Ponte Medieval de Vilela

IPA.00003590
Portugal, Viana do Castelo, Arcos de Valdevez, União das freguesias de Vilela, São Cosme e São Damião e Sá
 
Arquitectura de comunicações e transportes, românica. Ponte de arco assente em dois arcos desiguais e de perfil irregular. Actualmente o contraforte não tem função estrutural, visto apenas se encostar às paredes da ponte. A sua excelente adaptação ao terreno conferiu-lhe um perfil pouco frequente, uma vez que do lado N. a rampa do cavalete é muito acentuado, enquanto que a do S. ao se adaptar ao terreno de um nível mais elevado, mais parece uma plataforma direita. Não é muito frequente as pontes assentarem apenas em 2 arcos.
Número IPA Antigo: PT011601510022
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Transportes  Ponte / Viaduto  Ponte pedonal / rodoviária  Tipo arco

Descrição

Precedida por rampas de acesso de ambos os lados, mas com inclinações diferentes, tem tabuleiro em cavalete assente em 2 arcos: um a pleno centro e outro quebrado, de tamanho desigual, e com um talhamar prismático central, a montante. Parapeito de cantaria aparelhada e pavimento de grandes lajes irregulares directamente assente sobre o fecho dos arcos. Félix Alves Pereira diz ter 57 m. de comprimento, 8.50 m. de altura e c. 4.20 m. de largura. No topo S., ergue-se alminha com imagem de Santa Luzia pintada.

Acessos

Vilela, Lugar de Sub-Igreja. VWGS84 (graus decimais): lat.: 41,921062; long.: -8,441974

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 29/90, DR, 1.ª série, n.º 163 de 17 julho 1990

Enquadramento

Rural, isolada, implantação harmónica. Lança-se sobre o rio Vez, ligando o Lugar de Sub-Igreja ao de Aboim das Choças, sendo envolvida por terrenos de cultivo e abundante arvoredo.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: ponte

Utilização Actual

Transportes: ponte

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 13 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1258 - Nas inquirições relativas a esta freguesia faz-se já referência ao topónimo ponte, o que nos faz pensar na sua existência já na 1ª metade do séc. 13; 1662, Out. - é voz corrente dizer-se que, nesta data, durante a Guerra da Restauração, o exército invasor de D. Baltasar de Roxas Panto, depois de reconhecer que não conseguiria atingir Braga ou Ponte de Lima, atravessou-a na sua retirada.

Dados Técnicos

Estrutura de cantaria com aparelho "vittatum".

Materiais

Granito.

Bibliografia

s.a., Breve Inventário Artístico do Concelho de Arcos de Valdevez, Biblioteca Municipal de Arcos, s.d.; PEREIRA, Félix Alves, Pontes Medievais nos Arcos-de-Valdevez in Portvcale, vol. 1, nº 2, Porto, 1928, p. 148 - 156; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Alto Minho, Lisboa, 1987.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

Observações

Segundo tradição local, os pedreiros seus construtores fizeram o voto de construirem uma capela nas proximidades da ponte, dedicada a S. Bento e a S. Lúzia, se conseguissem fechar os arcos com sucesso. Diz-se que sobranceira à ponte, na margem esquerda, houve uma capela que caiu em ruína, ali restando actualmente apenas uma alminha com a imagem de Stª Lúzia pintada. A ponte de Vilela é considerada por Carlos Alberto Ferreira de Almeida possivelmente da 1ª metade do séc. 13 tendo arco reconstruído e adaptado a quebrado, nos fins da Idade Média. Segundo Félix Alves Pereira, as siglas dos 2 arcos denotam um certo arcaísmo paleográfico, uma vez que predominam as letras romanas mais ou menos degeneradas, quando na epigrafia já se usava a letra alemã.

Autor e Data

Paula Noé 1992

Actualização

 
 
 
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