Núcleo urbano da vila de Marvão / Núcleo intramuros de Marvão
| IPA.00003222 |
Portugal, Portalegre, Marvão, Santa Maria de Marvão |
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Núcleo urbano sede municipal. Vila implantada sobre colina na fronteira do Alentejo. Vila medieval de jurisdição senhorial, com castelo e cerca urbana. Fortificação de detenção orientada para Espanha. Núcleo com cerca de 150 habitações, formado por tecido urbano compacto, com quarteirões longilíneos, ruas longas e estreitas, que acompanham a orientação das cristas quartzíticas e entrecortadas por travessas. Espaço principal estruturado a partir de dois eixos principais (dois deles dando acesso às duas portas da vila), que convergem para o Largo / Praça do Pelourinho. A maioria do edificado é de habitação corrente, datada do séc. 15 / 16 e caracterizado por casas de dois pisos com cumeeira paralela à rua. A vila terá sido mais densa, muitos logradouros correspondem a antigas casas (importância arqueológica destes locais). Sede concelhia medieval. Dado que o espaço intramuros estava quase todo edificado no séc. 16, e porque as guerras dos séc. 17, 18 e 19 conduziram ao despovoamento da vila, o traçado medieval manteve-se, assim como a arquitetura do aglomerado urbano, preservada por uma atividade turística que existe há já várias décadas. A posição estratégica da praça de armas, na linha da fronteira e construída sobre plataforma rochosa e escarpada, quase inacessível, tornou-a numa fortaleza inexpugnável, local de presídio e aquartelamento de tropas e suas famílias. É a única fortificação medieval que manteve valor estratégico até ao séc. 19. A arquitetura residencial corrente encontra-se preservada tanto nas fachadas, como em alguns interiores, assim como a arquitetura administrativa e judicial, no edifício da antiga câmara, prisão e tribunal. Foi aí Juiz de Fora, José Mouzinho da Silveira, cujo papel foi fundamental na defesa da vila contra as invasões francesas. |
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Número IPA Antigo: PT041210020004 |
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Conjunto urbano Aglomerado urbano Vila Vila medieval Vila fortificada Ordem religiosa militar (Ordem do Hospital)
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Descrição
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Vila intramuros, de traçado orgânico adaptado à topografia e contida por muralha de planta aproximadamente trapezoidal, com orientação noroeste / sudeste. A cerca muralhada apresenta adarve em todo o perímetro, interrompido por torreões e baluartes que protegem as duas portas de entrada na vila (Portas da Vila, a oriente, e Portas de Ródão, a norte). Por se encontrar numa zona estratégica do território (dista apenas de 13 km da fronteira espanhola), o burgo medieval abrigou durante muitos séculos a uma população essencialmente consagrada à defesa do território. A vila cresceu a sudeste do duplo recinto do castelo (v. IPA.00003234) que, por razões estratégicas, se implanta nas cotas altimétricas mais elevadas. Caracteriza-se por quarteirões longilíneos, que acompanham a orientação das cristas quartzíticas, formando um traçado urbano compacto, com ruas estreitas, de cariz defensivo. Os eixos viários são longos, de inclinação mais suave do que as travessas que as intersetam, que são íngremes e muitas com escadas para vencer o forte declive. O eixo principal, que liga o castelo à Porta da Vila, é constituído pela Rua do Castelo, a Rua do Espírito Santo e Rua das Portas da Vila, onde se localizam muitas das casas mais antigas do núcleo, observação feita tendo em conta a largura dos lotes, de pequena dimensão e pé direito baixo, e do tipo de vãos. Estas duas vias encontram-se na Praça do Pelourinho, espaço estruturante do núcleo, onde chega também a Rua de Cima, vinda das outras portas da vila, as de Ródão. Neste largo situa-se o Pelourinho (v. IPA.00003238) e, ao centro e a sudoeste, o mais significativo edifício de arquitetura civil, política administrativa e judicial, os antigos paços do concelho, com a fachada remodelada no início do séc. 20, revestida a "raspadinho", técnica de simulação de granito, executada com cal parda da Escusa, presente também em molduras de vãos, cunhais e cimalhas, cadeia e tribunal. Na Rua do Castelo, localiza-se a Casa do Governador militar da praça, com sacadas do séc. 16, uma das