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Espaço verde Jardim
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Descrição
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Quinta de planta sensivelmente quadrada, é murada a N., na fronteira com a EM 541 e a O. no limite com uma azinhaga, é vedada com rede de malha de arame a S. e E.; Uma densa cortina arbórea efectua a delimitação e clausura visual da propriedade em todo o seu perímetro, no centro da propriedade situa-se a casa de habitação unifamiliar, sem contacto visual com o exterior. As cotas altimétricas variam entre os 40 metros, na entrada principal e os 53,5 metros no extremo NO.. O jardim é densamente plantado com árvores, arbustos, trepadeiras e plantas diversas, e efectua uma perfeita separação da vivência interna do espaço da quinta face ao exterior, não sendo estabelecidos quaisquer pontos de vista para fora da propriedade. Os elementos fundamentais do jardim são as densas plantações de arbustos sob as árvores de grande porte que compõem uma vasta colecção botânica (*1), pequenas clareiras relvadas com mixed borders, ao estilo inglês, na sua delimitação e caminhos estreitos que deambulam pelo jardim. A quinta possui dois acessos, o portão principal localiza-se no limite NE. da propriedade e abre sobre um largo em calçada grossa de calcário, fronteiro à antiga casa do motorista. O portão de serviço posiciona-se no extremo NO. e dá acesso a uma ampla área em terra batida, contígua ao limite O. da propriedade, que funciona como área de estacionamento por entre pequenas edificações utilitárias destinadas a arrumos, instalações técnicas de manutenção dos jardins e um tanque coberto para armazenamento de água. A entrada principal e esta área de estacionamento unem-se por um percurso em areão estabilizado que a meio caminho diverge no sentido da casa de habitação e salão de realização de eventos, que lhe fica contíguo a O.. Em situação lateral S. à fachada principal da habitação encontra-se o único aspecto de formalidade do jardim da quinta, sendo simultaneamente a maior clareira presente. Compõe-se por um lago central com nenúfares (Nymphea sp.), rodeado por relvado, por sua vez bordejado por mixed borders de herbáceas de flor, com arbustos rasteiros em segundo plano, formando uma orla de transição para as restantes áreas onde dominam os arbustos e árvores de grande porte. Desta zona formal partem dois percursos estreitos, um que ascende à zona de estacionamento a O., e outro que desce para E., para a área onde se encontra uma piscina de planta oval, num terraço rectangular suportado por murete de betão, com área informal de apoio no relvado e solário com equipamentos amovíveis, elementos estes integrados numa segunda clareira relvada e rodeada por árvores de grande porte. A vegetação presente é muito diversificada, a cortina exterior de árvores para protecção de vistas e do vento é maioritariamente composta por ciprestes (Cupressus sempervirens) e outras cupressáceas de grande porte, eucaliptos (Eucalyptus globulus), pinheiros mansos (Pinus pinea) e mioporum (Mioporum tenuifolium). A entrada principal é enquadrada por uma olaia (Cercis siliquastrum) sobre um canteiro de agapantos (Agapanthus africanus), o muro é encimado por glicínias brancas (Wisteria sinensis 'Alba'), que se estendem à vedação lateral do lado esquerdo, enquanto do lado direito se observa a presença de (Rosa banksiae 'Lutea'). Transpondo o portão sobressai a plantação de (Wigandia urens), e o revestimento da casa do motorista com a trepadeira glicínia. Noutros locais do jardim encontram-se árvores como a (Robinia x ambígua), paineira-vermelha da Índia (Bombax malabaricum), (Acácia hórrida), chorão (Salix babilónica), magnolia de flores brancas (Magnolia grandiflora), cedros do libano (Cedrus libani), sebes de abélia (Abelia sp), cevadilhas de flor rosa (Nerium oleander) e a trepadeira tumbergia azul (Thunbergia grandiflora). Proliferam por vários locais moitas de rosas de Santa Teresinha (Rosa 'Cecile Brunner'), pelargónios, plantações massivas de lírios (Iris florentina) e suas variedade, crinum (Crinum bulbispermum) de flor branca, narcisos brancos (Narcissus papyraceus) e rosas do Himalaia (Rosa brunonii). |
Acessos
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Rua Primeiro de Maio (antiga EM 541), a NO. da povoação de Santo Antão do Tojal, com acesso pela Rua Maria Amália Vaz de Carvalho a partir da rotunda de Santo Antão do Tojal em direcção a Pintéus |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Periurbano, localiza-se no terço inferior de encosta, com suave pendente para E.. Confronta a N. com a antiga EM 541, actual Rua Primeiro de Maio, a O. com uma azinhaga que separa a Quinta de uma empresa de logística e distribuição e a S. e E. com áreas agrícolas de sequeiro. A área envolvente apresenta multiplicidade de usos entre bairros habitacionais, originalmente, de génese ilegal, actividades de armazenagem e distribuição que ocupam grandes parcelas de terreno, e áreas agrícola ainda activas, maioritariamente de sequeiro. A Quinta do Vale aparece isolada, como uma grande mancha de arvoredo denso, que se destaca dos usos envolventes, não havendo outra propriedade nas proximidades com as suas características de jardim de habitação unifamiliar. |
