Convento de Nossa Senhora de Jesus da Ordem Terceira de São Francisco / Academia das Ciências de Lisboa / Museu de Geologia
| IPA.00003202 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Misericórdia |
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Convento da Ordem Terceira de São Francisco, composto por igreja, zona conventual, vários anexos e uma cerca. O convento, desenvolvido em torno de um claustro, tem uma das alas prolongadas, desenvolvendo um novo corpo, por onde se processa a entrada no imóvel. Possui claustro maneirista, quadrangular e com as alas de dois pisos, rasgadas por arcos de volta perfeita, sustentados por pilares, encimados por terraço. Possui salas decoradas a estuque e com pinturas alegórias tardo-barrocas. Várias dependências mantêm vestígios de azulejo figurativo e de padrão joaninos. No claustro, com canteiros recortados, surgem azulejos de figura avulsa e uma cisterna central. Edifício muito alterado por sucessivas reconstruções, como é visível na alternância de vãos em arco abatido, em arco de volta perfeita e vãos rectilíneos, por vezes entaipados. O claustro, de estrutura maneirista, apresenta profundas alterações, com o entaipamento dos vãos do piso inferior e criação de um corpo na ala em terraço do superior. Destacam-se a existência de vários painéis de azulejo, a biblioteca ou Salão Nobre, cujas paredes servem de suporte às estantes de talha policroma, de tendência neoclássica e que albergam ainda parte do espólio da livraria do convento, incluindo uma galeria a todo o perímetro da sala servida por quatro escadas de caracol localizadas nos ângulos. Apresenta no tecto uma pintura de Pedro Alexandrino, representando as Ciências e as Virtudes. |
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Número IPA Antigo: PT031106220314 |
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Registo visualizado 8785 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino Ordem de São Francisco - Franciscanos Terceiros
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Descrição
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Edifício de planta quadrangular irregular, desenvolvido em torno de um pátio quadrado, o antigo claustro, evoluindo em três e quatro pisos, adaptando-se ao desnível do terreno. De volumetria articulada, é constituído por três alas de planta rectangular cobertas por telhados diferenciados a duas águas articuladas nos ângulos, sendo o braço N. prolongado no sentido E., com coberturas a duas e quatro águas com mansarda rasgada por 14 trapeiras, sendo a quadra fechada por uma estreita ala adossada ao corpo da igreja paroquial. Fachadas rebocadas e pintadas de bege, percorridas por soco de cantaria, com cunhais apilastrados de aparelho isódomo e remates em cornija e beirada simples. Fachada principal virada a N., de três pisos e dividido em três panos por duas ordens de pilastras toscanas, as superiores colossais. Possuem um tratamento semelhante dos vãos, rasgados regularmente, os do piso inferior de perfis alternados, rectilíneos e em arco abatido, com molduras simples e protegidos por grades metálicas. No pano intermédio, rasga-se o acesso ao imóvel, em arco abatido e moldura boleada, com fecho saliente, envolvido por moldura recortada. No segundo piso, existe uma alternância de janelas de peitoril e de sacada, estas rectilíneas, com guarda metálica vazada e remate em friso alto e cornija. No piso superior, janelas de peitoril com molduras recortadas e prolongando-se inferiormente, formando falsos brincos. O corpo reentrante e correspondente a uma das alas do pátio é rasgado no segundo piso por janelas de peitoril, surgindo no terceiro vestígios de vãos entaipados, de peitoril e de sacada. Fachada lateral esquerda virada a E. de três pisos, rasgado por vãos rectilíneos, de peitoril e de sacada no piso intermédio. Fachada posterior com o corpo do lado direito de três pisos e rasgado com janelas de peitoril nos pisos