Igreja Paroquial de Pinheiro / Igreja de São Salvador
| IPA.00027073 |
Portugal, Braga, Guimarães, Pinheiro |
|
Igreja de construção medieval, conforme se denota pela fresta na fachada posterior e os cachorros das fachadas laterais da capela-mor e o vão em arco quebrado na fachada lateral S., mas que sofreu grandes reformas ao longo dos tempos, no séc. 17, época de que deverá datar o novo portal, as pilastras dos cunhais coroados por pináculos, o remate das fachadas em friso e cornija e o púlpito; e no séc. 18, altura da construção da sacristia, e da abertura de janelas na nave e capela-mor. É de planta poligonal, composta por nave e capela-mor mais baixa e estreita, com campanário ligeiramente recuado relativamente à fachada principal e dois corpos adossados à fachada lateral N.. Fachadas em cantaria aparente, terminadas em cornija e com cunhais coroados por pináculos. Fachada principal terminada em empena e rasgada por portal de verga recta, enquadrado por pilastras e encimado por cornija, sobrepujada por janelão gradeado. Fachada lateral S. rasgada por porta em arco quebrado e duas janela em verga recta. Fachada posterior terminada em empena e rasgada por fresta em capialço. No seu interior destacam-se as pinturas murais, do séc. 16, recentemente descobertas, com a representação de três figuras, entre elas, São Sebastião. |
|
Número IPA Antigo: PT010308360153 |
|
Registo visualizado 322 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
|
Descrição
|
Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor rectangular, mais estreita, tendo adossado à fachada lateral N. escada de acesso ao campanário que surge ligeiramente recuado à frontaria, e um corpo que se prolonga ao longo da nave e outro mais pequeno na capela-mor. Volume homogéneo, com cobertura em telhado de duas águas na nave e capela-mor, e de três nos corpos adossados. Fachadas em cantaria aparente, de aparelho regular, com cunhais apilastrados, coroados por pináculos piramidais, e os ângulos das empenas rematados por cruzes latinas de cantaria, sobre acrotério. Fachada principal orientada, terminada em empena, com friso e cornija, e rasgada por portal de verga recta, com moldura, sobrepujado por cornija. Sob o portal rasga-se grande janelão rectilíneo com moldura, encimado por cornija, gradeado. Sensivelmente recuado à frontaria, surge campanário, acedido por escada adossada à fachada lateral N., de dois registos, separados por cornija, o primeiro é cego e no segundo rasgam-se duas sineiras em arco de volta perfeita, de diferente dimensão, albergando sinos; termina em cornija contracurvada, coroada por cruz sob acrotério e ladeada por pináculos. Fachadas laterais terminadas em friso e cornija, na fachada N. rasga-se uma fresta, e surge corpo adossado com porta de verga recta virada a O. e pequena janela rectangular disposta na horizontal, gradeada. A fachada lateral S. é rasgada, por fresta rectilínea, gradeada, porta em arco quebrado e uma janela rectangular também gradeada. Fachadas laterais da capela-mor terminadas em cornija suportada por cachorros lisos, na fachada N. adossa-se um pequeno corpo, com um pequena janela virada a N. e uma porta de verga recta virada a E., e na fachada S., abre-se janela em capialço, gradeada. Fachada posterior com capela-mor rasgada por fresta de arco de volta perfeita, em capialço, terminada em empena. INTERIOR com nave de paredes rebocadas e pintadas de branco com silhar de azulejos, pavimento de madeira e em lajes de granito, e tecto ligeiramente curvo de madeira. Coro-alto apoiado em mísulas de granito, com guarda em balaústres de madeira e acesso por escada disposta no lado da Epístola. No lado do Evangelho, inserido num arco de volta perfeita, sob supedâneo de granito, surge pia baptismal cilíndrica, sobre pé facetado e tampo de madeira. Do mesmo lado, numa posição elevada, surge nicho em arco de volta perfeita, e uma base de púlpito de bacia rectangular, sobre mísula, em cantaria; ainda do mesmo lado surge uma porta entaipada e o retábulo colateral. Do lado da Epístola, numa posição elevada surge nicho em arco de volta perfeita, porta de arco quebrado de acesso ao exterior e retábulo colateral. Arco triunfal de volta perfeita com moldura granítica. |
Acessos
|
Rua da Igreja |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Rural, isolado, no exterior da povoação, envolvido por campos de cultivo. Adaptado ao declive do terreno, implanta-se em pequeno adro que se apresenta pavimentado a cubos graníticos irregulares. Na proximidade, ergue-se um edifício incaracterístico do Corpo Naval de Escutas. |
Descrição Complementar
|
Retábulos colaterais de estrutura semelhante, em talha policroma a marmoreados fingidos a vermelho, verde e elementos decorativos dourados, de planta recta e um eixo, definido por duas colunas de fuste liso, assentes em plintos paralelepipédicos, frontalmente ornados de elementos vegetalistas, e de capitéis coríntios; ao centro abre-se nicho, de perfil curvo, moldurado, com o interior pintado de azul com flores vermelhas e douradas; ático em espaldar, decorado com delta luminoso, terminado em cornija contracurvada, com motivos vegetalistas vazados. |
Utilização Inicial
|
Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
|
Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
|
Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga) |
Afectação
|
Sem afetação |
Época Construção
|
Séc. 13 / 16 / 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
1258 - nas Inquirições, a igreja é referida como "Ecclesia Sancti Salvatoris de Pignario"; séc. 13 - construção da primitiva igreja; 1527 -a paróquia tinha 22 fogos; 1592 - cópia do Tombo da igreja; séc. 16 - feitura das pinturas murais; séc. 17 - reforma da portal; 1715 - já existia sacristia; 1767 - reforma do arco triunfal; 1809, 24 Março - roubo das alfaias litúrgicas por parte dos franceses; 2008 - as obras de requalificação da igreja tornaram visíveis as pinturas murais que se encontravam ocultas pelos retábulos colaterais, no arco triunfal. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Estrutura em cantaria de granito aparente; pináculos, cruzes das empenas, bacia do púlpito, pia baptismal e outros elementos em cantaria de granito; portas em madeira pintada; retábulos de talha policroma e dourada; pavimento de madeira, lajes de granito; tectos e balaústres do coro-alto em madeira; gradeamento de ferro; sinos em cobre; cobertura de telha. |
Bibliografia
|
PINA, Luís de, O Românico no concelho de Guimarães: A Igreja de S. Salvador de Pinheiro, in Revista de Guimarães, nº4, vol.36, 1926; CAPELA, José Viriato, As Freguesias do Distrito de Braga nas memórias Paroquiais de 1758: A construção do imaginário minhoto setecentista, 2003; CAETANO, Joaquim Inácio - "A pintura mural do século XVI em Guimarães". Revista Monumentos. Lisboa: Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, outubro 2013, nº 33, pp. 52-59 (e-book). |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
2008 / 2009 - obras de beneficiação da igreja e recuperação das pinturas murais |
Observações
|
Pela qualidade das pinturas murais, a Igreja de Pinheiro deverá integrar a Rota dos Frescos de Guimarães, que inclui a Igreja de Santa Maria de Corvite (V. PT010308380069), a Igreja de Santa Cristina de Serzedelo (V. PT010308660019) e a Igreja de Santa Maria de Matamá. |
Autor e Data
|
Sónia Basto 2009 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |