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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Santuário
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Descrição
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Planta longitudinal composta pelos rectângulos da nave e capela-mor, a que se adossa do lado N. a sacristia / casa de promessas junto à capela-mor, um anexo, de planta quadrangular, junto à fachada principal; alpendrada entre estes 2 corpos. Telhados de 2 águas sobre a nave e capela-mor, de 1 água sobre alpendre e corpos a N.. Fachada principal em empena triangular, com cunhais e cornija em cantaria, pequena sineira do lado N.; porta axial com frontão rectilínea, encimado por janelão com verga em arco segmentar e ladeada por 2 vãos ferrados rectangulares. Do lado N. um alpendre assente em colunas toscanas sobre murete, para onde se abre a porta travessa e a casa das promessas. Interior de nave única com coro-alto em madeira assente em colunas de cantaria e coberta por tecto de madeira de 3 planos, abre para a capela-mor, encimada por cúpula cega, por arco triunfal em cantaria. A sacristia é coberta por abóbada a berço. No altar-mor um retábulo em mármore rosa e negro, com dupla colunata rematada por frontão contracurvado, ladeado por fogaréus, mostra na tribuna a imagem seiscentista de Nossa Senhora da Fé ou do Fetal. Na nave 2 altares laterais em talha dourada joanina que pertenceram à Sé de Leiria, com as imagens de São Simão e da Santíssima Trindade. Na nave o cadeiral em madeira do "Imperador" das festas do Espírito Santo, rematado por frontão triangular interrompido para receber a cruz, ladeado por aletas. O revestimento azulejar remonta a finais do séc. 17 ( padrão azul e branco, nas paredes da nave, figura avulsa em azul, amarelo sobre branco, nas paredes da capela-mor ), e ainda a inícios do séc. 20 ( painel sobre o arco triunfal, da autoria de Roque Gameiro ). |
Acessos
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Reguengo do Fetal, Rua Nossa Senhora do Fetal |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 5/2002, DR, 1.ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 *1 |
Enquadramento
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Peri-urbano, isolado, na encosta, a S. da povoação, em frente a um adro onde existe hoje uma casa de romeiros e um monumento ao emigrante, dentro do recinto do cemitério. Este desenvolve-se em socalcos, descendo a colina em direcção à aldeia. Nas imediações localiza-se a Capelinha da Memória (v. PT021004020014). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: santuário |
Utilização Actual
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Religiosa: santuário |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Leiria - Fátima) |
Afectação
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Fábrica da Igreja de Reguengo do Fétal, auto de 11 Junho 1946. |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1585 - data de construção da capela "com as esmolas dos fieis christãos", segundo inscrição entretanto desaparecida (GEPB, 24 - 848), sobre primitiva ermida da qual não existem vestígios; 1615 - data inscrita no púlpito; séc. 17 (finais) - revestimento a azulejos, vindos da Fábrica do Juncal; 1794 - data inscrita na verga de uma janela da fachada principal, certamente alusiva a restauro efectuado; provavelmente durante esta década o Bispo de Leiria, D. Manuel de Aguiar, oferece à capela os 2 retábulos em talha dourada da nave; 1905 - painel de azulejos de Roque Gameiro alusivo ao milagre de Nossa Senhora do Fetal, mandado fazer pelo pároco Manuel Carreira Ramos; construção do coro-alto; 1984 - Despacho de classificação co Imóvel de Interesse Público, de 16 Junho; 1999 - Despacho da Secretária de Estado da Cultura de 14 Outubro. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Cantaria e pedra calcária; telha cerâmica. |
Bibliografia
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O Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria, Braga, 1868; GEPB, Vol. 24; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, Vol. V, 1955; ESPÍRITO-SANTO, Moisés, O Concelho da Batalha, Batalha, 1987; Esboço Histórico da Batalha, in Terras da Nossa Terra, Porto, Junho, 1989. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN / DSID |
Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - A capela foi classificada conjuntamente com a Capelinha da Memória. *2 - A festa do Espírito Santo, realizada aos sábados e domingos do Espírito Santo, constitui uma tradição ainda em vigor nesta ermida, baseada na história popular de uma menina que pastoreava o gado e pedia pão para satisfazer a sua fome. A população resolveu realizar esta festa, em que todos recebem um pão (milagre do pão), patrocinada pelo imperador, um indivíduo que por algum motivo (uma promessa) se sujeita a cobrir todas as despesas. Na capela faz-se a romaria com procissão nocturna na véspera do 1º Domingo de Outubro, iluminada por cascas de caracóis com pavios em azeite e ainda da Festa do Espírito Santo. Celebra-se ainda a aparição da Virgem (Nossa Senhora da Fé ou do Fetal) a uma pastora. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1991 |
Actualização
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