Casa do Corregedor
| IPA.00032143 |
Portugal, Bragança, Bragança, União das freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo |
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Arquitectura político-administrativa, do séc. 20. Casa do corregedor de planta rectangular irregular, integrando alpendre demarcado e com plano inclinado na fachada principal e corpo mais baixo na posterior, estes em cantaria aparente e contrariando a evolução geral das fachadas em dois pisos, percorridas por embasamento e rematadas em cornija, sendo rasgadas por vãos rectilíneos, as janelas com peitoril saliente e os outros vãos com gradeamentos decorados. |
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Número IPA Antigo: PT010402450414 |
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Registo visualizado 69 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa de função
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Descrição
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Planta rectangular irregular, integrando alpendre volumetricamente distinto na frontaria e corpo quadrangular no ângulo posterior, mais baixo. Volumes articulados com coberturas escalonadas em telhados de quatro águas no corpo principal, de uma no alpendre frontal e de duas no corpo posterior, rematadas em beirada simples, integrando duas chaminés, uma de grandes dimensões sobre o corpo posterior. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, evoluindo em dois pisos, excepto no alpendre e no corpo posterior, que tem apenas um piso, os quais são em cantaria, com as juntas tomadas e pintadas de branco; as fachadas são percorridas por embasamento em cantaria irregular, igualmente com as juntas tomadas e pintadas de branco, terminadas em cornija e rasgadas por janelas rectilíneas apenas com peitoril de cantaria, conservando as do piso térreo portadas de madeira pintadas de verde, ornadas por coração vazado. Fachada principal virada a NE., de dois panos, o esquerdo correspondente ao alpendre, com ângulo exterior em esbarro, terminado em meia empena, rasgado por amplo arco de volta perfeita sobre os pés direitos, e o direito rasgado no piso térreo por uma janela e uma fresta, protegida por grade formando quadrícula com setas, encimados no segundo piso por janela de peitoril e lanterna, respectivamente. Sob o alpendre abre-se frontalmente vão mais largo que a fresta, com grade igual, e, lateralmente, porta de verga recta moldurada. Fachada lateral esquerda rasgada, em cada um dos pisos, por duas já janelas de peitoril; no corpo de cantaria abre-se janela jacente com grade ornada de volutas e cruzes na zona de encontro da esquadria. Fachada lateral direita rasgada ao centro por tercerias de disposição longilínea, ladeado por duas janelas no piso térreo. Fachada posterior rasgada por janela de peitoril e uma jacente no segundo piso, a última com grade igualmente com volutas e cruzes na zona de encontro da esquadria, e, no corpo mais baixo, janela de peitoril com portadas de madeira. |
Acessos
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Avenida João da Cruz |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, na avenida da estação, inserido em lote com quintal, adaptado ao declive e vedado por muro de alvenaria rebocado e pintado de branco, percorrido por embasamento de cantaria irregular, com as juntas tomadas e pintadas de branco e capeado. Junto à fachada posterior foi construído a toda a profundidade do quintal garagem de planta rectangular. Não muito longe, ergue-se a N. o edifício da Estação Ferroviária de Bragança (v. PT010402450275). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa do corregedor |
Utilização Actual
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Política e administrativa: política e administração central |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Rodrigues Lima (atribuído). EMPREITEIRO: Armando Cristóvão (1972, 1974); Faria, Rodrigues & C.ª, Lda (1966). |
Cronologia
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1952 - conclusão da construção da casa do corregedor pela Câmara Municipal, possivelmente com projecto do arquitecto Raul Rodrigues Lima, já que este foi o autor do Tribunal da Comarca, do Trabalho e da Casa dos Magistrados construídos na cidade na mesma data; existiu um primeiro projecto para a construção de duas moradias no novo arruamento de acesso à futura praça Professor Cavaleiro de Ferreira; as casas seriam iguais, cada uma delas com três pavimentos: cave, piso térreo e 2º. piso; internamente deveriam dividir-se em três zonas: a de serviço, a da família e a recepção; a de serviço, limitada quase exclusiva às criadas, compreendia, no piso térreo a copa e a cozinha com a sua lareira regional, e na cave o quarto de criadas com retretes privativas, a casa dos engomados e arrecadações para géneros alimentícios e combustíveis; a zona da família, a principal da casa, teria no piso térreo a sala de jantar, sala de estar, hall e escada de acesso ao andar superior, onde ficariam todos os quartos e a casa de banho; a zona de recepção abrangia apenas no piso térreo o vestíbulo e o escritório; este projecto foi abandonado, construindo-se apenas uma casa de um só piso; 1963 - a casa do corregedor estava desocupada; 1967, Janeiro - Joaquim Lúcio Faria Teixeira, o Delegado do Procurador da República que habitava a casa, informa que, devido à bóia de água do depósito instalado entre o telhado e a placa de cimento não vedar convenientemente, estava permanentemente a deitar água para o telhado; as paredes brotavam água com tal abundância que o soalho de tacos da casa humedeceu e levantou em alguns compartimentos; 1974 - Ministério da Justiça concede 30.000$00 para a construção de uma garagem num anexo da casa, adjudicando a Câmara Municipal a sua construção ao empreiteiro Armando Cristóvão; desde o início da edificação que houve infiltrações de água, designadamente do lado confinante com o caminho-de-ferro. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes autónomas. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada ou em cantaria de granito aparente; placa de betão; embasamento, peitoris e cornijas em cantaria de granito; caixilharia e portas de madeira; vidros simples; grades em ferro; cobertura de telha. |
Bibliografia
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Documentação Gráfica
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Arquivo Municipal de Bragança |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Arquivo Municipal de Bragança |
Intervenção Realizada
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CMBragança: 1964 - substituição integral do telhado e beiral da casa do corregedor, aproveitando a telha para substituição de diversas peças partidas ou danificadas no telhado do tribunal e da residência do juiz de magistrados; reparação de algerozes; reparação de pequenas partes danificadas, com refechamento de fendas diversas e pintura geral; 1965 - limpeza geral e substituição de diversas telhas na casa do corregedor; picagem e colocação de novos rebocos, e pinturas nas paredes interior; demolição e reconstrução de tectos estucados; 1966 - pintura de portas exteriores, portadas de janelas, caixilharia exterior e portas interior, pelo empreiteiro Faria, Rodrigues & C.ª, Lda.; Junho - as obras estavam paradas há três meses por falta de pagamento; 1970, 27 Maio - Ministério da Justiça aceita construir garagem no logradouro da casa conforme pedido do corregedor; Junho - carta do Provedor da Câmara Municipal, Abílio Machado Leonardo, ao Ministro da Justiça solicitando subsídio para a Câmara de Bragança satisfazer os pedidos formulados pelos corregedores do círculo judicial e magistrados para serem substituídos os fogões a lenha das cozinhas por fogões a gás e montar esquentadores nos quartos de banho; solicita ainda reparações urgentes no mobiliário de uso corrente e substituição de grande parte da colchoaria dos leitos; 1972 - pintura em tinta plástica na casa do corregedor adjudicada a Armando Cristóvão, & Cª. Lda. |
Observações
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Autor e Data
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Paula Noé 2011 |
Actualização
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