Chafariz de Borba / Fonte das Bicas

IPA.00002765
Portugal, Évora, Borba, Borba (Matriz)
 
Arquitectura infraestrutural, rococó, neoclássica. Chafariz de transição do rococó para o neoclassicismo dominante, este na estrutura arquitectónica e aquele ao nível do tratamento escultórico. As dimensões e sumptuosidade do conjunto sem rivais na provincia alentejana.
Número IPA Antigo: PT040703010002
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Hidráulica de elevação, extração e distribuição  Chafariz / Fonte  Chafariz / Fonte  Tipo espaldar

Descrição

Composto de três panos sendo o central de 3 registos e os laterais altura do registo inferior central e prolongando-se lateralmente pelos muretes do lago. No registo inferior encontram-se cinco bicas; duas laterais em edículas decoradas de golfinhos e munidas do pequeno tanque e três centrais, entre os espelhos definidos por quatro plintos embebidos no muro, que deitam para um tanque rectangular. Os plintos são continuados superiormente por pilastras arquitravadas, decoradas de lagartas e grinaldas, contraportadas nos extremos por aletas decoradas de golfinhos, palmetas e vieiras. Cobertura em cúpula bolbosa, coroada de urna e pináculo, constituindo o terceiro registo que nos quatro ângulos remata em urnas. No frontespício ao centro da cúpula em lambrequim o escudo real com coroa fechada; abaixo no espelho central entre as pilastras a éfige de D. Maria em relevo sotoposta de inscrição; as edículaterais são rematadas por corpos romboidais com os ângulos decorados de volutas floridas e coroadas pelos bustos D. Maria e D. Pedro à esquerda e à direita respectivamente. A face posterior do chafariz apresenta, em correspondência ao frontespício, o brasão de armas da vila coroado tendo por baixo uma inscrição No interior uma lápide comemorativa

Acessos

Praça da República, EN 255, à saída da povoação

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910

Enquadramento

Urbano. Implantação harmónica. Em vasto terreno parcialmente ocupado pelo jardim municipal. Integrado num complexo de muretes de alvenaria e mármore definindo e delimitando a área rectangular do lago na parte traseira do Chafariz; a NE. um chafariz para animais e um tanque de menores dimensões destinado a lavadouro público.

Descrição Complementar

EPIGRAFIA: èfige de D. Maria: IMPERATIBUS FIDELIS / SIMAREGINA NOSTRA / MARIA NOMINE I: CUM FI/DELISSIMO REGE NOSTRO/PETRO III: OBTENDA REGIA/FACULTATE SUB AUSPICIO/ET PATROCINIO ILLMI AC EX/MI VICE COMITIS DE LOO/RINHÃ A HUJUS PROVINCI/AE GUBERNATORIS VIGILIA/TISSIMI: SENTATUS HUNC/COPIOSUM FONTEM ET MA/GNIFICUM OPUS CONS/TRUERE FECERUNT: IN IL/LO (ICTU OCULI) FUL/GENT ET NITENT REGUM/MAGNITUDO ET BENEFI/CIENTIA:PROTECTORIS PO/TESTAS ET AMOR: DECURI / ONUM ACTIVITAS ET ZE/LUS: POPOLIQUE UTILITAS/ET DECOR: ET IDEO ISTE/IN GRATITUDINIS SUAE PER/PETUAM MONUMENTUM / HANC MEMORIAM EXA/RARE FECIT ANNO DOMI / NI / MDCCCLXXXI. Face posterior: IMPERANTE MARIA I/ET PETRO III / BORBAE SENATUS/HUNC/CORONATUM FONTEM / FIRMITER DE LAPIDE PRETIOSO/AEDIFICATUM/SUPRA FIRMA PETRA / EXTRUI CURAVIT / ANNO DOMINI / MDCCLXXXI. Lápide comemorativa no interior: M.I. E P. III. MANDARÃO / FAZER ESTA OBRA A/CUSTA DO SENADO E POVO/1781.

Utilização Inicial

Hidráulica: chafariz

Utilização Actual

Hidráulica: chafariz

Propriedade

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ESCULTORES: António Franco Painho e José Mendes da Silva. ENGENHEIRO: José Álvares de Barros

Cronologia

1781 - início da construção a expensas do município da vila; 1784 - decretado oficialmente a conclusão; 1785 - exame e avaliação da obra, a pedido do municipio, a cargo dos marmoristas António e Angélico Velez; 2003, 10 de março - IGESPAR/DRÉvora solicita elementos sobre a Fonte à autarquia; 2006, 20 de setembro - a autarquia envia documentação relativa ao imóvel ao IGESPAR/DRÉvora, 2009, 10 Dezembro - Proposta da DRCAlentejo para a ZEP dos imóveis classificados e em vias de classificação da Vila de Borba; 2010, 11 Fevereiro - devolvido a proposta para a ZEP à DRCAlentejo com despacho do Director do IGESPAR, I.P., para aplicação do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23-10-2009; 2010, 12 novembro - nova proposta declassificação do imóvel da DRCAlentejo; 2011, 23 de fevereiro - Parecer favorável relativo à classificação da SPAA do Conselho Nacional de Cultura.

Dados Técnicos

Materiais

Mármore branco extraído das pedreiras de Montes-Claros.

Bibliografia

CARDOSO, Padre Luis, Dicionário Geográfico de Portugal, Vol. II, Lisboa, 1751; ANSELMO, António Joaquim, O Concelho de Borba topografia e história, Elvas, 1907; MURACHA, Pedro, Album Alentejano, Vol. II, Lisboa, 1934. ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Évora, Lisboa, 1978.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

É alimentado por duas nascentes situadas nas proximidades e que inicialmente forneciam as desaparecidas fontes da Misericórdia e dos Finados, servindo os canos desta última a bica lateral esquerda do chafariz.

Autor e Data

Rosário Gordalina 1992

Actualização

 
 
 
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