poucas casas abastadas de Marvão. Em frente, o Largo do Espírito Santo, onde foi colocada, no século passado, a fonte parietal do Concelho, datável do séc. 17. Neste largo situa-se também a Igreja de São Tiago (v. IPA.00026534), do séc. 14 / 16, com portal de características góticas. O Hospital da Misericórdia, hoje muito descaracterizado, está adossado à igreja. A Rua de Baixo, que sai das Portas de Ródão, está articulada com a Ria do Terreiro através do largo de Olivença (antigo Terreiro), fazendo a ligação junto à muralha, à Porta da Vila. Ainda hoje a feira semanal e outras realizações festivas se realizam neste local. Esta frente urbana, situada a uma cota mais baixa é caracterizada por uma descontinuidade, observável na quantidade de volumes dos logradouros das casas com fachada principal para as Ruas das Portas da Vila e de Cima. A Rua do Corro também é um eixo importante, que contorna a muralha do lado sudeste, partindo das Portas da Vila e dando acesso a três das igrejas (Calvário, Santa Maria e Santiago) e aos edifícios públicos da vila (câmara municipal, repartição de finanças e conservatória) através das Ruas de Santiago e Dr. Matos Magalhães (antiga Rua da Corredoura). As igrejas encontram-se destacadas no núcleo: a Igreja de Santa Maria (v. IPA.00015859), do séc. 14, hoje museu municipal, situada às portas do recinto do castelo, a Igreja de São Tiago (v. IPA.00026534), quase no eixo oposto, com uma tipologia semelhante e da mesma época e a Igreja do Calvário (v. IPA.00026535), já do séc. 19, de planta octogonal, no Largo com o mesmo nome. De realçar também, os passos processionais, datados do séc. 17, hoje adaptados a vãos de janela. Os espaços verdes públicos de maiores dimensões situam-se junto ao perímetro muralhado, a sul: o jardim de buxo "à francesa" de Santa Maria, é o de maior de dimensões, situado junto ao castelo e o jardim de Santiago, onde se localiza o parque infantil. No resto da vila, observam-se espaços ajardinados de pouca permanência, cuidados e com espécies ornamentais (destaque para as duas palmeiras Washington no Largo das Palmeiras). Podem também ser bons espaços para miradouro, como é o caso do largo da Boavista e do largo Camões, situado em aterro de valor osteológico (zona de enterramentos). A maioria das casas de habitação corrente tem dois pisos (algumas com três, provavelmente alteadas ao longo do tempo, e poucas térreas) e telhados de uma ou duas águas, com cumeeira paralela à rua. Apresentam dois tipos de composição de fachada cujo desenho é determinado pela largura do lote (5 a 8m e 12 a 18m), a divisão interna pouco se altera. São constituídas por uma estrutura bipartida, com uma parede estruturante a meio, com uma ou duas portas exteriores. No piso térreo, localizava-se a loja dos animais ou oficina, no piso superior a área residencial. No caso de porta única, a entrada para o piso superior faz-se através de uma escada de granito, com dois degraus sob arco, também em granito, e escada de tiro perpendicular à fachada principal e encostada a uma das empenas. Quando a habitação tem duas portas, a mais larga dá acesso à loja e a mais estreita à habitação, através de pequeno hall com escada de tiro. Nas casas com frente urbana mais larga, a escada desenvolve-se a meio da habitação, surgindo mais um ou dois módulos (janelas) na fachada. No piso superior, as chaminés de fumeiro, com cerca de 1,5 a 2m, elemento fundamental tanto na habitação como no "sky-line" do núcleo. Destacam-se também nas fachadas as molduras dos vãos, trabalhados e chanfrados, cruzes de Malta, argolas para prender animais. Alguns destes elementos decorativos foram aí colocados para embelezá-las, como é o caso da janela manuelina da casa situada na Rua do Castelo, n.º 1. Existem igualmente alguns "pastiches", como a Casa do Povo, na Rua de Cima e a casa situada no n.º 18 da Rua do Castelo, que importa preservar por representarem o revivalismo romântico dos anos 40/50 do século passado. As calçadas são muito variadas, destacando-se as que apresentam passadeira central de granito (Rua do Castelo, Rua das Portas da Vila e Rua de Cima), as calçadas em pedra irregular travada segundo o uso medieval (Travessa de Santa Maria e troço na Porta da Vila) e as de pedra irregular com motivos em mármore branco. Não existe nenhuma via asfaltada dentro do núcleo e os afloramentos rochosos combinam com os revestimentos dos pavimentos nas ruas secundárias, onde são visíveis os muros dos logradouros, hoje quintais, em espaços outrora construídos (Rua do Sabugueiro, Travessa de Santa Maria, caminho atrás das casa na Rua de Santiago). |
