Edifício sede do Club União
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Portugal, Castelo Branco, Covilhã, União das freguesias de Covilhã e Canhoso |
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Sede de clube recreativo Arte Nova, de planta rectangular irregular, composta por dois corpos assimétricos, constituindo um jogo de volumes, que abrem para um pátio. As fachadas exteriores são rasgadas por arcos ultrapassados e molduras simples, formando, no caso das janelas tríforas, elemento que se repete no portal de acesso, com folhas em ferro forjado volutado; acede a um pátio com escadaria de cantaria, com guarda balaustrada, dando acesso a duplo patamar, para onde abrem portas em arco abatido, perfil que caracteriza todos os vãos do interior do pátio, que, no caso das janelas, vêem as suas molduras a prolongarem-se em falsos brincos. O corpo do lado direito, mais alto, possui varanda com guarda balaustrada e janelas em arco de volta perfeita, surgindo, sobre o remate em friso e cornija, trapeiras de perfil contracurvo e vãos ovalados. De destacar o piso superior do corpo mais elevado com vãos em arco de volta perfeita, que contrastam com os demais, um deles formando uma trífora e as trapeiras, com remates em cornija e todas em cantaria. O esquema erudito prolonga-se no pátio, com ampla escadaria de lanços divergentes, dando acesso a dois patamares com portais possuindo telheiros em ferro forjado e vidro martelado e colorido. Encontra-se totalmente revestido a tijolos cerâmicos cor de mel e possui todos os elementos e divisórias demarcadas a cantaria. |
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Número IPA Antigo: PT020503200204 |
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Registo visualizado 358 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Associação cultural e recreativa
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Descrição
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Planta rectangular irregular, com a fachada lateral esquerda a formar um ligeiro ressalto e a posterior uma curvatura, compondo dois corpos articulados, formando um átrio frontal. Fachada principal, virada a E., revestida a tijolo cerâmico cor de mel, evoluindo em dois e três pisos, divididos por duplo friso e cornija, com cunhais em cantaria e remates em friso e cornija, excepto no corpo do lado esquerdo, em platibanda plena de cantaria. Corpo do lado esquerdo rasgado, em cada piso, por dois vãos sobrepostos, em arco ultrassado com molduras em cantaria. Está ladeado por portal de acesso ao pátio, formando uma trífora em amplo arco ultrapassado, composto pelo portal em arco abatido, ladeado por duas janelas gradeadas, o primeiro protegido por duas folhas em ferro fundido, formando elementos entrelaçados; remata em friso contracurvo, com dois pujantes pináculos de bola. No lado direito, o corpo principal de três pisos e três panos divididos por friso vertical, todos rematados por trapeira em cantaria, contracurva, com remate em cornija curva e com vão ovalado. O pano do lado esquerdo possui, sobrepostos, portal e janela em arco ultrapassado, este formando uma trífora; no piso superior, janela de peitoril em arco de volta perfeita, com moldura de cantaria, que se prolonga inferiormente, formando falsos brincos. Os dois panos imediatos são semelhantes, com portal e janela sobrepostos, em arco ultrapassado, este formando uma trífora, encimado uma reentrância, dando lugar a uma varanda protegida por guarda balaustrada em cantaria, para onde abrem, no pano intermédio, porta-janela em arco de volta perfeita e, no extremo direito, uma trífora, constituída por vãos em arco de volta perfeita e molduras comuns. Fachadas laterais adossadas. O pátio tem pavimento em mosaico de pedra, formando um axadrezado branco e amarelo, tendo, fronteiras, umas escadas em cantaria, com guardas balaustradas, que bifurcam em dois patamares, também eles protegidos por guarda balaustrada; em cada um deles se rasga portal em arca abatido, protegido por telheiro sustentado por grades de ferro volutadas, com vidro martelado e colorido de branco e amarelo, e por janela de peitoril também em arco abatido e molduras simples. Dando para o patim, três janelas em arco abatido e moldura simples de cantaria, que se prolongam inferiormente, formando falsos brincos. Em cada lado do pátio, porta em arco abatido e moldura encimada por filete em toro, encimada, no lado direito, por janela de peitoril semelhante às anteriores. |
Acessos
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Rua Marquês de Ávila e Bolema, n.º 219 a 227. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,279655; long.: -7,502461 |
Protecção
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Categoria: MIM - Monumento de Interesse Municipal, Edital n.º 464/2017, DR, 2.ª série, n.º 125 de 30 junho 2017 |
Enquadramento
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Urbano, adossado a edifícios residenciais, situado a meia encosta, com a fachada principal a abrir para o vale e para a via principal que dá acesso ao centro da cidade. Fronteira, surge uma bomba de gasolina, adossada a edifício de interesse patrimonial (v. PT020503200264) e, no lado direito, a calçada de acesso à Praça do Pelourinho. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Cultural e recreativa: associação cultural e recreativa |
Utilização Actual
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Propriedade
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Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1891, 28 março - fundação oficial do Clube União, que viria a funcionar no local; 1922 - construção da casa; 2017, 31 janeiro - publicação da abertura do procedimento de classificação em Edital n.º 78/2017, DR, 2.ª série, n.º 22/2017. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de granito, revestida a cerâmica; pavimento do átrio em pedra; modinaturas, cornijas, frisos, balaustradas e escadas em cantaria; caixilharias de alumínio; vidro fosco, martelado e colorido; telheiros e grades em ferro fundido; cobertura em telha. |
Bibliografia
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DELGADO, Rui, História da Covilhã (1800 a 1926), Covilhã, Escola Secundária Frei Heitor Pinto, 2001; FERNANDES, José Manuel, "Covilhã, uma leitura de síntese: estrutura urbana, conjuntos edificados e arquitecturas, sua evolução", in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 40-53. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - limpeza das fachadas e cantarias; arranjo e substituição das caixilharias; colocação de vidro nas janelas. |
Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Paula Figueiredo 2009 |
Actualização
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