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Edifício e estrutura Estrutura Comemorativo Memória
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Descrição
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A pedra de Dighton é um bloco de arenito feldspático, com cerca de 40 toneladas de peso, formando um paralelepípedo com seis faces irregulares, medindo cerca de 1,5 m de altura, 2,9 m de largura e 3,4 m de comprimento. O arenito que constitui o bloco é de cor castanho-acinzentada, com grandes fenocristais, apresentando uma textura grosseira. A face inscrita apresenta forma trapezoidal; as inscrições foram feitas com um instrumento cortante, de metal ou rocha de grande dureza, e têm de profundidade entre 2 e os 7 mm. Parte da superfície da inscrição sofreu abrasão pelo gelo, ciclos térmicos, a meteorização e vandalismo.
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Acessos
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Dighton Rock Rd, Berkley |
Protecção
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Enquadramento
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Urbano, no interior do pequeno museu criado no Dighton Rock State Park, o qual ocupa uma área de quase 100 acres (aproximadamente 400,000 m²), com zonas ajardinadas, de recreação e lazer. O museu é constituído por dois pequenos edifícios de planta octogonal, um contendo a Pedra de Dighton, protegida por um vidro, e o outro expondo uma pequena colecção de artefactos relacionados com a navegação portuguesa e com os povos aborígenes locais. |
Descrição Complementar
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Segundo a interpretação de Delabarre, a inscrição reza: MIGUEL CORTEREAL v[oluntate] DEI hic DUX IND[iorum] 1511, que traduzido para português significaria: MIGUEL CORTE-REAL pela vontade de Deus chefe dos índios 1511. A interpretação apoia-se ainda na existência de formas que lembram cruzes de Cristo e o escudete português. |
Utilização Inicial
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Comemorativa: memória |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública:estatal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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O bloco terá sido depositado na zona durante a última glaciação há cerca de 13 000 anos; enquanto permanecia no leito do estuário do rio Tauton, em Berkley (em tempos parte da vila de Dighton), Massachusetts, a face inscrita estava virada a noroeste, com uma inclinação de aproximadamente 39º em relação à vertical; 1680 - data das primeiras descrições conhecidas das inscrições na rocha, quando o reverendo John Danforth as copiou e enviou para Londres numa tentativa de obter a sua interpretação; 1829, desde - existiam planos para remover a rocha do interior do estuário e colocá-la num museu, tendo sido proposta a sua deslocação para Boston, Fall River e até para a Dinamarca; 1830 - elaboração de estudo sob os auspícios da Rhode Island Historical Society, dando origem a uma nova onda de explicações e interpretações; 1918 - tendo Edmund Delabarre descoberto a data "1511" na inscrição, o mesmo elabora investigação sobre os eventuais visitantes europeus que pudessem ter estado na Nova Inglaterra por aquela época; dessa investigação resultou a descoberta que, por volta do ano de 1500, os irmãos Corte-Real, saídos da ilha terceira, nos Açores, tinham desaparecido durante as viagens de exploração no Atlântico noroeste; 1952, Novembro - a Miguel Corte Real Memorial Society, da cidade de New York, adquire 49,5 acres (aproximadamente 200 000 m²) de terra na zona adjacente à Pedra de Dighton com o objectivo de criar um parque em memória dos Corte Real; 1954 - não sendo pacífica a apropriação pela comunidade portuguesa do simbolismo da pedra, o Estado de Massachusetts expropria a parcela de terreno e cria um parque estatal; posteriormente adquire-se mais terra; 1955 - data da primeira tentativa de remoção, a qual foi interrompida por ordem judicial devido a ter-se detectado que os cabos usados na operação estavam a danificar a rocha; 1963 - Depois de um estudo que determinou que a Pedra de Dighton era um calhau solto e não um afloramento rochoso, o Massachusetts Department of Natural Resources construiu uma protecção e elevou a rocha cerca de 3,4 m acima da sua posição inicial, deixando-a fora do alcance das águas da maré. A rocha permaneceu nessa plataforma, protegida por arame farpado durante alguns anos; 1973 - remoção da rocha do rio e classificação como objecto protegido pelo Estado de Massachusetts, sendo recolhida num pequeno museu criado no Dighton Rock State Park. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bloco de arenito feldspático. |
Bibliografia
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_de_Dighton, Abril 2011. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO. *1 - Ao longo dos últimos 350 anos a inscrição do afloramento rochoso tem suscitado diferentes interpretações, sendo a sua origem e significado objecto de longas polémicas, a que não estão alheios os nacionalismos e preconceitos étnicos que entretanto se foram gerando e desfazendo. As teorias mais geralmente aceites atribuem a origem das inscrições aos seguintes povos: 1) populações aborígenes norte-americanas, ou seja, os índios das tribos Narragansett e outros povos algonquianos; 2) navegadores fenícios que teriam atingido a costa norte-americana, sendo esta a mais antiga das teorias de uma origem não aborígene; 3) navegadores vikings, de acordo com uma teoria proposta em 1837 por Carl Cristian Rafn; 4) navegadores portugueses, nomeadamente a Miguel Corte Real, de acordo com uma teoria postulada em 1918 por Edmund B. Delabarre e posteriormente defendida numa obra do mesmo autor publicada em 1929. *2 - O Professor Edmund Delabarre, pela leitura e interpretação da inscrição, foi celebrado pelo Estado Novo e pelo nacionalismo português como um verdadeiro herói, sendo condecorado em 1926. Uma cópia da Pedra de Dighton está patente no Museu da Marinha, em Lisboa. Muito por influência de Manuel Luciano da Silva, um médico de origem portuguesa (natural de Vale de Cambra), tem sido mantida uma vigorosa campanha visando o reconhecimento e a divulgação da teoria portuguesa da origem dos desenhos de Dighton. |
Autor e Data
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Manuel Freitas (Contribuinte externo) 2011 |
Actualização
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