inferior e superior e de sacada no intermédio, surgindo, no extremo esquerdo, amplo vão em arco de volta perfeita. Perpendicularmente, desenvolve-se um corpo de quatro pisos, tendo, adossado, no extremo direito, um pequeno volume com cobertura a uma água e rasgado por vãos rectilíneos. No piso inferior, surgem janelas de peitoril ou janelas jacentes, adaptando-se ao declive do terreno, surgindo, no segundo piso, seis janelas de varandim com guarda metálica, encimadas por oito janelas de peitoril e uma janela de sacada no extremo direito. No piso superior, uma janela de sacada no extremo direito, mas desencontrada da anterior. A face S. deste corpo possui vários tipos de vãos, em arco de volta perfeita, abatidos e rectilíneos, com molduras recortadas e com várias sacadas. É seccionado por um corpo que permite criar um pequeno espaço restrito e protegido por portões metálicos, de acesso à antiga portaria do convento, com porta de verga recta e remate em frontão. Acede-se ao INTERIOR através de um vestíbulo de planta rectangular, a partir do qual se desenvolve a escada de acesso ao piso nobre, totalmente em cantaria, de dois lanços rectos paralelos, com patamar intermédio. O claustro é quadrangular, com a quadra pavimentada a lajeado, sendo ocupada por um jardim de quatro canteiros rectilíneos e sobrelevados, revestidos a azulejo de figura avulsa e figurativo em bicromia azul e branco, possuindo várias espécies arbóreas; os ângulos centrais são curvos, criando um espaço para a existência de uma cisterna cuja guarda é de pedra. Cada uma das alas tem, no primeiro piso, seis arcadas de volta perfeita em cantaria, sustentadas por pilares, que se prolongam superiormente, formando os acrotérios das guardas do piso superior, em metal. As arcadas encontram-se entaipadas, com acesso por portas de verga recta, ladeadas por janelas em arco de volta perfeita. As alas superiores encontram-se fechadas por corpo de uma água, rasgado regularmente por janelas de peitoril rectilíneas e de moldura simples. Sobre este, são visíveis aos vãos do piso superior, alguns entaipados, sendo visíveis janelas de sacada. Neste espaço, destacam-se a Sala das Sessões, o primitivo refeitório conventual, a denominada Sala de Pedra, cuja designação lhe advém do tipo de pavimento em lajeado a Sala da Biblioteca ou Salão Nobre, totalmente revestida com estantes de talha dourada e policroma, com galeria em redor de balaustrada contínua, com acesso por quatro escadas de caracol, nos quatro cantos do espaço rectangular. Possui pavimento em parquet e falsa abóbada de penetrações, com apainelados pintados e elementos em estuque, tendo, no espaço central, as Virtudes, rodeadas por grupos de anjos com atributos associados ao conhecimento. O antigo espaço ocupado pela Biblioteca Popular de Lisboa dispõe-se contiguamente ao claustro do edifício e é de planta rectangular, com sala de leitura de duplo pé direito, percorrida por silhar de azulejo de padrão em bicromia, azul e branco, e tecto em caixotões de madeira, formando losangos. No lado E., identifica-se motivo serliano em cantaria, vazado nos extremos por portas pelas quais se acede ao espaço descrito, enquanto o oposto exibe, ao nível do andar superior, três vãos com emolduramento em madeira e varandins em platibanda, suportados por mísulas em cantaria, sendo um dos extremos servido por escadaria em caracol. Observa-se ainda adjacente à sala de leitura e intercomunicante através de arco de volta perfeita em cantaria, um outro espaço complementar, destinado à mesma função. Este espaço corresponde a parte do claustro, parcialmente fechado. Os restantes espaços que complementavam a biblioteca e funcionavam como depósito de livros, caracterizam-se por áreas de planta rectangular ou quadrangular com tectos estucados, destacando-se os da sala de leitura da antiga Faculdade de Letras e respectiva sala de aulas, articulando-se por corredores ostentando silhares de azulejo de padrão. |
