Monumento aos Restauradores
| IPA.00026923 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior |
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Arquitectura comemorativa, oitocentista. Escultura comemorativa da Restauração da Independência de Portugal, no séc. 17, em cantaria de calcário e bronze, possuindo ampla base, formada por sucessivos plintos de variados tamanhos, marcados por coroas e torsos de louro, símbolo dos heróis e da vitória, rematando em enorme obelisco, onde se encontram gravadas as datas das principais pelejas entres portugueses e espanhóis. Possui duas figuras em bronze, representando a independência e a vitória, e duas panóplias, alusão ao carácter guerreiro do monumento. |
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Número IPA Antigo: PT031106311418 |
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Registo visualizado 2074 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Comemorativo Monumento comemorativo Monumento comemorativo Tipo obelisco
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Descrição
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Monumento assente em plataforma de cantaria, com dois degraus, de planta rectangular irregular, possuindo os lados mais desenvolvidos e truncados, dando origem a um ângulo que permite a introdução de dois candeeiros públicos em ferro, assentos em altos plintos de calcário. Sobre esta, um plinto amplo, de três registos, os dois inferiores formando um jogo de côncavos e convexos, surgindo, na face S., na inscrição " EM 1886 POR SUBSCRIPÇÃO NACIONAL ERIGIU A COMMISSÃO CENTRAL PRIMEIRO DE DEZEMBRO DE 1640"; o terceiro registo possui várias pilastras, as dos ângulos com coroas de louros e despojos de guerra em bronze e adossados, rematando em cornija e friso denticulado, possuindo, ao centro de cada face, torso de folhas de louro. Sobre esta, surge uma base de cantaria, onde se implantam duas figuras de bronze, a do lado S., masculina, revelando as correntes partidas do domínio estrangeiro, simbolizando a Independência, e, no lado N., uma figura feminina, com uma palma e coroa de louros nas mãos simbolizando a Liberdade; nos lados E. e O. surgem panóplias. Sobre a base, amplo plinto paralelepipédico, tendo inscrições nas faces: na S., "1.º DE DEZEMBRO de 1640", na E., "26 de Maio de 1644", na O, "8 de Junho de 1663" e, na N., "17 DE JUNHO DE 1665", alusão ao movimento Restaurador, à aclamação de D. João IV e aos tratados de paz e reconhecimento da independência portuguesa. O plinto remata em consolas, que sustentam a cornija, intercaladas por rosetões, de onde evolui um segundo plinto, mais pequeno, com as inscrições: no lado S., "AOS RESTAURADORES DE 1640", no lado E., "MONTIJO", no lado N., "MONTES CLAROS". A partir deste, surge um obelisco com 30 m de altura, ostentando várias inscrições em cada face, divididas por sulcos e botões decorativos. Na face S., centrando o escudo e coroa portugueses, as inscrições "ANGRA 16 DE MARÇO DE 1642" e "LISBOA 15 DE DEZEMBRO DE 1640"; no lado E., "BADAJOZ 22 de JULHO DE1658", PERNAMBUCO 17 DE JANEIRO de 1654", "ANGOLA 15 DE AGOSTO DE 1648", SANTO ALEIXO 12 DE AGOSTO DE 1641"; na face N., a centra o escudo da cidade de Lisboa, as inscrições "TRATADO DE PAZ 13 DE FEVEREIRO DE 1668", VILLA VIÇOSA 14 DE JUNHO DE 1665"; no lado O., CASTELO RODRIGO 17 DE JULHO DE 1664", "ALMEIDA 2 de JULHO de 1663", ÉVORA 4 DE JUNHO DE 1663", ELVAS 14 DE JANEIRO DE 1659". |
Acessos
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Praça dos Restauradores |
Protecção
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Incluído na classificação da Avenida da Liberdade (v. IPA.00005972) / Incluído na Zona de Proteção do Ascensor da Glória (IPA.00003986) / Incluído na Zona Especial de Proteção Conjunta dos imóveis classificados da Avenida da Liberdade e área envolvente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, no centro de uma praça bastante ampla, rodeada por vias públicas, formando uma espécie de rotunda, possuindo ampla plataforma pavimentada a calçada à portuguesa, formando elementos entrelaçados. No lado S. encontra-se virado para a via que dá acesso à Praça do Rossio e à zona da Baixa Pombalina (v. PT031106190103), estando a N. virado para a Avenida da Liberdade; no lado E., vira para vários edifícios de serviços, nomeadamente os CTT dos Restauradores (v. PT031106310579), o Quiosque dos Restauradores (v. PT031106311419), surgindo, no lado oposto, o Hotel Avenida Palace (v. PT031106310093), o Teatro Eden (v. PT031106310129) e o Palácio Foz (v. PT031106310083). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comemorativa: monumento comemorativo |
Utilização Actual
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Comemorativa: monumento comemorativo |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ESCULTORES: Alberto Nunes (1886); António Tomás da Fonseca (1886); Simões de Almeida (1886). |
Cronologia
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1886 - construção do monumento, ainda integrando o Passeio Público*1, por subscrição nacional, promovida pela comissão central Primeiro de Dezembro de 1640; obelisco de António Tomás da Fonseca, com o Anjo da Independência de Alberto Nunes e a Vitória de Simões de Almeida. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma. |
Materiais
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Estrutura e figuras em cantaria; figuras em bronze. |
Bibliografia
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FERREIRA, Rafael Laborde, VIEIRA, Victor Manuel Lopes, Estatuária de Lisboa, Lisboa, Amigos do Livro, Lda., 1985; DIAS, Marina Tavares, Lisboa Desaparecida, vol. I, 3.ª ed., Lisboa, Quimera Editores, Lda., 1987; PEDREIRINHO, José Manuel, Dicionário de arquitectos activos em Portugal do Séc. I à actualidade, Porto, Edições Afrontamento, 1994. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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CML |
Intervenção Realizada
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Nada a assinalar. |
Observações
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*1 - O Monumento aos Restauradores ergue-se junto à antiga entrada S. do Passeio Público, onde se erguia uma fonte monumental, do tipo centralizado, com tanque circular, de muro galbado e bordo liso, tendo, ao centro, ampla caixa de água cilíndrica, onde assenta uma taça circular e de bordos redondos, rematada por pináculo. Era envolvido por vários canteiros de vegetação e por caminho de terra batida. |
Autor e Data
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Paula Figueiredo 2008 / 2009 |
Actualização
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