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Conjunto arquitetónico Edifício Residencial multifamiliar Habitação económica Promoção pública estatal (FFH) SAAL
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Descrição
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O bairro está perfeitamente enquadrado na malha urbana implantando-se em dois blocos paralelos alinhados pela Rua dos Bombeiros Municipais. O bairro é constituído por edifícios de habitação multifamiliares de dois e três pisos. |
Acessos
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Rua dos Bombeiros Municipais; Rua dos Pelames. |
Protecção
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Parcialmente incluído na Zona Especial de Proteção das Muralhas do Castelo de Tavira (v. IPA.00002833) |
Enquadramento
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Urbano, ribeirinho, na margem direita do Rio Séqua, em zona baixa e na vertente norte da elevação onde se implantam as Muralhas do Castelo de Tavira (v. IPA.00002833), a Igreja Paroquial de Santa Maria do Castelo (v. IPA.00002819), o Palácio da Galeria (v. IPA.00005653), e o Convento de Nossa Senhora da Graça (v. IPA.00015693). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Privada: pessoas singulares |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: João Moitinho; BRIGADA TÉCNICA: João Brito, José António Menezes; António Chaves Ramos; Mateus Cruz Azevedo, Leonel Fadigas; José Carlos Carvalho. |
Cronologia
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1974, 15 maio - tomada de posse do I Governo Provisório; julho - o arquiteto Nuno Portas, então Secretário de Estado da Habitação e Urbanismo, apresenta o "Programa de ações prioritárias a considerar pelos serviços do Fundo de Fomento da Habitação" (FFH) *1; este programa procurava definir uma política de atuação para a Habitação, destinado à populações mais carenciadas, mas com capacidade de auto-organização, concedendo o Estado ajuda na implantação dos novos bairros de realojamento, infraestruturas, apoio técnico e financiamento; o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) pressupunha, quer a avaliação das potenciais localizações para operações de "autoconstrução" e a possibilidade de um sistema de crédito concedido pelo FFH a grupos de moradores ou cooperativas, quer a preparação de pessoal técnico de enquadramento da mão-de-obra local, desempregada, ou em sistema de voluntariado, para se constituírem Brigadas de Construção, Saneamento e Urbanização; 24 junho - após a tomada de posse do II Governo Provisório, o arquiteto Nuno Teotónio Pereira desenvolve o "Estudo Interpretativo dos Objetivos a Prosseguir através do SAAL", no qual se estabelece que o apoio dado pelo FFH, extensível à totalidade do território nacional, excluía as áreas dos Planos Integrados, a seu cargo (Monte da Caparica, Zambujal, Setúbal, Aveiro, Matosinhos, Guimarães); neste documento definia-se também o perfil das Brigadas de Construção, que se constituíam um mecanismo de ligação entre as populações, as autarquias e o FFH, e que detinham uma função operativa no acompanhamento de todo o processo; 6 agosto - criação do SAAL por despacho conjunto (DG, 1.ª série, n.º 182 de agosto 1974) do Ministério da Administração Interna e da Secretaria de Estado da Habitação e Urbanismo; 2 agosto - é proposta a criação de um Grupo de Trabalho integrado no FFH para assegurar a estruturação do programa SAAL e acompanhar a ação das diferentes Brigadas de Apoio Local; este serviço ficava sob a dependência direta do Vice-Presidente do FFH, procurando nele integrar técnicos de áreas de especialização (arquitetura, engenharia, arquitetura paisagística, serviço social; ciências humanas, gestão financeira e ciências jurídicas); dada a urgência do Grupo de trabalho entrar em contacto direto com as populações, foi proposta a criação de equipas de prospeção de zonas a intervir: uma na zona centro, que abrangia a região de Lisboa; outra que analisaria o resto do país; 1975, 13 junho - constituição da associação de moradores, com o nome "1.º de Maio"; 17 novembro - publicação dos estatutos da associação de moradores no Diário da República; 1976, fevereiro - início das obras destinadas à construção de 24 fogos de habitação; 27 outubro - Despacho ministerial (DR, 1.ª série, n.º 253/76 de 27 outubro 1976) conferindo o controlo das operações SAAL às autarquias. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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BANDEIRINHA, José António - O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2007; BECKER, Annette; TOSTÕES, Ana; WANG, Wilfried (dir.), Arquitectura do Século XX. Portugal. Munique: Prestel, 1997; BERNI, Lorenzo - "Architecttura Portogallo: operazione SAAL". Panorama, [ano XVI], 620, 1978; BRANCO, Francisco - Notas sobre a experiência de Trabalho Social no SAAL. Lisboa: Instituto Superior de Serviço Social, 1979; BRANCO, J. Paz - Auto-construção. Alguns Conselhos e Indicações. s.l., ed. do autor, s.d.; COSTA, Alexandre Alves - "1974-1975 o SAAL e os Anos da Revolução"; COSTA, Rui Seco da - Conceitos e experimentação de desenho urbano em Portugal: do modernismo à revisão dos modelos [texto policopiado], dissertação de mestrado em Arquitetura apresentada ao Departamento de Arquitecura da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra, 2006; CUNHA, José Correia da - Habitat 76. Conferência das Nações Unidas sobre Estabelecimentos Humanos. Portugal. Relatório Nacional/ Dezembro 75 (Relatório preparado pela Comissão Nacional do Ambiente e pelo Fundo de Fomento da Habitação); DAVID, Brigitte - "Le SAAL ou l'Exception Irrationnelle du Système", L'Architecture d'Aujourd'hui, n.º 185, mai-juin 1976, pp. 60-81; GOMES, Paulo Varela - "Arquitectura nos últimos vinte e cinco anos", in PEREIRA, Paulo (dir.) - História da Arte Portuguesa. s.l., Círculo de Leitores, 1995; GUERRA, Isabel - "Grupos sociais, formas de habitat e estrutura do modo de vida", Sociedade e Território, n.º 25 e 26, 1998; Livro Branco do SAAL 1974-1976. Vila Nova de Gaia: Conselho Nacional do SAAL, 1976; LOBO, Margarida Sousa - "Uma solução a encarar: o habitat evolutivo". Arquitectura, n.º 112, 1969; "Operações SAAL", Binário, nº 205/6, Fev. 1976; PORTAS, Nuno - "Uma nova política urbana", in Binário, n.º 197, fevereiro, 1975; RODRIGUES, Jacinto - Urbanismo - uma prática social e política. Porto: Limiar-Actividades Gráficas, 1976. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Para dar resposta às solicitações das associações de moradores na zona do Algarve, foram criadas equipas volantes que davam apoio às restantes equipas operantes no terreno. Na zona E. do Algarve, esta equipa era constituída por: Artur Sequeira; Ho Kai Hi; Álvaro Soares da Torre; Rita Vilela Bastos; Ana Ferrão Lopes; José António Gravata Rodrigues; António Luís Saraiva. |
Autor e Data
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Rute Figueiredo 2010 |
Actualização
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Anouk Costa 2014 / João Almeida (Contribuinte externo) / Rita Vale 2017 |
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