Acessos
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Rua da Academia das Ciências, n.º 19 - 19 A; Largo de Jesus |
Protecção
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Categoria: CIP - Conjunto de Interesse Público, Port. n.º 1176/2010 , DR, 2.ª Série, n.º 248, de 24 Dezembro 2010 / ZEP, Portaria n.º 398/2010, DR, 2.º série, n.º 112, de 11 junho 2010 *1 / Incluído na Zona Especial de Proteção do Liceu de Passos Manuel (v. IPA.00006461) |
Enquadramento
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Urbano, integrado na malha urbana e adossado a vários edifícios, implantado a meia encosta, em posição de destaque. A antiga cerca, a S., está ocupada hoje pelo Liceu Passos Manuel (v. PT031106220346). As frentes urbanas são constituídas a E. pelo palácio do Marquês de Pombal (v. PT031106280172), a O. pela Igreja Paroquial das Mercês (v. PT031106220058) e pelo Hospital de Jesus, a NE. pelo Palácio Ratton (v. PT031106220267) e a SO. pelo Palácio Mendia (v. PT031106220708). |
Descrição Complementar
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No lado direito do portal de acesso, lápide com a inscrição incisa "ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA". Na Sala das Sessões existem duas ordens de cadeirais para os académicos e um busto do Duque de Lafões, executado por Faustino José Rodrigues, segundo desenho de Joaquim Machado de Castro. |
Utilização Inicial
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Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
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Científica: centro de investigação / Cultural e recreativa: centro de conservação e divulgação documental / museu |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTOS: Joaquim de Oliveira (séc. 18); Jorge Almeida Segurado (1950-1951). ENTALHADORES: Baltazar dos Reis Couto (1714, 1718); Félix Adauto da Cunha (1725); Francisco Lopes (1671). FÁBRICA DE FAIANÇA: Real Fábrica de Fainça do Rato (séc. 19). MARCENEIRO: Arnaldo José da Costa (Fábrica de Móveis Aseta) (1951-1952). PEDREIRO: José Freire (1714, 1718, 1725). PINTOR - DOURADOR: Manuel Reis (1716). PINTORES: Marcos da Cruz (séc. 17); Pedro Alexandrino de Carvalho (séc. 18). |
Cronologia
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1582 - doação do terreno no sítio dos Cardais, onde existia uma ermida dedicada à Virgem Mãe de Deus aos padres descalços da Ordem Terceira de São Francisco; 1586 - licença para a construção de um convento concedida pelo papa Sisto V; 1595, abril - instalam-se no local de umas casas e cardal oferecido por Luís Rodrigues, iniciando-se a construção do novo complexo; 1598 - 1618 - aquisição de terrenos para a cerca; 1633 - falecimento do grande benfeitor da comunidade, o bispo D. João Manuel, deixando à Ordem 140$000; aplicados no juro do Real de Água da cidade de Lisboa; o prelado doou vários paramentos, alfaias, um missal iluminado e várias relíquias, expostas na capela-mor; na capela-mor, um túmulo dos pais e avós do bispo; 1640 - construção da enfermaria; 1675 - construção do dormitório; séc. 17, finais - construção da livraria; 1707 - conclusão da construção do edifício; 1714, 02 novembro - a Ordem Terceira de Jesus encomenda quatro Passos da Via Sacra para o claustro do Convento, aos entalhadores Baltazar dos Reis Couto, morador na Rua das Partilhas, e a José Freire, morador ao Moinho de Vento, na freguesia de Nossa Senhora da Encarnação (FERREIRA, vol. II, pp. 487 e 523); testamento do Capitão Manuel Ferreira Raimundo, irmão Terceiro, que pede para se fazer sepultar na Capela da Ordem (FERREIRA, vol. II, p. 487); 1720, 08 abril - obras no claustro; 1724, 28 abril - falecimento do entalhador Domingos da Costa Silva, sepultado no local (FERREIRA, vol. II, p. 495); 1725, 08 junho - contrato com José Freire para a execução de uma cisterna e caldeira de pedraria betumada no claustro (COUTINHO: 386); 1755, 1 novembro - grandes