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Edifício e estrutura Edifício Militar Castelo
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Descrição
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Recinto amuralhado incompleto, de traçado rectangular, estando os troços de muralha subsistentes localizados nos lados E. e S.; a N. situa-se o muro do cemitério em cantaria recente e a O. e E. muros de alvenaria. A muralha assenta em afloramentos rochosos de grande dimensão, alguns deles com marcas de fossetes ou covinhas pré-históricas, e é desprovida de merlões, conservando dois lanços de escadas de acesso ao adarve no lado O. e S.. Integra duas torres de planta quadrangular, uma no ângulo SE. e outra a meio do troço E.; esta última apresenta porta em arco quebrado, entaipada no lado S., coberta com abóbada de berço quebrado. Junto à torre E. desenvolve-se uma inflexão, ligando essa torre a espécie de cidadela ou troço de muralha interior, de traçado rectangular irregular, assente em grande afloramento rochoso, com a mesma altura da muralha, pouca afastada desta no troço E. e desenvolvendo-se paralelamente, tratando-se de uma construção compacta, sem espaço interior. |
Acessos
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Cemitério. WGS84 (graus decimais) lat.: 40.993471°, long.: -7.331241° |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 129/77, DR, 1ª série, nº 226 de 29 setembro 1977 |
Enquadramento
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Rural, isolado, implantado no cume de uma colina, num cabeço sobranceiro à povoação, a cerca de 838 m. de altitude, situado entre o Rio Torto e a Ribeira da Teja. As muralhas funcionam como delimitação do cemitério e, nas proximidades de um cruzeiro constituído por soco de três degraus circulares, coluna de fuste octogonal, capitel jónico e cruz rectilínea. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: castelo |
Utilização Actual
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Funerária: cemitério |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Câmara Municipal de Mêda, auto de cessão de 29 Novembro 1943 |
Época Construção
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Séc. 14 (conjectural) / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Época pré-romana - existência de castro lusitano, posteriormente romanizado, como o atesta a descoberta de tegula; nas proximidades existe cista e recipientes escavados na rocha e aparecem fragmentos de cerâmica castreja negra; 1286 - concessão de foral por D. Dinis, que teria incentivado o povoamento e mandado reedificar o castelo, sobre as estruturas do castro; a Ordem do Templo e a Ordem do Hospital possuiam aqui algumas propriedades; 1381 - doação da povoação por D. Fernando a dois irmãos Távora, confirmada por D. João I em 1384; provável construção do castelo; 1512 - concessão de foral por D. Manuel; séc. 18 - pertencia á Casa do Infantado, era Reitoria da apresentação do Padroado Real e Comenda da Ordem de Cristo; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no município da Mêda; aproveitamento do recinto do castelo para cemitério; o toponómio deriva da posição geográfica, uma elevação entre dois rios, pois o prefixo "ranh" significa cumeada de elevações; séc. 20 - construção do muro do cemitério. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes; estrutura mista. |
Materiais
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Granito; cantaria; aparelho isódomo; revestimento inexistente. |
Bibliografia
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LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; ALMEIDA, João de, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Lisboa, 1945; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, Viseu, 1968; RODRIGUES, Adriano Vasco, Terras da Mêda, Mêda, 1983; SANTOS, Clarinda Moutinho dos, SEC - Actividade Cultural da Zona Centro, Boletim Informativo Dedicado ao Concelho da Mêda, Coimbra, 1991. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Margarida Conceição 1992 |
Actualização
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