Casa na Rua Marquês de Ávila e Bolema, n.º 140 / Infantário das Doroteias / Colégio das Freiras
| IPA.00027472 |
Portugal, Castelo Branco, Covilhã, União das freguesias de Covilhã e Canhoso |
|
Casa abastada oitocentista, de planta rectangular regular, evoluindo em um e três pisos, adaptando-se ao forte desnível do terreno, com cunhais apilastrados, na fachada posterior, colossais, com remates em friso, cornija e ameias decorativas cerâmicas. Fachada principal simétrica, com porta em arco de volta perfeita, envolvido por molduras rectilíneas, ladeado por duas janelas de sacada com o mesmo perfil e guarda plena em cantaria, e por janelas de peitoril rectilíneas com molduras simples. A fachada lateral esquerda e posterior são mais simples, com molduras simples, que se prolongam inferiormente formando brincos, marcadas por sacadas centrais, com guardas em ferro, havendo uma alternância de vãos entre os pisos inferiores e o superior, este com arcos abatidos e os demais rectilíneos. Mantém as caixilharias de madeira na fachada principal e as portadas internas. |
|
Número IPA Antigo: PT020503170231 |
|
Registo visualizado 319 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Casa abastada
|
Descrição
|
Planta rectangular, possuindo alguns corpos de planta irregular adossados à fachada lateral direita, de coberturas diferenciadas em telhados de quatro e três águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por alto embasamento de cantaria, onde se rasgam respiradouros, com cunhais de pilastras toscanas colossais e remate em friso, cornija, beirada simples e, em três das fachadas, ameias decorativas em cerâmica pintada de branco, formando elementos flor-de-lisados. Fachada principal, virada a E., de piso único, tendo, ao centro, portal em arco de volta perfeita, envolvido por moldura e alfiz de cantaria, este ostentando almofadados, protegida por duas folhas de madeira almofadada e bandeira envidraçada com elementos metálicos radiais, pintados de verde. É ladeado por três janelas de peitoril em arco abatido e moldura simples, com pano de peito em cantaria almofadada e peitoril protegida por pequena grade de ferro fundido pintado de verde, formando enrolamentos. Surgem, ainda, duas janelas de sacada, esta prolongando-se até ao pavimento, com guarda plena em cantaria de granito, para onde abrem portas-janelas em arco de volta perfeita. Os vãos são protegido por caixilharias de madeira pintada de branco, as das janelas ovaladas, com vidros simples, bandeiras e portadas de madeira interiores. A fachada prolonga-se lateralmente em muro de cantaria de granito, encimado por grades metálicas, protegendo um jardim e a zona de recreio. Fachada lateral esquerda, virada a N., de dois pisos, o inferior com porta de verga recta, ladeado por duas janelas de peitoril rectilíneas, todas com molduras simples em cantaria, encimados por janela de sacada central, tendo bacia de cantaria e guarda metálica, para onde abre porta-janela em arco abatido, ladeado por janelas de peitoril com o mesmo perfil, possuindo molduras de cantaria, que se prolongam inferiormente, formando falsos brincos. Fachada lateral direita, virada a S., com três corpos escalonados adossados, todos com vãos rectilíneos simples. Fachada posterior de três pisos, adaptando-se ao desnível do terreno, o inferior com portão em arco de volta perfeita, portas de verga recta e janelas de peitoril com molduras simples, encimado por dez janelas de peitoril e moldura simples de cantaria, surgindo, no piso superior, sacada corrida central com bacia de cantaria e guarda em ferro pintado de verde, para onde abrem duas portas-janelas em arco abatido, ladeadas por oito janelas de peitoril em arco abatido, com molduras simples, que se prolongam falsos brincos. Na zona posterior o recreio, protegido por cobertura assente em tubos metálicos e, no lado esquerdo, pequeno jardim com canteiros circulares e árvores de pequeno porte. |
Acessos
|
Rua Marquês de Ávila e Bolema, n.º 140. WGS84: 40º16'42.00''N., 7º30'12.56''O. |
Protecção
|
Categoria: IM - Interesse Municipal, Boletim Municipal, n.º 16 de 31 julho 2008 |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, situado a meia encosta, com a fachada posterior a abrir para o vale, sustentado por muro de cantaria de suporte de terras, possuindo a fachada principal a abrir para a via principal que dá acesso ao centro da cidade, fronteiro às recentes Galerias de São Silvestre. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Residencial: casa |
Utilização Actual
|
Educativa: colégio de ensino regular |
Propriedade
|
Privada: Igreja Católica |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
Séc. 19 - provável construção do edifício; 1862 - Maria José Tavares de Azevedo Castelo Branco fundou um colégio com o nome de Nossa Senhora da Conceição; 11870 - ampliação do edifício, instalando-se, no local, as Irmãs Doroteias; 1876, 13 Março - falecimento da fundadora, deixando parte dos bens a esta congregação religiosa; 1910, Outubro - as Doroteias abandonam o país; 1912 - as cavalariças da Guarda Nacional Republicana funcionavam nas lojas do edifício; 1914, 17 Maio - as lojas do edifício serviam de arrecadação do material dos bombeiros; 1928, 5 Janeiro - regresso da comunidade ao edifício, com fins educativos; séc. 20, final - obras de adaptação no imóvel; 2007, 07 dezembro - deliberação camarária de classificar o edifício como Interesse Municipal; 2008, 21 fevereiro - pedido de parecer da Câmara da Covilhã sobre a eventual classificação do edifício; 13 maio - parecer favorável da Direção Regional da cultura do Centro; 18 julho - encerramento do processo de classificação por despacho do presidente do IGESPAR, por não ter valor nacional; 2008, 18 julho - Deliberação camarária a classificar o edifício como Interesse Municipal. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes autónomas. |
Materiais
|
Estrutura em alvenaria de granito, rebocada; modinaturas, cunhais, sacadas, cornijas, frisos, escadas, muro em cantaria de granito; porta e portadas de madeira; caixilharias de madeira ou em alumínio lacado; janelas com vidros simples; guardas e grades em ferro fundido; ameias decorativas em cerâmica vidrada; cobertura em telha. |
Bibliografia
|
DELGADO, Rui, História da Covilhã (1800 a 1926), Covilhã, Escola Secundária Frei Heitor Pinto, 2001; NUNES, João de Jesus, Vida e obra dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, 2 vols., 2004; FERNANDES, José Manuel, "Covilhã, uma leitura de síntese: estrutura urbana, conjuntos edificados e arquitecturas, sua evolução", in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 40-53. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - tratamento de rebocos e pinturas; arranjo do telhado; tratamento e pintura das caixilharias; colocação de caixilharias de alumínio lacado na fachada posterior; feitura de uma zona coberta para recreio; 1998 - instalação de um sistema de aquecimento, pela firma VISMEC. |
Observações
|
EM ESTUDO |
Autor e Data
|
Paula Figueiredo 2009 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |