Igreja Paroquial de Moimenta / Igreja de São Pedro
| IPA.00002700 |
Portugal, Bragança, Vinhais, União das freguesias de Moimenta e Montouto |
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Arquitectura religiosa, barroca. Igreja paroquial de três naves separadas por arcos quebrados e frontespício de cantaria, com corpo central rematado por balaustrada, entre duas robustas torres sineiras. A fachada acusa a influencia da Igreja de Miranda do Douro, então Sé, e por conseguinte da Escola de Valladolid. O templo de carácter maneirista e barroco e de inesperada imponencia no local, resulta de profundas obras de remodelação efectuadas ao longo do sec. 17 e inícios do sec. 18, que alteraram a construção inicial, de proporções mais modestas, da qual restam vestígios, nomeadamente uma janela da torre S.. A igreja foi então ampliada e dotada de mais uma torre, ficando as 2 unidas por balaustrada, acusando a influencia da Sé de Miranda do Douro, a cuja diocese passou a pertencer em 1545. No interior é de referir a obra de talha, apreciável sobretudo na capela-mor. A cobertura interior da capela-mor mostra caixotões pintados que pode encontrar paralelos nas igrejas de Avantos e de Sambade. O retábulo de Nª Senhora do Rosário, o 1º do lado esquerdo, é proveniente da extinta Capela do mesmo nome, sita no lugar do Cabecinho, hoje praça principal. |
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Número IPA Antigo: PT010412110006 |
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Registo visualizado 493 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta composta orientada a E., com os volumes articulados das naves, capela-mor e sacristia adossada a S.. Coberturas diferenciadas de duas e três águas. Fachada principal em cantaria, ladeada por duas robustas torres sineiras, ligadas por balaustrada, sobre o volume da nave. Portal axial ladeado por pilastras e encimado por enorme frontão triangular ladeado por dois vãos quadrangulares. As torres maciças e de feição quadrangular ostentam três pequenos vãos de iluminação no 1º registo e sineiras no 2º, terminando em cúpula de meia-laranja com pequenos pináculos piramidais e gárgulas tubulares nos ângulos. Na torre S. pode ver-se uma janela de cantaria lavrada. O alçado S. mostra uma porta e um avançado feito para se poder instalar o altar das Almas (actualmente de Nossa Senhora de Fátima). Mais à frente, paralelo à capela-mor, localiza-se a sacristia. O alçado N. mostra um grande arco de volta perfeita entaipado. INTERIOR de três naves separadas por arcos quebrados, endonártex ladeado pelas bases das torres. Coro-alto de madeira. Do lado da Epístola os altares de Nossa Senhora de Fátima. Do lado do Evangelho, observa-se o baptistério por debaixo da torre N, bem como os altares de Santo António e de Santo Cristo. O retábulo de Nª Senhora do Rosário é o 1º do lado esquerdo *2, seguindo-se o de Santo António. Retábulos colaterais dedicados a Santo Cristo (Evangelho) e Nossa Senhora do Carmo (Epístola). Arco triunfal de volta perfeita acede à capela-mor com cobertura em caixotões, com pinturas policromas alusivas aos Passos da Vida de Cristo. Retábulo-mor de talha dourada com nicho central com trono entre duas edículas. |
Acessos
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EN 308, a 25 km de Vinhais |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 516/71, DG, 1.ª série, n.º 274 de 22 novembro 1971 *1 |
Enquadramento
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Rural, ficando o templo nos limites da aldeia. É rodeado por habitações de recente construção bem como por outras em estado degradado. Está separado do resto da aldeia por adro delimitado por pequeno muro. No adro, à entrada, fontanário em granito. