Palácio do Ramalhão / Paço Real do Ramalhão / Colégio de São José das Irmãs Dominicanas Portuguesas
| IPA.00003056 |
Portugal, Lisboa, Sintra, União das freguesias de Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) |
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Arquitectura residencial, barroca e neoclássica. Embora de origem mais remota, o actual palácio, de finais de 18, planimetricamente irregular, integra-se no período barroco, revelando contudo certos traços neoclássicos provenientes certamente das obras ali efectuadas por D. Carlota Joaquina. É 1 construção de carácter austero, 1 tanto fria, de 2 reg. separados por friso, com platibanda decorada com motivos geométricos, escondendo grande parte dos telhados, por vezes ritmada por pilastras de cor diferente. 2 fachadas de maior interesse: a SE, onde colunata apoia varanda e platibanda simples realça aquela zona central, desenvolvendo-se abaixo da mesma, longitudinalmente, tanque e arcada de embrechados, ambos tão queridos do barroco; e a do pátio onde se rasga pórtico, enquadrado por estrutura de cantaria e com motivos decorativos e heráldicos já neoclássico, assim como é a decoração da platibanda e as pinturas interiores. A escadaria desenvolve-se no interior, em leque e com 2 braços. As pinturas das 2 salas. |
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Número IPA Antigo: PT031111120043 |
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Registo visualizado 1305 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Residencial senhorial Paço real
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Descrição
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Edifício de planta irregular, com a fachada SE mais alargada, desenvolvendo-se a volta de pátio descoberto, ao qual dá acesso túnel criado para pavilhão encimado por torre sineira, coroado de fogaréus e telhado piramidal. Fronteiro a este, pórtico de entrada enquadrado por estrutura de cantaria, encimado por molduras côncavas com grinaldas e, ao centro, as armas reais. Alçados de 2 reg., separados por frisos de cantaria, no 1º com janelas baixas ou arcada (caso dos 2 corpos junto ao pavilhão) e no 2º janelas de guilhotina. Coroa-os platibanda com almofadas decoradas com motivos geométricos. A fachada SE, abaixo da qual se prolonga num plano mais baixo tanque interrompido ao meio por escadaria dando para arcada de embrechados e quinta, é enriquecida centralmente por colunata suportando varanda com balaustrada de ferro do 1º reg. No interior, as salas possuem lambril de estuque pintado imitando mármore, frisos com motivos florais ou geométricos, destacando-se "Sala da Floresta"e a que antecede, ambas todas pintadas com paisagens e aves *2. |
Acessos
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EN 249, ao Km 17, em Ranholas. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,786137; long.: -9,373151 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 2/96, DR, 1.ª série-B, n.º 56 de 06 março 1996 *1 |
Enquadramento
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Urbano, implanta-se na bifurcação das estradas Lisboa / Sintra e Cascais / Sintra, sobre a qual passa o aqueduto. Estabelece ligação com a Quinta de cima, fronteira ao portão principal, por ponte sobre arco em asa de cesto, apoiada nos altos muros que rodeiam a quinta do Ramalhão. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: paço real |
Utilização Actual
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Educativa: colégio |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1470, 17 Dezembro - D. Afonso V deu de aforamento ao almoxarife de Sintra, Diogo Gomes, terras onde estradas para Lisboa e Cascais bifurcavam; 1512 - o domínio directo do prédio pertencia Hospital de Santo Espírito e Gafaria de Sintra; o qual é descrito em inventário (1517 - 1520); 1585 - Santa Casa da Misericórdia renova emprazamento do casal do Ramalhão; 1658 - a então possuidora, Maria Craveira vendeu a Jorge Dias Brandão o domínio útil da propriedade; 1680 - António de Sousa arrematou a quinta; 1709 - vendida a Luís Garcia Bivar, iniciando-se obras na casa; 1712 e 1740 - o filho compra terras confinantes; 1744 - pede autorização ao rei para fazer aqueduto; 1748 - concluídas as obras na casa que lhe deram feição longitudinal; 1764 - obras devido aos efeitos do terramoto de 1755, 1768 - vendida em hasta pública a Mª da Encarnação Correia; 1771 - manda colocar quadro azulejos no exterior da capela com Nossa Senhora Conceição e São Brás; 1788 - quinta emprestada a William Beckford, que mobilou salas *1. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Estrutura de alvenaria rebocada e cantaria; pinturas azulejos, estuques e embrechados na decoração; cobertura de telha, de 4 águas e de mansarda em alguns corpos. |
Bibliografia
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ROSADO, João Roberto, O Paço do Ramalhão in Ecos de Sintra, Ano XI - XII, nº 470, 1946, p. 3; BRIDGE, Ann, LOWNDES, Susan, The Selective Traveller in Portugal, London, 1949; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano, Monumentos e Edifícios Notáveis do distrito de Lisboa, Lx, 1963; COSTA, Francisco, Beckford em Sintra no Verão de 1787 - História da Quinta e Palácio do Ramalhão, Sintra, 1982. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Palácio e Quinta do Ramalhão, também denominado « Paço Real do Ramalhão» (actualmente Colégio de São José das Irmãs Dominicanas Portuguesas). *2 - as pinturas da "Sala da Floresta" e da sala anexa não existiam ainda em 1788, devendo por isso ter sido mandadas executar por D. Carlota Joaquina. |
Autor e Data
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Paula Noé 1991 |
Actualização
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