Moinho de Armação / Moinho de tipo americano

IPA.00035900
Portugal, Lisboa, Cascais, Alcabideche
 
Moinho de armação tipo americano, construído na primeira década do século 20, aproveitando as condições atmosféricas de Alcabideche. Apresenta uma planta retangular de dois pisos, com fachadas e cobertura de alvenaria de pedra, rebocada e caiada de branco, rasgada por vãos retilíneos. Na cobertura encontra-se bem afixada a estrutura metálica que se eleva a sete metros de altura e que possui asas de chapa de três metros, nesta zona localizam-se os tanques de água outrora destinada à rega dos campos que se situavam em redor. No seu interior os dois pisos encontram-se separados por estrado de madeira. O piso térreo é composto por duas dependências, sendo o espaço de maiores dimensões destinado à moagem onde estão instalados os dois cais de mós e a máquina de seleção de cereal. Possui mós e engenho singulares destinados aos diferentes tipos de cereal. O casal de mós para milho é "de pedra rala ou saibrenta", no dizer dos moleiros (arenito), enquanto o casal de mós para o trigo e centeio é de "pedra branca ou bastarda" (calcário). No interior do moinho subsiste ainda uma peça que se julga única em Portugal designada como " macaco da mó", que tinha a vantagem de possibilitar a redução do esforço para a deslocação da mó. No piso abaixo da cota da soleira, localiza-se o "Inferno", espaço onde se situa toda a engrenagem interna de ligação do veio principal aos carretos dos olhais das mós. Situado ao mesmo nível deste espaço, localiza-se um pequeno armazém para a guarda do cereal que, neste caso, poderia ser milho, trigo, centeio ou cevada, sendo o acesso feito através de um alçapão localizado junto da máquina de seleção dos respetivos grãos. Contém, desde meados do século 20, um motor a gasóleo de marca Lister, para o que foi construído um anexo adossado ao edifício principal.
 
Registo visualizado 435 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Extração, produção e transformação  Moagem    

Descrição

Planta retangular de dois pisos, com fachadas e cobertura de alvenaria de pedra, rebocada e caiada de branco, rasgada por vãos retilíneos. Na cobertura encontra-se bem afixada a estrutura metálica que se eleva a sete metros de altura e que possui asas de chapa de três metros, nesta zona localizam-se os tanques de água outrora destinada à rega dos campos que se situavam em redor. INTERIOR: os dois pisos encontram-se separados por estrado de madeira. O piso térreo é composto por duas dependências, sendo o espaço de maiores dimensões destinado à moagem onde estão instalados os dois cais de mós e a máquina de seleção de cereal. Possui mós e engenho singulares destinados aos diferentes tipos de cereal. O casal de mós para milho é "de pedra rala ou saibrenta", no dizer dos moleiros (arenito), enquanto o casal de mós para o trigo e centeio é de "pedra branca ou bastarda" (calcário). No interior do moinho subsiste ainda uma peça que se julga única em Portugal designada como " macaco da mó", que tinha a vantagem de possibilitar a redução do esforço para a deslocação da mó. No piso abaixo da cota da soleira, localiza-se o "Inferno", espaço onde se situa toda a engrenagem interna de ligação do veio principal aos carretos dos olhais das mós. Situado ao mesmo nível deste espaço, localiza-se um pequeno armazém para a guarda do cereal que, neste caso, poderia ser milho, trigo, centeio ou cevada, sendo o acesso feito através de um alçapão localizado junto da máquina de seleção dos respetivos grãos. Contém, desde meados do século 20, um motor a gasóleo de marca Lister, para o que foi construído um anexo adossado ao edifício principal.

Acessos

Praceta do Moinho, Alcabidecha. WGS (graus decimais): lat.: 38,731319; long.: -9.409536

Protecção

Categoria: MIM - Monumento de Interesse Municipal

Enquadramento

Urbano. Inserido na malha urbano de Alcabideche, no centro de uma praceta residencial a que deu nome.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Extração, produção e transformação: moinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: monumento e museu

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1893 - José Roquete, natural de Alcabideche e serralheiro de profissão, visita a Exposição Mundial de Chicago de onde retirou ensinamentos suficientes para o fabrico de moinhos de tipo americanos; 1900 - 1910 - José Roquete constrói com algumas alterações um moinho de tipo americano na Quinta de São Martinho, para a prodiução de farinhas; entre as alterações introduzidas estaria a adaptação do formato da roda de pás, em saco, resultando assim num melhor aproveitamento da energia produzida pelo vento.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Alvenaria de tijolo, reboco, cal, metal, madeira, vidro.

Bibliografia

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Tereno 2017

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login