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Sec.14 (ou anterior) - provável construção inicial; 1545 - o templo passou a pertencer à diocese de Miranda do Douro; séc. 17 ( finais ) nova edificação com 2 torres, e retábulo principal; 1705 - Na visitação da aldeia, é referida "A obra das torres e alargar a igreja foi coisa que muito aformosiam para ficar com toda a perfeiçam ..."; 1720 - referencias ao retábulo de Santo António; sec.18 (1º quartel) - douramento do retábulo principal; 1732 - referencias ao entalhador de Veigas lamentando que ainda não tivesse concluído o altar de Santo Cristo; 1735 - o altar de Santo Cristo custou 3860 reis; 1743 - os documentos referem o altar de Nª Senhora da Expectação; 1758 - o mesmo altar já era referido como altar de Nª Senhora do Carmo; os documentos paroquiais não referem ainda o retábulo de Nª Senhora do Rosário; a igreja tem 5 altares, altar-mor, Santo Cristo Crucificado, Santo António, Senhora do Carmo, Almas; 1773 - Reparação de fontanário; 1885 - Reparação de fontanário; 1962 - terá sido restaurado o altar da Senhora do Carmo e imagem, na Casa Fânzeres de Braga. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Granito, pedra argamassada com barro e material de enchimento. |
Bibliografia
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MARTINS, João Vicente, Moimenta da raia, uma Aldeia Comunitária em Evolução e Mudança, Lisboa, 1989; ALVES, Francisco Manuel, Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança, Bragança, 1990; AFONSO, Francisco José, Moimenta - Igreja Matriz, Vinhais, 1998; Relatório dos Trabalhos de Acompanhamento Realizados pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, ao Abrigo dos Protocolos com a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (1997 - 1999) (2001 - 2002), (Universidade do Minho), Braga, 2002. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1950 - reparação do fontanário 1994 - beneficiação dos tectos; 1995 - beneficiação das coberturas, vedações e carpintarias; 1997 - remate e pintura dos tectos das naves e execução de novo tecto e respectivos remates na sacristia; 1999 - obras de restauro e beneficiação, acompanhadas pelo arqueólogo Luís Fontes, da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, no âmbito do protocolo com a DGEMN; reparação e impermeabilização da torre N.; correção do remate da cobertura da sacristia com a parede da capela-mor; realização da drenagem perimetral exterior; limpeza dos paramentos exteriores de granito aparente, picagem integral de rebocos, execução de novos, e pintura de paramentos interiores e exteriores; limpeza de pavimentos interiores de granito e execução de tampos para os vãos dos taburnos; remodelação da instalação eléctrica e da iluminação; reparação e pintura das portas exteriores e interiores; substituição das caixilharias das janelas por vidro laminado; 2000 - arranjo e beneficiação exterior do adro, incluindo drenagem de águas provenientes dos campos a N. e do fontenário; 2001 - conservação e restauro do retábulo da capela-mor, tecto em caixotões e pinturas aí existentes; 2002 - obras de manutenção que incluiam impermeabilização do granito e das juntas das coberturas das torres, tratamento dos rebocos e pintura das paredes exteriores e de algumas interiores, a remoção da vegetação, a reparação dos tectos da rorre N. e o tratamento dos vãos onde se verificam entradas de águas assim como o tratamento e pintura das portas principal e lateral; 2004 - conservação e restauro dos retábulos de Nossa Senhora de Fátima, de Santo Cristo, de Santo António e de Nossa Senhora do Rosário do Cabecinho. |
Observações
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*1 - DOF: Igreja Matriz de Moimenta, incluindo todo o seu recheio. *2 - O altar que hoje ostenta a imagem de Nª Senhora de Fátima, foi primitivamente o altar de Santa Quitéria, também chamado das Almas, na época objecto de periódicas manifestações de culto e devoção. Teria então as imagens de Santa Quitéria, de São Bartolomeu e de São Sebastião das Almas é actualmente de Nossa Senhora de Fátima. *3 - é proveniente da extinta Capela do mesmo nome, sita no lugar do Cabecinho, hoje praça principal. *3 - Devido à abertura de vala perimetral com profundidade correspondente ao assentamento dos alicerces das paredes, verificou-se que a metade N. da igreja assenta num afloramento rochoso, cortado para o efeito, enquanto no lado S. a vala de fundação rompeu os sedimentos pré-existentes numa extensão superior à da vala de drenagem prevista. |
Autor e Data
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Ernesto Jana 1994 |
Actualização
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Gabriel Andrade 2002 |
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