Descrição Complementar
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O lago central do jardim de planta rectangular e rebordo em pedra tem os quatro cantos adornados por canteiros quadrangulares térreos, formando floreira, onde se encontram plantados buxos topiados em forma esférica. No centro do lago, uma escultura de pequena dimensão representa um menino que segura um peixe brotando água pela boca, em repuxo, para o lago. |
Utilização Inicial
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Recreativa: jardim |
Utilização Actual
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Recreativa: jardim |
Propriedade
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Privada |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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PROJECTISTA: Mary Joy Shuttleworth, também conhecida por Mary Graham (1962); ARQUITECTO David Farrajota (2010). |
Cronologia
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Sec 20, década 60 - uma senhora inglesa com especial gosto por colecções botânicas, adquire o terreno agrícola dedicado a culturas arvenses de sequeiro; 1962 - início da construção do jardim; 1968, Junho - conclusão da casa, segundo a licença de habitação; 1984 - reformulação do jardim pelos novos proprietários, Nicholas e Mary Kaye; 2010 - efectuado o licenciamento da adaptação da quinta à realização de eventos. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Inertes: muro exterior em alvenaria de tijolo rebocado e pintado; acesso principal em calçada grossa de calcário; pavimentos dos percursos em areão estabilizado e terra batida. Material vegetal: Árvores - ciprestes (Cupressus sempervirens), eucaliptos (Eucalyptus globulus), pinheiros mansos (Pinus pinea), olaia (Cercis siliquastrum), (Robinia x ambigua), paineira-vermelha da Índia (Bombax malabaricum), (Acácia horrida), Chorão (Salix babilónica), magnólia de flores brancas (Magnolia grandiflora), cedros do libano (Cedrus libani); Trepadeiras - glicínias brancas (Wisteria sinensis 'Alba'), (Rosa banksiae 'Lutea'), tumbergia azul (Thunbergia grandiflora), rosas de Santa Teresinha (Rosa 'Cecile Brunner'), rosas do Himalaia (Rosa brunonii); Arbustos - Mioporum (Mioporum tenuifolium), (Wigandia urens), abélia (Abelia sp.), cevadilhas de flor rosa (Nerium oleander); Herbáceas, aquáticas e revestimentos - Agapantos (Agapanthus africanus), lírios (Iris florentina) narcisos brancos (Narcissus papyraceus), crinum (Crinum bulbispermum), nenúfares (Nymphea sp.) e relva. |
Bibliografia
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QUEST-RITSON, Charles, The English Garden Abroad, , Londres, Viking-Penguin Group ,1992. |
Documentação Gráfica
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CMLoures: arquivo Divisão de Planeamento Municipal e Ordenamento do Território |
Documentação Fotográfica
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CMLoures: arquivo Divisão de Planeamento Municipal e Ordenamento do Território |
Documentação Administrativa
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CMLoures: arquivo Divisão de Planeamento Municipal e Ordenamento do Território |
Intervenção Realizada
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Nicholas e Mary Kaye, 1984 - reformulação dos jardins foram redefinidos os percursos, adicionada a piscina e um caramanchão pintado de branco; actuais proprietários: 2010 - efectuado o licenciamento da adaptação da quinta à realização de eventos, com projecto do arquitecto David Farrajota e a concretização de área de estacionamento na zona O. da propriedade com pavimentação em areão estabilizado e construção de salão de eventos a O. da casa da quinta, em continuidade com esta. |
Observações
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(*1) A característica dominante desta propriedade é o valor da vasta colecção botânica que se apresenta no jardim, fundada na recolha e colecção de plantas levada a cabo pela sua proprietária inicial, que recebeu sementes de diversos locais do mundo. A bibliografia refere que a proveniência das sementes e plantas sucedeu por aquisição a viveiristas, nomeado o inglês Hilliers e o português Moreira da Silva, por troca com membros da comunidade inglesa entusiasta da jardinagem, residente em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente da Nova Zelândia, Rodésia e Washington e, por fim, da Royal Horticultural Society, Botanical Society da África do Sul, jardins botânicos da Austrália, Calcutá e Singapura. |
Autor e Data
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Madalena Neves, (no âmbito da parceria IHRU / CMLoures) |
Actualização
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