Apeadeiro Ferroviário da Tanha

IPA.00036053
Portugal, Vila Real, Peso da Régua, Vilarinho dos Freires
 
Apeadeiro ferroviário da Linha do Corgo, construído no início do séc. 20, conservando ainda o edifício de passageiros (EP), as instalações sanitárias públicas e uma habitação de pessoal. O edifício de passageiros tem planta retangular e fachadas de um piso, com cunhais em silharia fendida e remate em cornija, a principal e a posterior rasgadas por três portais, de arco abatido, moldurados a cantaria. O espaço interior dividia-se em zona destinada à habitação do pessoal de estação e à área do público. Quer o edifício de passageiros, quer as instalações sanitárias possuem estrutura igual à Estação Ferroviária de Povoação (v. IPA.00036051) e ao Apeadeiro Ferroviário de Cruzeiro (v. IPA.00036052), ambas na mesma linha. A ligação ferroviária era feita em via estreita.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Apeadeiro ferroviário  

Descrição

Conjunto composto por edifício de passageiros (EP), instalações sanitárias públicas e por uma habitação de pessoal, apresentando ainda alguns vestígios complementares, tal como a via-férrea e uma ponte a norte. O EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS tem planta retangular, com cobertura em telhado de duas águas, rematadas em beirada simples. Fachadas de um piso, rebocadas e pintadas de branco, percorridas por soco de cantaria e com cunhais em silharia fendida, ambos pintado de branco, e remate em cornija de cantaria aparente. A fachada principal e a posterior são rasgadas por três portais, em arco abatido, com moldura em cantaria, a principal virada a sudeste, e a posterior, virada à linha, tendo descentrada inscrição toponímica, pintada de preto. As fachadas laterais, em empena, são cegas e apresentam igualmente toponímias em relevo, pintadas de preto. No INTERIOR, o espaço estava dividido entre áreas de serviço e habitação de pessoal de estação. A norte do edifício de passageiros ergue-se pequeno corpo das antigas INSTALAÇÕES SANITÁRIAS, de planta retangular e cobertura homogénea em telhado de duas águas, rematada em longa aba corrida de madeira. Possui as fachadas rebocadas e pintadas de branco, com pilastras e soco de betão, a posterior terminada em empena, com motivo recortado em pinhão, de betão, e rasgada por duas portas geminadas, de arco abatido com molduras em cantaria, encimadas por inscrição. Nas fachadas laterais abre-se, superiormente, amplo vão retangular, de arejamento, com grelhagem de madeira. No INTERIOR possui silhar de azulejos, brancos.

Acessos

Vilarinho dos Freires, Lugar da Foz do rio Tanha, EN 313; Linha do Corgo - Ponto quilométrico 3,401 (PK). WGS84 (graus decimais): lat.: 41,173651, long.: -7,765272

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, isolado, junto à foz do rio do Tanha, numa zona de encosta, da região duriense, bastante afastado das povoações mais próximas, envolvido por terrenos de cultura. A norte, ergue-se a Ponte Ferroviária de Tanha.

Descrição Complementar

As portas das instalações sanitárias, viradas à linha, são encimadas pela inscrição HOMENS".

Utilização Inicial

Transportes: apeadeiro ferroviário

Utilização Actual

Residencial: casa

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, n.º 1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1906, 12 maio - inauguração do troço ferroviário entre Pêso da Régua e Vila Real, onde se integra o apeadeiro da Tanha, pertencente à linha do Vale do Corgo, desenvolvida entre Régua e Chaves, no vale profundo do rio Corgo, afluente do rio Douro e seguindo a sua margem direita, com via estreita (bitola métrica) e uma extensão total de 96 quilómetros; 2009, 12 maio - encerramento do troço da linha férrea para realização de obras; 2010, julho - encerramento definitivo da linha do Corgo, pela Rede Ferroviária Nacional.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; soco e cunhais em cantaria pintada; cornija e molduras dos vãos em cantaria de granito aparente; caixilharia de alumínio; vidros simples; porta e aba corrida das instalações sanitárias de madeira; grelhagem e mísulas de madeira pintada; cobertura de telha.

Bibliografia

TORRES, Carlos Manitto - «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 fevereiro 1958, n.º 70, p. 93; TORRES, Carlos Manitto - «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 Março 1958, n.º 71, p. 134; «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 Outubro 1956, n.º 69, p. 529.

Documentação Gráfica

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt); Câmara Municipal de Lisboa: Hemeroteca Digital

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Armando Oliveira 2018 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
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