobertura plana, em placa. Tem fachadas rebocadas e pintadas de branco, a principal virada a poente e à linha, rasgada por amplo vão retilíneo, entrecortado por quatro colunas cilíndricas e com moldura saliente retilínea, que se prolonga para as fachadas laterais, num plano inferior. Nestas, abre-se janela retilínea, com vestígios de caixilharia de reixas, sendo a fachada posterior cega. No INTERIOR possui pavimento de cantaria e soco de cantaria, com banco corrido. Entre a habitação e o abrigo e a sul deste, existe banco corrido de alvenaria, capeado a cantaria.

Acessos

Vidago, Campilho, EN 2; Rua Faria de Morais; Rua Padre Raimundo Ângelo Perez; Linha do Corgo Ponto quilométrico 77,515 (PK). WGS84 (graus decimais): lat.: 41,639777, long.: - 7,574573

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, no limite da povoação de Campilho, adaptado ao declive suave do terreno, possuindo atualmente via frontal. Nas imediações, a cerca de 200m para sul, ergue-se a Igreja Paroquial de Vidago (v. IPA.00011943).

Descrição Complementar

Na fachada principal e laterais, sobre cada um dos vãos, surge toponímica da estação, relevada e pintada de cinzento: "CAMPILHO".

Utilização Inicial

Transportes: apeadeiro ferroviário

Utilização Actual

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, n.º 1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1919, 20 junho - inauguração do troço Vidago - Tâmega, com 12,30 km, onde se insere o apeadeiro de Campilho, integrado na linha entre Régua e Chaves, numa extensão de 96 quilómetros; 1990, 01 janeiro - encerramento da circulação ferroviária entre o troço de Vila Real - Chaves, o de maior distância (75 km).

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; faixa em massa; cornijas, molduras dos vãos e colunas em cantaria de granito; portas, caixilharia, portadas e reixas de madeira; vidros simples; cobertura de telha ou em placa de betão.

Bibliografia

TORRES, Carlos Manitto - «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 fevereiro 1958, n.º 70, p. 94; «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 outubro 1956, n.º 69, p. 530.

Documentação Gráfica

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt); Câmara Municipal de Lisboa: Hemeroteca Digital

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Armando Oliveira 2019 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
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