Pelourinho de Benavente
| IPA.00003371 |
Portugal, Santarém, Benavente, Benavente |
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Pelourinho quinhentista, de pinha cónica torsa embolada, com soco de quatro degraus octogonais, de onde evolui a coluna, com base contracurva e fuste com feixes de colunas espiraladas, com anel central, com capitel simples. Remata em pináculo cónico torso. Trata-se de uma reconstrução do primitivo pelourinho, integrando vestígios do original como troços do fuste, base e capitel, que apresentam características manuelinas; era pelourinho de corochéu com ferros. Entre o capitel e o remate observam-se sinais de terem existido os ferros de sujeição. Possui uma esfera armilar e grimpa em ferro, colocados recentemente. |
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Número IPA Antigo: PT031405010001 |
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Registo visualizado 969 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição de ordem militar Tipo pinha
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Descrição
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Estrutura em cantaria de mármore branco de Estremoz, composta por soco de quatro degraus de secção octogonal com rebordo na parte superior, sobre a qual assenta a base da coluna octogonal com plinto esculpido de folhas de hera estilizada, escócia lisa e toro ornado dos mesmos motivos florais. Fuste oitavado, espiralado interrompido ao centro por nó moldurado, facetado, decorado por fiadas de boleados na parte superior e de folhas de hera na parte inferior. Capitel troco-piramidal invertido, de equino facetado decorado com as mesmas folhas de hera, ábaco facetado e moldurado decorado. Remate em pinha espiralada coroado pela esfera armilar e grimpa e cruz de Avis |
Acessos
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Praça do Município. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,983552; long.: -8,809855 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado. Em pleno centro urbano de Benavente (v. PT031405010022), frente ao edifício da Câmara Municipal (PT031405010021) em largo pavimentado a calçada e ajardinado, rodeada por edifícios de habitação e comércio dos séc.19 / 20, de um e dois pisos. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 (conjectural) / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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FORNECEDORES: Mármores e Cantarias de Pero Pinheiro e Estremoz, Lda. (1954); Metalurgia Benaventense, Lda. (1954). |
Cronologia
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1200, 25 Março - concessão de foral pelo Mestre da Ordem de Avis, D. Paio Pires; 08 Abril - confirmação do foral por D. Sancho I; 1218 - confirmação do foral por D. Afonso II; 1404, 24 Outubro - confirmação do foral por D. João I; 1516, 16 Janeiro - concessão de novo de D. Manuel, e construção do pelourinho, erguido em frente aos primeiros Paços do Concelho que terão existido na actual Praça da República; 1561 - surge referido num documento de como estando diante da casa da Câmara e tendo ferro, grimpa de São Bento, pomar dourados e 5 degraus redondos *1; séc. 17 - o Pelourinho foi transportado para a Praça Nova, actual Praça do Município; 1758 - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Tomás de Freitas de Almeida Aguilar, é referido que a povoação pertence à Ordem de Avis, com juiz de fora, que exercia também em Salvaterra de Magos, senado com três vereadores, escolhidos entre as principais pessoas da terra, um procurador e escrivão; 1864 - foi apeado e em parte demolido, antes da construção do edifício dos novos Paços do Concelho que se efectivaram em 1874; já não apresentava a sua construção inicial, uma vez que se podia notar a ausência da grimpa, da cruz e das pomas douradas; os ferros que ostentava também não seriam os originais; os que existiam nessa altura, eram utilizados para suster uma balança, pertença da Câmara Municipal, para pesar todas as manhãs o peixe, antes da venda a miúdo, de forma a esta poder cobrar o Imposto do Pescado; 1909 - um sismo deitou abaixo o que restava do pelourinho; 1954 - foi recolocado, desta vez no centro da nova praça, frente ao edifício da Câmara Municipal; a reconstrução teve como base os elementos originais e importou num total de 28.932$00, valor que inclui o arranjo paisagístico e nova instalação eléctrica. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em mármore de Estremoz; esfera armilar e cruz de São Bento em ferro. |
Bibliografia
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AZEVEDO, Alvaro Rodrigues, Benavente, Estudo Histórico - Descritivo, Benavente, 1981; CASTRO, Adolfo Faria de, Os Pelourinhos do Ribatejo in Vida Ribatejana, 1947; CHAVES, Luis, Os Pelourinhos, Lisboa, 1938; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MONTEIRO, Manuel, Os Pelourinhos, Lisboa, 1935; http://www.cm-benavente.pt/benavente/Concelho/LocaisInteresse/ (06-03-2009) |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSARH-010/049-0001, DGEMN/DSARH-010/049-0002; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 7, n.º 1, fl. 695-722) |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1953 / 1954 - recomposição do pelourinho; tratamento da envolvente e arranjo do largo; renovação da instalação eléctrica do largo; 1957 - arranjo da praça do pelourinho. |
Observações
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*1 - A descrição é feita nestes termos "Tem mais o dito concelho defronte da dita casa da camara hu pelourinho muito boa pedraria lavrada, alto com os seus ferros e grimpa de San Bento, com suas pomas douradas, com cinco degraus e redondo da mesma pedraria. (In Tombo do Concelho, 1574) " (IHRU:DGEMN/DSARH-010/049-0002). |
Autor e Data
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Rosário Gordalina 1991 / Cecília Matias 2009 |
Actualização
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