estragos causados pelo terramoto, tendo caído a parede do arco triunfal, que danificou a capela-mor e o retábulo; caíu o refeitório e o dormitório do lado S.; 1756, 20 janeiro - o teto da igreja cai completamente, arruinando o resto do edifício; séc. 18, meados - reconstrução do convento por Joaquim de Oliveira; 1777 - construção da biblioteca do convento, paga por Frei Manuel do Cenáculo; 1779 - fundação da Academia das Ciências pelo Duque de Lafões, D. João Carlos de Bragança e Sousa Tavares Mascarenhas da Silva Ligne, com o beneplácito da rainha D. Maria I, com a ajuda do Abade Correia da Serra, naturalista reputado no estrangeiro, tendo sido criada com duas classes, uma de Ciências e outra de Belas Letras; 1779 - D. Maria I aprova os estatutos da Academia de Ciências de Lisboa; 1780 - a Academia reuniu pela primeira vez , no Palácio das Necessidades; 1780 - funciona uma tipografia na zona baixa do convento; 1783 - a Rainha declarou-se protectora da Academia, que desta forma teve o título de Real Academia; séc. 18, finais - reconstrução da enfermaria; pintura do tecto da biblioteca por Pedro Alexandrino de Carvalho; 1804 - os franciscanos acharam a biblioteca demasiado sumptuosa e doaram-na à cidade; 1833 - transferência definitiva para o actual edifício *2; 1834 - saída da comunidade franciscana, em sequência da expulsão das ordens religiosas; 26 e 27 outubro - decretos fizeram a doação do edifício à Academia, para seu perpétuo estabelecimento, incluindo-se na doação a livraria, Museu de História Natural e de Artefactos e a galeria de pinturas; 1836 - o Ministério do Reino incumbiu esta instituição de instalar um jardim botânico na cerca conventual; séc. 19, meados da década de 30 - a Academia empenhou-se na plantação de oliveiras por todo o país; criação de uma aula de Zoologia, criada pelo Padre Mayne; execução dos bustos para a sala da biblioteca, pela Real Fábrica de Faiança do Rato; 1838 - instalação em parte das dependências conventuais do Gabinete de História Natural; 1851 - tinha duas classes autónomas e com a publicação dos seus próprios boletins - Letras e Ciências; 1858 - a pedido de D. Pedro V a Academia cede o segundo andar e algumas dependências do primeiro à Comissão Geológica; 1859 - instalação do Curso Superior de Letras (depois de 1910, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) na ala O. do edifício *3; 1859 - 1891 - novas cedências de espaço para o Curso Superior de Letras (claustro, 2 salas do r/c e compartimentos no 1º andar); 1891, 27 janeiro - decreto onde a Academia aceita a cedência de instalações sob a condição de reverterem de novo ao serviço da Academia logo que possível; 1895 - funcionamento do Parlamento na biblioteca da Academia das Ciências, devido ao incêndio que se registara no palácio de São Bento; 1903 - construção do Liceu Passos Manuel na antiga cerca do convento; 1910 - 1911 - extinção da tipografia da Academia das Ciências, que funcionava na cave do edifício, transitando materiais e pessoal para a Imprensa Nacional; transferência definitiva do Liceu Passos Manuel para as novas instalações; 1950 - Almeida Segurado fez um estudo para obras de beneficiação da Faculdade de Letras, que incluía o arranjo do acesso ao 1.º andar, da Sala dos Professores e da Sala de Actos Grande, tendo estas obras terminado no final de 1951; 1950 - de acordo com um estudo de Luís Benavente, fez-se a decoração e o mobiliário da Sala de Actos Grandes, que incluia um estrado central com dois degraus, dois estrados laterais com um degrau, uma cadeira de braços e de costas altas, quatro cadeiras sem braços, uma mesa para o júri, duas cadeiras de nove lugares para os lentes, duas teias, uma mesa para o arguente, um banco para a mesa e dezasseis bancos para os assistentes; este mobiliário seria de modelo clássico historicista; 1951 - 1952 - a empreitada de construção de mobiliário foi entregue a Arnaldo José da Costa (Fábrica de Móveis Aseta); 1957 - a