Acessos
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Marvão, EN359, EN246-1 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 37 077, DG 228 de 29 setembro 1948 *1/ Incluída na Zona Especial de Proteção do Castelo de Marvão (v. IPA.00003234) / Incluído na Área Protegida da Serra de São Mamede (v. IPA.00028261) |
Enquadramento
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Urbano, implantado em colina. A vila de Marvão localiza-se no Parque Natural da Serra de São Mamede, sobre a crista quartzítica da Serra do Sapoio. A sua altitude varia entre 800,6 e 845m, atingindo a quota máxima de 867,2m no castelo. O acesso à vila faz-se através de uma só estrada, íngreme e sinuosa, a partir da Portagem, que se desenvolveu à volta da Porta quinhentista sobre o Sever, hoje expansão urbana de Marvão, seguindo-se o lugar do Jardim, onde existem algumas casas dispersas, e já perto da Porta da Vila, o convento de Nossa Senhora da Estrela (v. IPA.00001859), único conjunto edificado junto ao perímetro muralhado. A entrada rodoviária é feita pela Porta de Rodão, a norte, e a saída pela Porta da Vila, a oriente. A vila de Marvão é um espetacular miradouro natural, divisando-se, a sul, São Salvador de Aramenha e o sítio arqueológico da Ammaia (v. IPA.00001844), a sudeste o Rio Sever e a barragem da Apartadura, a oriente, o território espanhol demarcado por várias cristas quartzíticas, fronteira de Galegos, a nordeste Santo António das Areias e, em dias de bom tempo, os cumes da Serra da Estrela, a norte a Beirã e a noroeste Castelo de Vide (v. IPA.00004572). Na encosta, de noroeste a sudeste, predominam várias espécies arbóreas, com destaque para o carvalho-negral, o castanheiro, a azinheira, o sobreiro e freixo. O pinheiro bravo, mais resistente ao vento, encontra-se a uma altitude mais elevada, já perto da vila. O antigo caminho empedrado, da Portagem às portas da Vila, ainda hoje existe. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Não aplicável |
Afectação
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Não aplicável |
Época Construção
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Séc. 14 / 15 / 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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876 - 877 - ocupação do morro pelo muladi rebelde ao Emirato de Córdova Ibn Maruán; séc. 10 - primeira referência a Marvão em crónicas árabes; 1161 - 1167 - conquista pelos exércitos cristãos, ficando na posse dos Templários; 1217 - doação por D. Afonso II a D. Pedro Abade de Alcobaça do reguengo de Aramenha, no termo de Marvão; 1226 - primeiro foral por D. Sancho II, englobando uma vasta área do distrito de Portalegre; 1271 - D. Afonso III terá doado a povoação fortificada à Ordem do Hospital e posteriormente ao seu filho D. Afonso; 1299 - tomada de posse do castelo por D. Dinis, para que a fortificação não caia em mãos estrangeiras, pois as filhas do seu irmão Afonso estavam casadas com fidalgos espanhóis; confirmação do foral de 1226; 1300 - D. Dinis dá ao infante D. Afonso, seu irmão, os castelos e as vilas de Ourém (v. IPA.00006324) e Sintra (v. IPA.00000037), em troca dos de Marvão e Portalegre; séc. 14 - reconstrução da fortificação por D. Dinis; Marvão desenvolve-se graças ao clima de paz da conquista definitiva do Reino do Algarve e do Tratado de Alcanizes; 1361 - D. Pedro I empreende medidas contra o despovoamento de Marvão; 1378 - Marvão é coutada de homiziados; 1395 - doação por D. João I a Iria Gonçalves, mãe do Condestável, da Herdade da Portagem com todas as suas rendas e pertenças; séc. 14 - fundação da Igreja de Santa Maria; 1407, 1436 e 1497 - Marvão recebe privilégios vários, para potenciar o seu povoamento; séc. 14 - séc. 15 - construção da Igreja de São Tiago (v. IPA.00026534); 1448 - fundação do Convento de Nossa Senhora da Estrela (extramuros); 1512 - Foral Novo por D. Manuel; 1527 - a vila conta com 363 fogos dos quais fazem parte 11 clérigos de missa e 69 viúvas; o termo da vila conta com 132 fogos; 1573 - construção da Capela do Espírito Santo; séc. 16 - a vila de Marvão atinge o apogeu demográfico (363 fogos x 4 pessoas = 1452 habitantes / numeramento de 