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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Casa abastada
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Descrição
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Planta composta irregular. Volumes articulados, 3 corpos. Cobertura em telhado, diferenciada, variando o nº de águas. A disposição do conjunto evidência uma certa horizontalidade. Cave e 2 pisos. Fenestração irregular e variada nas fachadas principais, sendo regular e idêntica nas laterais e posteriores. Corpo central: 1º piso - 4 janelas de vão rectangular; 2º piso - ampla janela de sacada sobre mísulas, com guarda de ferro. Todo o vão é preenchido por uma quadrícula de ferro e vidro. Verga curva saliente com 3 aduelas ressaltadas e encimada por uma espécie de bloco rectangular coroado por entablamento. Nos pés direitos desta janela, a meio, adossam-se 3 pequenas mísulas que suportam pilastra coroada por 1/2 círculo, acima da verga da janela. Corpo lateral esquerdo, recuado: 1º piso - escadaria de acesso à porta principal, de vão rectangular; 2º piso - 4 pequenas janelas, geminadas, inscritas em arcos abatidos, com pedra de peito comum. Mísulas sustentam cornija e beiral saliente. Corpo lateral direito, ligeiramente avançado: 1º piso - janela de peito de verga curva em cantaria com aduela ressaltada, servindo de mísula à janela do piso superior; 2º piso - janela inscrita em arco pleno. Dentro do seu vão desenvolve-se um outro arco pleno, assente em 2 colunelos, entre as bases destes, uma guarda de ferro. Este corpo termina em empena com moldura robusta e aduela em ressalto. |
Acessos
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Avenida Cinco de Outubro, n.º 6 - 8; Rua Pinheiro Chagas. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,732552, long.: -9,146449 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982 |
Enquadramento
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Urbano. Edifício de gaveto, isolado, com espaços ajardinados e muro à volta. Implantação harmónica. Nas proximidades da Maternidade Dr. Alfredo da Costa. |
Descrição Complementar
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Um friso de azulejos marca a passagem do 1º para o 2º piso, vários registos correm as fachadas, uns figurativos outros florais, predomínio do azul e branco, havendo alguns com o fundo em amarelo. No corpo central, e a coroá-lo um friso de azulejos com o fundo amarelo e em letras brancas - " PROARTE". Nafachada lateral direita possui um painel de 45 azulejos com a seguinte inscrição ladeada de cercadura artistica: " CASA MALHOA / PREMIO VALMOR / 1905 / ARCHITECTO NORTE JUNIOR". Esta é a única placa de azulejos que se conhece a assinalar o Prémio Valmor. No seu interior, o museu, o mobiliário e as peças decorativas estão dispostas como numa casa particular. De todo o deu espólio destaca-se o mobiliário do séc. 17 e 18, quadros da escola naturalista portuguesa e a colecção de porcelana chinesa. É de realçar, também, no 2º piso, no espaço que era utilizado como atelier, uma janela com uma fabulosa vidraça com decoração vegetalista Arte Nova composta por orquídeas, beija-flores, etc. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: casa-museu |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DGPC, Decreto-Lei n.º 114/2012, DR, 1.ª série, n.º 102 de 25 maio 2012 |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Manuel Joaquim Norte Júnior (1904). CONSTRUTOR: Frederico Augusto Ribeiro. |
Cronologia
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1904 - pedido de José Victor Branco Malhoa à CML de autorização uma construção destinada a sua residência e atelier, conforme projecto de Manuel Joaquim Norte Júnior (1878-1962); 1905 - ganha o Prémio Valmor, sendo o juri formado por José Luís Monteiro (CML), José Alexandre Soares (ARBA) e Arnaldo Redondo Adães Bermudes (SPA); 1919- Malhoa mudou-se para a Praça da Alegria, tornando-se a casa propriedade do Dr. Anastácio Gonçalves, oftalmologista e grande coleccionador de obras de arte; 1965 - é deixada em testamento ao Estado, a casa e todo o seu recheio, para que se criasse um museu semelhante ao de Soane, em Londres; 1967 - foi feita a entrega do legado ao Estado; 1971 - foi nomeada uma comissão para inventariação e selecção das peças; 1980 - abertura do Museu ao público; 1991, 09 agosto - o museu é afeto ao Instituto Português de Museus, Decreto-Lei n.º 278/91, DR, 1.ª série-A; 1996 - anexada moradia contígua, também do arquitecto Norte Júnior, para ampliação com uma zona para loja, cafetaria e espaços de exposições temporárias; 2007, 29 março - o imóvel é afeto ao Instituto dos Museus e Conservação, I.P. pelo Decreto-Lei n.º 97/2007, DR, 1.ª série, n.º 63. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria, cantaria, ferro, madeira, vidro, azulejo e telha. |
Bibliografia
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Construção Moderna, nº 157, Ano V, 1905. Architectura Portuguesa, Ano II, nº 2, Fevereiro, 1909. Annuarioda Sociedade dos Arquitectos Portugueses, Ano II, 1906. BAIRRADA,Eduardo Martins, Prémio Valmor 1902 - 1952, Lisboa, 1988. Revista Máxima, Agosto 1990; http://arqpapel.fa.utl.pt/jumpbox/node/74?proj=Casa+Jos%C3%A9+Malhoa+-+Museu+Dr.+Anast%C3%A1cio+Gon%C3%A7alves, 12 Setembro 2011. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa, DGEMN/Arquivo Pessoal de Frederico George |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; CML: Direcção dos Serviços Centrais e Culturais, 5ª Repartição: Processo de Obras nº 45778 |
Intervenção Realizada
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CML: 1914 - abertura de um vão de porta interior e transformação de um outro em bandeira; abertura de dois vãos de janela (r/c. e 1º andar); construção de tabique no r/c.; 1932 - obras de beneficiação periódica; 1940 - pinturas e obras de conservação; 1949 / 1950 - beneficiação periódica; 1972 - obras de remodelação sem licença; DGEMN: 1971 - obras de conservação nas coberturas; 1979 - obras de reparação e conservação; 1980 - diversos trabalhos; benfeitorias urgentes; 1983 - instalação eléctrica; 1985 - obras de demolição; 1986 / 1987 - ampliação da Casa-Museu, obras de reconstrução do anexo; trabalhos complementares; 1989 - obras de ampliação, instalação eléctrica, 1ª fase, trabalhos complementares; 1990 - obras de ampliação, instalação eléctrica. |
Observações
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Autor e Data
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João Silva 1992 |
Actualização
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