Edifício da Rua da Reboleira, n.º 35 a 37

IPA.00027680
Portugal, Porto, Porto, União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
 
Arquitectura civil setecentista. Edifício de traçado vertical, composto por seis pisos amplos, com excepção da cave e último piso onde se encontram instalados os serviços.
Número IPA Antigo: PT011312130489
 
Registo visualizado 502 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Armazenamento e logística  Armazém    

Descrição

Edifício de planta longitudinal alongada, de duas frentes, volume simples, com cobertura em telhado de quatro águas, seis pisos, sendo apenas visíveis quatro pela Rua da Reboleira. Fachada principal, orientada a N., em cantaria de granito lavrada, apresentando o primeiro piso vãos de porta rectilíneos, sobrepujados por bandeiras recortadas, protegidas por grades de ferro, e os restantes pisos, de igual composição, apresentam três portas e varanda corrida, em granito, gradeada, apoiada em seis cachorros, denteados e volutados. Remata a fachada beiral saliente. A fachada posterior, voltada para o rio, mostra seis pisos, apresentando os dois primeiros entradas pelo Muro dos Bacalhoeiros, o primeiro através de janelas rasgadas no muro, e o segundo por portas. Os restantes pisos apresentam-se rasgados por três portas e percorridos por varandas estreitas. Interior amplo, estando a subcave destinada a arrumos; a cave, a loja de vendas; o primeiro piso, com entrada pela rua da Reboleira, a recepção; o segundo e terceiro pisos, a exposições temporárias. No último piso, encontram-se instalados os gabinetes de trabalho. A comunicação entre os pisos é efectuada através de lanços de escadas interiores, adossadas ao alçado O.

Acessos

Rua da Reboleira, 35 a 37, Muro dos Bacalhoeiros, 134 a 138. WGS84: Lat. 41º08'24.51"N., Long. 8º36'54.44"O.

Protecção

Incluído no Centro Histórico da Cidade do Porto (v. PT011312140163)

Enquadramento

Urbano, adossado, localizado numa das ruas mais típicas do Centro Histórico do Porto, estabelecendo uma relação harmoniosa com o edificado envolvente e com o rio Douro, que passa encostado ao Muro dos Bacalhoeiros. As janelas e varandas voltadas a S., permitem uma bela vista panorâmica sobre o Rio e Vila Nova de Gaia.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Armazenamento e logística: armazém

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Centro Regional de Artes Tradicionais através de Contracto de Comodato de 7 de Junho de 2004

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Manuel Furtado de Mendonça (CRUARB)

Cronologia

Séc. 17, final / séc. 18, inicio - provável construção do edifício; durante séculos funcionou como armazém. O seu acesso ao Muro dos Bacalhoeiros permitia a entrada directa de mercadorias do cais contíguo, para o edifício*1; séc. 20 (segunda metade) - o edifício foi arrendado a uma senhora conhecida no Porto por Rosa "Padeira", que o subalugava a famílias inteiras, conduzindo à compartimentação de todo o seu interior com tabique; 1974 - foi criado O Comissariado para a Reabilitação Urbana da Área de Ribeira Barredo (CRUARB), que actuaria inicialmente num bairro da freguesia de São Nicolau, sendo mais tarde alargado às freguesias de Miragaia, Vitória e Sé, tendo o programa transitado para a Câmara Municipal do Porto, como Projecto de Renovação Urbana do Centro Histórico do Porto; 1978, 17 de Maio - a Câmara Municipal do Porto, adquire o edifício, apresentando nesta data avançado estado de degradação; 1979 - expropriação de um dos edifícios ocupados pelas oficinas do CRAT; data do projecto de recuperação levado a cabo pelo CRUARB; 1981, Maio - constituiu-se sob a égide da Comissão de Coordenação da Região Norte, um grupo de trabalho designado por Comissão de Apoio ao Artesanato da Região Norte, que tinha por missão coordenar as intervenções que estavam a ser realizadas neste campo por diferentes serviços; 1984 - nasce no Porto a Comissão de Apoio ao Artesanato da Região Norte, englobando elementos da Delegação Regional do Ministério da Cultura, do Instituto do Emprego e Formação Profissional, da Secretaria de Estado da Educação e das Comissões da Condição Feminina e da Coordenação da Região Norte, que contava ainda com a Câmara Municipal. Esta Comissão tinha como objectivos promover a criação de um organismo que garantisse a recuperação e divulgação das indústrias artesanais nortenhas e assegurasse aos seus produtos o acesso a sistemas de comercialização condignos; 1985 - foi nesta data assinado o protocolo para nomeação da Comissão Instaladora do Centro de Artes Tradicionais por iniciativa da Câmara Municipal do Porto, do Ministério da Cultura, através da sua Delegação Regional Norte, e da Comissão de Coordenação da Região Norte; 1996, 17 de Dezembro - foi assinado o protocolo de cedência do edifício, entre a CMP e o CRAT.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Paredes estruturais de alvenaria de granito à vista; paredes interiores rebocadas e pintadas de branco; pavimentos e trevejamentos de madeira; caixilharias e portas de madeira; janelas e bandeiras com vidro simples; varandas e bandeiras protegidas por grades de ferro forjado, pintado de verde; cobertura em telha cerâmica apoiada em estrutura de madeira.

Bibliografia

MACHADO, João Afonso, O Centro Regional de Artes Tradicionais, In Tripeiro, Porto, Série Nova, Ano 6, nº 7 (1987), p. 205-208.

Documentação Gráfica

CMP: AH

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

CMP: AH

Intervenção Realizada

1983 - Obras de recuperação geral do edifício levadas a cabo pelo CRUARB.

Observações

O Centro Regional de Artes Tradicionais é uma associação privada que visa promover o estudo e a divulgação das artes tradicionais na zona Norte, bem como desenvolver as técnicas e acreditar os produtos com vista à sua expansão. Tem como sócios fundadores a Câmara Municipal do Porto, A Delegação Norte do Ministério da Cultura e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte. *1 - Nesta data o edifício apresentava os interiores amplos, desprovidos de divisões.

Autor e Data

Ana Filipe 2009

Actualização

 
 
 
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