Faculdade de Letras de Lisboa funciona, até esta data, numa ala do edifício; passou a ser ocupado pela Biblioteca Popular; 1964 - a Faculdade de Letras deixa de estar instalada no imóvel; 1994, maio - proposta de classificação; 2001 - encerramento da Biblioteca Popular, obrigando a uma reestruturação funcional; 2002, Junho - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN; 2005, 29 setembro - proposta de fixação de Zona Especial de Proteção da Igreja pela DRCLVTejo; 2009 - Despacho de homologação da Zona Especial de Proteção pela Ministra da Cultura; 2011, 20 maio - Declaração de retificação ao teor do diploma de fixação de Zona Especial de Proteção, n.º 874/2011, DR, 2.ª Série, n.º 98. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes, pavimentos em estrutura de madeira, estrutura metálica na cobertura. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria mista, rebocada e pintada; socos, cunhais, cornijas, pavimentos, pilares, pilastras em cantaria de calcário; elementos em mármore; paredes e tectos com estuques pintados; painéis de azulejo; caixilharias, portas, estantes e coberturas de madeira, com elementos pintados e dourados; guardas em ferro forjado e ferro fundido. |
Bibliografia
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AAVV, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; AIRES, Cristóvão, Para a História da Academia das Ciências de Lisboa, Coimbra, 1927; Academia das Ciências de Lisboa - Saber, pó e penúria, in Jornal de Letras Artes e Ideias, 05 Março 2003; ANDRADE, Manuel Ferreira de, Do Convento de Nossa senhora de Jesus, Lisboa, 1946; ALMEIDA, D. Fernando de, (coord. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa - Tomo 2, Lisboa, 1975; ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Livro 5, Lisboa, s.d.; ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Vol. 1, Fasc. 11, Lisboa, 1956; BERGER, Francisco José Gentil, Lisboa e os Arquitectos de D. João V, Lisboa, 1994; CAEIRO, Baltasar Matos, Os Conventos de Lisboa, Lisboa, 1989; CARVALHO, Ana Patrícia de, A Academia das Ciências de Lisboa: plano director, in Monumentos nº 18, DGEMN, Lisboa, Março 2003, pp 139 - 141; CARVALHO, Ayres de, "Documentário Artístico do Primeiro Quartel de Setecentos, Exarado nas Notas dos Tabeliães de Lisboa", in Separata da Revista Bracara Augusta, vol. XXVII, fasc. 63 (75), 1973, p. 46 e 58, 70; COUTINHO, Maria João Fontes Pereira, A produção portuguesa de obras de embutidos de pedraria policroma (1670-1720). Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2010, 3 vols.; FERREIRA, Sílvia Maria Cabrita Nogueira Amaral da Silva, A Talha Barroca de Lisboa (1670-1720). Os Artistas e as Obras, Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2009, 3 vols.; LIMA, Durval Pires de, História dos Mosteiros, Conventos e Casas Religiosas de Lisboa, Lisboa, 1972; MACEDO, Luís Pastor de, Lisboa de Lés a Lés, Lisboa, 1943; MACEDO, Luís Pastor de, Lisboa de Lés-a-Lés, 3ª ed., Vol. I, Lisboa, 1981 (1ª ed. 1939); Monumentos, n.º 5 a n.º 6, n.º 10 a n.º 13, n.º 15-23, Lisboa, DGEMN, 1996-1997, 1999-2005; Mosteiros, Conventos e Casas Religiosas de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1972, vol. II; OLIVEIRA, E. Freire de, Elementos para a História do Município de Lisboa, Lisboa, 1942; PEREIRA, Esteves, RODRIGUES, Guilherme, Portugal Dicionário, Vol. III, Lisboa, 1905-1911; PEREIRA, Luis Gonzaga, Monumentos Sacros de Lisboa em 1833, Lisboa, 1927; PORTUGAL, Fernando e MATOS, Alfredo de, Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa, Lisboa, 1974; PROENÇA, Raul, Guia de Portugal, Lisboa, 1927; REIS, Vítor Manuel Guerra dos - O Rapto do Observador: invenção, representação e percepção do espaço celestial na pintura de tectos em Portugal no século XVIII. Lisboa: s.n., 2006. Texto policopiado. Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2 vols.; SANTANA, Francisco, A Freguesia de Nossa Senhora das Mercês no Tempo de Pombal, in Revista Municipal, nº 120 / 121, Lisboa, 1º e 2º trimestres 1969; SANTOS, Reynaldo dos, A Pintura de Tectos no séc. XVIII em Portugal, Lisboa, 1962; SILVA, A. Vieira da, As Freguesias de Lisboa, Lisboa, 1943; SILVA, A. Vieira da, Plantas Topográficas de Lisboa, Lisboa, 1950; SOUSA, Francisco L. Pereira de, Effeitos do Terramoto de 1755, Lisboa, 1909. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco, DGEMN/DRMLisboa, DGEMN/DRELisboa/DIE/DRC, DGEMN/DSARH, DGEMN/DSPI/CAM; AHMOP: Desenho nº 79 B. |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco, DGEMN/DSARH |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco, DGEMN/DRELisboa, DGEMN/CAM-0335/13 e 14; CML: Arquivo de Obras (Processo n.º 11.461; DGARQ/TT: AHMF (cx. 22626, processo 209) |
Intervenção Realizada
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DGEMN - 1986 / 1987 - beneficiação de cobertura e terraço; 1993 - sistema de difusão sonora e de iluminação do Salão Nobre; 1994 / 1995 / 1996 / 1997 - beneficiação da rede de esgotos pluviais do claustro; calcetamento e iluminação do logradouro; consolidação do muro e execução de gradeamento; alargamento de portões; beneficiação parcial de fachadas, coberturas do tecto do salão nobre e caixilharia; instalação de detecção e alarme automático de incêndios; 1998 - beneficiação geral das instalações sanitárias no 1º andar; beneficiação das coberturas que confinam com a zona do claustro; construção de arruamentos, muros de suporte e canteiros no logradouro; remodelação dos 2 portões de acesso; 1997 - conclusão da intervenção nas caixilharias; 1998 / 1999 - conclusão das coberturas e remodelação das instalações sanitárias; 1999 / 2000 - beneficiação de fachadas da Biblioteca Popular e caixilharias do claustro; remodelação das dependências do Instituto Geológico; 2001 - recuperação da ala sul e oeste do claustro do Convento de Jesus; instalação do laboratório de conservação e restauro de documentos gráficos; reparação em coberturas e algerozes; 2002 - beneficiação das coberturas no edifício do Convento; 2002 / 2003 - beneficiação da fachada virada à Rua da Academia das Ciências; beneficiação de salas no segundo piso; arranjo do claustro; arranjo das coberturas e adaptação das alas do claustro a zonas de vendas ao público, salas de leitura e zonas sociais; 2003 / 2004 - beneficiação das coberturas; 2004 - projecto de beneficiação da capela; 2004 / 2005- beneficiação do claustro e colocação de envidraçados no claustro S.. |
Observações
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*1 - classificado como um conjunto de que fazem parte: o Antigo Convento de Nossa Senhora de Jesus e restos da cerca conventual, incluindo a Igreja de Nosso Senhor de Jesus, a Academia das Ciências, o Museu Geológico, a Capela da Ordem Terceira de Nosso Senhor de Jesus e o Hospital de Jesus. Zona Especial de Proteção Conjunta do Bairro Alto e Imóveis Classificados na sua Área Envolvente. *2 - após a fundação da Academia, esta funcionou no Palácio das Necessidades (v. PT031106260127), daí passou para o Poço Novo, depois para o Palácio do Monteiro Mor, onde ficou até 1800; daqui foi para outras instalações do Largo do Calhariz; em 1823, foi posta no edifício do Colégio dos Monges Beneditinos na Estrela (v. PT0311061700623) passou ainda pelo Palácio do Conde de Lumiares, no Passeio Público. *3 - durante a estadia da Faculdade de Letras de Lisboa no edifício, o claustro foi dividido em vários compartimentos por meio de tabiques, nos quais funcionavam a secretaria, os laboratórios, algumas aulas e o gabinete do director. |
Autor e Data
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Luísa Cortesão e Ângelo Silveira 1994 / Teresa Vale e Carlos Gomes 1995 |
Actualização
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Margarida Elias 2011 / Margarida Elias (Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD-FA/UTL)) 2011 |
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