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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Chafariz / Fonte Chafariz / Fonte Tipo nicho
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Descrição
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Fonte que associa o espaldar a uma organização volumétrica em forma de templete. Com o espaldar liso adossado ao muro e orientado a NO. apresenta planta quadrada definida por sete colunas toscanas que suportam a cobertura. As colunas assentam sobre plintos almofadados, dois dos quais decorados com cartelas, uma datada de 1589 e outra com a inscrição DEVS AJVDAME. Sobre as colunas desenvolve-se um entablamento alto com dois frisos lisos e arquitrave de grandes dimensões, ornamentado nos quatro ângulos por gárgulas tubulares. No lado exterior a cobertura é piramidal com ornatos curvilíneos, rematados por pequenas volutas, que se unem numa peanha vazia colocada no vértice. Internamente possui abóbada em cúpula semiesférica, mas desprovida de trompas, apenas incluindo um friso circular com cantoneiras. O espaldar possui duas bicas, resumidas ao orifício e encimadas pela pedra com as armas reais. O tanque rectangular encontra-se quase enterrado no solo, sendo o acesso feito através de um pequeno lanço de degraus lançado ao nível dos plintos da colunata. |
Acessos
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Campo da Fonte Nova |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Periurbano. Localiza-se na zona inferior de um terreno arborizado e declivoso, também utilizado para a realização da feira e que fazia parte do antigo Campo da Vila. Desenvolve-se segundo um pequeno recinto murado e gradeado, com alguns bancos adossados, situado um pouco abaixo do nível do caminho público. Quase colidindo com este recinto ergue-se o muro do edifício do Centro de Saúde. Na proximidade, em cota alta e junto à EN 226, ergue-se o Convento de Santo António (v. PT020913170026) e a Capela de Santa Eufémia *1. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: chafariz |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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João Durão (atr.) |
Cronologia
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1589 - construção da fonte, conforme data que se encontra epigrafada numa das colunas; a atribuição a João Durão ou Dorão apoia-se no facto da fonte anteriormente ser conhecida também por essa designação; a tradição refere que se tratava da figura antes existente no coroamento; terá sido uma obra régia devido à presença da pedra de armas; 1683 - obras de beneficiação promovidas pela câmara: conserto dos canos, tanque e juntas da pedra; 1732 - nas memórias paroquiais destaca-se a "admiravel fabrica" da fonte e a falta de qualidade da água, apesar da nascente ter origem no Rio Távora; já nesta época eram mencionados os bancos para tomar fresco. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Granito, cantaria |
Bibliografia
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BARBOSA, Inácio de Vilhena, As Cidades e Vilas da Monarchia Portugueza, Lisboa, 1860, LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; CAMPOS, Norberto de, Monografia de Trancoso, in Almanach e Annuario de Trancoso, 1916, pp. 89- 91 e 1917, pp. 101 - 107; MOREIRA, David Bruno Soares, Terras de Trancoso, Porto, 1932; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa, s.d., vol. 32, pp. 461-481; ALMEIDA, José António Ferreira dir., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; TEIXEIRA, Irene Avilez, Trancoso, Terra de Sonho e Maravilha, Trancoso, 1982; DIONÍSIO, Sant'Anna, Guia de Portugal, 2ª ed., Lisboa, 1984; CORREIA, Joaquim Manuel Lopes, Trancoso (Notas para uma Monografia), 2ª ed., Trancoso, 1989; Plano de Salvaguarda do Centro Histórico de Trancoso - Gabinete Técnico Local, Trancoso, 1991. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Arquivo da Câmara Municipal de Trancoso |
Intervenção Realizada
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Câmara Municipal de Trancoso: 1988 - obras de limpeza e consolidação. |
Observações
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*1 - Na proximidade existiu antes um chafariz com lavadouros (TEIXEIRA, 1982). *2 - Actualmente a fonte não é utilizada devido à má qualidade da água e ao estado degradado do recinto. *3 - Necessita limpeza da vegetação parasitária. *4 - A zona do tanque e bicas, assim como o pavimento e todo o recinto envolvente encontram-se parcialmente soterrados. * 5 - Os motivos decorativos da cobertura, mas sobretudo as cartelas, encontram-se quase encobertas. |
Autor e Data
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Margarida Tavares 1998 |
Actualização
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