1527); construção dos antigos Paços do Concelho; séc. 17 - construção de Passos; 1640 - 1662 - com a guerra da Restauração inicia-se o despovoamento; o Abade D. João Dama empreende reparação das ruínas do Castelo, reconstrução de um lanço de muralha, portas do castelo e barbacãs que se encontravam em ruína e outros consertos necessários à conservação e defesa da vila; segundo relata Nicolau de Langres a guarnição de infantaria e cavalaria do Castelo de Marvão saía do de Castelo de Vide (v. IPA.00004572), sendo 400 os habitantes da praça de Marvão; séc. 17, 18 e 19 - as sucessivas guerras conduzem ao despovoamento da vila; 1755 - o terramoto provoca algumas fendas nos principais edifícios religiosos e civis; séc. 18 - remodelação dos Paços do Concelho; 1804 - construção da Ermida do Calvário (v. IPA.00026535); séc. 19 - desativação da praça-forte, arranjos românticos dos antigos Paços do Concelho, visíveis na fachada; 1895, 30 setembro - extinção do concelho de Marvão, anexado ao de Castelo de Vide; 1898, 13 janeiro - restauração do concelho de Marvão; séc. 20, anos 40 - edificação neomanuelina da Casa do Povo; 2000 - candidatura de Marvão a Património Mundial, a apreciar pelo comité da UNESCO em 2006; 2019, 13 fevereiro - publicação da aprovação da operação de reabilitação urbana para o núcleo histórico de Marvão, em Aviso n.º 2509/2019, DR, 2.ª série, n.º 31/2019. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. Paredes estruturais com cerca de 60cm de espessura, em alvenaria de pedra ordinária com fragmentos irregulares de xisto e granito e argamassa de cal e saibro. Alguns trabalhos decorativos nas fachadas, em "raspadinho" (simulação de granito), com cal parda da Escusa, fingindo cantarias de vãos, embasamentos, cimalhas e cunhais com esterotomia (antiga câmara e igreja do Espírito Santo). Paredes interiores em tijolo burro e tabique com fasquiado de madeira, rebocadas e caiadas. Pisos térreos em pedra aparente (nas lojas) ou em lajeado irregular de xisto ou regular de granito, calçada miúda (cavalariças). Pisos superiores em soalho corrido e em ladrilhos cerâmicos apoiados sobre barrotes (servem de tecto no piso inferior, existindo casos de tecto falso de madeira ou estafe estucado e decorado). Cobertura em telhado de 1 ou 2 águas, com cumeeira paralela à fachada, telha de canudo ou com o canal em telha romana, beirados duplos, triplos e quadruplos em telha de canudo e argamassa, cimalhas com ladrilhos cerâmicos e argamassa. Portas exteriores em madeira de 1 ou 2 folhas, com molduras em cantaria trabalhada e chanfrada. Janelas de madeira, de abrir para dentro, com 2 folhas, no piso térreo, e de guilhotina ou de abrir para fora, nos últimos pisos (cores: verde, vermelho, castanho, nos aros fixos, branco, nos móveis), portadas de madeira interiores, por vezes com postigos. Passagem interior, do piso térreo para os pisos superiores através de arco em granito, escadas interiores até ao 1º piso em granito, encastrado nas paredes, 2º lanço em madeira. Chaminés de fumeiro em alvenaria de tijolo, pavimento onde se faz o fogo em lajeado de granito. O espaço entre a parede do tardoz e o talude da escarpa, é utilizado para a construção de pequenos quintais. Algumas edificações assentam na rocha escarpada, sendo frequente existirem afloramentos no interior. Pavimento exterior em paralelipípedos de granito, calçada medieval com quartzito e xisto. |
Materiais
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Granito, xisto, quartzito, madeira (carvalho), ferro fundido, vidro |
Bibliografia
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BARBOSA, Inácio de Vilhena - As Cidades e Vilas da Monarchia Portugueza que eem brasão d'armas. Lisboa: Typographia do Panorama, 1860, vol II; BELO, Anibal - Carta de Marvão. Porto: Universidade Fernando Pessoa, 2000; BUCHO, Domingos - Belvedere, Marvão. Obra Única do Homem e da Natureza. Marvão: Câmara Municipal, 1999; BUCHO, Domingos - Fortificações de Marvão. História, Arquitectura e Restauro. Marvão: Região de Turismo de São Mamede, 2001; BUCHO, Domingos e LADEIRA, Raúl - Marvão. Palavras e Olhares. Marvão: Câmara Municipal - Gabinete de Candidatura a Património Mundial, 2002; CEBOLAS, Manuel - «Marvão» in Ibn Maruán. Marvão: 1992, n.º 2; COELHO, Possidónio M. Laranjo - O Castelo e Fortaleza de Marvão… Lisboa: Tipografia Adolpho de Mendonça, 1916; COELHO, Possidónio M. Laranjo - Marvão (Elucidário Breve de uma visita a esta vila). 2.ª ed. Marvão: s.n., 1982; FALCATO, João - Marvão, onde o Alentejo sobe às alturas. Lisboa: 1955; FALCATO, João - Terras de Odiana. 2.ª ed. Castelo de Vide e Marvão: 1988; Gastão de Mello, Nicolau de Langres e a sua obra em Portugal. Lisboa: Comissão de História Militar, 1941; «Ibn Maruán» in Revista Cultural do Concelho de Marvão. Marvão: 1991; KEIL, Luís - Inventário Artístico do Distrito de Portalegre. Lisboa: Academia Nacional de Belas Artes, 1943; LANGRES, Nicolau de - Desenhos e Plantas de todas as Praças do reyno de Portugal. c. 1661 (BN Códice 7445); MACHADO, João Paulo Liberata e GORJÃO, Sérgio - «O Actual Concelho de Marvão e as suas freguesias nas Memórias Paroquiais de 1758» in Ibn Maruán. Marvão: 1993, n.º 3; MAGALHÃES, A. - Marvão, Distrito de Portalegre. S.l., 1912, n.º 2004 e 2005; VICENTE, António Pedro - Le Génie Français au Portugal sous l'Empire. Lisboa: Serviço Histórico Militar, 1984; TAVARES, Maria Madalena - «Candidatura de Marvão a Património Mundial». In II Fórum Ibérico sobre Centros Históricos Centro Cultural de Cascais. Cascais: Câmara Municipal de Cascais, 2005. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN/DSID; DGEMN/DREMSul; CMMarvão: GTL; GAT Portalegre; Núcleo museológico militar do castelo de Marvão (plantas da praça de Marvão, Luis Jacob, 1755, 1812, António Jozé Vaz Velho, 1814); AHM; Arquivo do Gabinete de Estudos Arqueológicos de Engenharia Militar - Direcção dos Serviços de Engenharia (projecto de fortificação de Marvão, GEAEM, Doc. 3133-21-33); DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização de Marvão, Arq. Marciano Rodrigues, 1948) |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN/DSID; DGEMN/DREMSul; DGEMN/DESA; CMMarvão: GTL; Sociedade Portuguesa de Levantamentos aéreos Lda (fotografia aérea, 1842) |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMSul; CMMarvão; AHM; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização de Marvão, Arq. Marciano Rodrigues, 1948) |
Intervenção Realizada
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1935 - parecer positivo da proposta da câmara municipal para "corte" de muralha junto às Portas de Ródão para entrada de veículos, devido ao afluxo turístico à vila; DGEMN: anos 40 - pedido da câmara municipal para alienar edifício à Casa do Povo, para construção de raiz; 1947 - pedido da câmara municipal a solicitar que técnicos da DGEMN orientam a obra de "reparação das casas de pobres"; 1948 - arranjo das principais ruas de Marvão, assentamento no eixo central de lajes em granito, colocação de coletor de esgotos sob o lajedo; 1948 - anteplano de urbanização de Marvão; 1950 - pedido de embargo das obras da Casa de trabalho masculino, no Largo da Parada, pertencente à Santa Casa da Misericórdia, por não ter sido pedida autorização; 1952 - indeferimento por parte da DGEMN do pedido de alargamento do 2º arco das Portas de Ródão, por já ter havido um e estar previsto novo acesso à vila; JAE: 1956 - construção da EN-359-6, entre Marvão e Fonte da Pipa; CMM - arranjo do Praça do Pelourinho; CMM: anos 80 - construção de bairro camarário de raiz num logradouro, na Rua do Relógio, nº 2 a 10; 2004, março - abertura concurso pela DGEMN - DREMS para recuperação da instalação elétrica do edifício da Câmara Municipal. |
Observações
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*1 - DOF: Todo o aglomerado urbano sito dentro do perímetro do Castelo e das Muralhas de Marvão. A delimitação da área candidata a Património Mundial corresponde à crista quartzítica onde se implanta Marvão, incluindo o Convento de Nossa Senhora da Estrela (76 ha). A zona de protecção (buffer) corresponde ao limite da área do PPSVSM (307 ha). O caminho quinhentista que unia a Portagem às Portas da Vila, está desenhado numa "Planta da Praça de Marvão" de 1755, no livro de Miguel Luís Jacob, com a designação de estrada de Portalegre. Duas outras estradas estão referidas: a de Castelo de Vide (das portas de Ródão para N., passando pela Escusa) e a estrada de Valência (a NO. do Convento de Nossa Senhora da Estrela). |
Autor e Data
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Rosário Gordalina 1991 / Domingos Bucho 1997 /
Anouk Costa 2005 |
Actualização
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Rosário Gordalina 2003 |
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