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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino Ordem de São Francisco - Franciscanos (Província dos Algarves)
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Descrição
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Igreja de planta longitudinal de nave única, com capelas laterais e capela-mor quadrangular. Fachada principal sem embasamento, de um pano rasgado pelo portal de arco em asa de cesto, encimado por um janelão. As fachadas laterais, muito destruídas, eram marcadas pelas saliências das capelas laterais. A cobertura era um telhado de 2 águas. No interior a nave era abobadada em canhão, da qual restam os arranques, enquanto a capela-mor conserva a cúpula. Numa das capelas laterais há ainda vestigios de revestimentos de azulejos e policromia nas paredes e abóbada em canhão. Do claustro, refeitório e outras dependências, restam apenas pedras amontoadas. |
Acessos
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Sítio do Calvário |
Protecção
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Em vias de classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal, Despacho de 16 dezembro 1988 da Secretária de Estado da Cultura) |
Enquadramento
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Rural, isolado, no topo de uma pequena povoação denominada Calvário a O. de Estômbar. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
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Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 17, princípios - Fundação do convento franciscano por Diogo Vieira Boyo, capitão e cavaleiro fidalgo da Casa Real, posteriormente aí sepultado juntamente com sua mulher D. Margarida; tinha capacidade para para c. de 6 frades; 1755, 16 de Agosto - registo paroquial da freguesia de Estômbar do termo do falecimento do sargento-mor José Lopes Pimenta viúvo de D. FelicianaMaria Lamim, referindo aquele ter sido sepultado no convento de Santo António do Praxel; 1755 - O Terramoto causou graves danos na igreja, dormitórios e refeitório; Fr. João de São Braz então guardião do convento manda reparar as celas e o refeitório, colocar na Casa do Capítulo o Santíssimo Sacramento e mandar telhar o claustro para a celebração dos ofícios divinos; 1758, 06 de Dezembro - sepultado no convento em capela própria, o Capitão João Alistão de Almeida Coutinho, casado com D. Angelica Rosa residentes na Mexilhoeirinha1830, c. de - Apesar de alguns reparos feitos o convento degradou-se e os frades tiveram de o abandonar; 1834 - Depois de extintas as Ordens Religiosas, foi o convento e a sua cerca avaliados em 160$00 e vendido em hasta pública a um membro da família Gaivão, de Estômbar; Séc. 19, finais - encontrados a S. do convento objectos de loiça esbranquiçada e vermelha, semelhante a telhas romanas com rebordo nas 2 extremidades; Séc. 20 inícios - encontrava-se em ruínas. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Cantaria, alvenaria e vestigios de azulejos. |
Bibliografia
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LOPES, João Baptista da Silva, Corografia (...) do reino do Algarve, Lisboa, 1841; OLIVEIRA, Francisco Ataíde de, Monografia de Estômbar, Porto, Ed. Figueirinhas, 1911. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA; Junta Freguesia de Estômbar: Arquivo fotográfico |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO. Segundo Francisco de Oliveira ( OLIVEIRA, 1911) no centro da capela-mor existia uma lápide sepulcral, partida, datada de 1758 encimada por escudo com as armas dos Vieiras e com a inscrição "ESta Sepultura, capella e Igreja, foi de diogo Vieira Boyo, capitão e cavalleiro fidalgo da Casa d'El-Rei Nosso Senhor e de sua mulher Dona Margarida e seus herdeiros"; e na caepla do lado do Evangelho na parede do lado S. a inscrição " O herdeiro e admnistrador desta capella comprará todos os annos dos rendimentos da mesma capella sete alqueires e meio de trigo de fôro para ir acrescentando os ditos rendimentos, para que em nenhum tempo possam caducar os seus rendimentos; e não cumprindo todos os anos passará a capella a houtro herdeiro e será obrigado cada tres annos a mostrar em juizo como não falta na dita compra". |
Autor e Data
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João Neto 1991 |
Actualização
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