Ponte de Sequeiros
| IPA.00002958 |
Portugal, Guarda, Sabugal, União das freguesias de Seixo do Côa e Vale Longo |
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Ponte de arco fortificada, medieval, com tabuleiro rampante sobre arcos de volta perfeita, dois talhamares, pavimento lajeado, com continuidade em calçada, guardas em cantaria, e com torre de planta quadrada a E. rasgada por porta de vão em arco de volta perfeita. O tabuleiro assenta em três arcos de volta perfeita, sendo o central mais largo e alto, ladeados por talhamares e talhantes, estes últimos com zona superior sem função estrutural. Construída na área do mais importante centro do poder régio da zona sul do Côa, onde o rio fazia a fronteira entre três vilas leonesas e duas portuguesas, a ponte de Sequeiros, já com a sua estrutura incompleta, funcionava como marcação de portagem e, possivelmente, dispositivo militar. Juntamente com a ponte de Ucanha (v. PT011820080001), constitui uma das pontes fortificadas existentes actualmente no país. Ponte de arco fortificada, medieval, com tabuleiro rampante sobre arcos de volta perfeita, dois talhamares, pavimento lajeado, com continuidade em calçada, guardas em cantaria, e com torre de planta quadrada a E. rasgada por porta de vão em arco de volta perfeita. O tabuleiro assenta em três arcos de volta perfeita, sendo o central mais largo e alto, ladeados por talhamares e talhantes, estes últimos com zona superior sem função estrutural. |
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Número IPA Antigo: PT020911370009 |
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Registo visualizado 2311 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Ponte / Viaduto Ponte pedonal / rodoviária com torre-portagem Tipo arco
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Descrição
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Tabuleiro rampante assente sobre três arcos de volta perfeita, de aduelas estreitas, sendo o central maior e mais alto, tendo na base de cada um dos arcos os buracos para apoio dos agulheiros; são intercalados por dois talhamares, de secção triangular a montante e dois talhantes de secção triangular, mas com degraus rectangulares escalonados, os quais superiormente não têm função estrutural, a jusante. No lado E. do tabuleiro, antes do nascimento dos arcos, ergue-se torre de planta quadrada, com muros incompletos e sem cobertura, com vão em arco de volta perfeita de ambos os lados, de aduelas largas. Pavimento em lajeado de granito, com os blocos de maior dimensão dispostos longitudinalmente, tendo continuidade em calçada, e com a zona central mais rebaixada e coberta de saibro; guardas compostas com lajes também de granito. |
Acessos
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Nas proximidades de Vale Longo, no sítio da ponte de Sequeiros perto da Regada dos Fourais |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 38 491, DG, 1ª série, nº 230 de 06 novembro 1951 |
Enquadramento
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Rural, isolado, lançada sobre o rio Côa, assente directamente em grandes afloramentos graníticos, em zona paisagística declivosa, rodeado por eucaliptos, carvalhos, freixos e amieiros, situada a relativa distância do aglomerado urbano. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: ponte |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 15 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 14 - a demarcação entre os reinos de Portugal e de Castela fazia-se pelo rio Côa; 1447 - construção da ponte de Sequeiros atravessando o rio Côa entre Pinhel e Castelo Rodrigo, com caminho que seguia para o planalto da Nave, em direcção a Trancoso, conforme se depreende dos Capítulos especiais de Castelo Rodrigo às Cortes informando: " Per vossa carta e per vosso mandado se faz ora em a ribeira que chamam Coa, que é entre esta vila e a vila de Pinhel, mui fermosa ponte toda de canto talhada. E esta ponte Senhor, posto que seja mui grande trabalho e mui grande custo a esta terra e a Pinhel e a sua terra, é uma mui fermosa obra, se apraz ao senhor Deus de ser acabada, e meritória, a que todo o mundo devia ajudar. Ca esta ribeira todo los anos e tempos pareciam e morriam homens e outros muitos negócio que se dela seguiam, em barcos e em outros maus passos, que em ela havia muitos, o que, a Deus prazendo, se agora escusarão, per bem da dita ponte". |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Estrutura de granito, com aparelho isódomo. |
Bibliografia
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CORREIA, Joaquim Manuel, Terras de Riba - Côa, Memórias sobre o Concelho do Sabugal, Lisboa, 1946; RIBEIRO, Aníbal Soares, Pontes Antigas Classificadas, Lisboa, 1998; GOMES, Rita Costa, Castelos da Raia. Beira, vol. 1, Lisboa, 1996; LIMA, Alexandra Cerveira Pinto S., Terras do Côa / Da Malcata ao Reboredo, Os Valores do Côa, Maia, 1998; Plano de desenvolvimento do Sabugal em revisão, in Nova Guarda, 07 Junho 2006. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN, DGEMN/DSARH |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1993 - obras de conservação e restauro. |
Observações
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*1 - na zona S. do Riba Côa, a travessia daquele rio era facilitada pela existência de duas pontes medievais: a antiga ponte do Sabugal, representada num dos desenhos do castelo, de Duarte de Armas, possuindo nas suas proximidades e do caminho que descia da porta do Muro para a ponte, um cruzeiro e um pequeno altar, e a ponte de Sequeiros. *2 - a Ponte faz a separação das freguesias de Miuzela e Vale Longo. |
Autor e Data
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Margarida Conceição 1992 / Marisa Costa 2001 |
Actualização
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